SALMO 1 - A PRIMAZIA DA PALAVRA

1 Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 2  Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. 3  Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido. 4 Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa. 5  Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos. 6  Pois o SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá. Este poema é uma introdução de encaixe ao livro de 150 salmos. Revela o padrão básico da sabedoria e adoração de Israel. A vida é vista não nos momentos isolados do presente, mas na perspectiva da eternidade, na visão de Deus. O autor conecta vida humana intimamente com a vontade e o coração de Deus. O salmo lança um apelo desafiador a Israel – e a to

O gradual 'apagamento' da figura de Deus

O Pentágono (Departamento de Defesa americano) informou na passada segunda-feira que irá deixar de incluir citações bíblicas na primeira página dos briefings diários de informações confidenciais enviados à Casa Branca, uma prática habitual durante a anterior Administração Bush.

O porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman, referiu não saber desde quando o referido relatório diário cita as passagens da Bíblia Sagrada.

O General Glen Shaffer, reponsável pela introdução dos textos e reformado desde agosto de 2003, referiu ter sido apoiado nesta inciativa pelo presidente Bush e pelo secretário de estado Donald Rumsfeld (que já veio a público negar este dado).

Pelo menos desde o início da invasão do Iraque, os relatórios diários preparados para o presidente americano incluíram versículos dos Salmos, da carta de Paulo aos Efésios e das epístolas de Pedro. Durante a anterior administração, os textos focavam quase sempre a guerra no Iraque.

Aparentemente, esta iniciativa teve o objetivo de apoiar o presidente Bush numa altura em que as mortes de militares americanos aumentavam cada vez mais no Iraque, segundo noticiou a revista GQ. No entanto, um analista muçulmano que trabalha no Pentágono, sentiu-se ofendido com as alusões, que preocuparam também outros funcionários que consideraram as passagens bíblicas inapropriadas.

No dia 20 de abril de 2003, o relatório citava Salmos 33:18, que refere 'eis que os olhos do Senhor estão sobre os que os temem, sobre os que esperam na sua misericórdia', ao lado de imagens do derrube da estátua de Saddam Hussein em Bagdad.

Duas semanas antes, por cima de uma imagem de um tanque americano no deserto, estava o texto de Efésios 6:13 'portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e havendo feito tudo, ficar firmes'.

Noutra imagem, sob fundo de um discurso de Saddam Hussein, lia-se: 'porque assim é a vontade de Deus que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos' (I Pedro 2:15).

O Reverendo Barry W. Lynn, diretor-executivo da 'Americans United for Separation of Church and State' (Americanos Unidos pela Separação de Igreja e Estado), disse a propósito que os soldados americanos 'não são crusados cristãos e não devem ser descritos como tal'.

Lynn continuou: 'representar a guerra no Iraque como um tipo de guerra santa é completamente revoltante. É contrário à separação constitucional de religião e governo e altamente prejudicial para a reputação americana no mundo'.

Veja algumas das imagens em causa aqui, clicando depois em 'CLICK FOR SLIDESHOW >'.

Parece que a herança protestante da América está a ser gravemente ameaçada desde que Barack Obama tomou posse.

Quase sem nos apercebermos, pequenos sinais vão sendo dados de que a grande nação americana, a única no mundo que na sua constituição faz referência a Deus, está a perder o seu sentido religioso.

Não estou a defender a inclusão dos textos bíblicos nos documentos do Pentágono; até julgo que estarão quase todos tremendamente fora de contexto. Mas penso que se discerne aqui um toque claro de descolagem dos princípios protestantes que estiveram na base da fundação dos Estados Unidos.

E, veja-se, isso surge precisamente por uma nobre razão, desde sempre ali defendida: o princípio da liberdade religiosa. Aquilo que começa a ser novo, é o gradual 'apagamento' da figura de Deus, sobre esse mesmo pretexto do respeito pelas crenças de todos, mesmo os que não têm crença alguma.

Sobre o renunciar ao protestantismo, Ellen White escreveu em 1893: 'o povo dos Estados Unidos tem sido um povo favorecido, mas quando eles restringirem a liberdade religiosa, renunciarem ao protestantismo e apoiarem o papado, a medida de sua culpa estará cheia, e nos livros do céu estará escrito: apostasia nacional' (Eventos Finais, pág. 117).

FILIPE REIS
Nascido e educado na Igreja Adventista do Sétimo Dia e batizado em Março de 1989, aos 13 anos. Vive em Vila Nova de Gaia, Portugal. Serviu vários anos como Diretor da Escola Sabatina e Ancião na Igreja de Pedroso, Portugal, entre outras funções. Em breve iniciará a formação em Teologia no Colégio Adventista de Sagunto (Espanha), para servir como Pastor. Editor do Blog O Tempo Final. Casado com Sofia, aguardam para breve o primeiro bebé, que se chamará Caleb.

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