SALMO 1 - A PRIMAZIA DA PALAVRA

1 Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 2  Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. 3  Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido. 4 Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa. 5  Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos. 6  Pois o SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá. Este poema é uma introdução de encaixe ao livro de 150 salmos. Revela o padrão básico da sabedoria e adoração de Israel. A vida é vista não nos momentos isolados do presente, mas na perspectiva da eternidade, na visão de Deus. O autor conecta vida humana intimamente com a vontade e o coração de Deus. O salmo lança um apelo desafiador a Israel – e a to

Expectativas e esperanças

Durante os últimos dois dias, ouvi comentadores abordarem, alguns extensivamente, o primeiro ano passado após a eleição de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos da América. As suas primeiras decisões de forte impacto, a situação no Afeganistão e Iraque, o problema climático e a reforma na saúde foram alguns dos temas analisados nesse balanço.

Recuando no tempo, recordo bem os comentários que se fizeram no dia da vitória eleitoral, nas oito semanas que se passaram até à tomada de posse e nos primeiros meses de mandato. Por todo o lado, em todas as vozes, eram repetidas duas expressões que Obama fez questão de quase transformar em segundo hino nacional: "sim, nós podemos" e "esperança".

Mas, na referida análise que ouvi acerca do primeiro aniversário sobre a vitória de Obama, estes termos já quase não foram escutados; e, nas breves ocasiões em que o foram, o objetivo não foi evocar uma perspetiva, mas denunciar um pré-aviso de desilusão...

Quando Obama venceu as eleições, tive oportunidade de perguntar: 'Barack Obama: a nova esperança do mundo?' Por uma série de razões, sentia-se no ar uma atmosfera de confiança, de que tudo seria bem melhor a partir dali. E não me refiro somente aos EUA, mas a muitos e diferentes países mundiais - mesmo do mundo árabe vieram palavras não tão belicistas como habitualmente.

No entanto, após o inicial período de encantamento, que talvez tenha durado mais do que o normal num político que chega a um novo poder, a dura realidade dos fatos (leia-se, dificuldades e/ou impossibilidades) começou a abater-se sobre a figura de Obama. Não que ele seja culpado por isso; tão somente, como sugeri então, o depositar de esperança numa vida melhor sobre os ombros de um homem (seja ele Obama ou outro qualquer) só pode conduzir, mais tarde ou mais cedo, a um desapontamento por não concretização das expetativas criadas e alimentadas.

Obama já percebeu que não conseguirá resolver o Afeganistão e o Iraque tão cedo quanto gostaria; a reforma da saúde fez endurecer o discurso daqueles que lhe apontam uma politica de esquerda profunda; os seus índices de popularidade desceram para valores impensáveis há doze meses, de tal forma que o fenómeno se alastrou a outros elementos do Partido Democrata; o novo acordo ambiental, que deverá substituir Kyoto, tem sido dificílimo de acertar...

E quanto aos sedentos esperançosos no novo presidente? Será que já perceberam alguma coisa ao fim de um ano?

Repito: não pretendo condenar Obama como incapaz ou incompetente. O foco do meu comentário está na expetativa ansiosamente criada por milhões de pessoas em torno de um simples homem. É a estes que dirijo as duas perguntas anteriores!

Talvez alguns cidadãos mundiais ainda fiquem com reservas em admitir o erro de confiança mal depositada. Mas, deixe-me ajudá-los nesse objetivo com as palavras da Escritura: 'maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço' (Jeremias 17:5)!

Barack Obama é um indivíduo muito inteligente. A sua meteórica ascensão ao mais importante cargo da política mundial é digno de registo valoroso. Pode até tomar medidas importantes que beneficiem os cidadãos do mundo (e oxalá o faça!). Mas não será ele quem trará a esperança e a mudança que este mundo necessita...

Procure na História deste mundo e encontrará milhares de homens e mulheres que deram o seu contributo para uma melhor vida dos seus semelhantes. Mas só irá encontrar Um Único que tenha concretizado as esperanças de uma vida livre de guerras, doenças, lágrimas dor e tristeza.

E se isso ainda não se concretizou definitivamente, é porque Ele espera até que todos finalmente decidam em quem querem depositar as suas expetativas e esperanças: num qualquer homem que pode falhar, ou Nele mesmo, o Salvador do mundo, que não pode errar!


FILIPE REIS
Nascido e educado na Igreja Adventista do Sétimo Dia e batizado em Março de 1989, aos 13 anos. Vive em Vila Nova de Gaia, Portugal. Serviu vários anos como Diretor da Escola Sabatina e Ancião na Igreja de Pedroso, Portugal, entre outras funções. Atualmente, é Colportor Evangelista da União Portuguesa. Em breve iniciará a formação em Teologia, para servir como Pastor. Editor do Blog O Tempo Final. Casado com Sofia, têm um bebé, Caleb Filipe, nascido em Junho de 2009.

Comentários

  1. Vocês não imaginam como a expansão da palavra de DEUS tém tido grandes impactos e resultados atarvéz da sua divulgação por meios tecnológicos.falo porque eu pessoal mente como editor do blog míddia Adventista já fui alvo se exclarecimentos quer de questões espirituais assim como sóciopolítico ou cultural.

    É bom que continuemos
    Abraços para vocês, e Paz no Senhor.

    Edson Cardoso

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