
Com base em entrevistas com mais de 35.000 americanos, com idades de 18 anos ou mais velhos, a Pesquisa do Panorama Religioso nos EUA, compilado pela instituição 'Pew Forum on Religion & Public Life', descobriu que a filiação religiosa nos EUA é ao mesmo tempo "bastante diversificada e extremamente fluída". Contudo, "todas as famílias denominacionais protestantes perdem um considerável número de adeptos de infância para as fileiras dos não-afiliados", relataram os pesquisadores.
Para propósitos do estudo, foi dito que "uma 'família denominacional' é um conjunto de denominações religiosas e congregações relacionadas com uma origem histórica comum". Juntamente com a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a "família adventista" listada pela pesquisa incluía várias outras Igrejas que se desenvolveram a partir de divisões do movimento milerita. Os adventistas do sétimo dia, contudo, compreendem a esmagadora maioria desse grupamento; o monante de um milhão de membros nos Estados Unidos ultrapassa por várias vezes o total combinado de membros dos demais grupos dessa categoria.
Ao mesmo, o percentual daqueles que dizem que não são afiliados com qualquer grupo ou tradição religiosa em particular subiu para 16,1 por cento dos americanos, um aumento líquido de 8,8 pontos, segundo a pesquisa.
"Consideráveis números daqueles criados em todas as religiões--do catolicismo ao protestantismo para o judaísmo--são atualmente desassociados com relação a qualquer denominação em particular", declarou o documento. O número de "não-afiliados" é quase igual aos 18,1 por cento de americanos que alegam ser membros de Igrejas protestantes tradicionais.
Adicionalmente, o relatório indicou que "o grupo que experimentou a maior perda líquida foi a Igreja Católica. Ao todo, 31,4 por cento dos adultos dizem que foram criados como católicos. Hoje, contudo, somente 23,9 por cento dos adultos se identificam com a Igreja Católica, uma perda líquida de 7,5 pontos percentuais.
A entidade sem fins lucrativos "Pew Forum on Religion & Public Life" "busca promover um entendimento mais profundo de questões na intersecção de religião e assuntos públicos", segundo o website do grupo, www.pewforum.org.
De acordo com uma comunicação do grupo à imprensa, "a pesquisa descobriu que o movimento constante caracteriza o cenário religioso americano, com os principais grupos religiosos simultaneamente ganhando e perdendo adeptos. Os que estão crescendo como resultado de mudança religiosa estão simplesmente ganhando novos membros a um índice maior do que suas perdas. Por outro lado, os que estão tendo declínio de números devido a mudança religiosa, simplesmente não estão atraindo novos membros em número suficiente para compensar o número de adeptos que estão deixando essas comunidades de fé em particular".
A educação adventista -- que se crê ser um dos maiores sistemas de escolas paroquiais do mundo -- desempenha uma parte em ajudar os jovens a permaneceram na fé, disse Debra Brill, vice-presidente para ministérios da Divisão Norte-Americana da IASD.
"Os adventistas dão historicamente prioridade à qualidade de formação religiosa para as crianças num currículo sistêmico que cobre desde o nascimento até a educação superior", declara Brill. "A tradição fomenta uma cultura que envolve muitos pais e filhos numa filiação vitalícia com a Igreja Adventista do Sétimo Dia".
Monte Sahlin, especialista em crescimento da Igreja e diretor de pesquisa para a Associação de Ohio, encontrou dados positivos no estudo da Pew, bem como alguns pontos de preocupação.
"Este estudo mostra que a IASD compartilha 0,4 da população e o último estudo de monta desse tipo [da Pesquisa de Identificação Religiosa Americana, de 2001] descobriu que então tinha 0,3 por cento. Ao longo dos últimos sete anos, a Igreja Adventista nos EUA aumentou sua parcela da população em somente um terço", observou Sahlin.
Contudo, ele acrescentou, o "potencial de dados negativos é a clara evidência de um problema de apostasias. O estudo de 2001 descobriu que 73 por cento dos que são criados na Igreja Adventista permaneciam, e isso declinou para 60 por cento. A tendência das novas gerações de adventistas de não se ligar à denominação está acelerando".
O que fazer? "A coisa mais importante que podemos aprender desse tipo de estudo é o ambiente religioso mutante dentro do qual precisamos realizar a missão que Deus nos designou", disse Sahlin.
"Os segmentos de maior crescimento são formados por aqueles que optam por nenhuma religião e os que se unem a congregações não-filiadas a qualquer denominação", ele acrescentou. "Há pouco evangelismo real ocorrendo, em termos de se ganhar porções significativas de descrentes e/ou não-filiados para corporações de fé de base protestante bíblica. "Precisamos levar a sério o trabalho de missões numa América secular, pós-denominacional e parar de ficarmos nas mesmas iniciativas vez após vez".
Comentários
Postar um comentário