SALMO 1 - A PRIMAZIA DA PALAVRA

1 Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 2  Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. 3  Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido. 4 Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa. 5  Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos. 6  Pois o SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá. Este poema é uma introdução de encaixe ao livro de 150 salmos. Revela o padrão básico da sabedoria e adoração de Israel. A vida é vista não nos momentos isolados do presente, mas na perspectiva da eternidade, na visão de Deus. O autor conecta vida humana intimamente com a vontade e o coração de Deus. O salmo lança um apelo desafiador a Israel – e a to

A (não) união da Europa

Será realizada ao princípio da noite de hoje na capital portuguesa, a cerimónia de entrada em vigor do Tratado de Lisboa.

Depois do fracasso na tentativa de implementação de uma Constituição Europeia, o objetivo dos líderes europeus manteve-se intato: criar condições para que os estados da Europa se unam o mais possível, criando aquilo que poderemos chamar de governo supra-nacional. Após algum tempo, surgiu um novo acordo, sob a forma deste tratado, que não passa de uma redefinição dos termos previstos na falhada Constituição europeia.

Sinceramente, não estou muito interessado no articulado deste novo documento. Li algumas breves referências que indicam as mudanças mais significativas em termos de governação. Talvez o que eu tenha extraído de mais significativo seja o fato dos estados perderem alguma autonomia, salvo os casos salvaguardados de cedências pontuais que permitiram a sua ratificação em todos os países subscritores.

Entretanto, guardo para mim o essencial: esta é mais uma tentativa de unir as nações da Europa.

A História universal regista com rigor outros momentos em que, com métodos diferentes, o mesmo objetivo foi tentado alcançar. Alguns exemplos são os casamentos entre as realezas europeias, o expansionismo de Napoleão Bonaparte ou o ímpeto conquistador de Adolf Hitler.

E, algo de comum existe entre todos estes casos: eles falharam. Redondamente.

A realeza europeia, hoje, pouco mais é do que uma tradição. Napoleão ficou como um dos grandes estrategas militares da História. Hitler é o principal personagem dos compêndios de maus exemplos de tratamento humano (pelo menos, sob o ponto de vista ocidental). E, para todos eles, resta em memória pouco mais do que isso.

Para respondermos à pergunta 'porque falharam?', teremos de analisar caso a caso e perceber circunstâncias e condições particulares? Não, não precisamos. Pelo menos, para entender a razão de fundo.

Há cerca de 24 séculos que Deus respondeu àquela questão, bem antes dela ser formulada.

Os Adventistas do Sétimo Dia, defendem na sua interpretação de Daniel 2 que a Europa é representada por uma mistura de barro e ferro, materiais constituintes da estátua que Nabucodonosor, rei de Babilónia, contemplou em sonho - estes dois materiais formam os pés da imagem.

Tal qual barro e ferro não fazem uma mistura homogénea, assim as nações da Europa não se unirão, segundo a profecia entregue por Deus.

Creio que, como Adventistas do Sétimo Dia, devemos assumir firmemente as nossas convicções. Por isso, num momento em que, supostamente, as nações da Europa dão um passo gigantesco em direção a uma união, não devemos temer por aquilo em que desde sempre acreditamos, antes proclamá-lo com bem maior vigor e determinação.

Repare: enquanto hoje os homens promovem união, Deus há muito deixou bem claro que essa união não existiria. Assim, em quem vai acreditar? Nas aparências humanas ou no desígnio de Deus?

Quando, através do mesmo sonho, Deus informou Nabucodonosor que o seu reino passaria, o monarca desafiou o aviso divino, construindo, para adoração, uma estátua à sua imagem, como que perpetuando na história a posição de Babilónia.

Alguns anos mais tarde, esta nação foi invadida e derrubada pelos medo-persas e, hoje, apenas as ruínas testemunham da sua anterior grandeza...

Prefiro, respeitosamente, desafiar os homens e aquilo que eles intentam, do que o Deus que tem nas Suas mãos o destino dos séculos!

Por isso, fundamentado nos ensinamentos da Bíblia, sei que, por muitos passos que sejam dados nesse sentido, ninguém conseguirá concretizar a união total das nações europeias. Porque Deus assim o disse.

FILIPE REIS
Nascido e educado na Igreja Adventista do Sétimo Dia e batizado em Março de 1989, aos 13 anos. Vive em Vila Nova de Gaia, Portugal. Serviu vários anos como Diretor da Escola Sabatina e Ancião na Igreja de Pedroso, Portugal, entre outras funções. Atualmente, é Colportor Evangelista da União Portuguesa. Em breve iniciará a formação em Teologia, para servir como Pastor. Editor do Blog O Tempo Final. Casado com Sofia, têm um bebé, Caleb Filipe, nascido em Junho de 2009.

Comentários