Salmo 23 - O Senhor é meu Pastor, nada me faltará...

1. Uma fórmula para o pensamento. Um pastor recebeu a visita de um homem que admira muitíssimo. Ele começara a trabalhar em uma certa empresa, muitos anos atrás, exercendo uma função inferior, mas com muita vontade de vencer. Ele era dotado de muitas habilidades, e de uma grande energia, e fez bom uso disso. Hoje, esse homem é o presidente da companhia, e possui tudo que tal cargo representa. Entretanto, durante a caminhada que o levaria a esta posição, ele não obteve a felicidade pessoal. Tornou-se nervoso, tenso, preocupado, doentio. Um de seus médicos sugeriu-lhe que procurasse um pastor. O pastor e ele conversaram sobre os remédios que lhe haviam sido receitados e que ele tomara. Depois, o pastor pegou uma folha de papel e lhe deu a sua receita: ler o Salmo 23, cinco vezes por dia, durante uma semana. Disse que o tomasse exatamente como ele indicara. Primeiro, deveria lê-lo logo que acordasse de manhã, atentamente, meditando bem nas palavras, e em espírito de oração. Depois, ele

A História da Redenção Contada Pelas 7 Festas de Israel

O livro bíblico de Levítico (Capítulo 23) esboça de maneira sucinta e cronológica as sete festas solenes instituídas por Deus. Cada festa com seu significado soma a outra para contar de forma universal e profética o plano de Deus para salvar o ser humano.

Dessa forma, além de um significado contextual para o povo que a celebrava no Antigo Testamento, elas passam a assumir um significado mais abrangente na história tipificando alguns aspectos da obra salvífica de Jesus.

Sem detalhar as festas no seu plano histórico, vamos planificar seus cumprimentos proféticos no amplo contexto da história da salvação.

As primeiras quatro festas estão relacionadas com a primeira vinda de Cristo, e as três últimas com a segunda vinda do nosso Senhor.
São elas: Páscoa – Pães Asmos – Primícias – Pentecostes – Trombetas – Dia da
Expiação - Tabernáculos
(Para fácil memorização, note que as quatro primeiras começam com a letra “P”, e duas das três últimas começam com a letra “T”)

1 – Páscoa (Lev. 23:4 e 5): Festa instituída quando o povo de Israel foi libertado da escravidão do Egito (Ex. 12). Um cordeiro era morto no dia quatorze do primeiro mês (Abib) do calendário hebraico.

Cumpriu-se de forma precisa numa sexta-feira ao pôr-do-sol quando Cristo foi morto como um cordeiro (I Cor. 5:7; I Ped. 1:18 e 19).

2 – Pães Asmos (Lev. 23:6 a 8): No dia seguinte à Páscoa (15 de Abib) começava um período de sete dias onde o povo deveria comer pão sem fermento e oferecer oferta queimada ao Senhor. No verso sete o texto diz que no primeiro dia, ou seja, o dia seguinte a Páscoa, o povo não poderia trabalhar.

Essa festa se cumpriu a partir do dia seguinte à morte de Cristo, quando em Lucas 23:54 a 56 diz que as mulheres na sexta-feira de Páscoa embalsamaram o corpo de Jesus e então no Sábado (dia seguinte) descansaram. Começa então o período de consagração daqueles que eram povo de Deus, na esperança da ressurreição de Cristo, que morreu sem pecado, tipificado pelo pão sem fermento (Fermento representa o pecado, leia Mat. 16:6).

3- Primícias (Lev. 23:9 a 14): Acontecia no dia imediato à festa dos pães asmos (16 de Abib) e festejava o início da colheita. Sem entrarmos em detalhes sobre sua contagem, que divergia entre os Fariseus e Saduceus, vamos esboçar seu significado profético no plano de redenção.

Jesus morreu literalmente no dia 15 do primeiro mês (Páscoa) e ressuscitou no dia 16, “como primícias dos que dormem” (I Cor. 15:20). Assim como o povo dedicava ao Senhor os primeiros frutos da colheita, Jesus dedica ao Pai os primeiros frutos da salvação, quando na Sua morte muitos ressuscitaram (Mat. 27:51 a53) e depois foram levados ao Céu com Ele.

4- Pentecostes ou Festa das Semanas (Lev. 23:15 a 22): Parece haver uma ligação desta festa com as anteriores, como sendo uma continuação (v. 15 e 16). Essa festa comemorava o fim da colheita, uma espécie de segunda festa das primícias.

O Pentecostes cumpriu-se cronologicamente em tempo exato (Atos 2:1) e com a descida do Espírito Santo, os seguidores de Deus entregaram “quase três mil pessoas” (Atos 2:41) como frutos da grande colheita desde a morte e ressurreição de Jesus.

Depois da Festa do Pentecostes havia um intervalo até a próxima festa. Assim acontece na história, temos um grande intervalo desde o Pentecostes até a retomado dos cumprimentos proféticos prefigurados pela festa.

5 – Trombetas (Lev. 23:24 e 25): No primeiro dia do sétimo mês era tocada a trombeta para anunciar o primeiro dia do ano civil, ou ano novo. A trombeta também alertava ao povo da proximidade do Dia da Expiação, que era dia de juízo onde se exigia preparação e solenidade. A Festa das Trombetas era um dia de descanso e consagração, representado pelas ofertas queimadas oferecidas a Deus neste dia.

Seu cumprimento profético se deu, no anúncio da proximidade do grande Dia da Expiação, claramente estampado na Primeira Mensagem Angélica: “Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo” (Apoc. 14:7).

6- Dia da Expiação (Lev. 23:26 a 32): Acontecia no décimo dia do sétimo mês. O Santuário era purificado das transgressões daqueles que um dia sacrificaram um cordeiro e tiveram seus pecados transferidos simbolicamente através do sangue do animal que era aspergido no tabernáculo.

Segundo a profecia de Daniel 8:14, no dia 22 de outubro de 1844 teve início esse grande dia, quando Jesus passou literalmente para o Lugar Santíssimo do Santuário celestial para julgar aqueles que aceitaram um dia o sacrifício de Cristo na cruz como cordeiro de Deus (Heb. 9:23 a 28).

7- Tabernáculos (Lev. 23:33 a 44): No décimo quinto dia acontecia a última festa do ano religioso, a Festa dos Tabernáculos. Os israelitas, em memória ao tempo em que eram errantes no deserto e viviam em tendas, deviam voltar a morar em barracas durante sete dias. Ao contrário da contrição da festa anterior, havia muito júbilo e alegria nesta ocasião. O juízo havia passado e o perdão dos pecados estava garantido.

Era uma festa de colheita também (uvas e azeitonas, ver William L. Coleman, Manual dos Tempos e Costumes Bíblicos, 268 e 269), e havia um espírito de gratidão por tudo que o Senhor havia feito durante o ano.

Seu cumprimento está no futuro, depois do término do Dia da Expiação, na ocasião da volta de Cristo.

Ele virá para fazer a colheita final (Apoc. 14:14 a 16) e seremos levados ao Céu com Ele. Note a descrição deste dia por Ellen G. White: “Todos nós entramos na nuvem, e estivemos sete dias ascendendo para o mar de vidro”. Primeiros Escritos, pág. 16.

Será um dia de muito louvor e gratidão pelo perdão dos pecados (concluído na festa anterior – O Grande Dia da Expiação) e seguirá por sete dias até recebermos de Jesus as coroas da vitória (ver Primeiros Escritos, 16 e 17).

A Bíblia também relaciona essa festa com a restauração final do povo de Deus: “Todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos” (Zac. 14:16).

Conclusão: As sete festas de Israel contam de forma universal e cronológica, a história da salvação desde a morte de Cristo na cruz, como cordeiro pascoal, até Sua segunda vinda de forma gloriosa.

Apesar de não celebrarmos hoje essas comemorações como Israel no Antigo Testamento fazia, podemos estudá-las e aprender muitas lições de vida cristã. Sobretudo, não devemos nos esquecer que estamos vivendo no contexto do Dia da Expiação e Cristo está hoje no Santo dos Santos fazendo o juízo investigativo antes de retornar a essa Terra.

É hora de reflexão, contrição e expectativa do glorioso dia que nos aguarda.

PR. YURI RAVEM
Mestre em teologia e pastor da Igreja Adventista em Pelotas - RS Casado com Andressa, mestre em educação e diretora do SENAC Pelotas - RS.
Editor Associado do Blog Nisto Cremos e Editor do Blog Igreja Adventista de Pelotas

Comentários

  1. Se o Dia Da Expiação representa o Julgamento e o Julgamento só terminará ao final do lago de fogo e enxofre (Juizo Executivo). Logo o Dia da Expiação só terminará quando terminar o Julgamento, E Este termina com o lago de Fogo e enxofre. A Festa do Tabernáculos começa com a Volta de Jesus e com os mil anos no céu mas só vai se cumprir mais plenamente no novo Céu e a na nova terra. "Eis o Tabernáculo de Deus Com os Homens" Ap:21 Assim como hoje vivemos tanto no dia das trombetas e o dia da expiação ao mesmo tempo por causa da proclamação das Três mensagens angélicas e por causa do Juizo investigativo. Lá no Céu viveremos o Dia da Expiação (Juizo comprovativo) e Festa dos Tabernáculos. E após o final do Juizo Executivo (lago de Fogo e enxofre) teremos apenas a Festa dos Tabernáculos) "E ouvi uma Voz Vinda do Trono Dizendo: Eis o TABERNÁCULO de Deus Com os Homens"(AP 21:3) A História da Redenção não termina com a Volta de Jesus, E sim com o Novo Céu e a Nova Terra. Tanto a Bíblia termina Falando do Novo Céu e a Nova Terra. O Livro História da Redenção também só termina com o Novo Céu e a Nova Terra, pois a história da Redenção humana não termina na volta de Jesus.

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  2. Olá! Tenho dúvidas na sua contagem.
    Se Jesus morreu literalmente no dia 15 do mês, e sabemos que foi em uma sexta feira, era para ele ter ressuscitado no domingo 17, porque sábado dia 16 ele ficou no túmulo.

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    1. Houve um erro provavelmente de digitação, a páscoa é dia 14 e Cristo morreu no 14, dia 15 começa a festa dos pães asmos sábado e no 1° dia da semana 16 todos do mês de abib festa das primícias, creio que foi erro na digitação

      Tenho uma observação na referência das mulheres que embalsamaram o corpo do.mestre na sexta. A Bíblia menciona que elas saíram para preparar os perfumes, mas chegou o sábado e elas não tiveram tempo para o fazer. Marcos 16:1 diz que passado o sábado ou seja no primeiro dia compraram os perfumes e foram em direção ao túmulo para embalsamá-lo e de caminho perguntavam entre si, quem removerá a pedra, e chegando lá viram o túmulo aberto, escrevi essa observação pois é um detalhe, mas que não desmerece de modo algum a preciosa matéria do pastor. Interessante notarmos que em Mateus 26:6-13 acontece o episódio da mulher com um vaso de alabastro e no verso 12 Jesus menciona que fez aquilo para o seu sepultamento. Essa história se tornou memorável verso 113.

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    2. Boa tarde. deve ter sido um equívoco do autor. Jesus morre dia 15/01 (sexta), e ressuscita dia 17/01 (primeiro dia da semana).

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    3. O dia se encerra ao por do sol. Logo.. Jesus morreu quando já era dia 15 e ressuscitou no dia 16.

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