Um dos melhores recrutadores de pessoas que conheci me dizia que o que ele mais observava era o brilho nos olhos dos candidatos no momento das entrevistas. O currículo era um mero desempatador, dizia ele. O que me fazia acreditar numa pessoa era o brilho de seus olhos.
Ele me contava que enquanto conversava com o candidato sobre vários assuntos, ficava observando o brilho dos olhos. Há pessoas que os olhos só brilham quando se fala em salário, comentava ele. Há outras que não brilham para tema algum - estão ali apenas em busca de um emprego. Há outras, porém, que os olhos brilham quando se lhes apresenta um desafio, uma dificuldade a ser transposta, uma nova oportunidade de aprendizagem. Esses eram os meus escolhidos, dizia ele. E nunca errei, completava com orgulho.
As empresas de hoje precisam de pessoas que queiram aprender, fazer, criar, inovar, se desafiar. Pessoas que façam parte da solução e não do problema. Pessoas que se comprometam, façam tudo com atenção aos detalhes e terminem o que começar. Enfim, pessoas motivadas para a ação.
Muitos me dirão que isso é “papo de patrão” e que o empregado é explorado pela empresa e que não tem que se comprometer nada além do que seu mísero salário. Para esses minha resposta é: vivam assim; ajam assim; pensem assim e verão o sucesso pessoal e profissional que terão e o quão felizes serão como pessoas.
O ser humano tem que sentir orgulho de seu trabalho, de sua participação, daquilo que faz. Esse é um componente fundamental de sua felicidade pessoal e profissional. E o sucesso profissional o fará uma pessoa mais equilibrada e capaz de lutar pelo seu bem estar familiar, pessoal, espiritual, psicológico. Para isso é claro que as empresas devem propiciar um ambiente favorável de trabalho em todos os sentidos, mas cabe a cada um de nós construir esse ambiente, fazê-lo acontecer com harmonia e dedicação em benefício dos clientes, das pessoas que compram nossos produtos e utilizam nossos serviços e de nossos colegas de trabalho.
Pessoas que lutam nessa direção têm seus olhos brilhando o tempo todo. Não se entregam; se desafiam todos os dias a humanizar cada vez mais o seu trabalho e dignifica-lo com a busca da excelência. Passam do plano do choro ao plano da ação. Agem em direção ao equilíbrio pessoal e profissional, fazem mais do que os outros esperam; andam o quilômetro extra e por isso vencem e são mais felizes.
E você? Pelo que brilham os seus olhos?
Pense nisso. Sucesso!
PROF. LUIZ MARINS
Antropólogo. Estudou Antropologia na Austrália (Macquarie University/School of Behavioural Sciences) sob a orientação do renomado antropólogo indiano Prof. Dr. Chandra Jayawardena e na Universidade de São Paulo (USP), sob a orientação da Profa.Dra. Thekla Hartmann;
- Licenciado em História (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Sorocaba); estudou Direito (Faculdade de Direito de Sorocaba); Ciência Política (Universidade de Brasília - UnB); Negociação (New York University, NY, USA); Planejamento e Marketing (Wharton School, Pennsylvannia, USA); Antropologia Econômica e Macroeconomia (Curso especial da London School of Economics em New South Wales) e outros cursos em universidades no Brasil e no exterior.
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