SALMO 1 - A PRIMAZIA DA PALAVRA

1 Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 2  Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. 3  Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido. 4 Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa. 5  Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos. 6  Pois o SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá. Este poema é uma introdução de encaixe ao livro de 150 salmos. Revela o padrão básico da sabedoria e adoração de Israel. A vida é vista não nos momentos isolados do presente, mas na perspectiva da eternidade, na visão de Deus. O autor conecta vida humana intimamente com a vontade e o coração de Deus. O salmo lança um apelo desafiador a Israel – e a to

Nos dias da tua mocidade

Sermão para ocasião especial: culto de aniversário de 15 anos.
Título: Nos dias de tua mocidade.
Texto: Eclesiastes 12:1.
“Lembra do seu Criador enquanto você ainda é jovem, antes que venham os dias maus e cheguem os anos em que você dirá: ‘Não tenho mais prazer na vida’”. (A Bíblia na Linguagem de Hoje).

Introdução:

A – Hoje é um dia especial na vida desta jovem que está completando 15 primaveras.
1 – Vale a pena nesta idade da vida não se esquecer de Deus.
B – Deus está interessado nos jovens e convida-os a fazerem seus amigos. Mediante Seu livro lhes diz: “Lembra-te do Teu Criador nos dias da tua mocidade”.
1 – Mas em geral a tendência dos jovens é deixar Deus para mais tarde, e alguns nunca se lembram dEle.
Ilustração: E Depois?
Um professor conversava com um rapaz que havia concluído o Ensino Médio.
E agora, o que você vai fazer? – Perguntou.
- Vou tentar o vestibular – respondeu o aluno.
- E depois? – interrogou o professor.
- Vou cursar medicina.
- E depois? – Continuava o professor insistir na mesma pergunta que não queria calar.
- Após concluir meu curso, fazer o doutorado?
- E depois? - insistia o professor.
- Quero ser um médico famoso e pretendo ganhar muito dinheiro na minha profissão.
- E depois?
- Vou construir a minha mansão.
- E depois?
- Vou me casar.
- E depois?
- Quero ter muitos filhos.
- E depois?
- Vou me aposentar e viver a vida tranquila, numa mansão à beira mar ao lado da esposa, dos filhos e dos netos.
- E depois?
- Depois, eu, eu... eu acho que vou morrer.
- E depois que você morrer? - perguntou o professor pela última vez.
- Depois eu, eu... Ah, eu não sei!...
Esse rapaz havia sonhado com as coisas materiais e passado por este mundo pensando apenas na vida presente. E depois?
B – Consideraremos quatro razões porque nos convém atender ao conselho de Deus: Lembrar-se do Criador na mocidade.

I – A PRIMEIRA RAZÃO: A INCERTEZA DA VIDA.

A – “Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã iremos para a cidade tal e lá passaremos um ano, e negociaremos. E teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa”. (Tiago 4: 13,14).
B – Quando lembramos que a vida é incerta e também a única oportunidade de nos prepararmos para o céu, somos forçados a reconhecer que viver sem Deus é uma temeridade.
1 – Por isso, foi que falando ao homem que planejava o futuro, sem estar preparado para a eternidade, Deus disse: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”. (Lucas 12:20).

II – A SEGUNDA RAZÃO: MAUS HÁBITOS ADQUIRIDOS NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA, DIFICILMENTE SERÃO VENCIDOS MAIS TARDE.

A – A infância e a mocidade são tempos de semeadura.
1– O que fazemos hoje nos molda o caráter e nos determina o destino futuro.
a) A inexorável lei natural é: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará”. (Gal. 6:7).
b) Alguém acertadamente disse:
“Semeia um pensamento, colhe uma ação;
Semeia uma ação, olhe um hábito;
Semeia um hábito, colhe um caráter;
Semeia um caráter, colhe um destino”.
B – “Acima de quaisquer dotes naturais, os hábitos estabelecidos nos primeiros anos decidem se a pessoa será vitoriosa ou vencida na batalha da vida. A juventude é o tempo da semeadura. Determina o caráter da colheita, para esta vida e para a outra”. (Ellen G. White, Mente, caráter e Personalidade, v.1, p. 308).
1– Davi, o jovem hebreu, semeou na mocidade o que fez dele um grande rei.
2– Saul, outro jovem hebreu, semeou o que lhe trouxe fracasso – A Insubmissão.
3 - João Batista, o precursor de Jesus, na mocidade semeou temperança e apego a Deus, e como resultado tornou-se o maior profeta.
4 - Caim, Esaú e Judas semearam na juventude o que os levou à ruína.
C – Muitos dos maus hábitos da mocidade vêm a ser, para o adulto, qual cadeia de ferro: é quase impossível vencê-los.
D – Aplicação: Meu prezado jovem, o que você está semeando em sua vida?
1 – Hábitos de sobriedade, domínio próprio, linguagem sã, paciência, cortesia, pureza, veracidade, honestidade?
a)É isso que deve ser feito para ser um vencedor na vida. Mas isso não pode ser feito sem Deus. Por isso Ele diz: “Lembra-te do Teu Criador nos dias da tua mocidade”.

III – OUTRA RAZÃO: SE DEUS MERECE A NOSSA VIDA, DEVEMOS DÁ-LA “EM FLOR.”

A – Dar a vida “em flor”a Deus.
1 – Imagine se alguém lhe desse, como presente, umas flores murchas e sem vida, que você faria? Por certo, jogaria fora...
2– Por que dar a vida a Deus depois de arruinada, quando já pouco ou nada podemos fazer para Ele?
3– É uma honra para Deus dar-lhe alguém a vida em pleno vigor, com forças e tempo para muito empreender e fazer pelo céu.
B – O verdadeiro êxito da vida está em dedicá-la a Deus e ao Seu serviço.

IV – EM QUARTO LUGAR, CONVÉM-NOS BUSCAR A DEUS NA MOCIDADE, PORQUE O CAMINHO DO SENHOR É CAMINHO DE PAZ E DE VENTURA.

A – Ser cristão é ser feliz.
1– Mesmo em face da adversidade, o verdadeiro cristão goza paz, profunda paz.
2– Tem uma viva esperança. Antegoza o céu nesta terra e nesta vida.
B – Muitos têm a pseudoideia de que a religião cristã é de renúncias e de “nãos”.
1 – O verdadeiro cristão renuncia o mal e nunca o bem.

V – EXEMPLOS DOS QUE BUSCARAM A DEUS NA MOCIDADE.

A – José do Egito – Quem não ouviu falar do seu nome?
1 – Quando ainda tinha 20 anos foi vendido como escravo. Resolveu ser fiel ao Deus de seus pais, acontecesse o que acontecesse.
2– Tentado, resistiu a tentação, dizendo: “Como cometeria tamanho mal e pecaria contra Deus?” (Gen. 39:9).
3 – Provado no cárcere, suportou a prova. Venceu. Salvou as nações da fome.
B – O jovem Daniel
1 – Outro moço, que também cativo na corte babilônica, “Assentou-se no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei”. (Dan. 1:8).
2 – Daniel não se deixou corromper pelas práticas pagãs de seus senhores. Deus honrou o fiel cativo e por seu intermédio fez conhecido e Seu nome em dois grandes impérios.
Experiência: Jovem ex-adventista com AIDS.
Sem mencionar nome, nem lugar, quero contar o caso de um jovem adventista. Era um rapaz bonito. Muito querido por toda a igreja, especialmente pelas meninas. Ele abandonou a igreja. Caiu no pecado. Passou a viver para o sexo. Dizia: “Para mim agora, qualquer uma que cair na rede é peixe”.
Igreja, nunca mais. O que ele não sabia era que um dia iria cair na rede dele um tubarão. Muito grande. Boca enorme. Dentes grandes e afiados. Entregou-se completamente ao pecado.
Um dia ficou doente. Não sabia o que tinha. Certo dia encontrou, por acaso, na rua, uma moça adventista, que trabalhava num posto de saúde. Ela quase não o conheceu de tanto magro que estava. Vendo-o de perto disse: “O que se passa com você? Está parecendo uma caveira. Você está doente”. Ela sugeriu que ele fosse ao posto médico fazer alguns exames. Ele foi. O médico pediu apenas um exame: de sangue. Uma semana depois voltou para receber o resultado do exame. Entregaram os exames de todos, mas o dele não aparecia. Zangado, foi falar com a enfermeira-chefe que o informou que ele precisava falar pessoalmente com o médico. O médico entregou o resultado do exame que continha apenas uma palavra: Soropositivo. Ele não entendeu o significado. O médico esclareceu: “Você está com o vírus HIV. Ele também não entendeu. Procurou: O que significa isso? O médico falou de forma bem clara: Você está com AIDS”.
Imediatamente foi para casa e contou para sua mãe, adventista. Ambos oraram. Decidiu voltar para a igreja. Foi urgente falar com o pastor da igreja sobre a sua situação física e espiritual. Logo a notícia se espalhou. Todos já sabiam que ele estava com AIDS.
Um sábado à tarde foi assistir ao programa JA. Sentou num banco sozinho. Ninguém queria ficar junto dele. Vendo aquela situação triste, o pastor foi o único a sentar ao seu lado. Tempo depois foi rebatizado. Não durou muito tempo. Já faleceu...
Aplicação homilética - O Diabo é assim. Ele vende a sua mercadoria bem barata para pagar quando quiser ou puder. Só que no fim ele exige um preço muito alto: a própria vida.

Conclusão:

A – Hoje é o dia da salvação.
B – Hoje é o dia de nos entregarmos ao Senhor.
C – A Bíblia diz: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração...” (Heb. 3:7).

Oração:

Senhor Deus e Pai,
Neste momento, queremos Te agradecer por muitas bênçãos que temos recebido das Tuas bondosas mãos. Queremos Te agradecer também por esta jovem que hoje completa 15 anos na sua existência. Queiras abençoá-la, a fim de que ela continue crescendo não apenas física, mas também moral e espiritualmente, sendo fiel a Ti todos os dias da sua vida. Que esta data se repita muitas vezes na sua existência. Nós tudo Te pedimos em nome de Jesus. Amém!

Hinos sugeridos: H.A. 484, 502, 494.

Pr. Emmanuel de Jesus Saraiva
Natural de São Luís – Ma. Formado em Teologia, Pedagogia e Letras. Autor de dois livros: “Memórias da África” e “A História do Adventismo no Maranhão”. Trabalhou como pastor em várias igrejas no Maranhão, dentre as quais a Igreja Central de São Luís. Foi departamental de Jovens e Educação nas Missões Costa Norte, Central Amazonas e Nordeste e diretor do Educandário Nordestino Adventista – ENA. Por seis anos foi missionário na África, como diretor do Seminário Adventista de Moçambique, onde lecionou várias disciplinas teológicas, dentre as quais Homilética e Oratória. Casado com a professora aposentada Nilde Fournier Saraiva. Tem duas filhas: Raquel e Léia. Trabalhou como pastor por 35 anos. Hoje, jubilado, mora em São Luís - MA e atua como Ancião da Igreja do Colégio Adventista de São Luís - CASL.     
 

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