Salmo 23 - O Senhor é meu Pastor, nada me faltará...

1. Uma fórmula para o pensamento. Um pastor recebeu a visita de um homem que admira muitíssimo. Ele começara a trabalhar em uma certa empresa, muitos anos atrás, exercendo uma função inferior, mas com muita vontade de vencer. Ele era dotado de muitas habilidades, e de uma grande energia, e fez bom uso disso. Hoje, esse homem é o presidente da companhia, e possui tudo que tal cargo representa. Entretanto, durante a caminhada que o levaria a esta posição, ele não obteve a felicidade pessoal. Tornou-se nervoso, tenso, preocupado, doentio. Um de seus médicos sugeriu-lhe que procurasse um pastor. O pastor e ele conversaram sobre os remédios que lhe haviam sido receitados e que ele tomara. Depois, o pastor pegou uma folha de papel e lhe deu a sua receita: ler o Salmo 23, cinco vezes por dia, durante uma semana. Disse que o tomasse exatamente como ele indicara. Primeiro, deveria lê-lo logo que acordasse de manhã, atentamente, meditando bem nas palavras, e em espírito de oração. Depois, ele

Missionários Acorrentados

Desde que me tornei um pastor há treze anos, tenho percebido pessoas com grandes talentos, nas mais diversas áreas, mas completamente alheias ao trabalho missionário. São prodígios nas suas áreas de trabalho, reconhecidas e condecoradas, mas no trabalho divino de “pescar homens” não conseguem se desenvolver, não por incapacidade, mas por que estão presas por estratégias satânicas.

Jesus ao montar sua equipe de trabalho recrutou homens habilidosos em suas respectivas áreas de atuação. Um grande exemplo foi à convocação de Pedro e André, pescadores profissionais, que ouviram de Jesus: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Marcos 1:17).

Mas o maior exemplo de missionários inutilizados está em Mateus capítulo oito, na história dos dois endemoninhados gadarenos. A descrição bíblica destes homens é terrível: “Tendo ele chegado à outra margem, à terra dos gadarenos, vieram-lhe ao encontro dois endemoninhados, saindo dentre os sepulcros, e a tal ponto furiosos, que ninguém podia passar por aquele caminho” (Mateus 8:28).

É importante lembrar que Jesus e os discípulos haviam atravessado o mar da galileia em busca de paz e descanso, mas enfrentaram uma tempestade na travessia e ao desembarcarem se depararam com essa situação. A presença de Jesus em nossa vida não nos livra das dificuldades, mas nos dá segurança para vencê-las!

Harmonizando os relatos de Mateus (8:28 a 34), Marcos (5:1 a 20) e Lucas (8:26 a 39) temos uma descrição mais ampla da aparência e condição destes homens endemoninhados:  

- Viviam em um cemitério, ali era o lar desses homens.
- Amarrados com correntes, que sempre quebravam.
- Não usavam roupas, andavam nus e desprotegidos do sol, chuva e frio.
- Não aparavam a barba nem os cabelos; imagine a aparência deles.
- Não tomavam banho, por isso, o cheiro e a imagem deles eram assustadoras.
- Rangiam os dentes e espumavam pela boca.
- Feriam-se com pedras – sangue e sujeira misturavam-se.
- Havia uma legião de Demônios naqueles homens, uma legião era uma parte do exército romano de 2.500 a 6.000 soldados.         

Dois filhos de Deus acorrentados por Satanás, vivendo em circunstâncias piores que animais. É assim que satanás quer fazer com as pessoas. É assim que vive uma pessoa longe de Jesus e que, talvez por fora, ainda possa estar bonito, mas o interior já é uma desolação. 

Existem dois tipos de pessoas endemoninhadas. O primeiro é quando o indivíduo perde a consciência para Satanás e seus demônios. Neste tipo a pessoa fica fora de si e sua mente é entregue ao domínio dos espíritos do mal. A voz muda, a força é aumentada e a pessoa após liberta não se lembra de nada. Assim estavam os gadarenos.

O segundo tipo de endemoninhado é aquele quando a pessoa é usada por Satanás sem ela perceber, inconscientemente. Eva quando levou o fruto para Adão foi usada pelo inimigo de Deus! Mas um exemplo mais explícito foi quando Pedro tentou dissuadir Jesus da morte sofredora e ouviu de Cristo o que realmente estava acontecendo: “arreda Satanás!” Naquele momento Pedro estava dominado por Satanás. Esse é o pior tipo, pois não percebemos com facilidade.

Ao libertar aqueles homens das correntes malignas, os demônios pediram para tomarem os porcos que estavam ali. Satanás tinha um plano. O povo local dependia economicamente da criação de suínos, e sabia que matando os porcos as pessoas ficariam contra Jesus. E foi isso que aconteceu. Depois de jogar ao mar toda manada, a população local pediu para Cristo ir embora.

Satanás sabe a importância que as pessoas dão para seus negócios, e ao destruir os porcos estava tentando atrapalhar a missão de Jesus. Quando os donos dos porcos viram o prejuízo, não pensaram na libertação daqueles homens, mas na perda financeira.

Muitas pessoas hoje estão mais preocupadas com os negócios do que com a salvação das almas. Investem milhares de reais nos negócios do mundo, mas não conseguem investir o mesmo nos negócios de Deus.

Mas se a morte dos porcos traria a rejeição de Jesus naquele local, por que Jesus permitiu aos demônios que assim o fizessem? O plano maligno funcionou? Aparentemente sim, mas Jesus tinha um plano também, muito melhor do que o de Satanás, descubra na seguinte citação:

“Fora por misericórdia para com os donos desses animais, que Jesus permitira lhes sobreviesse o prejuízo. Achavam-se absorvidos em coisas terrestres, e não se importavam com os grandes interesses da vida espiritual. Cristo desejava quebrar o encanto da indiferença egoísta, a fim de Lhe poderem aceitar a graça.” 
E.G.W. DTN, 338. 
   
Jesus tinha intensões a mais, pois seu foco sempre foi nas pessoas. Os homens libertos e agora sãos queriam ir com Jesus, mas Ele pediu que eles pregassem naquele local. Essa região era chamada de Decápolis, cidades onde o paganismo e idolatria reinavam. O próprio Cristo e seus discípulos não teriam sucesso naquele local, mas a nova dupla missionária sim.

A Bíblia relata que aqueles homens começaram a pregar e testemunhar na região de Decápolis: “Então ele foi e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera; e todos se admiravam” (Marcos 7:20).

Os homens que um dia foram acorrentados agora eram missionários. Eles prepararam as pessoas da região e quando Jesus voltou a Decápolis encontrou uma multidão que queria ouví-Lo (veja Marcos 7:31 a 33; 8:1 a 10). Foi ali em Decápolis que Jesus fez a segunda multiplicação de pães e peixes, para quatro mil homens! Estudiosos estimam cerca de dez mil pessoas incluindo mulheres e crianças.   

Assim como Satanás acorrentou por muito tempo esses dois missionários, ele faz o mesmo hoje com pessoas de grande potencial e talento. As correntes de hoje são o trabalho em excesso, falta de tempo, desejos materiais, busca de poder e dinheiro, relacionamentos ilícitos ou qualquer coisa que te desvie do foco de salvar as pessoas por quem Cristo morreu.

Pr. Yuri Ravem
Pastor do Distrito de Sumaré - SP


Comentários

  1. Misionários acorrentados, Que mensagem.
    Grata por compartilhar Pr. Yuri Ravem!🙏

    ResponderExcluir

Postar um comentário