SALMO 1 - A PRIMAZIA DA PALAVRA

1 Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 2  Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. 3  Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido. 4 Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa. 5  Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos. 6  Pois o SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá. Este poema é uma introdução de encaixe ao livro de 150 salmos. Revela o padrão básico da sabedoria e adoração de Israel. A vida é vista não nos momentos isolados do presente, mas na perspectiva da eternidade, na visão de Deus. O autor conecta vida humana intimamente com a vontade e o coração de Deus. O salmo lança um apelo desafiador a Israel – e a to

Quem tem medo de 2010?


Todos os indicadores econômicos são favoráveis neste final de 2009. E os dados da economia apontam para um 2010 com crescimento. Crescem os investimentos externos e o crédito disponível em níveis recordes. O nível de emprego parou de cair. A produção industrial tem crescido. Até a poupança interna mostra sinais de melhora. A classe média assume um papel preponderante no mercado. Um novo consumidor surge com grande avidez e exigências nunca vistas.

O mundo todo está falando, estudando e procurando conhecer melhor os chamados BRIC countries – Brasil, Rússia, Índia e China. Em qualquer universidade estrangeira que se estude ou lecione, só se ouve falar nos BRIC. Muitas universidades e pensadores querem trocar a Rússia pela Indonésia, falando em BIIC’s, mas nenhum pensador sério fala em tirar o Brasil dessa lista.

E, quem tiver uma visão desapaixonada e crítica, e não for na onda só dos especuladores financeiros, vai chegar à mesma conclusão que vários estudiosos estão chegando e que nós vimos dizendo já há alguns anos(*). A China tem tido um crescimento espetacular. Mas é preciso considerar que a base sobre a qual esse crescimento é medido era muito baixa e pobre. Além disso, é preciso considerar os aspectos jurídicos, políticos, de idioma, de ausência de democracia, antes de pensar na China a longo prazo. Como será a China quando a sua população exigir um governo democrático? Como ficarão os custos de produção quando os trabalhadores chineses exigirem seguridade social, saúde, participação nos resultados? O que fazer com os 800 milhões de campesinos no mais atrasado estado de desenvolvimento agrícola? Estas e outras questões invadem as salas das universidades do mundo inteiro.

Será a Índia mais fácil? Vamos nos lembrar que há mais de 1.652 dialetos na Índia, 325 idiomas sendo 22 idiomas oficiais. 22% dos miseráveis do mundo estão na Índia e um complexo sistema de castas difícil de ser compreendido pelos ocidentais. Assim, montar uma indústria na Índia é uma tarefa hercúlea. Há áreas (clusters) de grande desenvolvimento como Bangalore no ramo da tecnologia. Mas a Índia como um todo é um dos mais complexos países do mundo.

Dos BRIC’s, o Brasil é o único país ocidental, com sistema jurídico conhecido com base no direito romano. Os costumes, o idioma, o modo de viver é bastante semelhante ao dos grandes países investidores, os chamados G6 – Estados Unidos, alguns países europeus e Japão. A mão-de-obra brasileira, quando treinada, tem mostrado ser capaz de altos índices de produtividade, comparáveis aos do primeiro mundo. O mercado interno é muito atrativo. Somos um dos maiores mercados do mundo e a oitava maior economia dentre os 192 países que compõem a ONU. Até geograficamente somos privilegiados.

Com tudo isso, sem dúvida, o Brasil irá se consolidar como um dos mais atraentes destinos para o capital internacional e se tornar uma das mais importantes plataformas exportadoras do século XXI. Montar uma fábrica no Brasil é, em relação aos demais países e com perspectiva de longo prazo, mais fácil e seguro, mesmo com o chamado “custo Brasil” e com os problemas que temos em nosso sistema portuário e de infraestrutura. É bom lembrar que somos uma democracia e que nossas conquistas econômicas e sociais foram feitas democraticamente.

Assim, terá medo de 2010, o empresário que não acreditar em nossas possibilidades e ficar esperando para ver o que irá acontecer. Terá medo de 2010 o profissional que não se especializar para se tornar a cada dia mais excelente no que faz. Terá medo de 2010 o estudante que não estudar e ainda acreditar que poderá “empurrar com a barriga” o seu curso e que seu diploma resolverá todos os problemas de emprego. Terá medo de 2010 aquele empresário que não compreender que qualidade, produtividade, extrema preocupação com custos, política de caixa, simplicidade, tecnologia e gente excelente são hoje os fundamentos do sucesso.
Terão medo de 2010 os acomodados, os que vivem procurando culpados para o seu fracasso. Terão medo de 2010 os que vêem todas as vantagens e aspectos positivos de outros países e só enxergam as mazelas e as negatividades do Brasil. Enfim, terão medo de 2010 os mesmos que sempre buscaram uma explicação externa para seu fracasso. Os mesmos, os de sempre....

Pense nisso. Sucesso! Feliz 2010!


PROF. LUIZ MARINS

Antropólogo. Estudou Antropologia na Austrália (Macquarie University/School of Behavioural Sciences) sob a orientação do renomado antropólogo indiano Prof. Dr. Chandra Jayawardena e na Universidade de São Paulo (USP), sob a orientação da Profa.Dra. Thekla Hartmann;

- Licenciado em História (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Sorocaba); estudou Direito (Faculdade de Direito de Sorocaba); Ciência Política (Universidade de Brasília - UnB); Negociação (New York University, NY, USA); Planejamento e Marketing (Wharton School, Pennsylvannia, USA); Antropologia Econômica e Macroeconomia (Curso especial da London School of Economics em New South Wales) e outros cursos em universidades no Brasil e no exterior.

Site: Anthropos

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