Salmo 23 - O Senhor é meu Pastor, nada me faltará...

1. Uma fórmula para o pensamento. Um pastor recebeu a visita de um homem que admira muitíssimo. Ele começara a trabalhar em uma certa empresa, muitos anos atrás, exercendo uma função inferior, mas com muita vontade de vencer. Ele era dotado de muitas habilidades, e de uma grande energia, e fez bom uso disso. Hoje, esse homem é o presidente da companhia, e possui tudo que tal cargo representa. Entretanto, durante a caminhada que o levaria a esta posição, ele não obteve a felicidade pessoal. Tornou-se nervoso, tenso, preocupado, doentio. Um de seus médicos sugeriu-lhe que procurasse um pastor. O pastor e ele conversaram sobre os remédios que lhe haviam sido receitados e que ele tomara. Depois, o pastor pegou uma folha de papel e lhe deu a sua receita: ler o Salmo 23, cinco vezes por dia, durante uma semana. Disse que o tomasse exatamente como ele indicara. Primeiro, deveria lê-lo logo que acordasse de manhã, atentamente, meditando bem nas palavras, e em espírito de oração. Depois, ele

Um discípulo chamado Tomé


Textos: João 14:4-6; João 11:7,8 e 16; João 20:19,24-28.

Introdução:

A – Inúmeras vezes temos ouvido pessoas dizerem:

1 – “Fulano de tal é como Tomé”.
2 – “Eu também sou como Tomé: só creio se eu vir”.

B – Para o mundo em geral a palavra “Tomé” é sinônimo de incredulidade e de descrença.

1 – Tomé tornou-se o símbolo de desconfiança, receio, suspeita e dúvida.
2 – No Brasil, quase não encontramos pessoas com esse nome.

a) Existem muitos José, Lucas, Pedro, João, mas Tomé...
b) Quem aqui se chama Tomé?

(1) Seus pais, sendo inteligentes, evitaram as piadinhas e galhofas com o seu nome...

C- Mas quem foi Tomé?

1 – Foi um dos discípulos de Jesus.
2 – Mas será que Tomé foi tão ruim e incrédulo como geralmente admitimos?
3 – Façamos um júri. Coloquemos Tomé no banco de réu. Quero ser o seu advogado.

D – Estudemos a sua vida.

1 – Espero que os irmãos possam tirar um grande proveito da vida desse homem de Deus.
2 – Particularmente tenho aprendido uma grande lição para mim ao estudar o caráter desse seguidor de Jesus.

I – TOMÉ – O INVESTIGADOR SINCERO –“Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?” (João 14:5).

A – Como saber o caminho? Era a preocupação de Tomé. Preocupava-se com a investigação científica.

B – Quão bom seria se a humanidade que vive sem rumo, parasse um pouco e interrogasse:

1 – Que caminho eu devo seguir?

C – A pergunta de Tomé não ficou sem resposta.

1 – Jesus lhe respondeu: – “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” (14:6).

a) Todo judeu conhecia muito bem esta expressão: Caminho, Verdade e Vida.

(1) Era um termo que simbolizava todo o santuário. Ou seja: as três partes do santuário.
(2) O santuário estava dividido em: pátio, o lugar santo e o lugar santíssimo.

(a) O pátio era chamado de “Caminho”.
(b) O lugar santo era chamado de “Verdade”.
(c) O lugar santíssimo ou santo dos santos era chamado de “Vida”.
b) Por isso, quando Jesus respondeu a pergunta de Tomé, Ele estava dizendo que representava todo o santuário: o Caminho, a Verdade e a Vida.

D – Irmãos, neste ponto precisamos ser como Tomé.

1 – Precisamos conhecer bem o caminho.
2 – Precisamos examinar a Palavra de Deus para não sermos confundidos com os pseudo–caminhos.
3 – Cristo certa vez disse: “Examinai as Escrituras”.

a) Tomé levava a sério o exame das Escrituras.
b) Ele não confiava apenas no que os outros diziam e ensinavam.

(1) Gostava de examinar por si mesmo.

Aplicação: - Você tem seguido as pisadas de Tomé? Você examina a Palavra para saber de fato é assim?

E – Vale a pena examinar por nós mesmos.

1 – Precisamos acatar o que o pastor prega, o que é dito na igreja, o que a igreja ensina, mas isto só não é suficiente. Precisamos examinar por nós mesmos.
2 – Precisamos obedecer tudo o que é ensinado na igreja.

a) Mas precisamos também conhecer a fundo esses ensinamentos. Temos de examinar estas verdades.

F – A Palavra de Deus é como um tesouro.

1 – Não se encontra metais preciosos na superfície. É preciso cavar profundamente até encontrar.

a) Ninguém anda chutando ouro nas ruas...

(1) O ouro está nas profundidades.

G – A Igreja Adventista de Ontem e de Hoje.

1 – Ontem – O Povo da Bíblia. Ganhamos vários concursos bíblicos.

a) Religião individual.
2– Hoje – Religião coletiva.

a)Muitas reuniões na igreja. Muitas programações e atividades, mas pouca preocupação com o estudo individual e pessoal.

H – Se já nascemos e um lar adventista, que coisa boa!

1 – Mas precisamos conhecer profundamente a fé dos nossos pais.

II – TOMÉ – O VERDADEIRO SEGUIDOR DE JESUS. – “Então, Tomé, chamado Dídimo, disse aos condiscípulos: vamos também nós para morrermos com Ele”. (João 11:16).

A – Por ensinar a verdade, indo em choque com as doutrinas dos escribas e fariseus, quiseram apedrejar o Mestre.

1 – Jesus havia curado um cego de nascença.
2 – Jesus havia dito ser igual ao Pai.
3 – Jesus havia dito ser Ele o próprio Deus.

B – Por esses e outros motivos, os doutores da lei quiseram tirar-lhe a vida antes do tempo.

1 – Jesus e seus discípulos, deixaram o templo, lugar onde já eram bem conhecidos, e vão para os lugares solitários, onde João Batista pregara muitas vezes.

a) Jesus estava agora ensinando além do Jordão, para se livrar da perseguição dos inimigos.

C- Aconteceu, porém, algo muito triste na cidade de Betânia. Lázaro adoeceu e logo veio a falecer.

D – Jesus chama os discípulos em particular com uma sugestão: – “Depois, disse aos discípulos: Vamos outra vez para a Judéia. Disseram-lhe os discípulos: Mestre, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e voltas para lá?” (João 11:7,8).

1 – Agora, vem a resolução de Tomé: – “Então, Tomé chamado Dídimo, disse aos condiscípulos: Vamos também para morrermos com Ele.”
2 – Que profunda convicção tinha Tomé.
3 – Que profunda fé tinha Tomé!

a) Ele estava disposto a ser apedrejado. Estava disposto a morrer ao lado de Jesus.

4 – Durante a história da igreja cristã, milhares morreram por sua fé, quem sabe inspirados no belo exemplo de Tomé: “Vamos também para morrermos ao lado dele”.

Aplicação: – Irmãos, temos nós essa convicção que tinha Tomé?

III – T O M É - O CORAJOSO. – “Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!” (João 20:19).

A – Estavam trançados num quarto com medo de serem crucificados também.

1 - Estavam-se pelando de medo.

B – Tomé não estava presente. – “Ora, Tomé um dos doze, chamado Didimo, não estava com eles quando veio Jesus”. (João 20:24).

1 – Ele não estava trancado. Por quê? Porque não estava com medo.

IV - T O M É - O ADORADOR.

A – Uma única vez, Tomé disse algo que não deveria ter dito e ficou estigmatizado para sempre.

1 – Apenas uma vez ele errou e por isso ficou o seu nome na história.

a) Como dizemos na linguagem popular: “Tomé pisou na bola”.

(1) Que isto sirva de lição para nós...

B – Vamos ao texto que se tornou o estigma de Tomé: – “Disseram-lhe então os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos os sinais dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei.” (João 20:25).

C - Tomé encontra-se com Jesus. – “E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos. Chega também a mão e põe-na no meu lado; não seja incrédulo, mas crente.” (João 20:27).

1 – Esta resposta de Jesus foi uma represália à incredulidade de Tomé.

D – Agora vem o seu ponto forte. – “Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!” (João 20:28).

1 – Para Tomé, o Senhor Jesus era mais do que um simples homem: era Deus.

Aplicação – Temos conhecido a Jesus Cristo como nosso Deus e Senhor de nossa vida?

CONCLUSÃO:

A – Aprendamos a lição da vida deste homem de Deus.

1 – Como um grande investigador e interrogador da verdade.
2 – Como um verdadeiro seguidor de Jesus.
3 – Como um corajoso soldado de Jesus.
4 – Como um adorador sincero.

B – Sua morte. Tomé foi um discípulo fiel a Jesus até à morte. Exceto Judas, todos os discípulos de Jesus foram fiéis até o fim da vida.

C – O martírio dos apóstolos, segundo a tradição:
1 – Mateus – Morto à espada numa cidade da Etiópia.
2 – Marcos – Foi arrastado pelas ruas de Alexandria, no Egito, até morrer.
3 – Lucas – Enforcado numa oliveira, na Grécia.
4 – Tiago, o maior, - Foi degolado em Jerusalém.
5 – Tiago, o menor,- Foi lançado do pináculo do templo a baixo.
6 – Felipe – Foi enforcado num pilar em Hierópolis, cidade da Frigia.
7 – Bartolomeu – Foi esfolado vivo por ordem de um rei bárbaro.
8 – André – Crucificado na Escítia.
9 – Pedro – Morreu crucificado de cabeça para baixo, em Roma.
10 – Paulo, que não foi um dos discípulos, - Degolado em Roma.
11 – Judas enforcou-se.
12 – João – O único que teve morte natural.

a) Dizem que, bem velhinho, andava de bengalas pelas ruas da cidade de Éfeso.

(1) Passou por muitas provações:

- Foi jogado dentro de um caldeirão de azeite fervendo, e nada lhe aconteceu. Ficou nadando...
- Foi um prisioneiro na ilha de Patmos.

13 – Ah! Está falando um: Tomé. Como morreu Tomé, segundo a tradição? Tomé pregou o evangelho aos partos, chegando até a Índia, sendo morto em Calamina.

D – Que a nossa vida seja semelhante à de Tomé!

ORAÇÃO: Senhor Deus, nosso Pai, nós que vivemos nos dias de tanta incredulidade, queremos Te pedir fé para vencermos o mundo descrente que nos cerca. Senhor, ajuda-nos confiar sincera e piamente em Ti todos os momentos de nossa vida, sem nunca vacilar. Em nome de Jesus. Amém!

Hinos sugeridos: H.A. 258, 261, 292.


Pr. Emmanuel de Jesus Saraiva
Natural de São Luís – Ma. Formado em Teologia, Pedagogia e Letras. Autor de dois livros: “Memórias da África” e “A História do Adventismo no Maranhão”. Trabalhou como pastor em várias igrejas no Maranhão, dentre as quais a Igreja Central de São Luís. Foi departamental de Jovens e Educação nas Missões Costa Norte, Central Amazonas e Nordeste e diretor do Educandário Nordestino Adventista – ENA. Por seis anos foi missionário na África, como diretor do Seminário Adventista de Moçambique, onde lecionou várias disciplinas teológicas, dentre as quais Homilética e Oratória. Casado com a professora aposentada Nilde Fournier Saraiva. Tem duas filhas: Raquel e Léia. Trabalhou como pastor por 35 anos. Hoje, jubilado, mora em São Luís - MA e atua como Ancião da Igreja do Colégio Adventista de São Luís - CASL.

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