tag:blogger.com,1999:blog-314758782024-03-19T07:58:31.174-03:00Nisto Cremos - Sermões e Artigos TeológicosBlog Adventista com Sermões, Estudos Bíblicos e Artigos Teológicos.Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.comBlogger777125tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-51279907017688936582022-05-04T20:39:00.000-03:002022-05-04T20:39:08.606-03:00Salmo 23 - O Senhor é meu Pastor, nada me faltará...
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>
<b><div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="413" src="https://www.youtube.com/embed/OQBzsMOiSkw" width="497" youtube-src-id="OQBzsMOiSkw"></iframe></div><div><b><br /></b></div>1. Uma fórmula para o pensamento.</b><br /><br />Um pastor recebeu a visita de um homem que admira muitíssimo. Ele começara a trabalhar em uma certa empresa, muitos anos atrás, exercendo uma função inferior, mas com muita vontade de vencer. Ele era dotado de muitas habilidades, e de uma grande energia, e fez bom uso disso. Hoje, esse homem é o presidente da companhia, e possui tudo que tal cargo representa.<br /><br />Entretanto, durante a caminhada que o levaria a esta posição, ele não obteve a felicidade pessoal. Tornou-se nervoso, tenso, preocupado, doentio. Um de seus médicos sugeriu-lhe que procurasse um pastor.<br /><br />O pastor e ele conversaram sobre os remédios que lhe haviam sido receitados e que ele tomara. Depois, o pastor pegou uma folha de papel e lhe deu a sua receita: ler o Salmo 23, cinco vezes por dia, durante uma semana. Disse que o tomasse exatamente como ele indicara. Primeiro, deveria lê-lo logo que acordasse de manhã, atentamente, meditando bem nas palavras, e em espírito de oração. Depois, ele o leria após o café, do mesmo modo. Leria após o almoço, e, novamente, após o jantar, e, por fim, antes de se deitar. <br /><br />Esta leitura não poderia ser rápida, apressada. Ele teria que parar em cada frase, e, deixar a mente embeber-se bem do significado de cada uma. O Pastor lhe assegurou que em uma semana as coisas mudariam.<br /><br />Isto pode parecer simples demais, mas, na realidade, não é. O Salmo 23 é um dos mais poderosos trechos de prosa que existem, e opera maravilhas no coração de qualquer um. Eu já indiquei seu estudo para várias pessoas, e todos os que o fizeram, obtiveram bons resultados. Ele pode mudar toda uma vida em sete dias.<br /><br />Certo homem me disse que não tinha tempo para lê-lo durante o dia, e por isso leria todas as cinco vezes pela manhã. Entretanto, se um médico lhe receitasse um remédio para ser tomado após as refeições, ou de tantas em tantas horas, nem ele nem ninguém, em são raciocínio, tomaria a dose toda de uma vez.<br /><br />Algumas pessoas me dizem que após dois ou três dias de meditação, elas crêem que já o conhecem bem, e não o lêem mais; passam apenas a meditar nele durante o dia. Isto não resolve. Para se obter bons resultados, o estudo precisa ser feito do modo indicado.<br /><br />O filósofo Ralph Waldo Emerson disse: "O homem é aquilo em que ele pensa constantemente." Marco Aurélio afirmou: "A vida do homem é o que seus pensamentos a fazem." Norman Vincent Peale: "Mude seus pensamentos, e mudará seu mundo." E a Bíblia ensina: "Porque, como imagina em sua alma, assim ele é" (Prov. 23:7).<br /><br />O Salmo 23 é uma fórmula pela qual podemos modelar nosso pensamento. Quando saturamos a mente com as verdades nele encontradas, adquirimos um novo modo de pensar, uma nova forma de vida. O salmo não é muito longo. Qualquer um pode memorizá-lo facilmente em pouco tempo. E, realmente, muitas pessoas o sabem de cor. Contudo, o poder deste salmo não está em memorizar as palavras e, sim, em meditar nos pensamentos que ele contém.<br /><br />O valor deste texto está no fato de que ele representa uma visão positiva da vida, uma visão esperançosa e cheia de fé. Nós cremos ter sido ele escrito por Davi, o mesmo Davi que teve um capítulo negro em seu passado, um capítulo de pecado e de derrota. Entretanto, ele não perdeu tempo se lamentando, ou remoendo o fato.<br /><br />Aqui, o Rei Davi está animado pelo mesmo espírito que levou o apóstolo Paulo a escrever: "Esquecendo-me das cousas que para trás ficam e avançando para as que estão adiante de mim, prossigo para o alvo" (Fil. 3:13, 14), ou o mesmo espírito que dominava o Senhor quando disse: "Nem eu tão pouco te condeno; vai, e não peques mais" (João 8:11).<br /><br />Leia-o do modo como o indico. Dentro de sete dias, você terá um novo e valioso modo de pensar, que estará firmemente arraigado em sua mente, operará mudanças maravilhosas em sua linha de raciocínio e lhe dará uma nova vida.<br /><b><br />2. O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.</b><br /><br />Logo após a Segunda Grande Guerra, os exércitos aliados recolheram milhares de crianças desabrigadas e famintas, e as levaram para alojamentos especiais. Ali essas crianças foram alimentadas e tratadas. Entretanto, à noite, elas não conseguiam dormir bem. Pareciam sempre inquietas e temerosas.<br /><br />Por fim, um psicólogo descobriu a razão do problema e como solucioná-lo: tratava-se de insegurança. Então, eles decidiram que, quando as crianças fossem dormir, receberiam uma fatia de pão para segurarem. Aquele pedaço de pão não era para ser comido; deviam apenas segurá-lo. Se demonstrassem desejo de comê-lo, deveriam ganhar outra fatia de pão, mas aquela eles não poderiam comer.<br /><br />O pedaço de pão produziu resultados miraculosos. As crianças dormiam com a certeza subconsciente de que teriam algo para comer no dia seguinte. Isto lhes proporcionava um sono tranqüilo e calmo. <br /><br />No Salmo 23, Davi fala da presença deste sentimento de segurança no coração da ovelha, quando diz: "O Senhor é o meu pastor, nada me faltará." A ovelha sabe, instintivamente, que o pastor tem reservas para sua alimentação do dia seguinte, pois, se tem provisões para hoje, terá para o futuro também. Então, ela se deita tranqüilamente, tendo na mão – falando figuradamente – o seu pedaço de pão.<br /><br />Como vemos, este salmo não começa com uma petição, mas sim com uma declaração simples de um fato: "O Senhor é o meu pastor, nada me faltará." Não precisamos suplicar bênçãos a Deus.<br /><br />Roy Smith já disse (e outros pensadores cristãos também): "Deus tem as provisões necessárias para atender às nossas necessidades, provisões estas preparadas antes mesmo que tivéssemos necessidade delas." Antes que começássemos a sentir frio, Deus já havia estocado no subsolo o petróleo, o carvão, e o gás para que pudéssemos nos aquecer. Ele sabia que iríamos sentir fome, e por isso, antes de criar o homem, Deus tornou fértil a terra e colocou a vida dentro de cada semente. "Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais", disse Jesus. (Mateus 6:8.) <br /><br />A maior parte de nossas preocupações é com o dia de amanhã, como aconteceu àquelas mulheres que se encaminhavam para o túmulo de Cristo. Elas não puderam apreciar as belezas daquele sol matinal e das flores que ladeavam a estrada. Estavam preocupadas com a questão de quem lhes removeria a pedra da porta do sepulcro. Ao chegarem lá, viram que ela já estava removida.<br /><br />Em outra passagem (Sal. 37:25), vemos o comentário de Davi: "Fui moço, e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão." Pensando bem, nem eu. Você já viu?<br /><br />Toda espécie de vida vem de Deus. Isto inclui a minha vida também. Deus cuida das aves do céu e da erva do campo. E Jesus nos pede para notarmos que se Deus faz tanto por um simples pássaro e por uma flor silvestre, quanto não fará por nós? (Mat. 6:25, 34.) <br /><br />O apóstolo Paulo disse o seguinte: "E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus cada uma de vossas necessidades" (Fil. 4:19). Davi expressa a mesma idéia aqui neste verso: "O Senhor é o meu pastor, nada me faltará." Nesta crença, podemos trabalhar e viver hoje sem nos preocuparmos com o amanhã.<br /><br /><b>3. Ele me faz repousar em pastos verdejantes.</b><br /><br />Um pastor certa manhã quando se preparava para começar outro de meus dias cheios, sentiu uma dor nas costas. Mencionou o fato para sua esposa, mas certo de que o incômodo era passageiro. Entretanto, ela o fez procurar o médico. Este ordenou sua internação imediata.<br /><br />Ele se sentiu muito infeliz naquele hospital. Ele não tinha tempo para desperdiçar, não podia ficar na cama. A agenda estava repleta de anotações de atividades, mas o médico lhe dissera que cancelasse todos os compromissos feitos para os próximos 30 dias. Recebeu a visita de um querido amigo seu, também pastor, o qual me disse: "Charles, quero lembrar-lhe apenas uma coisa: 'Ele me faz repousar..." <br /><br />Muito depois de ele ter encerrado a visita e partido, o pastor ainda estava ali, deitado, pensando no Salmo 23. Lembrou de como o pastor oriental sai com as ovelhas para o campo às 4:00 da manhã. Enquanto pastam, elas estão sempre em movimento, nunca param.<br /><br />Por volta de 10:00, o sol já está quente, e as ovelhas começam a sentir calor, ficam cansadas e sedentas. O pastor inteligente sabe que elas não podem beber água nestas condições, e com o estômago cheio de relva ainda não totalmente digerida.<br /><br />Por isso, ele as leva para um canto fresco e sossegado daquelas pastagens verdejantes, e faz com que se deitem ali. Em repouso, a ovelha não pasta, e começa então a ruminar, sua maneira natural de proceder à digestão.<br /><br />Se estudarmos a vida dos grandes homens, veremos que cada um deles, a certa altura de sua existência, retraiu-se um pouco do burburinho da sociedade para se entregar a um período de descanso e meditação. Os grandes poemas da literatura não são escritos em meio ao bulício das ruas movimentadas. As mais belas canções não são produzidas por entre o clamor das multidões. Temos visões de Deus somente quando paramos. O salmista disse: "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus" (Sal. 46:10).<br /><br />– Elias não encontrou a Deus nem no tremor de terra, nem no fogo, mas na voz calma e tranqüila.<br />– Moisés viu a sarça ardente quando estava sozinho na colina. <br />– Saulo de Tarso achava-se numa estrada deserta, em caminho para Damasco, quando teve a visão celestial. <br />– Jesus, também, saía, às vezes, para um lugar à parte, para orar.<br /><br />Talvez parar seja uma das coisas mais difíceis para nós. Nós gostamos de estar trabalhando para o Senhor, de cantar, pregar e ensinar. Estamos dispostos até a uma certa medida de sacrifício. Gostamos de cantar alegremente hinos tais como "Mãos ao trabalho", "Avante, avante ó crentes", etc.<br /><br />Raramente nos lembramos de que antes de enviar seus discípulos para conquistar o mundo, Jesus lhes disse que esperassem, em oração, o poder do Espírito Santo.<br /><br />Às vezes, Deus nos faz adoecer para nos obrigar a olhar para cima. "Ele me faz repousar..." E muitas vezes somos forçados, não por Deus, mas pelas circunstâncias, a ficarmos presos ao leito. Isto pode acabar se tornando uma experiência abençoada. Até mesmo o leito de um inválido pode ser um lugar de bênção, se a pessoa souber transformar em benefício o seu infortúnio. <br /><br />Tira de nossa alma a tensão e o esforço <br />E assim nossa vida aperfeiçoada Fala da beleza de tua paz.<br />- Whittier<br /><br /><b>4. Leva-me para junto das águas de descanso.</b><br /><br />As ovelhas em geral, são muito medrosas. Elas têm medo, principalmente, das fortes correntezas, e com razão. Por causa de sua pesada capa de lã, elas dariam péssimas nadadoras. Seria como se um homem vestido com um pesado sobretudo tentasse nadar. A lã absorveria a água, e o arrastaria para o fundo.<br /><br />A ovelha sabe, por instinto, que não poderia nadar numa correnteza forte, e por isso não se aproxima de riachos para se abeberar; somente o faz em águas paradas.<br /><br />O pastor não zomba dos temores da ovelha, e nem tenta forçá-la a fazer o que não quer. Pelo contrário; ele as guia por montanhas e vales à procura de águas tranqüilas, para ali saciarem a sede. Se não encontra um lago tranqüilo, enquanto as ovelhas estão descansando, o pastor apanha algumas pedras e faz com elas uma espécie de represa no riacho, e, assim, até o menor dos cordeirinhos pode beber sem receio.<br /><br />Esta petição do Salmo 23 tem um significado maravilhoso para nós. Deus conhece nossas limitações, e não nos condena por nossa fraqueza. Ele não nos força a ir onde não nos sentiríamos seguros e felizes. O Senhor nunca exige de nós um serviço que esteja além de nossas energias e habilidades.<br /><br />Deus está constantemente atendendo às nossas necessidades. Ele conhece as cargas que estão sobre nossos ombros. Sabe também onde estão localizados os melhores pastos de nutrição e provisão.<br /><br />É bom saber que, enquanto dormimos, o Pastor está preparando as coisas de que precisaremos no dia seguinte. Isto nos dá um grande senso de segurança.<br /><br />A Bíblia declara: "Ele não permitirá que teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda. É certo que não dormita nem dorme o guarda de Israel." (Sal. 121:3, 4.) <br /><br />Um dos melhores meios de se desfazer uma tensão interior é mentalizar o quadro de um lago tranqüilo; talvez um pequenino lago, rodeado de pinheiros. Ou talvez uma nascente calma, descendo uma encosta, ou a superfície lisa de um mar calmo de ondas suaves.<br />Depois que o quadro está bem delineado em nossa mente, podemos repetir, com fé, o verso: "Leva-me para junto das águas de descanso." Esta experiência resulta em uma maravilhosa entrega da alma e num forte sentimento de segurança que nos capacitam a enfrentar o "calor do dia" com confiança, sabendo que há para nós um poder revigorante e restaurador, quando nos achamos sob a direção daquele que é mais sábio do que nós.<br /><br />O grande reformador Martinho Lutero escreveu:<br /><br />Castelo forte é nosso Deus <br />Espada e bom escudo.<br />Com seu poder defende os seus <br />Em todo transe agudo.<br /><br />Foi este sentimento de confiança que levou Davi a escrever o Salmo 23. E à medida que saturamos a mente com a leitura do salmo, nós também adquirimos a mesma segurança.<br /><br /><b>5. Refrigera-me a alma.</b><br /><br />Um pastor recebeu uma carta que, entre outras coisas, no final dizia assim: "A vida acabou para mim durante aqueles anos... através de um processo vagaroso. Levei muito anos para construir minha fé, e agora ela morreu totalmente. Sou como uma casca vazia. Talvez a própria casca... já tenha se acabado também." <br /><br />Gostaria de falar ao autor desta carta a respeito do significado das palavras de Davi no Salmo 23: "Refrigera-me a alma." Ele se lembra de que quando o rebanho saía a pastar, cada ovelha tinha um lugar determinado na fila, e durante todo o dia ela conservava a mesma posição.<br /><br />Algumas vezes, porém, no decorrer do dia, elas deixavam seu lugar e se aproximavam do pastor. Este colocava a mão no focinho ou na orelha do animal, coçava-o de leve e sussurrava alguma coisa ao seu ouvido. Depois, reconfortada e mais animada, ela voltava ao seu lugar.<br /><br />Davi se lembra de como ele próprio estivera perto de Deus antes, de como Deus o protegera quando saíra para enfrentar o gigante Golias, e de como ele o guiara ao longo de sua caminhada para o sucesso. Depois disso, Davi passara a estar sempre muito ocupado, tornara-se mais capaz de cuidar de si mesmo, e não sentia necessidade de uma dependência direta de Deus.<br /><br />Davi distanciou-se de Deus. Depois pecou e isto o fez infeliz. O peso da culpa tornou-se insuportável. Então arrependeu-se. Deus o ouviu, perdoou e restaurou sua alma. Ele tornou-se um novo homem.<br /><br />A mente humana é muito semelhante ao corpo. Ela pode sofrer lesões. O arrependimento é uma ferida da alma. É uma ferida profunda, mas limpa, isenta de infecção; uma ferida que cicatriza rapidamente, a não ser que penetre nela algum corpo estranho, coisas como amargura, autopiedade ou ressentimento.<br /><br />O pecado é outro ferimento. Quando eu quebro algum dos meus princípios de vida, estou ferindo minha alma; esta é uma ferida infectada, uma ferida que o tempo não cicatriza. O senso de culpa pode, gradualmente, destruir uma vida e torná-la uma casca vazia, sem conteúdo. E só existe um médico que pode curá-la. O Salmo 51 é a oração confessional de Davi.<br /><br />Esta frase: "Refrigera-me a alma" pode ter ainda um outro significado. A versão inglesa de Moffat diz o seguinte: "Ele me restaura a vida." O espírito humano às vezes perde a vivacidade, como se esta fosse uma corda de relógio, que se acaba. Nós perdemos nosso vigor e incentivo espiritual. Ficamos menos dispostos a lutar contra as dificuldades. Deixamos de atuar como verdadeiros soldados da fé.<br /><br />A vida consegue roubar a vitalidade das pessoas, como se retira o suco de uma fruta, deixando apenas o bagaço. A pessoa fica só com a casca. Não sente mais entusiasmo por nada. O começo de um novo dia não lhe dá nenhum ânimo ou novo alento.<br /><br />A Bíblia diz que Deus criou o homem e "lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente" (Gên. 2:7). Deus pode e quer soprar nova vida naquele que está perdido. Só Deus pode fazer isto.<br /><br />Falando a um grupo de médicos em Atlanta, nos EE.UU., o Dr. R. B. Robins fez a seguinte declaração: "O divã de um psiquiatra nunca pode tomar o lugar da Igreja na função de resolver os problemas de uma sociedade frustrada." <br /><br />"Refrigera-me a alma." "Ele me restaura a vida."<br /><b><br />6. Guia-me pelas veredas da justiça, por amor de seu nome.</b><br /><br />Há uma inscrição em um monumento da Flórida que diz o seguinte: "Venho aqui para encontrar-me a mim mesmo. É tão fácil a gente se perder no mundo!" Isto é verdade.<br /><br />Muitas vezes nós chegamos às encruzilhadas da vida e não sabemos que direção seguir. Há muitas decisões a serem tomadas, e, às vezes, é muito difícil chegar-se a uma delas. É então que nos sentimos desorientados, perdidos, e precisamos de orientação. Nesse Salmo 23, Davi diz confiantemente: "Guia-me pelas veredas da justiça" (pelos caminhos certos).<br /><br />Com certeza, Davi está-se recordando de seus dias de pastor. Ele sabia que as ovelhas não tinham muito senso de direção. Um cão, um gato ou um cavalo, quando se extraviam, sabem perfeitamente achar o caminho de volta. Eles parecem possuir uma bússola interior. Com a ovelha isto não acontece.<br /><br />A ovelha não possui boa visão. Não enxerga mais que oito ou dez metros à sua frente. As campinas da Palestina eram cortadas por trilhas estreitas, pelas quais os pastores levavam o rebanho para o pasto. Algumas destas trilhas terminavam à beira de precipícios, nos quais a ovelha desavisada poderia cair e morrer. Outras iam dar em becos sem saída. Havia, outras, porém, que levavam a pastos verdejantes e a águas tranqüilas. Algumas vezes, o pastor as guiava através de passagens íngremes e perigosas, mas os caminhos por onde passavam sempre iam dar em um bom lugar.<br /><br />As ovelhas estavam sempre dispostas a deixar a escolha deste lugar aos cuidados do pastor. Era assim, como no cântico:<br /><br />Senhor, quero colocar a minha mão na tua, <br />Sem murmurar, sem reclamar.<br />Contente estar, qualquer que seja minha sorte <br />Contanto que seja meu Deus quem me guie.<br /><br />Talvez Davi estivesse pensando em seus antepassados, marchando por um deserto sem trilhas certas, em sua caminhada do Egito para a terra prometida. Deus enviou uma coluna de fogo para guiá-los à noite, e uma nuvem, de dia. Foi seguindo-a que os israelitas chegaram à terra pela qual ansiavam.<br /><br />Para algumas pessoas, essas "veredas da justiça", às vezes, vão significar dificuldades. <br /><br />Conta-se a história de um rapazinho inglês que resolveu engajar-se no exército britânico, para servir na Índia. Perguntado sobre a razão desta escolha, ele respondeu: "Soube que no exército indiano eles pagam bem, e a gente trabalha pouco. Depois de algum tempo, eles aumentam o salário, e diminuem o serviço. Quando a gente se aposenta, eles pagam bem, para não se fazer nada." <br /><br />Embora Deus não nos dê um mar de rosas, neste campo de batalha, nem coloque um tapete em nossa pista de corridas; embora ele não nos prometa uma vida sem lutas, ele nos garante forças para a caminhada e a sua presença constante.<br /><br />Notemos que o salmo diz: "Guia-me." Ele não nos empurra por este caminho. Ele vai à frente, subindo a mesma ladeira que subimos – o homem não se encontra sozinho. Quando vamos pela vida, dando um passo de cada vez, nós andamos com ele nas "veredas justas".<br /><br />O grande sábio Salomão afirmou: "Reconhece-O em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas" (Prov. 3:6). Isto é verdade. Todos que, sinceramente, procuram fazer a vontade de Deus, qualquer que seja, conhecerão a força de orientação da sabedoria eterna. Ele o levará à sua terra prometida.<br /><b><br />7. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo.</b><br /><br />Desejo contar aqui uma ilustração acerca de uma senhora que recebeu a notícia de que seu filho fora morto. Então Ela ficou desesperada. Fechou-se no quarto e não quis receber ninguém.<br /><br />Seu pastor foi visitá-la. Sentou-se à beira do leito, mas ela se recusou a dar-lhe atenção. Ele ficou em silêncio durante algum tempo e depois começou a dizer: "O Senhor é o meu pastor, nada me faltará." E recitou todo o salmo, frase por frase, com voz suave e calma. E aquela mulher o ouviu.<br /><br />Quando ele chegou a este verso, que tem grande poder reconfortante, ela começou a recitar juntamente com ele: "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo." Quando terminou, ela sorriu debilmente e disse: "Agora, parece que tudo mudou." <br /><br />Henry Beecher disse que o Salmo 23 é o rouxinol do livro de Salmos. O canto do rouxinol nunca é mais belo, do que numa noite escura. Para a maioria dos homens, a morte é o fato mais terrível.<br /><br />Após um culto fúnebre, alguém se aproximou do pastor, e disse: "O senhor já oficiou muitos destes cultos. Será que isto não se tornou uma rotina para o senhor?" A resposta foi: "Não. Eu nunca me acostumo com a morte. Cada uma é um acontecimento diferente. <br /><br />Nós a enfeitamos com flores e coroas, e cantamos belos hinos, mas nem mesmo as flores e a música podem transformar uma sepultura num lugar de festa. A morte nos torna temerosos. Nós nos sentimos sozinhos e desamparados."<br /><br />É certo que a expressão "vale da sombra da morte" não significa apenas morte física. Ela já foi traduzida como: "o corredor sombrio", e compreende todas as experiências duras e terríveis da vida.<br /><br />Alguém já falou do vale da sombra da morte, um vale que existe na Palestina, e vai de Jerusalém ao mar Morto. É uma trilha estreita e perigosa que corta as montanhas. Sendo um caminho árduo, é muito fácil uma ovelha precipitar-se ribanceira abaixo e morrer. É uma viagem difícil que ninguém deseja fazer. Contudo as ovelhas não a receiam. Por quê? Porque sabem que o pastor vai com elas.<br /><br />E para nós há os momentos sombrios da vida, os quais todos temos que atravessar. A morte é um deles. Desilusões são outros destes momentos. A solidão é outro. E há vários outros ainda.<br /><br />Já conversei com muitas pessoas que estavam atravessando o "vale das sombras", e disse-lhes que procurassem um lugar e ficassem a sós com Deus. Disse-lhes que parassem um pouco de lutar; que se esquecessem por uns instantes das circunstâncias adversas da vida; que impedissem a mente de se preocupar com o amanhã, com o ano seguinte, com o futuro.<br /><br />Pare um pouco. Fique quieto, em silêncio, e, mesmo que esteja dentro deste "corredor sombrio", você sentirá uma presença estranha e maravilhosa, e a sentirá mais fortemente do que antes. Muitas pessoas me contaram que sentiram esta presença – que ouviram o canto do rouxinol em meio à escuridão. Onde quer que a trilha da vida me leve, eu não temerei nada, disse Davi. E milhares e milhares de outras pessoas também já se libertaram desse medo. Como? "Tu estás comigo." Há um grande poder nesta presença.<br /><br /><b>8. A tua vara e o teu cajado me consolam.</b><br /><br />Um homem ficou gravemente ferido em um ciclone. Depois do acidente, ele perdera muito de sua alegria de viver. Não por causa das lesões que sofrera, mas porque estava temeroso de que outro ciclone pudesse se abater sobre ele. Se tal acontecesse, não havia nada que ele pudesse fazer.<br /><br />Ele se preocupava porque sabia que, se tivesse que enfrentar outro ciclone, ele não tinha meios de se defender. Até que, um dia, seus filhos resolveram construir-lhe um abrigo subterrâneo. Quando ficou pronto, o homem olhou-o, e seu rosto se abriu num sorriso de alegria. Agora, o ciclone mais terrível poderia vir – agora ele tinha proteção. Aquilo foi de grande conforto para ele.<br /><br />No Salmo 23 há um verso que diz: "A tua vara e o teu cajado me consolam." A ovelha é um animal muito vulnerável. Ela não tem meios próprios de defesa. É presa fácil para qualquer animal feroz. Por esta razão, a ovelha é temerosa.<br /><br />O pastor sempre carrega consigo um bastão pesado e duro, de cerca de 60 centímetros a um metro de comprimento. Quando Davi escreveu este salmo, provavelmente estava-se lembrando da necessidade que ele próprio tivera de usar aquela vara. Em 1 Samuel 17, ele conta a Saul como matara um leão e um urso para proteger seu rebanho.<br /><br />Além da vara, o pastor tem também um cajado, de quase três metros. A ponta deste cajado é recurvada, formando um gancho. Muitas trilhas da Palestina vão margeando barrancos íngremes. Era muito fácil a ovelha, às vezes, desequilibrar-se e escorregar para o abismo, ficando suspensa apenas por uma saliência estreita. O pastor então estendia o cajado; encaixava-o no peito da ovelha, e a içava para cima, de volta ao caminho certo. A ovelha sente-se instintivamente protegida pelo cajado e pela vara que o pastor carrega. É o conforto de saber que o pastor é capaz de solucionar qualquer emergência que surgir.<br /><br />Eu tenho seguro sobre meu carro. Espero nunca precisar utilizá-lo, mas sinto-me mais tranqüilo tendo o seguro. Não aprecio muito a idéia de nosso país ter de empregar uma verba tão grande na manutenção de seu potencial bélico. Contudo, quando penso na insegurança da situação mundial, esta força bélica do país nos dá certo alívio.<br /><br />Tenho também algumas necessidades a que eu próprio não posso atender. Como o apóstolo Paulo, sinto muito conforto em dizer: "Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória..." (Efés. 3:20).<br /><br />O mal parece estar dominando o mundo hoje. Nós todos estamos temerosos, e muitas vezes temos uma forte sensação de desamparo. É então que encontramos grande consolo em pensar no poder de Deus. É lógico que não penso em Deus como um abrigo subterrâneo ou um seguro contra acidentes. Entretanto, posso dizer como o poeta cristão:<br /><br />Deus é minha salvação: a quem temerei?<br />Em trevas, em tentação, ele é a minha luz e o meu socorro.<br />Embora as hostes malignas se acampem ao meu redor <br />Estou firme na batalha.<br />Nenhum temor pode me abalar, com Deus à minha direita.<br /><br />"A tua vara e o teu cajado me consolam" esta frase dissipa em meu coração toda a ansiedade e o temor do futuro.<br /><b><br />9. Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários.</b><br /><br />Uma família morou certa vez numa cidade do interior, e houve ali uma questão acerca da instalação ou não de um salão de bilhar. <br /><br />O pai foi um dos que violentamente se opuseram a ele. Alguém lhe perguntou, em tom de brincadeira, se ele temia ser tentado a jogar bilhar. Ele respondeu que não, mas que tinha filhos, e que não queria vê-los numa casa de bilhar. Ele poderia também procurar impedir que os filhos freqüentassem o local, mas preferia impedir que o salão fosse instalado. <br /><br />Esta opinião daquele pai sobre o assunto ilustra bem o que Davi queria dizer com as palavras: "Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários." Nas campinas da Terra Santa, havia algumas plantas que, se ingeridas, seriam fatais para as ovelhas. <br /><br />Havia outras ainda que possuíam espinhos, e arranhariam o focinho do animal, provocando ferimentos sérios.<br /><br />Antes de iniciar o período de pastagem, o pastor saía com um enxadão, e destruía aqueles "inimigos" da ovelha. Mais tarde, ele vinha e amontoava a erva já seca, e a queimava. Depois disso, o pasto estava pronto para receber as ovelhas. Ele se tornava, por assim dizer, uma mesa preparada para elas. Os inimigos tinham sido afastados.<br /><br />Nós temos que fazer isto constantemente para nossos filhos. Nos EUA, nos horários em que as crianças vão e regressam da escola, há sempre uma oficial da Polícia Feminina parada na esquina da rua. Ela está ali para protegê-las. Isso protege de casos graves de uso de drogas, e por isso os cidadãos apoiam esta atitude das autoridades municipais de manterem a vigilância, a fim de conservarem o estabelecimento livre do problema.<br /><br />Penso o mesmo a respeito da literatura obscena, e de outras coisas que destroem a integridade moral das pessoas. Temos que estar constantemente nos batendo contra nossos inimigos.<br /><br />Se quiser obter boa colheita, o lavrador tem que fazer mais do que semear o campo. Ele tem que estar sempre limpando a roça das ervas daninhas. Assim também, o Espírito de Deus tem que estar continuamente em luta no interior do homem. Não basta pregarmos o evangelho; temos que destruir o inimigo.<br /><br />Há algum tempo fui vacinados contra uma certa enfermidade. Sou grato à ciência médica por esse trabalho de prevenção e destruição dos vírus que causam as moléstias. Tanto os pais, como a ciência, o governo e a sociedade devem preparar a mesa, pela destruição do inimigo, para que a vida humana possa se desenvolver em segurança. <br /><br />Outra coisa: Jesus expressou a mesma petição de Davi, quando disse: "Não nos deixes cair em tentação". Nós sabemos muito bem que, na jornada desta vida, encontraremos inúmeros inimigos procurando nos destruir. Muitas pessoas temem não suportarem as pressões; têm medo de errar e de cair.<br /><br />Mas o Pastor de nossas almas vai à nossa frente, e nós podemos estar certos de sua proteção e de seu poder. Existe uma "vitória que vence o mundo, a nossa fé" (I João 5:4).<br /><b><br />10. Unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda.</b><br /><br />O técnico de um time de futebol americano disse aos universitários no seu primeiro treino. Ele disse que o futebol era um esporte muito violento, e que, se quisessem praticá-lo, tinham que aceitar o fato de que iriam sofrer algumas contusões.<br /><br />Assim também é a vida. Se quisermos vivê-la, temos que esperar alguns ferimentos e mágoas. E é assim mesmo. Foi pensando nisto que Davi escreveu: "Unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda." Quando as ovelhas estão pastando, às vezes elas cortam o focinho contra alguma pedra aguda escondida na relva. Além disso, pode haver espinheiros, e elas sofrerem arranhões e ferimentos.<br /><br />Outras vezes, a subida era íngreme, e o sol estava muito quente, inclemente mesmo. No fim do dia, o rebanho estava muito cansado, sem forças. Ao chegarem ao aprisco, o pastor se punha à entrada e examinava cada ovelha que passava. Se ela tivesse algum ferimento, ele lhe aplicava um óleo balsâmico que ajudava a cicatrizá-lo, e evitava a infecção. A ovelha ficava boa logo.<br /><br />Outra peça dos apetrechos do pastor era um vaso de barro que estaria cheio de água. Era um tipo de jarro que conservava a água sempre fresca, pelo processo da evaporação. À medida que cada ovelha se aproximava, ele mergulhava na água uma grande caneca cheia até a borda, e a estendia para o animal. A ovelha sedenta e cansada sorvia com prazer o líquido restaurador.<br /><br />Todos nós nos lembramos bem de quando éramos crianças e cortávamos o dedo, ou dávamos uma topada. Logo corríamos para a mamãe, ela nos beijava, e a dor passava. Parecia haver um místico poder curativo no seu amor. <br /><br />Agora somos adultos, mas ainda nos ferimos. Nosso coração sofre tristezas e mágoas. A consciência às vezes nos dói, como um dente infeccionado. Somos feridos também em nossos sentimentos. O mundo pode nos parecer rude e cruel. Outras vezes ficamos cansados e desanimados. A vida se torna um peso insuportável.<br /><br />Aqui também vemos o terno Pastor que compreende o sofrimento de seus filhos e está sempre pronto e capaz para nos socorrer nestes transes.<br /><br />Harry Lander, o famoso artista escocês, ficou moralmente arrasado quando perdeu seu filho, mas ele se encontrou com o Pastor. <br /><br />Certa vez, ele deu um concerto em Chicago perante um auditório lotado. No fim, ele teve que atender aos insistentes pedidos de bis. Afinal, quando conseguiu silenciar a platéia, ele disse tranqüilamente: "Não devem aplaudir a mim e sim ao bom Deus; é ele que põe a música em meu coração." <br /><br />Notemos que Davi disse: "Unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda. Ele não disse: Unge-nos a cabeça. Ele usou o pronome no singular. Durante todo o dia, o pastor esteve cuidando do rebanho como um todo, mas quando entram no aprisco, ele as examina uma a uma.<br /><br />Um de meus professores nunca conseguia lembrar meu nome. De certa forma, eu também nunca aprendi a gostar dele. Jesus disse: "Ele chama pelos nomes as suas próprias ovelhas" (João 10:3). Gosto desta passagem. Faz-me sentir importante. O salmista disse: "O Senhor... sara os de coração quebrantado... conta o número das estrelas" (Sal. 147:2, 3, 4). Todo o poder do Universo está à minha disposição.<br /><br /><b>11. Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida.</b><br /><br />No musical "South Pacific", Mary Martin cantava uma melodia e a letra maravilhosa, dizia: "Sou como um viciado, amarrado a uma droga chamada esperança. Não consigo arrancá-la de meu coração." <br /><br />Davi disse exatamente o mesmo, só que com outras palavras: "Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida." Não se trata aqui da expressão de um desejo. Ele diz certamente... com toda certeza... certeza absoluta.<br /><br />Davi já era idoso quando escreveu o Salmo 23. Ele presenciara muitas tragédias e sofrera grandes decepções, mas também chegara a conhecer Deus melhor – um Deus que conhece as necessidades de seus filhos, e que atende amplamente a estas necessidades; um Deus que nos restaura a vida e nos livra do medo. Apesar das nuvens escuras que surgissem no horizonte, tendo um Deus como ele, o salmista estava certo de que o Sol se levantaria no dia seguinte.<br /><br />Estamos sempre ouvindo relatos sobre a maldade do homem e a destruição final do mundo. Sabemos da existência de bombas que podem destruir várias cidades com uma só detonação. Nós trememos ao ouvir as horríveis predições do implacável julgamento de Deus.<br /><br />Entretanto, quando nossa mente se volta para este quadro do Pastor amoroso guiando suas ovelhas, de certo modo, sentimo-nos confiantes em que ele estará conosco, dirigindo-nos pelos vales escuros.<br /><br />Um dos maiores educadores que já se levantou na América foi o Prof. Endicott Peabody, antigo diretor da escola de Groton. Certo dia, na assembléia dos alunos, ele disse: "Lembrem-se de que a vida nem sempre correrá mansa e calma... A grande verdade que devemos ter em mente é que a tendência da civilização é progredir sempre para o alto." <br /><br />Estas palavras ficaram gravadas na mente de um dos rapazes. Aquele estudante, cerca de 40 anos depois, conseguiu dar um novo alento à sua nação quando disse: "A única coisa que temos a temer é o próprio medo." <br /><br />Franklin D. Roosevelt será sempre lembrado como um homem que renovou as esperanças de um país em desespero.<br /><br />Muitas pessoas se julgam a caminho do desastre total. Elas se sentem mal, e deixam a mente ser dominada pela idéia de que estão doentes. Já começam o dia com um sentimento de mau presságio. Contemplam o futuro com apreensão e tremor.<br /><br />Li de um professor que tem obtido muito êxito em seu trabalho. Ele pede aos alunos para ficarem em silêncio e imaginarem a mente como um papel em branco ou uma tela cinematográfica. Então eles projetam naquela tela um quadro mental: uma coisa boa que desejam que aconteça. Depois apagam o quadro da mente. A seguir, projetam-no de novo. O processo é repetido várias vezes até que o quadro se torne bem nítido e definido. Deste modo, ele se fixa no consciente e no subconsciente da pessoa. Por fim, o professor manda que os alunos se empenhem no sentido de tornar o quadro em realidade, mantendo sempre um espírito de oração e fé.<br /><br />É notável a rapidez e a perfeição com que aquele quadro se reproduz na vida.<br /><br />Paremos de prognosticar desgraças para nós e nosso mundo. Digamos como o salmista: "Este é o dia que Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele" (Sal. 118:24).<br /><br />Comecemos o dia com o coração cheio de esperança. Gravemos em nossa mente este versículo: "Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida", e realmente será assim.<br /><br /><b>12. E habitarei na casa do Senhor para todo o sempre.</b><br /><br />É um espetáculo impressionante observar o movimento do centro da cidade de Atlanta às 5:00 da tarde. As ruas estão sempre cheias de gente e de carros. Todos os ônibus se acham trafegando, e sempre lotados.<br /><br />O que torna isto emocionante é pensar que todas estas pessoas estão indo para casa.<br /><br />O escritor John Howard Payne já se encontrava fora de casa por 9 anos. Uma tarde, ele estava à janela, e contemplava as pessoas que passavam, alegres e apressadas, dirigindo-se para casa. De repente, ele se viu dominado por um sentimento de solidão, naquele quarto de pensão, em Paris.<br /><br />Com um movimento de impaciência, ele se afastou da janela. Tinha que trabalhar. Talvez ele estivesse escrevendo uma peça importante, não sei; mas não tinha tempo para sentimentalismo. Contudo, a atmosfera e a recordação de uma certa cidadezinha de Long Island não o abandonaram. Ele apanhou um lápis e escreveu uma canção que continha em essência esta mensagem:<br /><br />"Ainda que da vida e prazeres de um palácio possamos partilhar, ainda assim, mesmo que humilde e simples, nada como o nosso lar."<br /><br />Já faz mais de 100 anos que isto ocorreu, mas as palavras desta canção ainda traduzem o mesmo sentimento, tão real para todos nós: "nada como o nosso lar".<br /><br />Todavia, quando vejo as pessoas indo para casa, sinto tristeza também. Sei que alguns não têm lar. Uns andam pelas ruas, procurando um quarto barato para passar a noite; outros vão para a mais cara suíte de um hotel – que apesar de ser rica, não é o seu lar.<br /><br />Os que já trabalharam com alcoólatras conhecem os dramas. Várias mulheres contaram como foi que se tornaram viciadas em álcool. <br /><br />Viviam sozinhas em um quarto ou apartamento triste e vazio. Não há prazer nenhum em se viver assim. Muitas pessoas começam a beber por causa de uma situação destas.<br /><br />Mais triste do que ver uma pessoa sem lar no fim do dia, é encontrar alguém que não está certo de seu relacionamento com Deus, e não tem esperanças de ir ao lar eterno; uma pessoa que, no fim da jornada da vida, só espera um túmulo escuro e o esquecimento total.<br /><br />Davi encerra o Salmo 23 com um poderoso "crescendo" de fé ao dizer: "E habitarei na casa do Senhor para todo o sempre." <br /><br />Uma das passagens mais emocionantes do livro O Peregrino, de João Bunyan, é o trecho em que o "Sr. Mente Fraca" fala de sua esperança de chegar ao lar celestial. Ele diz: <br /><br />"Mas estou resolvido a correr, quando puder correr; a andar, quando não puder correr e a me arrastar, quando não puder andar. Meu pensamento está fixado naquela Terra que fica além do rio que não tem pontes, apesar de eu ser, como você pode ver, um mente fraca. " <br /><br />Às vezes, recebemos maior alento para a vida, quando fixamos nosso pensamento "naquela Terra que fica além do rio que não tem pontes". Se não fosse por esta certeza, muitas das experiências por que passamos nesta vida seriam insuportáveis.<br /><br />Davi não possuía muito do conhecimento bíblico que temos hoje. Ele nunca ouviu as palavras: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá, eternamente." (João 11:25, 26.) Foi um conhecimento íntimo de um Deus como o que ele descreve no Salmo 23 que lhe deu a certeza de que ao fim de sua vida ele iria para os céus.<br /><br /><b>13. "Ele conhece o Pastor!"</b><br /><br />Existe uma historieta de um rapaz e um senhor idoso que se encontravam numa plataforma, diante de um grande auditório.<br />Estava-se realizando um programa especial. Numa parte dele, os dois tinham de dizer o Salmo 23 de cor. O jovem, que conhecia as técnicas da oratória e do drama, falou o salmo com a eloqüência de um grande orador. "O Senhor é o meu pastor..." <br /><br />Quando ele terminou, a platéia aplaudiu entusiasticamente, pedindo bis, para ter o prazer de apreciar novamente sua maravilhosa interpretação.<br /><br />Depois foi a vez do outro. Apoiando-se pesadamente sobre sua bengala, o velhinho encaminhou-se para a frente da plataforma, e com voz fraca e trêmula, repetiu as mesmas palavras: "O Senhor é o meu pastor..." <br />Quando ele se assentou, os ouvintes permaneceram em profundo silêncio. Todos pareciam estar em atitude de oração. O jovem se levantou, e disse o seguinte:<br />"Amigos, quero dar uma explicação. Vocês pediram bis para minha declamação do salmo, mas ficaram em silêncio depois que meu amigo terminou. Por que será? Vou lhes dizer. É que eu conheço bem o salmo, mas ele conhece o Pastor." <br /><br />Talvez esta imagem do pastor com o seu rebanho não tenha grande significado para os habitantes das grandes cidades. Entretanto, nunca o povo da terra se pareceu tanto com um bando de ovelhas assustadas, como atualmente. Os governos das nações estão receosos uns dos outros. As pessoas têm receio do governo, de outras pessoas e de si mesmas.<br /><br />Este salmo de Davi tem sido cantado através dos séculos, atravessando barreiras de raça e língua. Há 25 mil anos que ele está sendo entesourado no coração dos homens. E hoje isto acontece mais que nunca.<br /><br />Qual a razão disso? Não é somente pelo fato de ele ser uma bela peça literária, mas também porque ele ensina que, acima de todas as lutas e temores, acima das fomes e fraquezas da humanidade, há um Pastor.<br /><br />É um Pastor que conhece suas ovelhas uma por uma; um Pastor que é amplamente capaz de atender a todas as suas necessidades; que guia e protege, e que, ao fim da jornada, lhes abrirá a porta do aprisco, daquela casa "não feita por mãos".<br /><br />Quando se achava no Pólo Sul, o Almirante Byrd descobriu, de repente, que apesar da quietude ao redor, ele não estava sozinho. Esta sensação fez com que a fé brotasse em seu coração, e, embora estivesse "no lugar mais frio da terra", ele sentiu o calor de uma presença reconfortante.<br /><br />O Salmo 23 nos dá este mesmo senso de segurança. É por isso que ele permanece vivo no coração de todas as gentes, qualquer que seja o credo ou a raça.<br />
<br />
Charles L. Allen<div><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-UdZZmhy7bQw/UWbZYzddN7I/AAAAAAAAFxQ/Zntaa1IaExY/s1600/o+senhor+%C3%A9+meu+pastor+e+nada+me+faltar%C3%A1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="361" src="http://1.bp.blogspot.com/-UdZZmhy7bQw/UWbZYzddN7I/AAAAAAAAFxQ/Zntaa1IaExY/s400/o+senhor+%C3%A9+meu+pastor+e+nada+me+faltar%C3%A1.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com22tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-34787123115252171502022-04-08T07:27:00.000-03:002022-04-08T07:29:13.556-03:00Acontecimentos cronológicos da semana da paixão de Cristo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP1SX5P6XC-zPBO--LtM4L6OOfTtbfilr3ND3f-NyrGZhIpMpH3WeI9WZxqEgCfPVyUvJOnK7bt_kqT3Ypx0FIVsdT1zXlXKqf9szNZaC-SYzdrBvmFJi5S6vY5e6wgxYQMNrz0AS4MQ7GRc8aorOCfHMrwYTvWW71zRuYOph4_6dV3U9IfA/s5813/pexels-pixabay-415571.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3270" data-original-width="5813" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP1SX5P6XC-zPBO--LtM4L6OOfTtbfilr3ND3f-NyrGZhIpMpH3WeI9WZxqEgCfPVyUvJOnK7bt_kqT3Ypx0FIVsdT1zXlXKqf9szNZaC-SYzdrBvmFJi5S6vY5e6wgxYQMNrz0AS4MQ7GRc8aorOCfHMrwYTvWW71zRuYOph4_6dV3U9IfA/w640-h360/pexels-pixabay-415571.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i style="font-weight: bold;"></i></div>
<br />
<i style="font-weight: bold;">Domingo (9 de Nisan)</i><span style="font-weight: bold;">.</span> A entrada triunfal; a visita silenciosa de Jesus ao templo; Sua volta para Betânia.<br />
<br />
<i style="font-weight: bold;">Segunda-feira (10 de Nisan)</i><span style="font-weight: bold;">.</span> A figueira estéril amaldiçoada; segunda purificação do templo; Jesus cura os aflitos; volta à noite para Betânia.<br />
<br />
<i style="font-weight: bold;">Terça-feira (11 de Nisan)</i><span style="font-weight: bold;">.</span>
Último dia no templo (os gregos encontram Jesus no pátio exterior);
último dia de ensino público de Jesus; lamento contra a elite
religiosa; retirada para o Monte das Oliveiras e discurso sobre a
segunda vinda; Judas fecha acordo de traição com os sacerdotes
naquela noite.<br />
<br />
<i style="font-weight: bold;">Quarta-feira (12 de Nisan)</i><span style="font-weight: bold;">.</span> Jesus em retiro silencioso com os discípulos.<br />
<br />
<i style="font-weight: bold;">Quinta (13 de Nisan)</i><span style="font-weight: bold;">. </span>Preparativos
para a Páscoa; a Ceia do Senhor; a traição de Judas; o discurso de
despedida de Jesus aos discípulos e oração sumo-sacerdotal;
Getsêmani; aprisionamento. Os eventos ocorridos depois da Ceia do
Senhor foram depois do pôr-do-sol; conseqüentemente, agora era 14 de
Nisan, ou quinta-feira à noite.<br />
<br />
<i style="font-weight: bold;">Sexta-feira (14 de Nisan)</i><span style="font-weight: bold;">.</span>
Jesus é levado para Anás, depois, para Caifás, e em seguida, para o
Sinédrio; a negação de Pedro; Jesus é levado para Pilatos, depois,
para o palácio de Herodes, e de volta a Pilatos. É açoitado,
condenado e crucificado.<div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-77590819227642665422021-07-21T13:40:00.000-03:002021-07-21T13:40:43.498-03:00A Corrida do Cristão<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-ZP0js36_PCM/V17hPziaMAI/AAAAAAAAGi0/LsVfs4ypgeoxQx6gjpMBkW-aueDvc2rTwCK4B/s1600/CORRIDADOCRISTAO.jpg"><span style="color: black;"><img border="0" height="265" src="https://2.bp.blogspot.com/-ZP0js36_PCM/V17hPziaMAI/AAAAAAAAGi0/LsVfs4ypgeoxQx6gjpMBkW-aueDvc2rTwCK4B/s400/CORRIDADOCRISTAO.jpg" width="400" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 333.35pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "arial";"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "arial";"><b><br /></b></span></div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
A cada quatro anos, atletas de diversas nacionalidades se reúnem num país previamente escolhido para disputar um conjunto de modalidades esportivas nos famosos Jogos Olímpicos. A bandeira olímpica representa a união de povos e raças, pois é formada por cinco anéis entrelaçados que indicam os cinco continentes e suas cores.</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Os gregos foram os precursores dos Jogos Olímpicos. Por volta de 2500 a.C. já faziam homenagens aos deuses. Mas foi somente em 776 a.C. que ocorreram pela primeira vez os Jogos Olímpicos de forma organizada.</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Quando os romanos invadiram a Grécia no século II, muitas tradições gregas, entre elas as Olimpíadas, foram deixadas de lado. Em 392 d.C., os Jogos Olímpicos e todas as manifestações religiosas do politeísmo grego foram proibidos pelo imperador romano Teodósio I, após sua conversão ao cristianismo. Contudo, em 1896, os Jogos Olímpicos foram retomados em Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Fredy, conhecido com o barão de Coubertin (veja mais <a href="http://www.suapesquisa.com/olimpiadas" style="-webkit-transition: all 0.2s ease-in-out; border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #444444; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_blank">aqui</a>).</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
<strong style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Metáfora do mundo esportivo</strong></div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Assim como existia a modalidade das corridas nos jogos olímpicos da antiguidade, o apóstolo Paulo apresenta em Hebreus 12:1 a corrida que todo cristão deve percorrer: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta”.</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Segundo o <em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Comentário Bíblico Adventista</em> (p. 522, v. 7), a palavra <em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">portanto</em>, “constitui a conclusão que o escritor faz do capítulo 11” de Hebreus, em que discorreu sobre as lutas e vitórias dos heróis da fé do Antigo Testamento e a respeito de como esses campeões venceram essa maratona.</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Nessa corrida espiritual, não existem atalhos e muitos são os obstáculos, mas Deus oferece um importante meio para avançarmos rumo à vitória com perseverança.</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
O que podemos aprender dessa tão importante corrida?</div>
<ol style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin: 0px 0px 20px 15px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
<li style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: decimal outside; margin: 0px 0px 5px; outline: none; padding: 0px;"><strong style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Ter uma meta</strong></li>
</ol>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
O <a href="http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=META" style="-webkit-transition: all 0.2s ease-in-out; border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #444444; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_blank">dicionário da língua portuguesa Michaelis</a> define meta como “fim a que se dirigem as ações ou os pensamentos de alguém”. O apóstolo Paulo ensinou claramente qual era a meta prioritária de sua vida: <em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">“Assim corro também eu, não sem meta</em>…” (1Co 9:26). Anteriormente, “ao escrever as palavras do versículo 24, sem dúvida o apóstolo se recordou dos jogos Ístmicos realizados não muito longe de Corinto. Os cristãos coríntios estavam familiarizados com essas competições esportivas. Paulo os fez lembrar que, apesar de muitos correrem no estádio, nem todos recebem o prêmio. A vida cristã é como uma corrida. Exige autodisciplina, esforço intenso e determinação quanto ao seu propósito” (<em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Comentário Bíblico Popular – Antigo e Novo Testamento</em>, 2011, p. 504).</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Na posição de corredor, Paulo tinha um alvo bem definido, uma vitória a conquistar. Ele sabia para onde estava indo e correu com plena segurança, esforçando-se para alcançar o objetivo final: receber a coroa da justiça. Não apresentou dúvidas quanto à sua vitória. Ele sabia que a fé em Jesus o faria mais do que vencedor. Foi por isso que, prestes a completar sua jornada, demonstrou essa certeza dizendo: <em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">“</em>Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda<em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">” </em>(2Tm 4:7-8).</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
A palavra carreira nesse verso, vem do grego <em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">dromos</em>, que tem que ver com a “pista de corrida” em que era efetuada a competição (<em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo</em>, 2002, p. 402). O intento de Paulo era dizer que havia completado a corrida da fé. Que nobre exemplo a ser seguido!</div>
<ol start="2" style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin: 0px 0px 20px 15px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
<li style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: decimal outside; margin: 0px 0px 5px; outline: none; padding: 0px;"><strong style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Inspiração</strong></li>
</ol>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Em seu capítulo do livro <em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">A luz de Hebreus: Intercessão, Expiação e Juízo no Santuário Celestial, </em>2013, p. 24), William G. Johnsson afirmou: “Hebreus é mais um sermão cuidadosamente elaborado e bem argumentado que propriamente uma epístola. Uma ‘palavra de exortação’ (13:22) é a descrição que o próprio autor apostólico dá a essa obra. O livro faz um apelo aos judeus do primeiro século, cujas energias espirituais estavam enfraquecidas e que questionavam o valor de sua fé, em vista da religião judaica outrora praticada, para a qual pareciam estar sendo atraídos a voltarem”.</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Por renunciarem ao judaísmo, enfrentavam oposição implacável. Nesse contexto, esse grupo de conversos poderia desanimar, fracassar na fé e até mesmo retornar às suas antigas tradições. A fim de motivá-los, Deus mostrou que seu sofrimento não era único e excepcional, mas que, assim como outros no passado que sofreram e obtiveram a vitória, todos nós podemos vencer. Essa motivação, que chamo de “inspiração”, está expressa em Hebreus 12:1: “…<em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas…”. </em></div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Nesse relato, as testemunhas são os heróis da fé mencionados em Hebreus 11. “A grande nuvem de testemunhas não significa que sejam espectadores do que acontece na Terra. Antes, nos dão testemunho pela vida de fé e perseverança que levaram, e estabeleceram um alto padrão para imitarmos” (<em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo,</em> 2002, p. 865). Pela lealdade, “deram testemunho das possibilidades da vida da fé” (<em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">La epístola a los hebreus</em>, 1987, p. 349).</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Convém ressaltar que o escritor sagrado não estava dizendo que os espíritos dos heróis da fé estariam conosco para nos ajudar na corrida cristã. Mas que o legado deixado através do testemunho nos inspiraria em nossa corrida.</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
As testemunhas são “pessoas que alcançaram êxito, por isso nós também poderemos ter êxito” (<em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Comentário Bíblico Beacon</em>, v. 10, 2006, p. 114). Foram homens e mulheres pecadores, mas que, dotados da verdadeira fé em Jesus, foram mais que vencedores pela justiça de Cristo, testemunhando que a todos é imperioso vencer.</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
O que podemos aprender com o testemunho de cada um deles?</div>
<ul style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin: 0px 0px 20px 15px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
<li style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: disc outside none; margin: 0px 0px 5px; outline: none; padding: 0px;"><em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Abel:</em> Obteve testemunho de ser justo quando ofereceu a Deus maior sacrifício do que o de Caim (Hb 11:4).</li>
<li style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: disc outside none; margin: 0px 0px 5px; outline: none; padding: 0px;"><em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Enoque:</em> Obteve o testemunho de agradar ao Senhor e foi trasladado (Hb 11:5).</li>
<li style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: disc outside none; margin: 0px 0px 5px; outline: none; padding: 0px;"><em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Noé:</em> Obteve o testemunho de ser temente a Deus ao construir a arca e salvar sua família (Hb 11:7).</li>
<li style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: disc outside none; margin: 0px 0px 5px; outline: none; padding: 0px;"><em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Abraão:</em> Obteve o testemunho da obediência, ao ir para um lugar que devia receber por herança (Hb 11:8).</li>
<li style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: disc outside none; margin: 0px 0px 5px; outline: none; padding: 0px;"><em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Sara:</em> Obteve o testemunho de ter por fiel Aquele que lhe daria a virtude de conceber, mesmo fora de idade (Hb 11:11).</li>
<li style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: disc outside none; margin: 0px 0px 5px; outline: none; padding: 0px;"><em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Isaque:</em> Obteve o testemunho de abençoar Jacó e Esaú no tocante às coisas futuras (Hb 11:20).</li>
<li style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: disc outside none; margin: 0px 0px 5px; outline: none; padding: 0px;"><em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Jacó: </em>Obteve o testemunho de abençoar cada um dos filhos de José (Hb 11:21).</li>
<li style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: disc outside none; margin: 0px 0px 5px; outline: none; padding: 0px;"><em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">José:</em> Obteve o testemunho de dizer a maneira com a qual Deus conduziu o Êxodo de Israel (Hb 11:22).</li>
<li style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: disc outside none; margin: 0px 0px 5px; outline: none; padding: 0px;"><em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Moisés:</em> Obteve o testemunho de recusar ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado com o povo de Deus, abandonando o Egito e suas riquezas para libertar os israelitas da escravidão (Hb 11:24).</li>
<li style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: disc outside none; margin: 0px 0px 5px; outline: none; padding: 0px;"><em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Raabe:</em> Obteve o testemunho de não perecer com os incrédulos, acolhendo em paz os espias (Hb 11:31).</li>
</ul>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Possuir uma meta bem definida e identificar os passos que proporcionaram a vitória aos heróis da fé de Hebreus 11, é imprescindível para a obter a vitória em nossa corrida cristã. Porém, mais importante que iniciar a corrida é terminá-la. Para isso, é importante vencer os obstáculos que permearão o percurso.</div>
<ol start="3" style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin: 0px 0px 20px 15px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
<li style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: decimal outside; margin: 0px 0px 5px; outline: none; padding: 0px;"><strong style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Transpor os obstáculos </strong></li>
</ol>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Imagine um corredor em busca da vitória, mas com vários apetrechos pesados amarrados em seu corpo. O cansaço seria inevitável, impedindo-o de cruzar a linha de chegada.</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Na corrida cristã, todo embaraço ou peso desnecessário precisa ser eliminado para que nada interfira na vitória. O capítulo 12 de Hebreus recomenda: <em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">“…desembaraçando-nos de todo peso…” </em>(v. 1).</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
A palavra “peso”, vem do grego <em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">ogkos, </em>e sugere aquilo que serve para impedir que alguém faça algo (<em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Léxico Grego-Português do Novo Testamento</em>, 2015, p. 149). Claramente nesse caso, o termo usado pelo autor denota a ideia de um empecilho, obstáculo. São as dificuldades desnecessárias que vão diminuir nosso ânimo, independentemente de quão inocentes possam ser. Devem ser “despidas” da mesma forma que o corredor elimina as roupas supérfluas para não interferir em sua performance e na conquista do seu objetivo final.</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Há uma estória interessante de um homem que caminhava vacilante pela estrada, levando uma pedra numa mão e um tijolo na outra. Nas costas carregava um saco de terra. Em volta do peito trazia vinhas penduradas. Sobre a cabeça equilibrava uma abóbora pesada. No caminho, encontrou um passante que lhe perguntou:</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
– Viajante, por que carrega essa pedra tão grande?</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
– É estranho, respondeu o viajante, mas eu nunca notei que a carregava. Então, ele jogou a pedra fora e se sentiu muito melhor. Em seguida veio outro transeunte que lhe perguntou:</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
– Diga-me, cansado viajante, por que carrega essa abóbora tão pesada?</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
– Estou contente que me tenha feito essa pergunta, disse o viajante, porque eu não tinha percebido o que estava fazendo comigo mesmo. Então ele jogou fora a abóbora e continuou seu caminho com passos muito mais leves. Um por um, os transeuntes foram avisando-o a respeito de suas cargas desnecessárias. E ele foi abandonando uma a uma. Por fim, tornou-se um homem livre e caminhou como tal.</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Qual era, na verdade, o problema dele? A pedra, a abóbora e os demais objetos? Não! Era a falta de consciência do peso desnecessário.</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
O texto ensina ao leitor a tarefa importante de descobrir o que pode impedir seu progresso na corrida do cristão. Os pesos desnecessários “podem não ser necessariamente atos pecaminosos, mas podem ser coisas que nos retêm, como o uso do tempo, algumas formas de diversão, ou determinados relacionamentos” <em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal</em>, 2009, p. 636).</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Vale ressaltar que “os interesses próprios servem de grande carga; e logo se transmutam em pecado, se permitirmos que o egoísmo nos domine. Um intenso treinamento espiritual nos leva a reconhecer os ‘pesos’ e a nos desvencilharmos deles, tal qual o exercício diligente, na vida física, alivia o corpo do excesso do peso” (<em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">O Novo Testamento Interpretado</em>, 2002, p. 640).</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Hebreus 12 apresenta outro obstáculo na corrida do cristão: <em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">“…e do pecado que tenazmente nos assedia…” </em>(v. 1).</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
O termo grego para “tenazmente” é <em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">euperistatos,</em> uma palavra rara. Com base em sua etimologia, sugere ser algo que se apega de perto (ibid). Num sentido mais amplo, pode ser algo que pode agarrar fortemente. Por mais dolorosa que seja a separação do pecado ao qual estamos agarrados, é preciso o desvencilhamento desse obstáculo para não impedir aquele que corre, de alcançar a meta final.</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Porém, “o manuscrito grego mais antigo de Hebreus que possuímos traz uma palavra diferente, <em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">eurispastos</em>, que significa ‘distrair-se facilmente’” (<em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">La epístola a los hebreus</em>, 1987, p. 1455). Se esse for o termo correto (original), provavelmente o autor se referisse ao fato de que o corredor não poderia desviar do alvo os olhos. Segundo Hebreus 12:2, os corredores devem olhar para Jesus, o Autor e Consumador da fé.</div>
<ol start="4" style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin: 0px 0px 20px 15px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
<li style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: decimal outside; margin: 0px 0px 5px; outline: none; padding: 0px;"><strong style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Perseverança </strong></li>
</ol>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
<em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">“…corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta…” </em>(Hb 12:1).</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
A palavra perseverança tem um significado muito especial. Vem do grego <em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">hipomone, </em>que significa a capacidade de continuar a suportar sob circunstâncias difíceis (<em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Comentário Bíblico NVI</em>, 2012, p. 1455). Outros sinônimos são derivados: paciência, resistência, fortaleza, firmeza, constância.</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Ao longo de sua atribulada existência, Abraão Lincoln enfrentou com frequência o ímpeto dos ventos contrários, porém jamais fundeou a âncora. Em 1832, ele perdeu o emprego. No ano seguinte, fracassou nos negócios. Em 1835 faleceu sua noiva. Em 1836, sofreu de aguda crise nervosa. Em 1838, foi derrotado em suas aspirações para alcançar a presidência da legislatura de Illinois. Em 1843, sofreu outra derrota como candidato ao Congresso Nacional. Em 1846 foi, afinal, eleito deputado federal. Em 1848 perdeu a reeleição. Em 1854 foi derrotado quando disputou a representação de seu Estado no senado da República. Em 1856 sofreu outra derrota, quando disputava a vice-presidência da República. Em 1858 foi outra vez vencido em sua campanha para o Senado. Porém, afinal, em 1860 foi eleito presidente do país. Lincoln nunca se deixou abater diante da derrota. Mas seu nome jamais seria conhecido pelo mundo se ele não houvesse perseverado (<a href="http://www.cpb.com.br/produto/detalhe/7045/ilustracoes-selecionadas-para-sermoes" style="-webkit-transition: all 0.2s ease-in-out; border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #444444; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_blank"><em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Ilustrações Selecionadas para Sermões</em></a>, 2004, p. 129).</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
No âmbito espiritual, a carreira que nos está proposta abrange a vida toda. É uma experiência ao longo da vida. Se os homens lutam com tanta perseverança para conquistar uma carreira terrena e temporal, o que dizer de nós, cristãos, que deveríamos perseverar com paciência para completar a carreira da fé e receber a tão sonhada recompensa?</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
<strong style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">“</strong>Quando a rainha Vitória era criança, ela não sabia que estava na linha de sucessão do trono da Inglaterra. Seus professores, tentando preparar a criança para sua futura função, não conseguiram motivá-la. Ela não levava os estudos a sério. Finalmente, os professores decidiram dizer que um dia ela se tornaria a rainha da Inglaterra. Quando ouviu isso, Vitória disse: ‘Então eu vou ser boazinha’. A noção de que havia herdado uma elevada função lhe deu um senso de responsabilidade que afetou profundamente sua conduta” (<em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Lição da Escola Sabatina: O livro de Hebreus</em>, 3º trim, 2003, p. 135).</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Na corrida do cristão, Cristo nos oferece a elevada oportunidade de ser vencedores. A promessa ao vencedor é nada mais nada menos do que o Céu. Se essas verdades maravilhosas não nos motivarem para viver uma vida digna dessa alta vocação, o que mais o fará?</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
“Como competidores numa corrida, devemos olhar para o exemplo deles (nuvem de testemunhas, <em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">grifo nosso</em>) para encorajamento. Devemos nos desembaraçar de <em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">todo peso</em> – de toda associação ou atividade que nos ponham em desvantagem – <em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">e do pecado que tenazmente nos assedia…</em> Senão, corremos o risco de perder o prêmio, que é o presente generoso de Deus da vida eterna para todos os que terminam a corrida” (<em style="border: 0px none; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Comentário Bíblico Vida Nova</em>, 2009, p. 2024).</div>
<div style="border: 0px none; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Droid Sans", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin-bottom: 20px; outline: none; padding: 0px; text-align: start;">
Pr. Fábio dos Santos</div>
</div>
</div>
<div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-67940654583602578222021-03-18T11:15:00.000-03:002021-03-18T11:15:22.518-03:00A Cidade que não tem Cemitério<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-2ku8Xw_NKRQ/WsbWkWu5iSI/AAAAAAAAHFc/HDnCbweFbzU5xZJ1aJZ-cz-Z0MtpXHUtACLcBGAs/s1600/CEMITERIO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1063" data-original-width="1600" height="424" src="https://1.bp.blogspot.com/-2ku8Xw_NKRQ/WsbWkWu5iSI/AAAAAAAAHFc/HDnCbweFbzU5xZJ1aJZ-cz-Z0MtpXHUtACLcBGAs/s640/CEMITERIO.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
Quando eu tinha uns 9 anos, fiz uma viagem – a minha primeira e grande viagem – e me dirigi com a minha mãe para a cidade de Montenegro, no RS, onde estudei num internato por 6 anos. Era uma cidade atrativa, lindas paisagens, e havia como até hoje uma grande e elevada montanha que adornava aquela cidade. Mas aquela cidade tinha um lugar triste chamado cemitério.<br />
<br />
Aos 15 anos já com o diploma do curso ginasial ou fundamental, minha mãe me colocou num ônibus, eu não tinha experiência com viagens muito longas, e depois de uns dias cheguei à cidade de S. Paulo, conheci a grande metrópole, o seu movimento, os grandes arranha-céus, mas logo descobri que S. Paulo tinha cemitério, e não somente um, mas muitos cemitérios.<br />
<br />
Daí para frente, conheci muitas outras cidades, cidades famosas, grandes capitais, como Brasília, Recife, Belém, Manaus, Salvador; conheci muitas cidades da Bahia, de norte a sul: Alagoinhas, Itabuna, Floresta Azul; conheci a cidade maravilhosa do Rio de Janeiro, com suas praias maravilhosas, com seus lindos atrativos turísticos, com o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor.<br />
<br />
Mas sabe o que eu ainda não encontrei? Uma cidade que não tem cemitérios. Ando à procura de uma cidade que não tenha cemitérios; eu ainda não achei. Você já encontrou? Pode me falar que eu quero conhecer.<br />
<br />
Hoje eu quero falar a você de uma Cidade que não tem cemitério nenhum, a cidade dos meus sonhos.<br />
<br />
O patriarca Abraão – ele era o pai da fé e pai de todos os que crêem nas promessas de Deus, e ele andava como um peregrino aqui nesta Terra, e andava mesmo sem saber aonde ia, mas procurava uma cidade sem cemitério, porque "aguardava a Cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador." (Heb. 11:10)<br />
<br />
Com efeito, a Cidade que Deus nos preparou, a Cidade de ouro e cristal não terá cemitérios. Lemos em:<br />
<br />
Apoc. 21:2-4 – "E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo. E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas."<br />
<br />
Todos quantos entrarem pelas portas da Cidade de Jerusalém celeste nunca mais verão a morte, porque a morte já não existirá, porque nesta Cidade não haverá cemitérios, já não haverá luto: ninguém vai se vestir de preto, mas de vestes brancas, que são símbolo de vitória.<br />
<br />
O apóstolo Paulo escreve sobre essa inexcedível vitória. Notem as sua palavras em: I Cor. 15:54, 55 – "Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrito: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?"<br />
<br />
Quando o almirante Nelson travou a batalha contra a esquadra francesa, no rio Nilo, o almirante Nelson abateu os seus inimigos franceses numa derrota esmagadora, e ele impressionado com isso, disse: "A palavra vitória não é suficientemente grande para descrever o importante acontecimento." (MM, 1966,14).<br />
<br />
Quando o Senhor Jesus Cristo vier na Sua glória e majestade, quando Ele chamar os mortos e transformar os vivos, "quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade", então a palavra vitória será pequena demais para descrever o acontecimento.<br />
<br />
E quando todos os justos de todos os tempos se reunirem numa grande e inumerável multidão, e atravessarem os portais da Cidade Eterna, a Cidade que não tem cemitérios, então a palavra vitória não será suficientemente grande para descrever a ocorrência.<br />
<br />
É por isso que S. Paulo disse noutra parte que nós somos mais do que vencedores por Aquele que nos amou. É uma vitória tão grande, é uma supervitória, é algo tão maravilhoso que a língua humana não poderá jamais descrever. Porque: "Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano, o que Deus tem preparado para aqueles que O amam." (I Cor. 2:9).<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;"><br />I – DESCRIÇÃO DA CIDADE</span><br />
<br />
Mas como será a Cidade Eterna, como será a Cidade que não tem cemitérios?<br />
<br />
1) A Bíblia diz que a Nova Jerusalém será construída de ouro puro, semelhante a vidro límpido. (Apoc. 21:18). Portanto, será uma cidade muito rica. Os homens que a contemplarem nunca viram tanto ouro na sua vida. A visão da Cidade de Ouro parece vidro cristalino.<br />
<br />
2) A Bíblia diz ainda que a cidade terá a glória de Deus; e por isso, o seu fulgor, o seu brilho será semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina. (21:11).<br />
<br />
E se a Cidade terá a glória de Deus, não precisa nem do Sol nem da Lua para lhe darem claridade. A refulgente glória de Jesus Cristo será a lâmpada fará iluminar a cidade de cristal (21:23). Ele é chamado o Sol da Justiça, e o Seu fulgor encherá toda a Cidade.<br />
<br />
3) A Bíblia diz, em 3º lugar, que a Cidade não terá santuário, e dá uma razão lógica: porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso e o Cordeiro, Jesus Cristo.<br />
<br />
O santuário terrestre era símbolo do lugar da habitação de Deus. Por causa do seu pecado, Adão e Eva foram expulsos da presença de Deus. Quando, porém, o pecado for removido, a igreja será de novo capaz de habitar na Sua presença, e nenhuma estrutura será necessária para simbolizar a habitação de Deus.<br />
<br />
4) A Cidade de Jerusalém celestial estará adornada também de todos os tipos de pedras preciosas, lindas, raras, jamais vistas pelos mortais.<br />
<br />
Haverá 12 portas nos muros da Cidade, e cada porta será feita de pérola, cada uma das 12 portas será uma só pérola.<br />
<br />
A praça central da Cidade é de ouro, semelhante a vidro transparente. (21:21).<br />
<br />
5) O trono de Deus estará no centro da Cidade eterna, e do trono sai o rio da água da vida, brilhante como cristal, e de uma a outra margem desse rio, está a árvore da vida, que produz 12 espécies de fruto, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore terão valor de preservar a saúde dos povos. Todos quantos beberem da água da vida, todos que comerem do fruto da árvore da vida participarão da vida eterna, uma vida que se compara com a vida de Deus.<br />
<br />
De uma lua nova a outra – de mês em mês – os remidos visitarão a Cidade e comerão dos 12 tipos de frutos da árvore da vida, e beberão a água cristalina.<br />
<br />
E diz o profeta que de sábado em sábado virá toda a humanidade para adorar o Rei da glória, Jesus Cristo. Esse foi o dia que Ele criou para a nossa adoração a Deus, para que nós descansássemos de nossas atividades, nossos trabalhos, e nos dirigíssemos a um encontro com o nosso Criador, a fim de recebermos mais de Sua Santidade e Perfeição. E isso continuará por toda a eternidade, lá nos Céus (Isa. 66:23).<br />
<br />
Certa vez uma menina estava passeando com o seu pai, era noite, uma noite estrelada, e a menina olhou para aquele céu estrelado, e ficou tão encantada que disse: "Papai, se o céu é tão belo do lado de cá, como não será do outro lado!?"<br />
<br />
Está é uma grande verdade: a Cidade Eterna, a habitação de Deus e do Seu povo será tão linda, o Céu dos céus será tão belo que a língua humana não tem palavras para descrever!<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;"><br />II – NOVOS CÉUS E NOVA TERRA</span><br />
<br />
Mas onde será localizada a Cidade celestial?<br />
<br />
O apóstolo João disse que a viu descer do Céu à Terra (Apo. 21:2), e o profeta Zacarias disse que o monte das Oliveiras se dividirá ao meio, (Zac. 14:4) tornando-se numa grande planície para receber a Cidade eterna. Este mundo será transformado para receber a cidade celestial.<br />
<br />
A) TEMOS A GLORIOSA A PROMESSA<br />
<br />
O apóstolo Pedro nos lembra a promessa da transformação do nosso velho mundo, o que lemos em 2Ped. 3:13 – "Nós, porém, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e uma nova terra, nos quais habita a justiça."<br />
<br />
Deus prometeu, e é fiel Aquele que prometeu restaurar todas as coisas e renovar a nossa Terra.<br />
<br />
B) COMO SERÁ A NOVA TERRA?<br />
<br />
Como se tornará essa Terra, depois da transformação?<br />
<br />
Ezeq. 36:35 – "E dirão (os remidos): Esta terra que estava assolada tem-se tornado como jardim do Éden; e as cidades solitárias, e assoladas, e destruídas, estão fortalecidas e habitadas."<br />
<br />
A Bíblia diz que o fogo de Deus descerá do céu e purificará esse globo, eliminando pecado e pecadores, e então Ele fará surgir das cinzas desta Terra um maravilhoso Paraíso, no qual haverá justiça.<br />
<br />
Um mundo completamente restaurado, todo florido, semelhante e até mais belo que o jardim do Éden. Os desertos serão revestidos de linda folhagem e encantadora vegetação, o ermo florescerá abundantemente como a rosa e o narciso (Isa. 35:1). Disse o profeta: "Florescerá (a Terra) abundantemente, jubilará de alegria e exultará; deu-se-lhes a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Sarom; eles (os justos) verão a glória do SENHOR, o esplendor do nosso Deus."<br />
<br />
Ou seja, esta Terra será transformada no Céu, habitação do próprio Criador. Esta Terra renovada será "o Tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles." (Apo. 21:3). E como poderia ser diferente, se Ele deu o Seu próprio Filho Jesus Cristo, que por Sua vez nos ofereceu graciosamente a Sua gloriosa vida, morrendo por nós pecadores, derramando o Seu preciosíssimo sangue nesta Terra, e tornou-Se em nosso excelso Redentor e Salvador, resgatando este planeta por toda a eternidade? Não seria este planeta transformado no próprio Centro do Universo, tendo a Cruz de Cristo como o Seu mais poderoso argumento?<br />
<br />
C) E AS CONDIÇÕES DE VIDA?<br />
<br />
Como nós viveremos nessa Terra, nesse Paraíso, que terá também muitas cidades fortificadas e cuja capital será a Nova Jerusalém – sim, como viveremos?<br />
<br />
1) A Bíblia diz que eterna alegria, felicidade imortal, e cada vez mais intensa será a sorte de todos quantos herdarem o Céu (Isa. 35:10).<br />
<br />
Haverá felicidade completa, indizível; nós não veremos a dor, as lágrimas, o luto e a morte, e o sofrimento. O pecado, que é o causador de tudo isso, não mais erguerá a sua hedionda cabeça. "Não se levantará por duas vezes a angústia". (Naum 1:9). Haverá alegria, gozo, felicidade, exultação eterna.<br />
<br />
2) Lá no Céu, nesta Terra renovada, nós teremos a feliz companhia de animais que serão lindos, mas não serão ferozes: o leão, o lobo, o leopardo, o elefante, e todas as belas criaturas de Deus. Eles serão os nossos companheiros no Céu; nós gostaremos de brincar com eles. (Isa. 11:6). Aqui está o ideal de Deus: beleza sem ferocidade, sem violência, mas plena harmonia em toda a Sua criação.<br />
<br />
3) Nós sabemos que uma das condições de felicidade mesmo aqui nesta Terra é o trabalho. E lá no Céu nós também teremos atividade; Ninguém viverá em ociosidade. Os justos "edificarão casas", casas do mais caro e precioso material, "e nelas habitarão"; "plantarão vinhas, e comerão do seu fruto", e também de toda a espécie de árvores frutíferas (Isa. 65:21).<br />
<br />
4) Também teremos estudo lá no Céu. Todos os remidos serão ensinados do Senhor Jesus, e toda a Terra se encherá do conhecimento de Deus, como as águas que cobrem o mar. (Isa. 54:13; 11:9).<br />
<br />
Lá poderemos conhecer os mistérios do microcosmos e do macrocosmos, da Química, da Física, da Astronomia, e de todas as ciências, e particularmente da Ciência da salvação. Nossas faculdades espirituais se ampliarão cada vez mais, pelos séculos da eternidade, e o conhecimento de Deus nunca se esgotará. A Cruz do Calvário será a maior Ciência que ocupará a nossa atenção e será o mistério a ser estudado para todo o sempre.<br />
<br />
5) Lá os santos conhecerão como eles são conhecidos. Lá nós poderemos nos reconhecer. Teremos o nosso nome, teremos a semelhança que nos possibilitará o reconhecimento (1Cor. 13:12). Lá nós veremos Abraão, Isaque, Jacó, e todos os patriarcas, profetas e apóstolos, e também o próprio Adão ao lado de Eva.<br />
<br />
Lá nós reconheceremos os nossos familiares, mas a nossa maior alegria será reconhecer a Jesus Cristo, contemplar o nosso Salvador, Aquele mesmo que morreu por nossos pecados, que deu a Sua vida para que nós pudéssemos entrar na Cidade eterna.<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;"><br />APELO</span><br />
<br />
– Mamãe, – disse uma meninazinha – meu professor da classe bíblica me disse que este mundo é apenas um lugar em que Deus nos deixa viver por algum tempo, para que nos preparemos para um mundo melhor. Mas, mamãe, não vejo ninguém se preparando. Eu vejo a senhora aprontar-se para sair de férias, e a tia Elisa se preparando para vir passar uns tempos conosco. Mas não vejo ninguém aprontar-se para ir para lá. Por que não tratam de se aprontar? .<br />
<br />
Quando morreu o patrão de Benjamim, disseram-lhe que ele havia partido para o Céu. Benjamim sacudiu a cabeça, dizendo:<br />
<br />
– Receio que o patrão não foi para lá...<br />
<br />
– Mas, por que, Benjamim? – perguntaram.<br />
<br />
– Porque, quando o patrão ia para o interior, ele falava disso já muito tempo antes, e se aprontava. Mas eu nunca o ouvi falar acerca de ir para o Céu; nunca vi que ele se preparasse para o Céu.<br />
<br />
Meu amigo, eu estou fazendo planos para estar lá; eu desejo muito as moradas eternas. Já dei a minha vida para o serviço de Deus.<br />
<br />
Você gostaria de entrar lá?<br />
<br />
– "Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas", a Cidade que não tem cemitérios, porque abriga redimidos enquanto o eterno Deus existir. (Apoc. 22:14).<br />
<br />
<br />
<a href="http://1.bp.blogspot.com/_NdQOK97Yzk4/SNMQwtiBvxI/AAAAAAAABj0/TWfQS-E_H40/s1600-h/Pr.-Roberto-Biagini.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" style="font-weight: bold;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5247556419858841362" src="https://1.bp.blogspot.com/_NdQOK97Yzk4/SNMQwtiBvxI/AAAAAAAABj0/TWfQS-E_H40/s200/Pr.-Roberto-Biagini.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a><span style="font-weight: bold;">PR. ROBERTO BIAGINI</span><br />
Teólogo, Mestre em Teologia. Realizou vários cursos de Extensão Teológica da Andrews University e do Centro de Educação Contínua da DSA. Trabalhou como distrital de várias igrejas do centro, norte e sul do país. É casado com a Profª. Silvane Luckow Biagini, e tem dois filhos, Ângela e Roberto.<br />
<br />
Autor do site <a href="http://www.trindade100respostas.com.br/">www.trindade100respostas.com.br</a><div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-34835301589081543462020-09-10T17:41:00.000-03:002020-09-10T17:41:19.450-03:00SALMO 46 – DEUS É O NOSSO REFÚGIO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-gVy_dbsb-mc/WTFnnGiBhII/AAAAAAAAG20/6R4Uou3anOw4g9KR6__4Biq7FXGRkSbnQCLcB/s1600/1200px-Heidelberg-Schlo%25C3%259F.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="901" data-original-width="1200" height="300" src="https://3.bp.blogspot.com/-gVy_dbsb-mc/WTFnnGiBhII/AAAAAAAAG20/6R4Uou3anOw4g9KR6__4Biq7FXGRkSbnQCLcB/s400/1200px-Heidelberg-Schlo%25C3%259F.JPG" width="400" /></a></div>
<span id="goog_1308812210"></span><span id="goog_1308812211"></span><br />
Nos dias 5 e 9 de agosto de 1945, respectivamente, 2 desventuradas cidades japonesas – Hiroshima e Nagasaki – receberam 2 presentes diabólicos, 2 bombas poderosas, 2 bombas atômicas; e como resultado: 180.000 pessoas se transformaram em cinzas.<br />
<br />
E o mundo se estarreceu diante de uma bomba que liberava uma energia tão espantosa e medonha. E os homens começaram a temer por sua segurança.<br />
<br />
Mais tarde, em 1948, os russos também detonaram a sua 1a bomba atômica atrás dos montes Urai. E os historiadores registraram mais esse feito histórico.<br />
<br />
Então fundaram na América do Norte um clube, o “Clube dos Assustados”, e formaram esse clube com 20.000 homens. Não eram homens com debilidades mentais: eram sociólogos, professores universitários, cientistas atômicos, militares – homens assustados.<br />
<br />
Três anos depois, os Estados Unidos explodiram a 1ª bomba de Hidrogênio, liberando uma energia estarrecedoramente mais espantosa. E disseram eles: "Nunca uma bomba de Hidrogênio deveria ser lançada sobre uma cidade menor que 2 milhões de habitantes, porque seria muita pólvora para pouca destruição." E o temor se instalou em todos os corações, e vivemos sob a ameaça do medo.<br />
<br />
Os jornalistas e os militares que acompanharam quilômetros, milhas e mais milhas de distância aquela nuvem radioativa, aquela imensa bola de fogo, não puderam controlar toda a sua angústia, todo o seu temor diante de tanta força liberada pela Ciência.<br />
<br />
E um dos jornalistas que assistiu a essa prova no laboratório da Natureza, escreveu um livro, e o título do livro é: "NÃO HÁ MAIS REFÚGIO". A sua tese é esta: Não há mais refúgio para o homem. Não há mais escape da destruição final que breve acontecerá. "Não há mais refúgio".<br />
<br />
Mas hoje nos propomos a defender uma outra tese, a tese de que há um Refúgio, há uma Fortaleza, e já lhes convido a abrir a sua Bíblia no Salmo 46. Salmo 46:1: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.”<br />
<br />
Quando os homens do nosso mundo contemporâneo intimidados pela crise de segurança, desde os primórdios da era atômica, a era termonuclear, proclamam que "não há mais refúgio", nós proclamamos ainda mais eloquentemente: "Deus é o nosso Refúgio e Fortaleza".<br />
<br />
Quando os homens vivem ameaçados pela violência, pelo assalto à mão armada, pelos roubos e furtos, assustados diante de uma terceira conflagração mundial, apoiada num detonar de máquinas infernais de destruição coletiva – levantam-se os cristãos proclamando: "Deus é o nosso Refúgio e Fortaleza".<br />
<br />
Há insegurança na rua, no trabalho, no lar. Há insegurança política, insegurança econômica, insegurança social. Entretanto, nesses dias agitados, hoje como sempre, "Deus é o nosso Refúgio e Fortaleza, socorro bem presente nas tribulações."<br />
<br />
E SE TEMOS UM REFÚGIO, qual é a CONCLUSÃO mais evidente que podemos tirar agora? Versos 2, 3. "Portanto", dizem os filhos de Coré, de modo conclusivo: “não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; 3 ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam.”<br />
<br />
Alguma espécie de temor persegue o ser humano. O homem moderno teme perder o emprego, teme o colapso cardíaco, teme uma 3a Guerra Mundial, teme o seu companheiro. O homem contemporâneo teme a vida, teme a morte, teme o além da morte, teme o próprio medo.<br />
<br />
Mas “não temeremos ainda que a Terra se transtorne”.<br />
<br />
No dia 1º de novembro de 1755 aconteceu o grande terremoto de Lisboa, Portugal, cujos efeitos foram sentidos numa área de 8 milhões de Km2. A cidade de Lisboa que contava 150.000 habitantes foi quase inteiramente destruída. Caíram todas as igrejas e conventos e quase todos os edifícios públicos, e a quarta parte das casas.<br />
<br />
Cerca de 2 horas depois, o fogo irrompeu em diferentes lados, e grassou com tal violência pelo período de 3 dias que a cidade foi completamente desolada.<br />
<br />
O terror do povo não podia ser descrito. Ninguém chorava: era além das lágrimas. Corria de cá para lá, delirando de horror e pasmo, batendo na face e no peito, e gritando em angústia indizível: "Misericórdia! Misericórdia! É o fim do mundo!"<br />
<br />
Mães esqueciam os filhos, e corriam carregando crucifixos. Desafortunadamente, muitos corriam às igrejas em busca de refúgio e proteção; mas em vão foi ministrado o sacramento; em vão as pobres criaturas abraçavam os altares e beijavam os ídolos – imagens, sacerdotes, povo e igrejas foram soterrados na ruína catastrófica: 90.000 pessoas pereceram, sucumbiram em forma dramática. "Misericórdia! Misericórdia! É o fim do mundo!"<br />
<br />
O Salmo 46 é um Salmo apocalíptico. Este é um Salmo não apenas poético, senão também profético. Ele não foi escrito para as gerações passadas somente, mas de um modo muito especial é endereçado à última geração, à geração do tempo do fim, à Igreja que precede à Volta de Jesus Cristo.<br />
<br />
O teor apocalíptico, as figuras, as imagens, o simbolismo e os acontecimentos aqui descritos testificam que esta é uma mensagem especial de Deus para a Igreja de Laodiceia, que presenciará os mais dramáticos momentos da História terrestre.<br />
Senão vejamos: Somos informados em Apocalipse (6:14) que todos os montes e ilhas serão movidos dos seus lugares. De acordo com Apoc. 16:20, isso ocorrerá sob a 7ª praga, quando as ilhas fogem e os montes não são achados.<br />
<br />
Podemos nós imaginar este quadro apocalíptico? Podemos perceber a solenidade do tempo em que vivemos? Você está preparado para enfrentar isso? Você pode dizer: "Deus é o nosso Refúgio e Fortaleza"? Você está pronto para o maior terremoto que jamais aconteceu?<br />
<br />
Pouco antes da Volta de Jesus Cristo, os montes serão abalados "no seio dos mares", as montanhas serão removidas da Terra e transportados para dentro dos mares; e os mares por sua vez hão de avançar para dentro das grandes cidades marítimas, destruindo completamente essas selvas de pedra que se tornaram símbolos da corrupção.<br />
<br />
Muitas ilhas desaparecerão, ilhas repletas de habitantes ímpios que não se sensibilizaram com a mensagem anunciadora do juízo divino.<br />
<br />
E para completar o quadro, haverá um grande terremoto, seguido de maremotos, um abalo sísmico jamais igualado em qualquer tempo da História, um tremor de terra jamais registrado pelos sismógrafos [Apo 16:18].<br />
<br />
Você está pronto? O que acontecerá a você? Onde se encontrará? Qual será a sua segurança, o seu Refúgio?<br />
<br />
No norte da Itália, ao sul dos Alpes, houve certa vez um grande terremoto. Uma pequena vila era sacudida e agitada pela fúria daquele tremor. Todos os habitantes da pequena cidade corriam apavorados. E uma menina corria também com a sua mamãe. Mas a mamãe já era idosa e cansada. E a menina de passos rápidos, ligeiros, avançava, mas tinha que parar de quando em quando para ver onde a mamãe estava. E a mamãe vinha num passo mais lento e cansado. Afinal a mamãe decidiu não correr mais. E a menina, nervosa, perguntou: "Mamãe, o que está a senhora pensando que não corre?" A mamãe respondeu: "Minha filha, eu estava pensando que um Deus capaz de sacudir estas montanhas, Ele também é capaz de me proteger." De fato, "Deus é o nosso Refúgio e Fortaleza". Ele é capaz de nos proteger dos terremotos da natureza, sob o Seu controle.<br />
Vivemos num mundo de insegurança, por causa dos elementos destruidores da Natureza. Há terremotos: tremor na terra. Há maremotos: tremor nas águas. Há tsunamis: revoluções altaneiras nas águas, ocasionando imensa destruição.<br />
<br />
Mas, se as águas aqui – as águas do mar – são revoltosas, se as águas são tormentosas, Como são as ÁGUAS DA CIDADE DE DEUS? Versos 4-5: “Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. 5 Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a ajudará desde antemanhã.”<br />
<br />
As águas da Cidade de Deus são águas que alegram. Existem águas que poluem, águas que destroem, águas que matam. Na Cidade de Deus há águas que alegram. Sim, alegram porque refrigeram, alegram porque purificam, alegram porque mitigam.<br />
Disse Gonçalves Dias, em sua Canção do Exílio:<br />
<br />
"Minha terra tem palmeiras<br />
Onde canta o sabiá.<br />
As aves que aqui gorjeiam,<br />
Não gorjeiam como lá!"<br />
<br />
Parafraseando, nós diríamos:<br />
<br />
"Minha Terra tem palmeiras<br />
Onde canta o sabiá.<br />
As águas que aqui saciam,<br />
Não saciam como lá!"<br />
<br />
Mas há outra qualidade nas águas, outra virtude extraordinária, porque de acordo com a visão do apóstolo João no Apocalipse, as águas da Cidade de Deus são águas que vivificam, dão a vida eterna, a eterna juventude, sob o poder de Deus. João disse que Deus lhe “mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro.” [Apo 22:1]. Quando os justos beberem dessas águas jamais morrerão.<br />
<br />
A reverência ao Cordeiro é a Jesus Cristo que é apresentado no Apocalipse como “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” [João 1:29]. Ele morreu na Cruz do Calvário, a fim de nos garantir a vida eterna. Todos aqueles que creem em Cristo como o seu Salvador pessoal poderão beber dessas águas cristalinas e viver enquanto Deus existir.<br />
<br />
Mas se Deus é o nosso Refúgio, amparo e proteção, socorro e Fortaleza – O QUE POSSUI DEUS, ALÉM DAS ÁGUAS para nos oferecer? Onde habitaremos com segurança? Com quem habitaremos? Os versos 4 e 5 já lidos, destacam além das águas 2 elementos mais: a Cidade – as moradas do Altíssimo – e a presença do próprio Deus.<br />
<br />
O Senhor Jesus Cristo prometeu preparar um lugar para todos os que nEle confiarem: "Não se turbe o vosso coração: credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar." João 14:1-3.<br />
<br />
Poderemos habitar com Jesus Cristo, porque Ele é o nosso Refúgio, porque Ele é o nosso Salvador. Ele habita no santuário das moradas do Altíssimo". Foi Ele quem disse: "Virei outra vez, para que, onde Eu estou, estejais vós também."<br />
<br />
Pela fé contemplamos a Cidade Celestial, a Nova Jerusalém, cujo rio da Água da Vida que procede do trono de Deus alegra a Cidade de ouro, cristal e pedras preciosas.<br />
<br />
Em um mundo de águas poluídas, Deus nos promete que haveremos de beber das águas cristalinas do rio, cujas correntes jamais secam, mas alegram a cidade de Deus.<br />
E mais: não só habitaremos com Deus, senão que nossas moradas serão eternamente seguras, porque Deus é um Refúgio Seguro e Eterno, e Ele estará na Cidade da Nova Jerusalém; portanto, ela jamais será abalada.<br />
<br />
MAS MUITOS PROCURARÃO ABALAR A CIDADE, muitos tentarão derrubar os muros da Nova Jerusalém.<br />
<br />
Conta-nos a revelação em Apoc. 20, que os ímpios estarão cercando a Cidade querida, e, liderados por Satanás, procurarão invadir a Cidade Santa, numa tentativa de vencer a Deus e os santos, numa última e desesperada investida contra o Altíssimo [Apo 21:2; 20:9].<br />
<br />
Então se cumprirá o verso 6: “Bramam nações, reinos se abalam; Ele faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve.”<br />
<br />
As nações e os reinos estarão ao redor da Cidade Celestial que abriga os justos refugiados. Os ímpios tentam abalar a Cidade, mas o que acontece? Ergue-se, a figura incomparável de Cristo, do Seu alto e sublime trono e a sua fulgurante glória envolve a Cidade e sai pelos muros, atingindo toda a Terra.<br />
<br />
O Filho de Deus fala com solene e tonitruante voz: "Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, os que praticais a iniquidade." [Mat 7:23] E a Sua voz, como de muitas águas, é ouvida em toda a Terra, e as nações e reinos se abalam, e a Sua voz faz tremer a Terra.<br />
<br />
O QUE FARÃO OS JUSTOS? Eles começarão a cantar. O que eles dizem no seu cântico? Verso 7: “O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.” Eles estão dizendo para os ímpios: “- Não adianta vocês tentarem lutar contra Cristo, Ele é o Senhor dos Exércitos, Ele tem poder onipotente, Ele não pode ser vencido, e Ele está conosco; o Deus de Jacó é o nosso Refúgio. Será, portanto, vã a tentativa de guerrear contra Ele. Sua voz abala os próprios fundamentos onde vocês põem os pés.” <br />
<br />
ENTÃO os justos fazem um CONVITE PARA OS ÍMPIOS. Este será o seu ÚLTIMO APELO. Verso 8: “ ’Vinde, contemplai as obras do Senhor, que assolações efetuou na terra.’ Vocês querem uma prova do grande poder de Deus e do Seu Filho? Contemplem as obras ao seu redor, que destruições, que assolações foram efetuadas. Os montes estão caídos, as ilhas desapareceram, e os mares invadiram as cidades. Vocês ainda querem lutar contra o Senhor do Universo?”<br />
<br />
Durante o Milênio, a Terra parecerá um caos, por motivo das assolações que Deus efetuará por ocasião das 7 Últimas Pragas [Apo 16] antes da Segunda Vinda de Jesus. “– Vejam as obras de Deus. Elas testificam do Seu invencível poder.”<br />
<br />
Cristo incide o Seu olhar sobre os ímpios, e eles se tornam cônscios de sua vida de rebelião contra o Céu. A Lei de Deus se ergue no alto, e todos reconhecem suas culpas e pecados. Veem que estiveram lutando contra o seu próprio Criador, e se convencem da justiça divina, e da sua eterna perdição.<br />
<br />
Satanás tenta convencê-los a enfrentar a luta, e avançar, mas eles se voltam contra o príncipe das trevas em ira e vingança.<br />
<br />
O QUE MAIS CANTAM OS JUSTOS? É esse um momento para cantar? Sim, os justos enaltecem e louvam a Deus. O que eles estão cantando? Verso 9: “Ele [Deus] põe termo à guerra até aos confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo.”<br />
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Quando a 1a Guerra Mundial terminou em 1918, os jornais da França anunciaram em letras garrafais a notícia: "Cessou a Guerra Mundial e nunca mais os homens valer-se-ão das armas para lutarem uns contra os outros." A experiência havia sido amarga. E um jornal ilustrou o seguinte: "Toquem os sinos das igrejas, repiquem os sinos das catedrais porque os homens nunca mais guerrearão uns contra os outros."<br />
<br />
Somente na França, as mães receberam 2 milhões de filhos mutilados, cegos, surdos, paralíticos, coxos, com psicose de guerra, loucos. Era um quadro dramático: as mães receberam 2 milhões de moços que saíram de casa fortes e sadios, e foram para as forças de batalha e voltaram mutilados – eram farrapos humanos. Mas as mães com lágrimas receberam os seus filhos na esperança de que aquela havia sido a última guerra – nunca mais os homens veriam o terrível fantasma da Guerra.<br />
<br />
Que esperança vã! Pouco depois veio a Segunda Guerra Mundial com 48 milhões de vidas ceifadas. E quando terminou a 2a Guerra outra vez raiou a esperança: nunca mais os homens verão a guerra. Entretanto, a História já registrou mais de 100 guerras, vários conflitos armados – porque só Deus pode pôr fim à guerra. E isso Ele cumprirá, essa esperança logo se concretizará, quando o Senhor Se levantar para julgar a Terra.<br />
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O ponto focal do verso 9, não é tanto sobre a destruição dos inimigos, mas sobre a destruição de suas armas. Deus destrói os seus instrumentos de guerra. Os inimigos confiam nos seus carros, nos seus cavalos, nas suas armas, nas suas bombas. Mas Deus os desarma, destruindo tudo isso. E desarmados, eles ficam impotentes, fracos. E então, os próprios inimigos, serão destruídos – porque ao invés de confiar em Deus, eles confiaram nas armas, na tecnologia contra o povo escolhido.<br />
Deus destrói aquilo em que tanto os ímpios confiaram para ter segurança. A única segurança está em Deus. A eterna segurança não está nas armas, mas em nosso relacionamento com Deus e com Jesus Cristo. “Alguns confiam nos seus carros de guerra, e outros, nos seus cavalos, mas nós confiamos no poder do Senhor, nosso Deus.” [Sl 20:7]<br />
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Ele "quebra o arco e despedaça a lança", para usarmos uma linguagem bélica antiga. Ele desarma os Seus inimigos, desfaz o poder dos canhões e das máquinas de destruição. Ele queima tudo isso no fogo.<br />
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E, com efeito, o fogo com enxofre queimará todos os apetrechos de guerra que os ímpios farão. E o fogo que queimará as armas bélicas, também haverá de destruir o pecado e os pecadores. Todos os ímpios serão aniquilados, e a angústia não se levantará por duas vezes. Então, das cinzas deste mundo, Deus fará novos céus e Nova Terra, nos quais habita a justiça [Mal 4:3; 2Ped 3:13].<br />
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Então virá a paz! O propósito de Deus para esse mundo é a paz. Jesus Cristo é o Príncipe da Paz. Após o Milênio, jamais se levantará novamente um movimento para a guerra. A guerra de Gogue e Magogue, a última guerra, acabará com todas as guerras, por toda a eternidade.<br />
<br />
MAS ANTES de serem destruídos, OS ÍMPIOS VERÃO A CRISTO EXALTADO. Sobre isso, lemos no verso 10: "Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra." Na presença dos habitantes da Terra e do Céu, reunidos em uma multidão inumerável, é efetuada a coroação final de Jesus Cristo.<br />
<br />
Então, Ele ergue a Sua poderosa voz, e fala: "Aquietai-vos", e todos em solene e respeitoso silêncio ficam quietos. "E sabei que Eu sou Deus." Milhares e mesmo bilhões de ímpios não quiseram antes se render às claras evidências da Divindade de Cristo; e, no entanto, agora ali estão para reconhecer o Seu Deus a Quem tanto afrontaram.<br />
<br />
E Cristo continua: "Sou exaltado entre as nações, sou exaltado na Terra." E os ímpios extasiados contemplam a Cristo sendo coroado como “Rei dos reis e Senhor dos senhores”, e investido de poder e majestade supremos [Apo 17:14; 19:16].<br />
O próprio Satanás fica paralisado ao contemplar a glória e majestade de Cristo. Ele vê quando um anjo de elevada estatura e fulgor, coloca a coroa gloriosa sobre a cabeça de Cristo, sendo exaltado o Filho de Deus sobre todo o Universo.<br />
<br />
Nesse momento, todos os ANJOS, todos os JUSTOS, todos os ÍMPIOS de todos os tempos dobram os joelhos diante dAquele que foi exaltado, e ali também Satanás com todos os demônios estão encurvados, e reconhecem a justiça e soberania de Cristo [Fil 2:9-11].<br />
<br />
E os justos estarão cantando os seus louvores a Deus. O que eles estão cantando? Verso 11: “O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.”<br />
<br />
Enquanto os ímpios recebem o seu justo castigo, enquanto o fogo desce do Céu com estrepitoso estrondo, quando os elementos serão abrasados e os ímpios destruídos, os santos estarão cantando: "O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio."<br />
<br />
Você tem esse Refúgio? Qual é a sua segurança hoje? Muitos estão vivendo numa segurança carnal, numa segurança mundana e ilusória, apoiados numa falsa segurança.<br />
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Qual é o seu Refúgio Espiritual? Você se sente em paz com Deus ou vive nas práticas do pecado? Está salvo em Cristo ou se agrada com os encantos do mundo?<br />
<br />
Apegue-se a Jesus Cristo como o seu Salvador, hoje e sempre, e naquele dia você poderá cantar: "Deus é o nosso Refúgio e Fortaleza."<br />
<br />
Pr. Roberto Biagini<br />
prbiagini@gmail.com<br />
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<div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-66191646308511317462020-09-10T17:37:00.000-03:002020-09-10T17:37:33.799-03:00Os 7 acertos da mulher samaritana<a href="http://3.bp.blogspot.com/_NdQOK97Yzk4/SbAE7vEK9XI/AAAAAAAACak/ZFo38Ft0Dc8/s1600-h/jesus+entre+n%C3%B3s+%28102%29.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5309749384962569586" src="https://3.bp.blogspot.com/_NdQOK97Yzk4/SbAE7vEK9XI/AAAAAAAACak/ZFo38Ft0Dc8/s400/jesus+entre+n%C3%B3s+(102).JPG" style="cursor: pointer; display: block; height: 300px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a><br />
<br />
Vamos começar lendo no Evangelho de João 4:24-29: "Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas. Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu que falo contigo. Neste ponto, chegaram os seus discípulos e se admiraram de que estivesse falando com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse: Que perguntas? Ou: Por que falas com ela? Quanto à mulher, deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens: 'Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?!' "<br />
<br />
Todos desejam ser bem sucedidos em seus esforços; todos desejam alcançar sucesso em todos os sentidos de sua vida. Quando fazemos uma introspecção e verificamos o insucesso em muitos aspectos da vida, é natural que todos desejemos alcançar êxito onde falhamos no passado.<br />
<br />
A mulher samaritana teve um sucesso missionário extraordinário, ela teve tanto êxito em ganhar almas para Cristo que se tornou muito conhecida por isso.<br />
<br />
Você gostaria de obter êxito em seus esforços para ganhar almas para Cristo? Você apreciaria ter êxito nos seus esforços missionários? Como podemos nós também alcançar sucesso missionário? Quais foram os segredos da mulher samaritana?<br />
<br />
Queremos estudar OS 7 SEGREDOS PARA GANHAR ALMAS, e nós vamos encontrá-los exatamente no texto que acabamos de ler.<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">I – A PESSOA DE SUCESSO MISSIONÁRIO, TEM UMA EXPERIÊNCIA PESSOAL COM JESUS</span><br />
<br />
V. 25: "Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas." Aquela mulher cria no Messias vindouro, embora não soubesse até ali que já estava tendo uma experiência pessoal com o próprio Messias que ela esperava para o futuro.<br />
<br />
V. 26: "Disse-lhe Jesus: Eu o sou, Eu que falo contigo." Jesus Se revela à mulher. Há poucas pessoas no Evangelho a quem Jesus Se revelou de maneira tão franca e claramente, de modo tão aberto e espontâneo.<br />
<br />
A mulher, portanto, teve uma experiência ímpar com Jesus:<br />
1) Ela teve um encontro aparentemente casual com Jesus.<br />
2) Ela falou com Jesus.<br />
3) Ela saciou a sua sede espiritual com a própria Fonte da água da vida, que é Jesus.<br />
4) Ela O aceitou como o Messias enviado por Deus.<br />
5) Ela sentiu os seus pecados perdoados.<br />
<br />
O sucesso missionário sempre vem depois de uma experiência com Jesus.<br />
– Você também já teve uma experiência pessoal com Jesus? Você já ouviu a Sua voz? Você já falou com Ele? Tem uma visão espiritual da água da vida? Se você não tem uma experiência pessoal com Jesus primeiro, antes de qualquer trabalho missionário, você não está preparado, pronto para o sucesso.<br />
<br />
Antes de tudo, você deve ir a Jesus. Deve beber na fonte de águas cristalinas: Deve ser humilde para confessar os seus pecados, receber o Seu conselho, atender às Suas palavras, ouvir e aprender de sua sabedoria, manter comunhão com Ele, falando de seus problemas e reconhecendo-O como o Seu Salvador pessoal. Só então, você será uma fonte a jorrar para a vida eterna.<br />
<br />
O 2o segredo:<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">II – A PESSOA DE SUCESSO MISSIONÁRIO, TEM UMA NOÇÃO DE URGÊNCIA </span><br />
<br />
Era um momento áureo aquele, em que havia há pouco descoberto o Messias. Ali estava Ele, contando toda a sua vida, e dando-lhe condições para viver a vida eterna, bebendo da própria Fonte da água viva. De repente, sentindo a urgência do momento, um momento tão singular, tão importante na sua vida e na vida de todo o povo, "deixou o seu cântaro", deixou as suas necessidades materiais e foi correndo até à cidade.<br />
<br />
– "O Messias está lá no poço e pode passar para outra cidade e o meu povo tem que saber que Ele já veio! Não posso perder esta grande oportunidade de avisar o povo!" Era um momento de grande urgência, e ela soube aproveitar aquela inaudita oportunidade, que poderia passar para sempre!<br />
<br />
Vivemos nos últimos dias da história deste mundo! Os sinais indicam que o fim se apressa: Guerras, revoltas, crimes, violência e imoralidade; problemas sociais, políticos e econômicos; derrota do Comunismo para dar lugar à Besta, explosão do Carismatismo como um recurso a mais para a unificação de todas as igrejas – enfim, quase todos os sinais estão se cumprindo diante dos nossos olhos!<br />
<br />
Prezados irmãos, temos nós uma visão de urgência? Sabemos aproveitar as oportunidades? Ou estamos deixando o tempo passar, sem avisar o povo, sem que nos assustemos com isso?<br />
<br />
Se queremos o sucesso missionário, é preciso termos uma visão de urgência e avisarmos o povo que está perto de nós, antes que seja tarde demais! Nossa mensagem é de urgência! Vivemos no grande e solene dia do Juízo Investigativo, desde 1844! Estamos muito próximos do fim do mundo e da Volta de Cristo! E no entanto, a igreja de Laodicéia ainda está dormindo!<br />
<br />
Os ímpios estão pregando que o mundo vai se acabar pela auto- destruição, e a igreja de Laodicéia está dormindo! Os cientistas estão pregando que o mundo vai se acabar por excesso de calor, e a igreja de Laodicéia está dormindo! Os estadistas estão anunciando eloqüentemente que o mundo vai se acabar por uma 3a Guerra Mundial, apoiada num detonar de máquinas de destruição coletiva! E a igreja de Laodicéia ainda está dormindo!<br />
<br />
O mundo está maduro para o seu fim, e é necessário pregar urgentemente a mensagem anunciadora do Juízo vindouro, antes que seja tarde demais! Você tem noção de urgência? Você tem pressa?<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">III – A PESSOA DE SUCESSO MISSIONÁRIO, VENCE A TIMIDEZ</span><br />
<br />
V. 28: "Quanto à mulher, deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens..." Foi mais um acerto daquela mulher. Ela foi à cidade e falou. Não podia ficar calada, mesmo sendo tão tímida.<br />
<br />
A mulher samaritana revelou timidez de 2 maneiras:<br />
1 – Indo buscar água do poço ao meio dia, quando havia pouco movimento, enquanto as pessoas estariam almoçando ou evitando o sol causticante. Ela então foi à hora 6a que era correspondente ao meio dia, para não ser vista. Ela tinha medo da língua das outras mulheres que iam lá no mesmo poço.<br />
2 – Revelou timidez também, procurando encerrar uma possível conversa sobre o seu passado, respondendo a Cristo simplesmente: "Não tenho marido!" Achou que isso poria fim ao assunto sobre a sua vida pregressa. Mas pelo contrário, o Estranho revelou todo seu passado em uma simples afirmação!<br />
<br />
De dois modos, a samaritana demonstrou timidez e acanhamento. Entretanto, ela venceu a timidez, esqueceu o que os outros poderiam dizer dela, e usou o seu passado como o maior argumento para falar e convencer aos outros de que Jesus era mesmo o Messias! Venceu a timidez, o medo, o acanhamento e foi à cidade para se tornar a maior missionária dos tempos de Cristo.<br />
<br />
A Bíblia diz que os tímidos jamais entrarão no Céu, se não vencerem a timidez para ir e falar: aquela mulher tímida, aquela pecadora que procurava se esconder dos outros, foi à cidade e falou ao povo, dando o seu testemunho corajosamente.<br />
<br />
Você também pode vencer a timidez e ir. Disse Jesus: "Ide e pregai!" – Ide aos povoados, às cidades e pregai! Ide aos bairros, às vilas! Ide de casa em casa, de 2 em 2!<br />
<br />
Se você quer ser bem sucedido, você precisa vencer a timidez e ir. Você tem um vizinho a quem pode ir? Então vá! Esqueça os fracassos, e vá! Esqueça a incapacidade e vá!, porque o Espírito Santo há de ajudar a todos que quiserem ir e falar. Ele é Quem dá os talentos, a sabedoria e a capacidade.<br />
Vença a timidez, se quiser a bênção do êxito!<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">IV – A PESSOA DE SUCESSO MISSIONÁRIO, FAZ UM CONVITE SIMPLES PARA OS OUTROS</span><br />
<br />
V. 29: "Vinde!" O que fez a mulher samaritana? Fez um convite, um simples convite – "Vinde!" – e o povo atendeu!<br />
<br />
É muito importante fazer um convite, mais do que você pensa:<br />
<br />
1) A Bíblia está cheia de convites<br />
– "Vinde às águas, vós que tendes sede!"<br />
– "Vinde a Mim, vós que estais cansados e sobrecarregados!"<br />
– "O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede, venha!, e quem quiser receba de graça a água da vida!"<br />
2) O mundo com as suas diversões, esportes, programas, diz: "Venham todos, não percam!"<br />
3) Os especialistas em comunicação conhecem a importância de um simples convite:<br />
– A televisão diz: "Vem que é bom!"<br />
– O Banco diz: "Vem pra cá, você também!"<br />
<br />
Portanto, faça você também o seu convite para os outros: amigos, parentes, vizinhos, estranhos! Não pense negativamente, porque você pode se surpreender com os resultados! Fale positiva e entusiasticamente, como falou a samaritana. Há muitos cristãos que sabem conversar com os seus vizinhos animadamente sobre muitos assuntos, mas nunca fizeram um simples convite para irem à igreja!<br />
<br />
Já conheci muitas pessoas que foram ganhas por um simples convite. Talvez a maioria aqui foi ganha para a Verdade através de um simples convite! E se você quiser ter sucesso, convide os outros para vir à igreja, convide para estudar a Bíblia, para ler um folheto, para assistir a uma filme religioso, para ouvir música espiritual, convide para assistir a um programa religioso, como o "Está Escrito" na TV Bandeirantes (aos Domingos, 8:00h), convide a alguém do seu conhecimento para ouvir a um CD de músicas religiosas, compre vários DVD's de nossa denominação e convide aos seus amigos!<br />
<br />
Convide! De repente, você verá resultados surpreendentes. Não se acanhe, não pense em derrota. Você terá sucesso, se você fizer um simples convite, mais cedo ou mais tarde!<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">V – A PESSOA DE SUCESSO MISSIONÁRIO, ACOMPANHA OS AMIGOS ATÉ JESUS </span><br />
<br />
O que disse a samaritana? Como foi o seu convite? "Vinde...", e o que mais? - "Comigo"! Não basta convidar; é preciso acompanhar! A samaritana não ficou só no convite; ela acompanhou o povo até os pés de Jesus. Por isso, teve um sucesso extraordinário tão surpreendente.<br />
<br />
Agora, imagine um cristão que convide a alguém para vir à igreja, dizendo: "Vai lá na nossa igreja!" É possível até que alcance algum sucesso. Mas quando o convite é feito com a promessa de que nós iremos também, acompanhando pessoalmente o convidado até o banco da igreja, o sucesso é ainda muito maior!<br />
<br />
Mas o que dizer de algumas pessoas que no sábado à tarde distribuem os folhetos, ou os convites impressos, carimbados, entregam às pessoas e dizem que haverá uma importante conferência com filmes e ilustrações e hinos inspiradores, e quando algumas pessoas vêm, eles naturalmente procuram, procuram, e não acham os crentes que os convidaram? Possivelmente, nunca mais voltarão.<br />
<br />
Você precisa convidar e acompanhar. Você precisa trazer as pessoas para a igreja, acompanhá-los, sentar com eles no mesmo banco. Se não for assim, os convidados não se sentirão muito à vontade em um ambiente estranho. Se você estiver ajudando, lendo a Bíblia com a pessoa, mostrando o hinário, ajoelhando com a pessoa, ela se sentirá num ambiente familiar e amigo, e você terá sucesso em ganhar almas.<br />
<br />
Não esqueça: Não basta convidar; é preciso acompanhar! Um dos maiores trabalhos missionários que qualquer pessoa simples pode fazer, é trazer pessoas para a igreja, acompanhando-as.<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">VI – A PESSOA DE SUCESSO PARA GANHAR ALMAS, DÁ O SEU TESTEMUNHO PESSOAL</span><br />
<br />
V. 29: "Vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito." "Eu creio nesse homem porque ele disse tudo a respeito de mim, como ninguém até hoje havia feito." Este era o seu testemunho. Foi mais um acerto da mulher samaritana.<br />
<br />
A mulher havia tido uma experiência pessoal com Jesus Cristo. Agora, ela conta um pouco dessa experiência que teve com Ele. Este é o verdadeiro testemunho pessoal. Você fala aos outros o que aconteceu quando você se encontrou com Jesus: Como você conheceu a Deus; Como Jesus mudou a sua vida: Você fumava, ou bebia, ou não tinha paz nas coisas deste mundo. Qual é o seu testemunho? Você não deve ficar calado a esse respeito.<br />
<br />
Certa, um jovem de uma determinada igreja, falando com um pastor, num retiro do verão, disse-lhe: "Pastor, eu voltei para a igreja porque não tinha paz nas festas do mundo. Eu estava lá numa boate, certa vez, bebendo cerveja com os meus amigos e as garotas, quando um outro rapaz veio me perguntar por que eu joguei um cigarro aceso nele. Eu disse: 'Olha, eu não sei de cigarro nenhum! Eu estou aqui conversando, e não joguei nada.' ''<br />
<br />
Mal terminava de falar, recebeu um soco no rosto, e começou a sangrar, envolveu-se numa briga, saiu todo machucado, e tem dois dedos quebrados até hoje, para servir de marca, de uma cena trágica em que participou sem querer. Naquela madrugada continuou lá brigando para defender os seus amigos, e descobriu duas coisas: primeiro, todos haviam fugido, deixando-o sozinho; e segundo, foi um amigo seu que disse para o estranho que ele havia jogado o cigarro.<br />
<br />
Ele voltou para a igreja, dizendo: "Eu já estou perdido mesmo; vou lá ouvir o pregador e correr o risco de ser salvo." E hoje é um dos jovens mais firmes que temos na igreja, que sabe dar o seu testemunho, e diz para os outros que querem ir para o mundo: "Olha, não vá! Eu sei que não presta por experiência própria! É muito melhor seguir a Cristo."<br />
<br />
Semelhantemente, você tem que dar o seu testemunho, apresentar as evidências de sua fé. Por que você crê? O que Jesus fez por você? Como você foi mudado? Qual é a sua esperança?<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;"> VII – A PESSOA DE SUCESSO MISSIONÁRIO, TEM UMA MENSAGEM CRISTOCÊNTRICA</span><br />
<br />
O que disse a mulher samaritana? "Será este, porventura, o Cristo?" Ela não tinha dúvida alguma, porém falava deste modo para que o preconceito do povo não dominasse a situação; porque alguns poderiam dizer que era uma mulher apenas quem estava falando, e não os líderes da nação; e outros poderiam acrescentar que além de ser mulher, ela era uma pecadora.<br />
<br />
"Será este, porventura, o Cristo?" – Era também uma oportunidade para que os outros julgassem por si mesmos e tirassem suas próprias conclusões. E foi exatamente isso o que aconteceu. V. 42: "Já agora não é pelo que disseste que nós cremos; mas porque nós mesmos temos ouvido e sabemos que Este é verdadeiramente o Salvador do mundo!"<br />
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"Será este, porventura, o Cristo?", disse a mulher. Foi certamente uma mensagem cristocêntrica, que teve o poder de ganhar aqueles corações sedentos pela Verdade. Sua mensagem cristocêntrica desfez os preconceitos, levou o povo a pensar por si mesmo, e salvou muitas pessoas, homens e mulheres para o reino de Deus.<br />
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Mas de onde ela tirou a sua mensagem cristocêntrica? De 2 fontes: 1) Dos escritos do Antigo Testamento; e 2) De sua própria experiência pessoal com Jesus Cristo.<br />
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Hoje, você pode dar uma mensagem cristocêntrica muito mais completa: Você tem o Antigo e o Novo Testamento, o Dom de Profecia através de E.G. White, os livros da igreja, e tem também a sua própria experiência pessoal com Jesus. Você pode entregar literatura que contém belas mensagens cristocêntricas: livros, revistas, folhetos, convites.<br />
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Dê uma mensagem cristocêntrica, que fale de Jesus, uma mensagem do amor de Deus, ao dar o Seu Filho na cruz do Calvário.<br />
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Você quer ganhar almas, e ser bem sucedido? Então, dê uma mensagem cristocêntrica, e fale de Jesus aos outros.<br />
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<span style="font-weight: bold;">CONCLUSÃO</span><br />
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Portanto, a pessoa de Sucesso Missionário:<br />
1 – Tem uma experiência pessoal com Jesus.<br />
2 – Tem uma visão de urgência<br />
3 – Vence a timidez<br />
4 – Faz um convite para muitas pessoas<br />
5 – Acompanha os amigos até Jesus<br />
6 – Dá um testemunho pessoal<br />
7 – Tem uma mensagem cristocêntrica.<br />
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Você quer deixar de ser aquele cristão que jamais ganhou alguém para Cristo? Que ano após ano lamenta que não ganha ninguém? Que sempre tem remorsos porque não faz quase nada para crescer o reino de Cristo?<br />
Você quer desfrutar o sucesso missionário? Faça isso! Você será bem sucedido! Você terá uma alegria de um dia ver almas salvas no reino de Deus pelo seu próprio trabalho.<br />
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Depois de você ter a emoção de ver a Cristo, não haverá maior emoção do que esta – de ver almas que você ganhou pelo poder do Espírito Santo!<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/_NdQOK97Yzk4/SNMQwtiBvxI/AAAAAAAABj0/TWfQS-E_H40/s1600-h/Pr.-Roberto-Biagini.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" style="font-weight: bold;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5247556419858841362" src="https://1.bp.blogspot.com/_NdQOK97Yzk4/SNMQwtiBvxI/AAAAAAAABj0/TWfQS-E_H40/s200/Pr.-Roberto-Biagini.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a><span style="font-weight: bold;">PR. ROBERTO BIAGINI</span><br />
Teólogo, Mestre em Teologia. Realizou vários cursos de Extensão Teológica da Andrews University e do Centro de Educação Contínua da DSA. Trabalhou como distrital de várias igrejas do centro, norte e sul do país. É casado com a Profª. Silvane Luckow Biagini, e tem dois filhos, Ângela e Roberto.<div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-41055745553521200042020-07-09T16:57:00.001-03:002020-07-09T17:09:20.308-03:00NEM PARA A DIREITA E NEM PARA A ESQUERDA<p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-ibicZB16NTk/Xwd2c3eCVRI/AAAAAAAAQfI/3QZejIEgnA4vI-mwkiAYrpJKVtBsC4LxACK4BGAsYHg/s940/Azul%2BPaisagem%2BMontanhosa%2BSimples%2BTexto%2BMi%25CC%2581nimo%2BPost%2Bpara%2BFacebook.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="788" data-original-width="940" height="419" src="https://1.bp.blogspot.com/-ibicZB16NTk/Xwd2c3eCVRI/AAAAAAAAQfI/3QZejIEgnA4vI-mwkiAYrpJKVtBsC4LxACK4BGAsYHg/w500-h419/Azul%2BPaisagem%2BMontanhosa%2BSimples%2BTexto%2BMi%25CC%2581nimo%2BPost%2Bpara%2BFacebook.png" width="500" /></a></div><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Há uma expressão usada na Bíblia e repetida diversas vezes bastante interessante. É a frase: “Nem para a direita, nem para a esquerda”. Esta sentença aparece sete vezes com o sentido de “não se desviar”, “andar pelo caminho correto”, “obedecer fielmente” ou “guardar a lei”. Está em Deuteronômio 5:32, 17:20, 28:14; Josué 1:7, 23:6; Provérbios 4:27i e Isaías 5:31, onde se lê:</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">“E os teus ouvidos ouvirão a palavra que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda”.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Tão importante é esta expressão, que a encontramos no primeiro discurso de Moisés em Deuteronômio e no último também. No primeiro capítulo de Josué, quando Deus o motiva em sua missão e no derradeiro sermão deste líder para Israel. No conselho de pai para filho em Provérbios e na promessa de Deus em Isaías. Mas que implicações tem hoje o andar nos estatutos e mandamentos de Deus ou andar por veredas retas e não tortuosas?</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><b>Terminologia moderna</b></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Modernamente chama-se esquerda e direita pontos de vista políticos que tem visões antagônicas. É bom saber que nem uma nem outra estão totalmente em harmonia com a cosmovisão cristã-adventista. A esquerda secular e seu progressismo pregam a tolerância com modos de vida condenados pela palavra de Deus. Defendem a ideologia de gênero, a aceitação e promoção do modo de vida homossexual e o aborto. Outras de suas pautas são: casamentos múltiplos (chamado eufemisticamente de “poliamor”), a tolerância e liberação do uso e venda de drogas e tantas outras coisas que o cristianismo, com base bíblica, corretamente condena.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Por seu lado, a direita defende o porte de armas para a população civil, enquanto a igreja adventista tradicionalmente defende o controle do uso e porte de armas para forças de segurançaii. Também se entende que um dia a direita religiosa será a promotora da perseguição final contra o último povo de Deus na Terraiii. Enfim, nem direita e nem esquerda representam totalmente o modo de vida e o pensamento cristão-adventista.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><b>Esquerda e Direita no contexto religioso</b></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Em termos religiosos, pode-se também falar de esquerda e direita. Neste caso, a esquerda seriam os chamados “liberais” ou “progressistas”, e sua tolerância e minimização do pecado, enquanto a direita representaria os “legalistas” e sua ênfase no exterior, nos costumes e nas regras.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">No tempo de Cristo estes grupos poderiam ser representados pelos saduceus e fariseus. Enquanto os saduceus eram liberais, minimizavam a Bíblia e se adaptavam a costumes greco-romanos, os fariseus ampliavam as regras e mandamentos, criando mais e mais tradições não bíblicas.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Mas como estes grupos (a esquerda liberal e a direitista fanática) agem na igreja hoje, e como pode-se estar atento para fugir de suas armadilhas?</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><b>A Esquerda Adventista</b></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">A esquerda adventista se apresenta como representante do “amor”. Possui algumas frases-símbolo, tais como: “Não precisamos ser tão rígidos”, “não julgueis para que não sejais julgados”, claro, usada fora de seu contexto e “o que importa é o que está no coração”. Estas frases denotam uma forma de pensar, que na prática leva a conclusão de que se deve ser tolerante com o pecado.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Embora aparentemente sua preocupação esteja com o pecador, diante deste excesso de tolerância, acaba-se na prática, justificando o pecado. Não obstante seja necessário amar o pecador, isto de forma nenhuma deve permitir tolerar seu pecado. Ao contrário, o amor ao próximo nos levará a condenar seu pecado e tentar livrá-lo de suas garras.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Há muitos sites adventistas de viés liberal propagando esta forma de pensar, tais como: Spectrum Magazine, Advenstist Today, Adventista Subsersivo e Adventista Sou, apenas para citar os mais conhecidos.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Vemos sua influência sobre a igreja em diversos casos. Em certa igreja, um jovem influente da igreja decidiu assumir sua homossexualidade. Para surpresa de muitos adventistas, nas redes sociais os irmãos da igreja passaram a postar mensagens tais como: “eu te desejo toda a felicidade” e “respeito sua decisão e estarei ao seu lado”. Por outro lado, passaram a condenar quem afirmava que ele estava errado, alegando que devemos amar a todos e “quem não tiver pecado que atire a primeira pedra”.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">No apoio e estas ideias, alguns afirmam que Jesus andava com prostitutas e pecadores. Na verdade, os pecadores buscavam a Cristo onde Ele se encontrava, especialmente em lugares públicos como ruas, fontes e praças. Jesus era amigo de prostitutas, mas nunca foi visto em um bordel, andava com bêbados, mas nunca esteve em uma taberna e comia com corruptos, mas não estava em suas reuniões. Quando Cristo encontrou a mulher adúltera, ele afirmou: "Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado". João 8:11 (NVI). O modelo de Cristo é o de que o pecador é amado, já o pecado não é tolerado: “vá e não peques mais”.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><b>A questão do “não julgar”</b></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">O que a Bíblia afirma sobre o julgamento é diferente do conceito popular sobre o assunto, especialmente do conceito pós-moderno de nossa sociedade atual. Vejamos alguns textos bíblicos que falam deste tema.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Pois, como haveria eu de julgar os de fora da igreja? Não devem vocês julgar os que estão dentro?</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Deus julgará os de fora. "Expulsem esse perverso do meio de vocês".</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">1 Coríntios 5:12,13</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Vocês não sabem que os santos hão de julgar o mundo? Se vocês hão de julgar o mundo, acaso não são capazes de julgar as causas de menor importância?</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Vocês não sabem que haveremos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas desta vida!</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">1 Coríntios 6:2,3</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Aqui vê-se que aos cristãos é ordenado julgar “os de dentro”, isto é, os membros da própria comunidade. Já “os de fora”, Deus se encarregará de seu julgamento. Não devemos tolerar o pecado dentro dos muros da igreja. O pecador deve ser julgado e aplicada a ele uma disciplina. Isto se coaduna com o que Cristo afirmou em Mateus 18:15-20, que a igreja tem o dever de tratar com o pecado, e isto é uma encomenda celestial. O texto Paulino chega a afirmar que os santos hão de julgar os próprios anjos, quanto mais o devem fazer com humanos.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">O livro de Tiago também elimina a ideia popular de que “importa o coração”. É obvio que a sinceridade de coração para com Deus é fator sine qua non para herdar a salvação. Esta sinceridade, porém, ficará explícita em ações e atitudes. É neste contexto que Tiago afirma:</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">“dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o creem, e estremecem”.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Tiago 2:18-19</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Não basta a sinceridade do coração. Esta deve ser manifesta nas obras da vida, como o que comer e vestir, o falar e o assistir. Em como consumimos divertimentos como televisão, internet e games. Por isto afirmou Jesus, “a boca fala do que está cheio o coração” (Mateus 12:34), logo, a roupa fala do que está cheio o coração, meu modo de vida e meu agir também falam do que está cheio o coração.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><b>Amar o pecador, mas condenar o pecado</b></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Em 1 Coríntios 6:9-11 lemos:</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus. Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">O texto é claro em afirmar que assim eram alguns de vocês. Depois da transformação do evangelho, não mais. O evangelho de Cristo tem poder de mudar vidas. Prostitutas que vão a Cristo deixam a prostituição, drogados são libertos do poder dos entorpecentes, homens violentos convertem-se em mansos cidadãos. E assim o mesmo acontece com bêbados, adúlteros, avarentos, homossexuais, caluniadores e trapaceiros.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Diferente do que a esquerda adventista afirma, o pecado não pode ser tolerado porque aqueles que vêm a Cristo e são convertidos, também ganham poder de vencer dia a dia seus pecados. Assim, não se deve desviar para a esquerda, tolerando o pecado nos outros e em sua própria vida, mas andar no trilho estreito.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><b>A Direita Adventista</b></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Entender que o tipo de pensamento da esquerda religiosa é um equívoco parece ser relativamente simples para a maioria dos adventistas. Somos um povo conservador por natureza e para o adventista tradicional, o perigo do liberalismo é facilmente perceptível. Neste caso, no entanto, mais perigoso ainda se torna o outro lado, “A Direita Adventista”.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Enquanto a Esquerda Adventista tende a relativizar e até ignorar aquilo que está revelado nas Escrituras, a Direita faz o oposto, ela se esforça em ir além daquilo que está revelado. O perigo é maior porque seres humanos, gostam das pessoas que aparentam ser zelosas. Humanamente, gosta-se de ir além, de pensar que vida religiosa se resume em regras, prescrições, regimes e regulamentos. Embora faça parte da vida religiosa, este aspecto não é nem de longe o mais importante.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Exemplos bíblicos: o jovem rico e os fariseus</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Mais uma vez, é a Bíblia que vai balizar. Tem-se, por exemplo, o jovem rico (Mateus 19:16-30). Ele guardava todos os mandamentos e regras desde criança, estava, no entanto, perdido, pois lhe faltava o mais importante, o amor ao próximo. Portanto, enquanto a esquerda inclina-se a tornar o amor um sentimento condescendente e indulgente, a direita acaba por transformá-lo em um pequeno adereço na vida cristã.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Em sua vida terrestre, os grandes antagonistas de Cristo foram os Fariseus. Criados no período intertestamentário, os Fariseus eram a seita judaica mais bem-sucedida e respeitada de seu tempo. Seu foco estava justamente nos regulamentos e tradições.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Mantinham uma vida de rigor ascético e zelo religioso, o que encorajava as pessoas a respeitá-los e admirá-los. Haviam criado uma série de restrições e mantinham uma piedosa, mas fria vida religiosa. Conservavam a Halachá, uma série de regras de tradição oral que servia como “uma cerca ao redor dos Dez Mandamentos”. Seu objetivo era tornar mais difícil a quebra de um mandamento. Existem ainda hoje, 613 regras na halachá, em contraste com Dez Mandamentos dados por Deus. Para o quarto mandamento por exemplo, eram proibidos: cuspir ao chão, arrastar cadeiras, andar mais de uma milha distante de sua casa e carregar nada mais que apenas a sua roupa durante o dia de Sábado.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Estas tradições eram desprezadas por Cristo e foram o centro de muitas discussões dEle com os fariseus, como por exemplo:</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Então alguns fariseus e mestres da lei, vindos de Jerusalém, foram a Jesus e perguntaram:"Por que os seus discípulos transgridem a tradição dos líderes religiosos? Pois não lavam as mãos antes de comer! "</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Respondeu Jesus: "E por que vocês transgridem o mandamento de Deus por causa da tradição de vocês?</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Mateus 15:1-3</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Hipócritas! Bem profetizou Isaías acerca de vocês, dizendo:</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">‘Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens’".</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Mateus 15:7-9</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos a levantar um só dedo para movê-los.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Mateus 23:4</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">"Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês fecham o Reino dos céus diante dos homens! Vocês mesmos não entram, nem deixam entrar aqueles que gostariam de fazê-lo”.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Mateus 23:13</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Os fariseus eram admirados pelos judeus que lhes prestavam inclusive reverência, por isto, seus discípulos ficavam no mínimo intrigados pela forma como Jesus reagia a eles. Mas o Mestre conhecia o coração dos homens e sabia que ali estava sua luta. Cristo sabia que o coração humano se inclina a regras e tradições, porque elas, se mal utilizadas, o afastam do centro da religião que é o amor a Deus e aos homens.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><b>Adventismo farisaico</b></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Como adventistas, muitos tendem a gostar também de uma religião baseada em regras, especialmente as alimentares. A Bíblia nos dá boas orientações dietéticas, e segui-las é inclusive questão de salvação. O Espírito de Profecia também nos apresenta orientações acerca de uma boa alimentação e sua importância para nossa vida espiritual. Ellen White, no entanto, nunca pretendeu que seus escritos estivessem no mesmo nível da Bíblia.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados. Nela Deus prometeu dar visões nos “últimos dias”; não para uma nova regra de fé, mas para conforto do Seu povo e para corrigir os que se desviam da verdade bíblica. Assim tratou Deus com Pedro, quando estava para enviá-lo a pregar aos gentios. -- Primeiros Escritos p. 78.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">O Senhor deseja que estudeis a Bíblia. Ele não deu alguma luz adicional para tomar o lugar de Sua Palavra. Esta luz deve conduzir as mentes confusas a Sua Palavra, a qual, se for comida e assimilada, é como o sangue que dá vida à alma. Então serão vistas boas obras como luz brilhando nas trevas. -- Carta 130, 1901.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Pouca atenção é dada à Bíblia, e o Senhor deu uma luz menor para guiar homens e mulheres à luz maior. - Review and Herald, 20 de janeiro de 1903. (Citado em O Colportor-Evangelista , p. 125.)</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Assim, a reforma de saúde, embora deva ser buscada por todos, nunca deve ser imposta como prova de fé ou ponto de salvação. Cada um deve caminhar no seu passo e dentro de suas possibilidades. O problema com alguns é a ênfase exagerada em alguns pontos em detrimento de outros. Este é um dos modos de se reconhecer o fanatismo.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><b>Reconhecendo o fanatismo</b></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Fanatismo, é tomar um ponto que em si é bom, e torná-lo o centro da religião. Pode ser a alimentação, vestimentas, música ou qualquer outra coisa que se transforme no eixo da vida religiosa. Podemos perceber isto facilmente quando uma pessoa se torna monodiscursiva, isto é, ela só fala de um assunto, só ensina sobre um ponto, gosta de debater aquele único tema e acredita que todos os que discordam dela estão errados, e se continuarem assim estarão perdidos.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Neste caso, é sensato pensar uma simples regra: para nosso próprio modo de vida, pode-se estabelecer o padrão que desejarmos, não há problema nisto.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">“Assim, seja qual for o seu modo de crer a respeito destas coisas, que isso permaneça entre você e Deus. Feliz é o homem que não se condena naquilo que aprova” (Romanos 14:22, NVI).</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Todos estão lutando em seu processo de santificação. A dificuldade acontece quando se deseja impor o próprio ponto de vista a outras pessoas. Pode ser, por exemplo, o chocolate, o uso de calças compridas ou a bateria em músicas da igreja. A outra ponta do problema é quando se começa a acreditar que somos melhores quando adotamos estes padrões. Alguns creem que a igreja está perdida e apenas aquele grupo que segue certas normas e padrões estabelecidos por eles mesmos está em dia com Deus. Assim, acaba, por formar uma igreja dentro da igreja, acreditando que são mais adventistas que outros adventistas, agem como se fossem supersantos, e embora nunca digam isto claramente, este é o resultado óbvio deste tipo de pensamento.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Quem age e pensa desta forma, se atêm a alguns pontos, especialmente do Espírito de Profecia, enquanto ignoram outros que talvez sejam tão ou mais importantes. Ellen White por exemplo escreveu quatro vezes mais sobre evangelismo pessoal do que sobre reforma de saúde. Muitos, porém, que vivem em função de alimentação não se preocupam em dar estudos bíblicos, dirigir uma série de evangelismo ou liderar um pequeno grupo missionário (não com membros da própria igreja para fazer proselitismo de suas próprias ideias), que tenha interesse em ganhar almas para Cristo. Lembre-se, um fanático é alguém que pega uma boa coisa e torna ela o centro de sua vida cristã em detrimento de outras e assim, perde o foco em Cristo.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><b>Como Agir</b></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Enquanto a Esquerda Adventista ignora regras e padrões em favor da tolerância, a Direita Adventista estabelece novas regras e padrões que Deus não exigiu de Seu povo. Diz Paulo em 1 Coríntios 4:6:</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">“Irmãos, apliquei essas coisas a mim e a Apolo por amor a vocês, para que aprendam de nós o que significa: "Não ultrapassem o que está escrito". Assim, ninguém se orgulhe a favor de um homem em detrimento de outro”.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Andar no caminho sem se desviar nem para a direita nem para a esquerda deve ser o desejo na vida cristã. Desviar-se à esquerda significa ignorar o claro “Assim diz o Senhor” e rebaixar normas e padrões em favor de um amor tolerante, mas transigente e barato. É arrumar desculpas e elucubrações para transgredir os mandamentos de Deus e tentar manter a consciência em banho-maria. Enfim, é ir aquém do que a Bíblia pede, é retirar dela o que possa me ofender ou incomodar, é torná-la insossa retirando-lhe o poder.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Já desviar-se para a direita é ir além da palavra, é estabelecer novas regras e normas e fazê-las prova de discipulado e fé. É acreditar que seguir estes padrões que eu e/ou meu grupo seguem nos torna melhores, mais aptos a salvação, e enfim, cristãos melhores. É tentar impor estas novas regras e padrões para outras pessoas e torná-las provas de discipulado. Destarte, os dois lados estão errados.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Diz o apóstolo João, o Revelador:</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">“Declaro a todos os que ouvem as palavras da profecia deste livro: se alguém lhe acrescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Se alguém tirar alguma palavra deste livro de profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida e na cidade santa, que são descritas neste livro”. (Apocalipse 22:18,19)</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Nada deve ser acrescentado e nada deve ser retirado. Ninguém tem autoridade para isto. Nosso dever é seguir o que a Bíblia estabelece, tendo Cristo como centro da própria religião, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos.</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">“E os teus ouvidos ouvirão a palavra que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda”</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Isaías 30:21</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><i>i Cuidareis em fazerdes como vos mandou o Senhor, vosso Deus; não vos desviareis, nem para a direita, nem para a esquerda. Dt 5:32</i></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><i>Isto fará para que o seu coração não se eleve sobre os seus irmãos e não se aparte do mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; de sorte que prolongue os dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel. Dt 17:20</i></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><i>Não te desviarás de todas as palavras que hoje te ordeno, nem para a direita nem para a esquerda, seguindo outros deuses, para os servires. Dt 28:14</i></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><i>Tão somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares. Js 1:7</i></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><i>Esforçai-vos, pois, muito para guardardes e cumprirdes tudo quanto está escrito no Livro da Lei de Moisés, para que dela não vos aparteis, nem para a direita nem para a esquerda. Js 23:6 Esforçai-vos, pois, muito para guardardes e cumprirdes tudo quanto está escrito no Livro da Lei de Moisés, para que dela não vos aparteis, nem para a direita nem para a esquerda. Pv 4:27</i></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><i>ii Ver “Porte de Armas” em Declarações da Igreja, p. 10-11. Casa Publicadora Brasileira, 2003, 2ª ed.</i></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><i>iii Para uma discussão sobre este tópico, ver Goldstein, Clifford. O Dia do Dragão, capítulos 6 e 7, “a direita cristã: um novo nascimento?” e “disparates da nova direita cristã”, p. 61-105. Casa Publicadora Brasileira, 1997.</i></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;"><br /></p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Roberto Roefero</p><p style="font-family: calibri; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 15px;">Pastor da Igreja Adventista no Oeste de São Paulo</p><div><br /></div><div>Ouça também:</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/T5-WIFt8WRQ" width="320" youtube-src-id="T5-WIFt8WRQ"></iframe></div><div><br /></div><div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-16797601061460663932020-05-29T20:47:00.000-03:002020-05-29T20:47:21.451-03:00Como Vencer a Depressão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-9MdJtA3IqmY/WMNhFgOoDlI/AAAAAAAAGsg/HhOWd8zv0doXmzLCoN-qs4tBXOpW69DTQCLcB/s1600/Desenvolvimento-da-Depressa%25CC%2583o-nos-Indivi%25CC%2581duos-1.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://3.bp.blogspot.com/-9MdJtA3IqmY/WMNhFgOoDlI/AAAAAAAAGsg/HhOWd8zv0doXmzLCoN-qs4tBXOpW69DTQCLcB/s400/Desenvolvimento-da-Depressa%25CC%2583o-nos-Indivi%25CC%2581duos-1.jpeg" width="400" /></a></div>
<b><br /></b>
<b>Exposição do Salmo 42</b><br />
<br />
Vou fazer uma pergunta óbvia, mas necessária, como uma introdução à mensagem desta hora: Você já se sentiu abandonado, esquecido? Você já experimentou uma grande angústia na vida? Já foi pisoteado por pessoas de sua amizade? Já sofreu na mão de outros? Já foi mal compreendido? Você tem inimigos que o prejudicaram? Então, você se parece com o autor do Salmo 42.<br />
<br />
Vamos hoje estudar o Salmo 42, que contém uma mensagem especial para todos os cristãos.<br />
<br />
<b>I – O DESEJO DE DAVI</b><br />
<br />
V.1-2: "Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus?"<br />
<br />
Davi se encontrava em um dia de verão, e olhou para as corças sedentas, impossibilitadas de chegarem aos poucos lugares onde estavam as raras fontes de água, porque os animais selvagens as impediam de se aproximar. Então, ele escreveu este salmo, dizendo em suas primeiras palavras que o anseio das corças pelas águas era semelhante ao seu anseio por Deus. Ele almejava ardentemente se encontrar com o Senhor, ver a face de Deus.<br />
<br />
Davi tinha sede de Deus. Ele dizia: "a minha alma tem sede de Deus". De que você tem sede? Alguns têm sede de licor; vinho ou cerveja. Outros têm sede de diversões. Outros ainda têm sede de vingança. Davi tinha sede de Deus.<br />
<br />
O cristão tem sede de Deus. Ele deseja ansiosamente ter um encontro com Deus. Ele deseja ver a face de Deus. Ele tem a esperança de ver a glória de Deus.<br />
<br />
Como podemos saber se temos sede de Deus?<br />
- Você anseia estar na presença de Deus.<br />
- Você tem prazer de orar.<br />
- Você tem alegria em vir à igreja.<br />
- Você tem gosto pelo estudo da Bíblia.<br />
- Você deseja conhecer mais a Deus.<br />
<br />
Como é o Deus, de quem Davi tinha sede?<br />
<br />
V. 2: Sede do "Deus vivo" –em meio a um mundo pagão essencialmente religioso que adorava a muitos deuses mortos, falsos, imagens de deuses que tinham olhos mas não enxergavam; tinham ouvidos mas não ouviam; tinham bocas mas não falavam; mãos que não apalpavam – Davi se dirige a um Deus vivo.<br />
<br />
Nietzsche, (Friedrich, 1844-1900), um filósofo existencialista do séc. 19, foi o primeiro a declarar uma doutrina estranha de que "Deus morreu!" E ele teve uma grande influência nos meios filosóficos e teológicos, e muitos aceitaram esta teoria diabólica. Teólogos sem teologia influenciados pela nova tendência, pregavam a morte de Deus. Então, muitos vibraram com a notícia, porque não precisavam mais se preocupar com a responsabilidade do juízo, e podiam fazer o que bem entendiam em sua vida, sem precisar dar satisfação ao Deus dos cristãos. Entretanto, quem morreu foi Nietsche, numa forma dramática, porque se tornou louco e se suicidou.<br />
<br />
Mas a filosofia ainda persiste, mesmo em alguns meios teológicos. E um dia, perguntaram a Billy Graham, em uma entrevista na televisão, nos Estados Unidos: Dr. Billy Graham, o que o senhor acha da ideia de que 'Deus morreu'?" E ele simplesmente respondeu: "Se Deus morreu? Impossível; eu acabei de falar com Ele agora, há poucos minutos atrás!"<br />
<br />
Davi queria estar na presença de Deus: "Quando irei e me verei perante a face de Deus?" Este era o desejo de Davi: estar na própria presença de Deus. Quando muitos se sentiam mal em estar com Deus, ele apreciava a comunhão com Deus.<br />
Por que Davi ansiava por Deus tão intensamente?<br />
<br />
V. 3: "As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite, enquanto me dizem continuamente: O teu Deus, onde está?" Davi sofria tanto que já nem se alimentava; só chorava, derramando lágrimas de angústia.<br />
<br />
Há uma relação entre lágrimas e alimento: quando existem lágrimas, quando a alma está atribulada por uma grande angústia, quando alguém chora dia e noite, não come e não dorme. Como resultado, perde as suas energias vitais, o sistema imunológico se debilita e logo adoece. Alguma coisa urgente precisa ser feita para que essa pessoa não caia em uma depressão profunda, e não morra.<br />
<br />
Mas o que estava acontecendo com Davi?<br />
<br />
Opressão psicológica dos inimigos: Davi estava sendo oprimido por seus inimigos que o desafiavam em sua confiança: "Onde está o teu Deus?" Eles estavam dizendo: "Você está atribulado, você está encrencado, você está arruinado! Onde está o seu Deus em quem você tanto confiava?"<br />
<br />
Mas isso não era ocasional. Eles estavam falando "continuamente". Agora, uma acusação é suportável, mas quando isso acontece continuamente, a intensidade da tribulação aumenta em muitos graus.<br />
<br />
Jesus Cristo passou por isso: No deserto da Tentação, Satanás se aproximou dEle e Lhe disse: "Onde está o Seu Deus? Olha para a sua situação: solitário aqui no deserto, faminto, sem a compreensão do Seu povo. Onde está o Seu Pai? Será que você é mesmo o Filho de Deus? Então prove. Aqui estão essas pedras; por que você não transforma estas pedras em pão!"<br />
<br />
Na cruz do Calvário, os Seus inimigos disseram: "Onde está o Teu Deus? Não confiou tanto em Deus? Por que Ele não vem livrá-lo agora? Vamos, desça agora da cruz, e creremos!" E então, se intensificaram as angústias do Salvador, porque O afrontavam aqueles a quem Ele viera salvar.<br />
<br />
Davi se lembrava da Casa de Deus: v. 4: "Lembro-me destas coisas — e dentro de mim se me derrama a alma — de como passava eu com a multidão de povo e os guiava em procissão à Casa de Deus, entre gritos de alegria e louvor, multidão em festa." Davi se encontrava no desterro, longe da Casa de Deus, e se sentia saudoso dos tempos em que levava o povo de Israel para adorar a Jeová, e agora se achava anelante pelos Seus tabernáculos. Ele não podia se encontrar lá por causa dos seus adversários, que o impediam de ir a Jerusalém, ao próprio centro religioso onde se encontrava a Casa de Deus.<br />
<br />
A vida do cristão é de alegria e louvor. Cada sábado é um grande motivo para alegria e louvor. A vida do cristão é adornada do fruto do Espírito Santo, não só aos sábados, mas em toda a sua existência. A comunhão com Deus é uma festa para a alma, que se encontra liberta do pecado e dos seus inimigos. Mas aquele era um momento de angústia para Davi. Ele não estava em festa.<br />
<br />
Os seus inimigos o ridicularizavam, zombavam dele, dizendo: "Onde está o teu Deus em quem tanto você confiava? Veja a sua situação: desterrado, abatido, miserável, fugindo de um rei que é o teu próprio sogro! Onde está o teu Deus para te livrar agora?"<br />
<br />
Quais eram os sentimentos de Davi?<br />
<br />
v. 6: "Sinto abatida dentro de mim a minha alma". Davi se encontrava abatido, deprimido, em uma profunda depressão.<br />
<br />
Mas é justamente quando estamos abatidos que devemos nos lembrar de Deus: "Estou abatido, portanto, me lembro de Ti", disse o salmista: Nas "terras do Jordão", na "montanha de Mizar” e no "monte Hermon" eu me lembro de Ti. Davi conhecia muito bem esses lugares da Palestina, e por onde andava, ele se lembrava de Deus, quando Deus o ajudara noutros tempos.<br />
<br />
Este é o grande segredo para vencer a depressão: Lembre-se de Deus: a lembrança de Deus é o remédio para o desânimo. Lembre-se de como é Deus em Seus maravilhosos atributos, em Seu poder e Sua justiça e Seu amor, que nunca o esquece, embora os outros possam estar se esquecendo de você. Mas este era o sentimento de Davi: Ele sentia abatida a sua alma.<br />
<br />
É importante o sentimento? Sim, ou não?<br />
<br />
1 – Importância: os sentimentos são importantes por causa dos resultados, porque podem afetar o corpo todo e causar graves doenças físicas. Há uma estreita relação entre a mente e o corpo. Sentimentos alegres produzem saúde e vigor. Sentimentos tristes podem abater a parte física, trazendo moléstias.<br />
<br />
2 – Não é importante, por quê? Sentimentos não são confiáveis: eles são muito instáveis. Mudam a todo o momento. Sentimentos muitas vezes são o produto de pensamentos negativos e incorretos. Muitas vezes são o resultado de preconceito e falta de informação. Os sentimentos não são a base de nossa vida. Sentimentos não são fé. Fé está além dos sentimentos. A fé pode remover montanhas de sentimentos negativos.<br />
<br />
Qual era a intensidade dos sentimentos de Davi?<br />
<br />
v. 7: "Um abismo chama outro abismo". O que significa isso? Eu não podia entender esse verso, até que eu estudei o significado da palavra "abismo" no original. A palavra hebraica é "tehôm", e o significado mais próprio é onda, vagalhão de águas, como no mar, as ondas e vagalhões se amontoam sobre as rochas. A tradução poderia ser: "Um vagalhão chama outro vagalhão". Agora podemos entender melhor: uma onda gigante se sobrepõe a outra onda, um vagalhão de águas se alteia sobre outros vagalhões. "Catadupas" são cataratas, imensas quedas de águas, uma avalanche ameaçadora.<br />
<br />
Davi estava se sentindo tão atribulado, a sua angústia era tão intensa, como se as águas o envolvessem, num imenso tsunami sobre ele; como se as ondas altaneiras e volumosas em vagalhões se derramassem contra ele e o ameaçassem tragar, levando-o à morte.<br />
<br />
Mas, o que estava fazendo Deus nesta hora de aflição?<br />
<br />
V. 8: "O SENHOR, durante o dia, me concede a sua misericórdia, e à noite comigo está o seu cântico, uma oração ao Deus da minha vida." Em meio às ondas revoltas da tribulação, Davi expressa a sua total confiança nas ações de Deus. Ele concede a Sua misericórdia diariamente, oferece motivo para cantarmos e orarmos, para que tenhamos intimidade com Ele de tal modo que O sentimos tão perto de nós, consolando-nos, a ponto de O chamarmos "o Deus de minha vida". Este será o nosso cântico de alegria. Cantamos orando e oramos cantando.<br />
<br />
Esta é uma grande lição para nós: muitas vezes, quando estamos aflitos e angustiados, esquecemos dAquele que está vivo e providenciando todas as coisas para a nossa vida e conforto. Quando estamos em agonia, deprimidos, desanimados não vamos esquecer que Deus está enviando a Sua misericórdia e nos dando motivos para cantar um novo cântico de alegria.<br />
<br />
<b>II – O DESESPERO DE DAVI</b><br />
<br />
Mas Davi estava em pânico e desespero. Ele precisava de uma Rocha, em que se firmar, em meio à avalanche de águas ameaçadoras. V. 9: "Digo a Deus, minha Rocha". Davi fala a Deus sobre os seus sentimentos. Ele está num grande desabafo, e ele queria ser ouvido por Deus: "Digo a Deus". É importante fazer declarações e desabafos diante de Deus. Os psicólogos hoje ganham muito dinheiro porque as pessoas os procuram para desabafar o que vai em sua alma.<br />
<br />
Isso em Psicologia se chama "catarse": a liberação terapêutica das emoções que causam tensão ou ansiedade. Os psicólogos colocam os pacientes num divã e eles começam, a desabafar, falando tudo o que aflige sua alma, a começar pela infância. E nesse desabafo, nessa catarse, eles se sentem aliviados, colocando a sua confiança nesses conselheiros populares, que muitas vezes, se não são cristãos, podem desencaminhar a muitas almas iludidas.<br />
<br />
O que Davi dizia a Deus? Ele lhe apresenta 2 "por quês". Você já se defrontou dizendo a Deus: "Senhor, por quê?"? "Por que isso está acontecendo comigo?" Mas ao invés de dizer "por quê?", deveríamos dizer: "Para quê?", porque há sempre um propósito saudável em todas as coisas que nos acontecem. Disse o apóstolo Paulo: "Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus" (Rom. 8:28). Ele não disse que todas as coisas são boas; ele disse que todas as coisas cooperam para o nosso bem. Deus tem sempre um propósito para enobrecer, para burilar, para aperfeiçoar o nosso caráter. E isso acontece por meio de muitas tribulações.<br />
<br />
1- Por que Te olvidaste?<br />
<br />
Olvidar é esquecer, é abandonar. Alguém aqui gosta de ser esquecido? O filme "Esqueceram de Mim" alcançou um sucesso extraordinário, porque ninguém gosta de ser esquecido. Mas ser esquecido, abandonado de Deus é a maior tragédia que poderia acontecer com alguém. E Davi em seu desespero, julgou que Deus o abandonara.<br />
<br />
Jesus Cristo disse a mesma coisa. No monte do Calvário, num momento de inexprimível angústia, o Salvador clamou em desespero: "Deus meu, Deus meu, por que Me abandonaste?" Mas as palavras de Cristo foram corretas: Ele Se sentiu abandonado por Deus e de fato, Ele teve que ser separado de Deus e ser abandonado por Seu Pai, a fim de que nós e toda a humanidade, inclusive Davi, jamais fôssemos abandonados. <br />
<br />
Teria Deus Se esquecido de Davi? Será que Deus esquece de algum cristão? Não, Deus não Se esquece de ninguém. O Seu amor é tão abrangente que Ele inclui a todos os homens: Ele não Se esquece dos que guardam os Seus mandamentos e dos que pecam contra Ele. Ele não Se esquece dos que Se lembram dEle e dos que O esquecem. Ele não Se esquece dos que O amam e dos que são indiferentes. Ele não Se esquece dos justos nem dos ímpios. Ele não Se esquece de ninguém. Sua memória é infalível, mesmo que tenha um Universo para cuidar.<br />
<br />
Mas, se Deus não esquece a ninguém, por que muitas vezes os cristãos se sentem abandonados?<br />
<br />
Quando você está doente, aflito e desencorajado,<br />
Quando morreu alguém de sua família,<br />
Quando você se decepcionou com um grande amor,<br />
Quando você não tem dinheiro para pagar as contas,<br />
Quando você está em depressão, aflito ou desesperado,<br />
Quando você pensa que cometeu o pecado imperdoável.<br />
<br />
Estas circunstâncias podem levar a uma pessoa a pensar erroneamente que Deus a abandonou. Mas isso é apenas um pensamento da insegurança. Não é correto, e deve ser corrigido, imediatamente, porque tudo isso é falta de fé em um Deus amoroso. O salmista estava enganado acerca de Deus sobre si mesmo: Deus não o abandonara, nem o esquecera.<br />
<br />
Mas aqui há uma virtude que deve ser imitada. Davi sabe contar a Deus o que vai no íntimo de sua alma, ele sabe falar de seus sentimentos para o Senhor. "Por que Te esqueceste de mim?" - isto era o que se passava em sua mente, e ele não se intimida em falar a Deus porque o considera como um Pai, a quem ele pode falar de tudo o que se passa em sua vida.<br />
<br />
2- Por que hei de lamentar? Ele não queria andar lamentando e se humilhando. Mas os seus olhos estavam sobre o real problema: os seus inimigos e ele mesmo: "Por que hei de lamentar sob a opressão dos meus inimigos?" Por que haveria eu de andar cabisbaixo, inclinado e lamentando? Se a vida de um filho de Deus é de alegria e felicidade, por que eu deveria andar lamentando? Esta pergunta está relacionada com aquilo que os seus inimigos estavam fazendo contra Davi.<br />
<br />
O que os inimigos estavam fazendo que fosse digno de lamentação? Qual era a opressão dos inimigos?<br />
<br />
V. 10: "Esmigalham-se-me os ossos, quando os meus adversários me insultam, dizendo e dizendo: O teu Deus, onde está?"<br />
Davi dizia: Os meus ossos se quebram todos, quando ouço os insultos dos adversários, que dizem e repetem: "Onde está o teu Deus?" Novamente, em uma figura muito clara, vemos a relação da mente com o corpo: o salmista estava ouvindo os insultos, as ofensas, e isso era como se os seus ossos estivessem se quebrando e se esmigalhando.<br />
<br />
Davi sofria sob a opressão dos adversários. O que eles faziam? Em que consistia esse sofrimento?<br />
<br />
- "Dizendo e dizendo". Ele estava preocupado com o que os outros diziam. Será que isto é importante? Certa vez, Jesus Cristo estava com os seus discípulos indo a Cesaréia de Filipe, e lhes perguntou: "Quem diz o povo ser o Filho do Homem?" E eles disseram: "Uns dizem – João Batista; outros falam que o Senhor é Elias; outros pensam que Tu és Jeremias, ou algum dos profetas". Então Cristo completou dizendo: "Mas vós, quem dizeis que Eu sou?" E conhecemos a história – Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!" (Mat. 16:13-16).<br />
<br />
É importante o que os outros dizem? Claro que é importante. Até Cristo se importava com o que os outros diziam a Seu respeito.<br />
<br />
Por que é importante? Por causa das consequências: isso pode ser perigoso, porque o que os outros dizem nos influencia em nossa estrutura emocional, e nos controla em muitas atitudes. O que os outros estão dizendo de você é como um câncer que pode minar a sua saúde e levá-lo à depressão, e à morte. Era isso que estava sentindo Davi, ao ouvir os insultos e as ofensas, os deboches e as zombarias e os escárnios dos seus adversários. Esta era a principal razão por que Davi estava tão abatido, tão deprimido.<br />
<br />
<b>III – A DETERMINAÇÃO DE DAVI</b><br />
<br />
Qual é a Solução para o Desânimo? Qual é a resposta ao problema da depressão espiritual? <br />
<br />
V. 11: "Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a Ele, meu auxílio e Deus meu." Davi se consola a si mesmo. De que modo? Ele está determinado a resolver o seu problema de depressão. Ele quer sair de seu desânimo. O que é que ele faz? Davi era um verdadeiro psicólogo até para a sua própria alma.<br />
<br />
1- Davi determina dialogar consigo mesmo. Davi fala de si para si, num diálogo franco e sincero, dizendo: "Por quê?" Ele fala consigo mesmo, fazendo 2 perguntas. De fato, é muito importante, no processo da cura fazer perguntas porque as perguntas ajudam a desviar as preocupações emocionais e a pensar racionalmente.<br />
<br />
Davi levanta 2 "por quês": "Por que estás abatida, ó minha alma?" e "Por que te perturbas dentro de mim?" Este exercício o ajuda a ver as coisas como elas realmente são. De fato, não há razão palpável, não há motivo concreto para se alarmar. Não há razão lógica para a depressão.<br />
<br />
Em momentos de aflição, cada cristão deveria dizer a si mesmo: Por que estás abatida, ó minha alma? Não há razão estar desanimado, porque Jesus Cristo já morreu na cruz do Calvário!<br />
<br />
2- Davi determina esperar em Deus. Davi ordena à sua alma: "Espera em Deus." Observe estas palavras poderosas:<br />
<br />
- "Espera em Deus". Nossa esperança está em Deus. Se os inimigos nos ameaçam, nos insultam, falam mal de nós, não há razão para ficarmos preocupados, porque Deus, que sabe de todas as coisas, está no controle e fará o Seu melhor, para resolver esse estado de coisas.<br />
<br />
- "pois ainda O louvarei". O salmista tinha a esperança de que dias melhores viriam, ele ainda haveria de louvar a Deus, porque Ele estava trabalhando pelo seu futuro.<br />
Mas quem era Deus para Davi?<br />
<br />
- "Meu Auxílio, e Deus meu". Davi não dependia do auxílio humano para ajudá-lo naquela circunstância, porque a sua ajuda estava em Deus. Assim devemos nós ter a nossa confiança na ajuda divina em tudo o que nos acontece. Devemos lembrar de Deus que é Todo-poderoso e está ao nosso lado para nos defender dos nossos adversários e nos salvar de nossos inimigos.<br />
<br />
Mas quem são os nossos inimigos? A palavra diabo significa adversário, alguém que é contrário a nós. Satanás e todos os seus anjos são os nossos maiores inimigos. E muitas vezes eles nos oprimem, dizendo a nossa alma: "Onde está o teu Deus? Você está aí, caído, abatido, arrasado! Onde está o Deus em quem você disse que confia?"<br />
<br />
Certa vez, um cristão foi desafiado por seus inimigos que lhe disseram: “Olha para você: Fala tanto de Deus e veja quantas coisas ruins estão aconteccendo na sua vida! Quanto sofrimento! Quanta tribulação!” Ele pensou um pouco, e respondeu: “Se Deus não me responde imediatamente, é porque Ele deve estar ocupado preparando a minha vitória!”<br />
<br />
<b>CONCLUSÃO </b><br />
<br />
O que vamos fazer? Vamos imitar o salmista:<br />
<br />
1- Vamos fazer um diálogo com a nossa própria alma e vamos fazer perguntas. Quando fazemos perguntas, somos levados a sair do emocional e passamos para o racional; começamos a raciocinar com mais inteligência, com mais sabedoria, e nos preparamos psicologicamente. <br />
<br />
2- Vamos ordenar a nós mesmos que esperemos e confiemos em Deus, que é a nossa única segurança. Vamos dizer à nossa alma: Espere no Todo-poderoso.<br />
<br />
3- Vamos buscar o auxílio divino. Como era Deus para Davi? Ele O chamava de "Deus vivo, minha Rocha, Deus da minha vida". Ele dizia: "Tenho sede do Deus vivo. Em meio desta avalanche de águas ameaçadoras de inimigos, Ele é a minha Rocha da minha segurança. Não morrerei porque Ele é o Deus da minha vida!"<br />
<br />
4- Vamos dizer sinceramente a Deus: "Tu és o 'meu Deus'." Quando dizemos estas palavras, o nosso relacionamento será estreito e íntimo com Ele, e revelamos uma esperança que ninguém pode abalar.<br />
<br />
Hoje ainda muitos se aproximam de nós e perguntam: "Onde está o teu Deus?" Certa vez um incrédulo perguntou a um jovem cristão: "– Jovem, você acredita em Deus?" Ele disse: "Eu acredito, sim." "Mas onde está o seu Deus? Me mostre o seu Deus." O jovem foi pego de surpresa, mas pensou um pouco e disse: "– Muito bem, vem aqui comigo." Eles se encontravam em um grande transatlântico. Era meio-dia, e o sol estava no seu brilho mais fulgurante. O jovem disse para aquele ateu: "Olhe para o sol com os seus olhos fixos." Ele disse: "Eu não posso, ele ofusca a minha vista." Então o jovem concluiu: "Você quer que eu lhe mostre o meu Deus, quando você não pode nem contemplar um representante dEle?"<br />
<br />
O homem de fé sabe se consolar. O homem de fé sabe encontrar respostas inteligentes para as circunstâncias mais desanimadoras que ameaçam abalar o fundamento da sua vida. O homem de fé fala consigo mesmo e fala com Deus contado-Lhe sobre os seus sentimentos.<br />
<br />
Hoje aprendemos a mensagem do Salmo 42: O Desejo de Davi: era anseio por Deus, sede de Deus. O Desespero de Davi: ele pensava que Deus o havia abandonado. A Determinação de Davi: ele se propôs a esperar em um Deus vivo. Vimos a Sede, o Sofrimento e a Solução nesta circunstância tão dramática de Davi.<br />
<br />
Você gostaria de ver a Deus? Você tem sede de Deus? Vamos buscar mais desse Deus maravilhoso. Vamos mitigar a nossa sede através de Jesus Cristo que é a Fonte de água viva. Ele disse: "Aquele que tem sede, venha a Mim e beba!" (João 7: 37).<br />
<br />
Pr. Roberto Biagini<br />
prbiagini@gmail.com<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-wxla1THqEVg/UMC3Wv_DGFI/AAAAAAAAFgc/rCeBoFep_xA/s1600/FILHO+PRODIGO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="537" src="https://1.bp.blogspot.com/-wxla1THqEVg/UMC3Wv_DGFI/AAAAAAAAFgc/rCeBoFep_xA/s640/FILHO+PRODIGO.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #999999;"><i>Lucas 15:11-24.<br />11 Certo homem tinha dois filhos;<br />12 o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres.<br />13 Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.<br />14 Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade.<br />15 Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos.<br />16 Ali, desejava ele comer o que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada.<br />17 Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!<br />18 Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti;<br />19 já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.<br />20 E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.<br />21 E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.<br />22 O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés;<br />23 trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos,<br />24 porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.”</i></span></blockquote>
Hoje quero apresentar os 7 Erros do Filho Pródigo. A parábola é muito conhecida, mas penso que ainda temos algumas lições a aprender aqui. O Filho Pródigo era um moço de pouca experiência na vida, e se dirigiu a seu pai pedindo a sua parte na herança, porque ele queria logo desfrutá-la e viajar para muito longe, distante da casa do seu pai e se livrar das suas regras, e viver a vida do modo mais feliz que ele pensava. Viveu no conforto, no luxo e nos prazeres que esta vida mundana pode oferecer. Mas veio a sua miséria. Por quê? O que aconteceu com o seu plano? Ele parecia tão bem feito! Em que foi que ele errou?<br />
Vamos notar nesta estória que ele cometeu 7 erros, 7 equívocos que nós jamais devemos cometer.<br />
<br />
<b>I - OS 7 ERROS DO FILHO PRÓDIGO<br /><br />1º ERRO: O DINHEIRO É A MINHA FELICIDADE</b><br />
O Filho Pródigo se enganou e cometeu este erro tão grande, imaginando que a sua felicidade estaria garantida se ele conseguisse a fortuna da herança do seu pai. Ele pensava que o dinheiro é a fonte da felicidade. Mas ele se tornou infeliz apesar de ter tanto dinheiro.<br />
<br />
O dinheiro pode ajudar em muitas coisas, pode nos dar muito conforto, mas não pode nos dar felicidade. Há muitas pessoas ricas que não são felizes, porque o dinheiro não lhes dá uma vida feliz.<br />
<br />
Uma famosa artista de Hollywood, conhecida em todo o mundo, testificou depois de alguns anos de carreira: "Tenho fama, tenho beleza, tenho muito dinheiro – mas me sinto a mais infeliz de todas as criaturas infelizes da terra."<br />
<br />
Eugênio McDonald era um jovem multimilionário: ele tinha uma casa riquíssima na praia, tinha um iate, uma coleção de armas raríssima – além de uma fortuna em dólares. "Eu não tenho alegria, não tenho amigos – os meus amigos me procuram para desfrutar do meu dinheiro. Se eu não tivesse dinheiro não teria amigos. Sou infeliz apesar de tudo quanto tenho. Não há nenhum só dia, em que não me encontro com lágrimas. De dia anseio pela noite; à noite anseio pelo dia. Não sou feliz e não encontro satisfação". Num desses dias vazios, Eugênio McDonald, foi a sua sala onde guardava a sua coleção de armas, pegou um revólver e deu um tiro na cabeça, e suicidou-se, abandonando a vida.<br />
<br />
O dinheiro pode comprar muitas coisas boas, mas não compra a felicidade.<br />
<br />
Um ateniense chamado Crates, possuidor de uma grande fortuna, lançou todo o seu ouro ao mar, dizendo: "Antes que me ponhas a perder, eu te destruo!" Foi um outro extremo. O dinheiro é um mau senhor, mas é um bom servo.<br />
<br />
Mas não devemos nos iludir, porque o dinheiro não pode fazer milagres, e não pode nos trazer a felicidade, porque a felicidade não se encontra em uma fonte tão ilusória quanto é o dinheiro. O dinheiro é uma fonte parca, que nós podemos ter um dia e no outro dia perdemos tudo.<br />
<br />
<b>2º ERRO: A HERANÇA DO PAI ME PERTENCE AGORA</b><br />
<br />
O Filho Pródigo cometeu o segundo erro: Ele foi lá com o seu pai e pediu a parte da sua herança: "Dá-me a parte que me cabe da herança".<br />
<br />
Isso é uma grande falta de consideração e respeito para com o seu pai. Uma herança só podia ser dada após a morte do pai. Ele ainda não tinha esse direito. Portanto, Ele desafiou a autoridade do seu pai, usurpando-lhe um dinheiro que ainda não lhe pertencia.<br />
<br />
O 5º mandamento diz: "Honra o teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá". Mas ele passou por alto estas palavras e desonrou ao seu pai, que ficou muito chocado e triste, completamente decepcionado com esta atitude do filho.<br />
<br />
Há muitos filhos que estão desonrando os pais em suas atitudes. Eles desobedecem aos pais, eles ridicularizam os pais, chamando-os de quadrados e outras coisas mais, eles traem a sua confiança, eles são ingratos, não reconhecendo todo o sacrifício que os pais fazem por eles. Muitos deles estão desejando a morte dos pais, a fim de ganhar o seu dinheiro. Este é um grave erro que traz as suas conseqüências, mais cedo ou mais tarde.<br />
<br />
E Deus não pode passar por alto essa desonra e desrespeito. Todo o mal feito dos filhos para com os pais é fielmente registrado no livro do Céu.<br />
<br />
Como você está tratando os seus pais?<br />
<br />
<b>3º ERRO: O PRAZER É A MINHA PRIORIDADE </b><br />
<br />
"Vivendo dissolutamente", diz o texto. O Filho Pródigo buscou os prazeres como a prioridade de sua vida. Não sabia que a vida não consiste na abundância de prazeres pecaminosos. Que os prazeres do pecado são decepcionantes, porque são efêmeros, passageiros e fugidiços. A satisfação egoísta dominava a sua vida, mas os prazeres da carne não satisfazem à alma.<br />
<br />
O Filho Pródigo cometeu um erro de prioridade, e este erro é fatal. Quando nós deixamos o que é importante de lado, nós cometemos o mesmo erro.<br />
<br />
O nosso Senhor Jesus Cristo disse: "Buscai em 1º lugar o reino de Deus e a Sua justiça, e todas as demais coisas vos serão acrescentadas". (Mt 6:33). A maior prioridade é buscar a Deus e as coisas do Seu reino, as coisas espirituais, mas muitos estão deixando as coisas mais importantes para o último lugar, e estão perdendo o melhor da vida.<br />
<br />
Um pastor se dirigiu a um jovem e lhe perguntou:<br />
<br />
- Jovem, o que você vai fazer na vida? Qual o seu alvo?<br />
- Eu vou estudar Engenharia.<br />
- E depois?<br />
- Eu vou me formar.<br />
- E depois?<br />
- Eu serei um engenheiro.<br />
- E depois?<br />
- Eu vou trabalhar.<br />
- E depois?<br />
- Eu farei grandes construções.<br />
- E depois?<br />
- Eu vou casar e ter filhos.<br />
- E depois?<br />
- Vou criar e educar os filhos e mais tarde, terei netos.<br />
- Sim, e depois?<br />
- Bem, eu vou envelhecer e me aposentar.<br />
- E depois?<br />
- Bem, um dia eu vou morrer, é claro.<br />
- Sim, mas e depois?<br />
- Bom, aí eu não sei mais.<br />
- Então, disse o pastor, volte para casa e reveja suas prioridades.<br />
<br />
Há muitas coisas tomando o lugar do culto familiar, da leitura da Bíblia, da prática da oração, da assistência aos cultos, do trabalho missionário. Quais são as suas prioridades? Você deixa as coisas de Deus por último lugar? Há alguma coisa tomando o lugar que pertence a Deus? Então, reveja as suas prioridades.<br />
<br />
<b>4º ERRO: MINHA FORTUNA JAMAIS ACABARÁ</b><br />
<br />
O Filho Pródigo dissipou todos os seus bens; ele consumiu tudo. Ele julgava que o seu dinheiro jamais acabaria. Ele cometeu o erro da extravagância, e desperdiçou tudo o que tinha. Mas quando Cristo alimentou uma grande multidão com 5 pães e 2 peixes, Ele ordenou que se ajuntassem os restos que sobejaram, dando com isso uma grande lição contra o desperdício, dando uma oportunidade para outros aproveitarem aqueles alimentos.<br />
<br />
Vivemos numa sociedade de consumistas. As pessoas são acostumadas a consumir, mesmo sem necessidade. Eles têm um vício, uma compulsão de gastar e sempre estão gastando. O comércio estimula a isso. E quanto mais você comprar e gastar e consumir, dizem, mais pessoas vão trabalhar, e isso vai gerar mais emprego.<br />
<br />
Muitos gastam o seu dinheiro em coisas fúteis, e se esquecem de que o dinheiro não deve ser desperdiçado porque representa muito sacrifício da própria vida. Há outros que não cuidam do que tem, e isso também se chama desperdício. Há pessoas que, por exemplo, não cuidam dos móveis de sua casa e têm que trocá-los em pouco tempo. Isso requer um tremendo gasto que poderia ser evitado. Seja lá o que for, você deve saber por onde está gastando em supérfluos.<br />
<br />
Muitos gastam o seu tempo precioso em coisas sem importância, e se esquecem de que nós daremos conta do nosso tempo a Deus. Estão esbanjando o seu precioso tempo de graça, desperdiçando hoje um tempo que lhes faltará amanhã.<br />
<br />
Outros ainda gastam a suas forças. Alguém disse que muitos são tolos porque gastam a metade de sua vida ajuntando dinheiro; a outra metade, eles gastam para recuperar a saúde que eles estragaram ajuntando dinheiro. Quanto desperdício de energia vital para coisas inúteis!<br />
<br />
Muitos repetem o mesmo erro do Filho Pródigo: Eles gastam tudo o que têm. Outros gastam o que ainda não tem, empregando o salário de dezembro no mês de outubro. Um dos princípios da boa economia é nunca usar o dinheiro que ainda não ganhamos. Além disso, jamais deveríamos gastar mais do que ganhamos.<br />
<br />
Precisamos evitar o desperdício de água, luz, comida. Por que muitos não se importam com isso? Porque não sabem quanto realmente custa para quem paga. Conhece uma jovem que demora 30 minutos no chuveiro e uma hora no espelho? É um erro chamado desperdício, desperdício de tempo e dinheiro; é desleixo na economia.<br />
<br />
<b>5º ERRO: NÃO HAVERÁ CRISE NA MINHA VIDA</b><br />
<br />
Este erro está relacionado com o anterior. Quando nós gastamos tudo e desperdiçamos as coisas, nós não estamos prevendo um tempo de crise. E foi justamente isso que aconteceu com o Filho Pródigo. "Houve um tempo de fome naquela terra". Faltou-lhe a previsão para o futuro em tempo de necessidade.<br />
<br />
Ele não pensava que tudo podia acabar um dia. Ele não podia imaginar o colapso financeiro, o fracasso econômico, ele não pôde prever a possibilidade da fome e da miséria, e cometeu o erro de não fazer provisão por falta de previsão. E veio a fome e ele foi passar fome também com os miseráveis.<br />
<br />
Muitos há que levam uma existência descuidada, uma existência imprudente, despreocupada. Muitos há que comem hoje o que vão ganhar amanhã. Isto significa imprevidência. <br />
<br />
Disse Salomão, em sua sabedoria: "Vai ter com a formiga, e sê sábio." A formiga ensina uma grande lição de previdência. A formiga faz toda a sua provisão no verão para enfrentar as dificuldades do inverno (Pov.6:6-8).<br />
<br />
Você pensa no seu futuro? Você pode ter uma poupança, uma reserva para o futuro. Não devemos gastar tudo o que temos, na medida do possível. Temos que ter previsão do futuro para não sermos desapontados. Temos que prever o que poderia nos acontecer em um certo tempo futuro. Temos que aprender a prever o imprevisível.<br />
<br />
<b>6º ERRO: MEU CONHECIMENTO É SUFICIENTE</b><br />
<br />
Num tempo de crise, o Filho Pródigo foi procurar emprego; mas que pena, ele não tinha o devido preparo, ele não estava preparado para trabalhar: ele era do campo; que preparo ele possuía para trabalhar na cidade? Como não tinha o devido preparo, ele teve de ir cuidar de porcos.<br />
<br />
Com efeito, quando há um tempo de crise, quando vivemos num tempo de globalização, se queremos uma boa classificação na vida, se queremos um bom emprego para sustentar a família ainda não formada, precisamos estar muito bem preparados. Especialmente os jovens de hoje precisam se preparar de todos os modos, e no maior número de especialidades possíveis, conhecendo o maior número de ciências, aproveitando bem o seu tempo para estudar e se preparar.<br />
<br />
Vivemos em um mundo de competidores. Não há tempo a perder com futilidades, como muitos jovens fazem, e se lamentam depois que não puderam se classificar nos exames de um vestibular, por exemplo.<br />
<br />
É preciso aproveitar o tempo, lendo, estudando, trabalhando para adquirir experiência nas profissões, é preciso se esmerar nas coisas da vida, se aperfeiçoar para o futuro. É preciso conhecer bem o seu próprio idioma; é preciso também dominar pelo menos uma outra língua estrangeira. Se alguém dominar bem o Inglês, adicionado a um bom conhecimento de Informática, já é um grande ponto de referência, e certamente, há de se destacar como alguém de muita utilidade.<br />
<br />
Não devemos cometer o mesmo erro do Filho Pródigo: ele foi procurar emprego sem preparo e se decepcionou. Ele não se preparou para a vida. E quanto a você? Está se preparando para a sua vida espiritual? Ou está repetindo o erro do Pródigo?<br />
<br />
<b>7º ERRO: MEUS AMIGOS ME SUTENTARÃO</b><br />
<br />
O Filho Pródigo confiou em pessoas erradas, ele pensou que os seus amigos de farra haveriam de sustentá-lo, ajudá-lo, ampará-lo agora em sua miséria; mas, de fato, o que diz o texto? "Ninguém lhe dava nada".<br />
<br />
Ele foi bater à porta dos seus amigos, aqueles mesmos que usufruíram da sua fortuna, mas ele saiu decepcionado com todos eles porque ninguém o recebeu em sua casa, ninguém podia ajudá-lo.<br />
<br />
Os seus amigos desapareceram, se demonstraram completamente ingratos. E ele se encontrava na miséria. Ninguém pode satisfazer as nossas necessidades, cabalmente. Os nossos amigos também têm o seu fardo. Cada pessoa tem as suas necessidades próprias, e são responsáveis pelos seus queridos mais próximos, a quem têm o dever de sustentar.<br />
<br />
Somente o nosso Pai celestial pode nos amparar. Ele é o nosso Deus que nos sustenta todos os dias, dando-nos tudo o de que necessitamos para viver. Ele sustenta a nossa vida física, mental e espiritual.<br />
<br />
Nada pode satisfazer às necessidades de nossa alma: o dinheiro, a fama, o prestígio. Ninguém pode: os amigos, os parentes e muito menos os estranhos – eles vão nos decepcionar. Somente Deus pode suprir cada falta, Ele pode nos valer sempre.<br />
<br />
Não vamos cometer esse erro do Filho Pródigo. Nem todos são amigos verdadeiros. Infelizmente, nem todos são confiáveis. Muitos são péssimas companhias, que tentam nos levar para um caminho perigoso.<br />
<br />
<b>II - E QUAIS SERIAM OS ACERTOS DO PRÓDIGO?</b><br />
<br />
Ele não cometeu apenas os seus 7 erros que muitas vezes nós também estamos cometendo. Ele também teve acertos, ele teve corretas atitudes que devem ser imitadas por todos.<br />
<br />
<b>1º ACERTO: HUMILDADE: "É Necessário ser Humilde!"</b><br />
<br />
O Filho Pródigo reconheceu as suas faltas, os seus erros e pecados – não acusou a ninguém; apenas disse: "Eu pequei, eu errei, eu fui ingrato..." "Eu pequei contra o Céu e diante de ti. Não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como um dos teus empregados!"<br />
<br />
Disse Jesus: "Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos Céus" (Mat. 5:3). Esta foi a primeira bem-aventurança de Cristo no Seu famoso sermão. Só assim podemos ser felizes. O orgulho nos rouba a felicidade desta vida e da salvação eterna.<br />
<br />
A humildade é indispensável entre os filhos para com os pais. A humildade é indispensável para quem quer um bom relacionamento com os seus pais.<br />
<br />
A humildade é indispensável para quem deseja ser perdoado por Deus pela sua vida de filho pródigo que tem levado. Humildade será necessária para todos os que desejam a salvação, porque ela implica em um sincero reconhecimento do pecado.<br />
<br />
Temos que ser humildes para com as pessoas, mas não devemos nos humilhar diante de ninguém, porque somos todos iguais. Não devemos temer a face do homem. Mas, quando o assunto é a nossa salvação, temos que ser humildes e nos humilhar muito diante de Deus e dizer à semelhança do Filho Pródigo: “Pai, pequei contra o Céu e perante Ti. Já não sou digno de ser chamado Teu filho! Faze-me como um dos Teus criados!”<br />
<br />
<b>2º ACERTO: ARREPENDIMENTO: "Eu Preciso me Arrepender!"</b><br />
<br />
Ele "caiu em si". Ele se arrependeu profundamente, abandonou os erros do passado, as atitudes loucas que teve, e voltou para o seu lar. É assim que todos temos que fazer: buscar um verdadeiro arrependimento. Não só por hoje, mas por todos os dias de nossa vida, de tal modo que vamos aprofundando o nosso arrependimento. Temos que “cair em nós” e reconhecer a profundidade de nosso pecado, em não só por praticar uns certos erros, mas por ter ofendido a nosso Pai celestial.<br />
<br />
Arrependimento significa tristeza pelo pecado e afastamento do mesmo. O Filho Pródigo se arrependeu verdadeiramente. Ele sentiu verdadeira e profunda tristeza pelo mal feito. Ele agora estava disposto a se humilhar ao máximo diante do seu pai.<br />
<br />
Como é o seu arrependimento? É genuíno? Verdadeiro? Ou é fingido, hipócrita? Você se arrepende hoje para cometer o mesmo pecado no dia seguinte? Então você ainda não se arrependeu! Então você ainda precisa se achegar mais perto de Deus, a fim de saber o que significa a transformação que vem quando nós nos entregamos inteiramente a Ele.<br />
<br />
<b>3º ACERTO: CONFIANÇA: "Meu Pai Pode me Aceitar de Volta!"</b><br />
<br />
O Filho Pródigo sabia que podia confiar no seu pai. Ele sabia que seria recebido de volta. Ele confiava no amor do seu pai. Ninguém podia convencê-lo do contrário. Por isso, ele voltou ao pai.<br />
<br />
Nós também podemos confiar em nosso Pai celestial. Ele é totalmente digno de nossa confiança. Ele nunca nos desaponta. Nunca devemos ficar decepcionados com esse Pai amoroso que sempre está disposto a nos estender os Seus braços de amor.<br />
<br />
Quando a nossa segurança acaba, quando não temos amigos, quando a nossa vida está na miséria, podemos confiar e saber que Deus, nosso Pai pode nos atender.<br />
<br />
Podemos confiar sempre em nosso Pai celestial. Ele nunca falha. Ele sempre ama. Ele sempre está pronto a perdoar. Se formos a Ele com fé e confiança, Ele virá até nós com a Sua paz, muita paz. Ele virá com a segura promessa da vida eterna.<br />
<br />
<b>CONCLUSÃO</b><br />
<br />
Façamos uma introspecção em nossa vida.<br />
<br />
Estamos cometendo os mesmos erros do Filho Pródigo?<br />
<br />
Estamos cometendo outros erros, igualmente graves?<br />
<br />
Estamos dispostos a abandoná-los?<br />
<br />
<br />
<br />
<a href="http://1.bp.blogspot.com/_NdQOK97Yzk4/SNMQwtiBvxI/AAAAAAAABj0/TWfQS-E_H40/s1600-h/Pr.-Roberto-Biagini.jpg" style="font-weight: bold;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5247556419858841362" src="https://1.bp.blogspot.com/_NdQOK97Yzk4/SNMQwtiBvxI/AAAAAAAABj0/TWfQS-E_H40/s200/Pr.-Roberto-Biagini.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a><span style="font-weight: bold;">PR. ROBERTO BIAGINI</span><br />
Teólogo, Mestre em Teologia. Realizou vários cursos de Extensão
Teológica da Andrews University e do Centro de Educação Contínua da DSA.
Trabalhou como distrital de várias igrejas do centro, norte e sul do
país. É casado com a Profª. Silvane Luckow Biagini, e tem dois filhos,
Ângela e Roberto.
<div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-89616991660568885342020-04-14T01:21:00.000-03:002020-04-14T01:21:34.752-03:00 CAMINHE SEGURANDO A MÃO DE DEUS <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-_kQE-YU8MtI/WQko4GNqgxI/AAAAAAAAG0Q/vb0l9Z5QDXonxXtXKTuirJdwj8TFeU3jgCLcB/s1600/andardemododigno.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-_kQE-YU8MtI/WQko4GNqgxI/AAAAAAAAG0Q/vb0l9Z5QDXonxXtXKTuirJdwj8TFeU3jgCLcB/s400/andardemododigno.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #073763;">"Andemos dignamente, como em pleno dia." Romanos 13:13. </span></blockquote>
<br />
<b>Deus é Capaz de Guardar-nos de Cair </b><br />
<br />
A vida de Agostinho foi dilacerada por um amargo conflito que despertou o seu espírito e abalou os próprios fundamentos de sua alma. Em seu coração a vontade de triunfar sobre a impureza batalhava contra o desejo de satisfazer as concupiscências da carne. No meio do seu conflito íntimo, em agonia e desespero, irrompeu dos seus lábios esta estranha súplica: "Dá-me castidade e continência, mas não agora." (Confissões, pág. 140, em inglês).<br />
<br />
Um dia, porém, assediado pela perplexidade, clamou em angústia: "Até quando, até quando?... Por que não agora?" (Idem, pág. 147).<br />
<br />
Subitamente, pareceu-lhe ouvir uma voz, repetindo: "Tomai-o e lede. Tomai-o e lede" (Ibid.) Ele tomou nas mãos o Livro de Deus e, abrindo-o, leu os primeiros versos sobre que os seus olhos caíram: "Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e nada disponhais para a carne, no tocante às suas concupiscências" (Rm 13:13 e 14).<br />
<br />
Estes versos inundaram o coração de Agostinho com abundante luz, e as trevas do pecado foram banidas. Quão surpreendente e extraordinário é o poder transformador do Livro Inspirado!<br />
Os pecados e iniquidades que Paulo enumera em Romanos 13:13 eram comuns em seus dias, especialmente em Corinto, onde a Epístola foi escrita. Corinto sobrepujava todas as outras cidades na prática dos vícios helenísticos. Usando linguagem metafórica, o apóstolo descreve os pecadores tentando ocultar as suas más ações (orgias, bebedices e imoralidade) sob a cobertura da noite. Todavia, ele exorta a nós como filhos da luz a "andar dignamente... como em pleno dia'', manifestando em nosso procedimento uma integridade transparente, demonstrando diante do mundo as virtudes ''dAquele que [nos] chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz" (1Pe 2:9).<br />
<br />
<b>Além da Adversidade </b><br />
<br />
Há também na advertência paulina uma dimensão escatológica que não devemos omitir. Quando Paulo a escreveu, não somente o clima imediato era desfavorável ao Cristianismo, mas os cristãos eram acossados de todos os lados. Eram apenas uma minoria ínfima em um mundo hostil. Contudo, o apóstolo olhava além das adversidades que a igreja enfrentava para o glorioso "dia" (Rm 13:12) do Senhor, o cumprimento da "bendita esperança" (Tt 2:13). Também precisamos viver com esta confiança.<br />
<br />
Sim, devemos andar como se a límpida eternidade estivesse perto de nós agora. ''Nossa pátria [grego – "cidadania", "estilo de vida"] está nos Céus" (Fp 3:20). Mas esta cidadania celestial deve ser vivida, demonstrada, testemunhada, primeiramente aqui na Terra.<br />
<br />
De modo que, enquanto estamos aguardando o dia do nosso livramento, andemos decentemente, não condescendendo com hábitos de intemperança, satisfazendo a nossa natureza inferior, ou envolvendo-nos em contendas e dissensões, mas vivendo vida sóbria, pura, justa e piedosa.<br />
<br />
<b>Conservando o Nosso Corpo Incontaminado </b><br />
<br />
Nos dias de Paulo os romanos eram inclinados a envolver-se em três grandes pecados, que ele rotulou de "as obras das trevas" (Rm 13:12): glutonaria, bebedice e imoralidade. Como escravos dos seus apetites e paixões, literalmente cavavam sua sepultura com os dentes. Entorpeciam a mente com álcool e manchavam o corpo por meio de condescendências ilícitas. Neste aspecto, que podemos dizer de nossa sociedade hodierna? "O pecado desta geração é glutonaria", diz Ellen White.<br />
<br />
"Condescendência com o apetite, eis o deus a que muitos adoram" (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, pág. 409). Os supermercados são nosso santuário, e a abundância o nosso credo. Como resultado, a faca, o garfo e a colher se estão tornando as mais perigosas armas de nossa geração.<br />
Aqueles dentre nós que podem comer em excesso sem aumentar o peso, arcam com o mesmo grau de culpa daqueles que têm excesso de peso, como resultado da falta de domínio do apetite. Todos nós devemos examinar-nos a nós mesmos para ver se estamos comendo para a "glória de Deus" (I Cor. 10:31), reconhecendo que o nosso corpo é templo do Espírito Santo (1Co 3:16).<br />
<br />
Muitos cristãos hoje consideram a glutonaria uma fraqueza inofensiva da carne. Alguns até mesmo fazem troça do comer em excesso. Mas em vez de satisfazer os nossos desejos físicos, devemos cair de joelhos em confissão e arrependimento, pedindo a Deus vitória completa sobre nossos hábitos condescendentes.<br />
<br />
Enfatizando a importância de manter os nossos desejos físicos sob controle, escreveu o apóstolo Paulo: ''Mas esmurro o meu corpo e o subjugo" (1Co 9:27, RSV). Decidiu que seu corpo com suas necessidade naturais, deveria ser seu servo, não o seu senhor. Deus espera que ten amos a mesma determinação.<br />
<br />
Nossos desejos pecaminosos, influenciados pelas muitas tentações que nos rodeiam, são demasiado fortes para nós. Contudo, "uma vida nobre e pura, uma vida vitoriosa sobre o apetite . . . é possível a todo aquele que quiser unir a sua vontade humana, fraca e vacilante, à onipotente e inabalável vontade de Deus." (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, pág. 170). "A Palavra de Deus coloca o pecado de glutonaria na mesma categoria que a embriaguez (Idem, pág. 133). Ambos são "obras das trevas" e igualmente ofensivos à vista de Deus.<br />
<br />
Somos advertidos repetidamente que de que os bêbados não herdarão o reino de Deus (1Co 6:10; Gl 5:21; cf. Lc 21:34). Não é difícil imaginar por que as Escrituras falam tão drasticamente contra as bebidas alcoólicas: elas estão envolvidas na maioria dos homicídios, assaltos, maltrato de crianças, na maioria dos divórcios, acidentes de trânsito fatais – a lista é infindável. Prestamos a nós mesmos e à nossa sociedade um grande desserviço quando zombamos da bebedice ou a tratamos levianamente.<br />
Surpreendentemente, apesar dos devastadores efeitos da bebida, ouvimos vozes dentro da igreja argumentando que beber "com moderação é aceitável. Ellen White discordaria: "O beber moderadamente é uma escola em que os homens estão recebendo uma educação para a carreira de ébrios'' (Temperança, pág. 30). Alguns cristãos podem considerar as normas da igreja neste aspecto como demasiado limitativas, mas não devemos omitir o detalhe de que o princípio de total abstinência que defendemos é uma reação prática à nossa crença de que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo.<br />
<br />
<b>Subjugando Nossa Natureza Inferior </b><br />
<br />
Sabendo que a nossa natureza física e a natureza moral estão intimamente relacionadas, Satanás tenta degradar a natureza física operando habilmente para rebaixar a natureza moral. Glutonaria, bebidas alcoólicas, viver isso dissoluto – eram estes os pecados nos dias de Noé. Eram um constante apelo aos corações libidinosos, voluptuosos, e Satanás de tal maneira assumiu o controle do corpo e da mente de homens e mulheres que suas imaginações tornaram-se continuamente más.<br />
<br />
É a situação atual de alguma forma melhor do que era nos dias de Noé?<br />
<br />
"A 'explosão sexual' na América, auxiliada par um fluxo constante de impudicos estímulos visuais e verbais em livros, revistas e filmes, está levando mais e mais pessoas a envolverem-se em relações sexuais que transgridem a lei de Deus e criam problemas sociais e pessoais. A liberdade do uso da 'pílula' pelas mulheres não casadas é promovida com mais vigor atualmente do que a importância da castidade pré-nupcial. O homossexualismo é fomentado como um estilo de vida socialmente aceito – não somente pelos desviados, mas por importantes clérigos e engenheiros sociais. O adultério é defendido como uma prática sadia por certos psicólogos" (Christianity Today, 1.º de março de 1985).<br />
<br />
O que está acontecendo na América está ocorrendo no mundo inteiro. Líderes do pensamento estão ensinando que a ética, a moralidade é relativa, não absoluta. O humanismo proclama que a espécie humana é apenas animal, e uma geração tem sido encorajada a dar livre expressão aos mais baixos impulsos. Os jovens têm sido ensinados que o que era pecaminoso ontem é aceitável hoje. E o fato de que estas "novas idéias" são apoiadas por influentes líderes religiosos torna-as ainda mais perigosas.<br />
<br />
O mundo ao nosso redor está procurando levar nossa mente a conformar-se com sua "nova moralidade", pressionando-nos a comprometer os nossos princípios com a chamada nova "ética de relacionamento sexual".<br />
<br />
Mas nesta área a Bíblia não nos permite fazer qualquer tipo de concessão. Do Gênesis ao Apocalipse, ela nos instrui que adultério, fornicação e perversões sexuais são pecado, e as "novas opiniões" que estão sendo atualmente defendidas não minimizam o seu caráter. Em vez de nos conformarmos com os baixos padrões deste mundo, somos aconselhados a andar decentemente (Rm 13:13), pondo nossas afeições nas coisas que são do Céu. (1Co 3:2).<br />
<br />
<b>"Não em Contendas e Ciúmes" </b><br />
<br />
O apóstolo escreveu esta advertência de Corinto, onde a unidade da comunidade cristã fora desintegrada por sérias confrontações. Como resultado de um espírito de contenda, a igreja fragmentou-se em vários grupos, e desenvolveu-se uma hostilidade entre eles.<br />
<br />
Preocupado com a situação que estava dividindo os crentes em Corinto, Paulo exortou: "Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa, e que não haja entre vós divisões " (1Co 1:10). Provavelmente foi sua experiência com a igreja de Corinto que o levou a aconselhar os crentes de Roma a ''andar. . . como em pleno dia", evitando o mesmo espírito que estava enfraquecendo a vida e o testemunho da igreja de Corinto, ameaçando sua unidade.<br />
<br />
Para neutralizar os perniciosos resultados deste espírito de contenda, temos o antídoto divino: "Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus, e conhece a Deus'' (1Jo 4:7). O espírito de amor na igreja, oposto a uma disposição de dissentimento, nos levará à unidade e cooperação. Amor e harmonia são os primeiros princípios do governo divino. Nem uma simples nota dissonante desfigura a harmonia do Céu. Este relacionamento celestial é o modelo de unidade para o povo de Deus.<br />
<br />
Nenhuma congregação pode crescer, nenhuma instituição prosperar, nenhum lar ser estável, sem a suavizante e modeladora influência do amor e da unidade. Em seu majestoso capítulo que descreve o dom supremo do amor, declara o evangelista das nações: "O amor é benigno e não inveja a ninguém'' (1Co 13:4, NEB). Não constitui exagero afirmar que a inveja é uma das mais cruéis e destruidoras de todas as características humanas.<br />
<br />
Foi a inveja que motivou Saul a perseguir a Davi. Inicialmente, o rei estava muito satisfeito com Davi e sua vitória sobre o filisteu Golias. Mas quando ouviu as mulheres de toda a nação cantarem: "Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares'' (1Sm 18:7), abriu o coração ao espírito de ciúme, que envenenou sua alma. Como rei sobre todo o Israel não podia aceitar que outro recebesse mais honras do que ele. O ciúme penetrou em seu coração, arruinou-o espiritualmente, e mais tarde o derrotou e o destruiu fisicamente.<br />
<br />
Em Seus insondáveis propósitos, Deus designou a cada um de nós um lugar na vida. Mas independente de qual seja este lugar, há sempre a tentação de invejar alguém.<br />
<br />
"Não invejes um homem quando ele enriquecer" (Sl 49:16, NEB) é a palavra de sabedoria que encontramos em um dos cânticos de Davi. E de sua prisão em Roma, defrontando-se com privações e incertezas, declara Paulo: "Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação'' (Fp 4:11). Esta é uma boa receita para a cura da enfermidade espiritual da inveja. "A inveja é um dos mais satânicos característicos que podem existir no coração humano", escreveu Ellen White, "e um dos mais funestos em seus efeitos.... Foi a inveja que a princípio causou a discórdia no Céu, e a condescendência com a mesma acarretou males indizíveis entre os homens'' (Patriarcas e Profetas, págs. 402 e 403). Como filhos da luz, somos admoestados a deixar todo o "ciúme, más suspeitas, inveja, ódio [e] malícia" (Testimonies, vol. 2, pág. 516), e servir uns aos outros em amor.<br />
<br />
<b>Aventura Conjunta </b><br />
<br />
No meio de uma geração corrompida, espera-se de nós que andemos decentemente, brilhando como "luzeiros no mundo" (Fp 2:15). Muitos cristãos, entretanto, em vez de viver vida irrepreensível, estão dando mais e mais lugar às más seduções, conformando-se com os padrões do mundo.<br />
<br />
Tiago afirma que parte da verdadeira religião consiste em guardar-nos a nós mesmos incontaminados do mundo (Tg 1:27); e Paulo nos exorta a "sair do meio deles [dos incrédulos], e a estar separados" (2Co 6:17, RSV). Como devemos reagir quando nos encontramos cercados de todos os lados pelas tentações de um mundo pecaminoso?<br />
<br />
Não é plano de Deus que nos afastemos do contato com os incrédulos. Em vez disto, somos exortados a ser "o sal da terra'' e "a luz do mundo'' (Mt 5:13 e 14). Como é isto possível? "Todo aquele que se acha ligado a Deus, comunicará luz aos outros. Se existir alguém que não tenha luz a comunicar, é porque não tem ligação com a Fonte da luz" (Serviço Cristão, pág. 21).<br />
<br />
Quando estamos ligados a Deus pela fé, nossa vida torna-se tão dedicada a Jesus que nossa experiência cristã é transformada em uma aventura conjunta entre nós e o nosso Salvador. Esta experiência é sumariada por Paulo em sua declaração: "Cristo vive em mim'' (Gl 2:20).<br />
Sem Jesus operando em nós, somos incapazes de ser bem-sucedidos em nossas lutas contra nossa natureza má. Mas Ele nos tornou possível andar nas sendas retas e estreitas da justiça com vigor e determinação.<br />
<br />
Quando tropeça, uma criancinha que recusa segurar a mão de seu pai pode perder o equilíbrio e cair; mas quando o pai segura sua mão, embora a criança possa ainda tropeçar, ela não cairá. O Senhor nos assegura que, se permitirmos, Ele segurará nossa débil mão enquanto palmilhamos as sendas traiçoeiras de nossa experiência diária, e nos guardará de cair, apresentando-nos "com exultação, imaculados diante da Sua glória" (Jd 24).<br />
<br />
Enoch de Oliveira<br />
<br /><div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-91335533389250151822020-02-13T10:23:00.000-03:002020-02-13T10:25:36.656-03:00O Homem Incomparável<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-Np4WkaqQRU4/XkVOMtpYzzI/AAAAAAAAPkI/XqeUAHMJwzEJHp3o-1myk_387lT0IOOfACLcBGAsYHQ/s1600/jesus-e-a-umbanda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://1.bp.blogspot.com/-Np4WkaqQRU4/XkVOMtpYzzI/AAAAAAAAPkI/XqeUAHMJwzEJHp3o-1myk_387lT0IOOfACLcBGAsYHQ/s640/jesus-e-a-umbanda.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
O nosso tema é: O Homem Incomparável.<br />
<br />
"É um Homem alto e de majestosa aparência. A sua face ao mesmo tempo severa e doce, inspira respeito e amor. Seu cabelo é da cor do vinho, e desce ondulado sobre os ombros, dividido ao meio, ao estilo nazareno.<br />
<br />
"Sua fronte é pura e altiva; tem a cútis rosada, límpida. A boca e o nariz são perfeitos. A barba é abundante e da mesma cor do cabelo. Os olhos azuis, plácidos e brilhantes. Os braços de uma graça encantadora.<br />
<br />
"É grave, comedido e sóbrio em Seus discursos. Repreendendo ou condenado é terrível; instruindo e exortando, a Sua Palavra é doce e acariciadora.<br />
<br />
"Ninguém o viu rir, mas muitos O têm visto chorar. Caminha com os pés descalços e a cabeça coberta.<br />
<br />
"Vendo-O à distância, há quem O desaprecia; mas estando em Sua presença, não há quem não estremeça com profundo respeito."<br />
<br />
Hoje temos o prazer de lhes apresentar a Cristo Jesus, o Homem Incomparável.<br />
<br />
O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, jovem missionário da Igreja Primitiva, na introdução de sua epístola, escreveu estas palavras plenas de significado:<br />
<br />
I Tim. 1:1 – "Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pelo mandato de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus, esperança nossa." Paulo cifrava em Cristo as suas mais acariciadas esperanças.<br />
<br />
I – IDENTIDADE DE JESUS CRISTO<br />
<br />
Mas se Jesus é a nossa esperança, esperança de perdão, esperança de paz, esperança de vida eterna, se Ele é a nossa única e suprema, consoladora esperança, devemos saber mais a respeito dEle: Jesus, o Homem Incomparável.<br />
<br />
Porém, onde iremos achar mais luz a respeito de Jesus Cristo?<br />
<br />
Notem as Suas próprias palavras, indicando-nos o único lugar onde achá-la: "Examinai as Escrituras porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Mim." (João 5:39). Aqui está o segredo, aqui temos o Livro Santo que nos fala do Homem Incomparável.<br />
<br />
Busquemos as páginas luminosas deste Livro, e tratemos de identificar<br />
<br />
Aquele de Quem o Livro testifica.<br />
<br />
Não procuremos nele outra coisa. Algumas pessoas lêem a Bíblia para averiguar como Davi matou o gigante Golias. Outros para encontrar a história de Adão e Eva; outros para buscar lindos trechos de composição poética. Outros procuram encontrar na Bíblia apoio para as idéias que receberam desde a infância.<br />
<br />
Entretanto, devemos ler a Bíblia, em primeiro lugar, para nela achar a Jesus Cristo. A história do Homem Incomparável se acha pintada com cores vívidas desde o Gênesis até o Apocalipse.<br />
<br />
Portanto, vamos ler em Gênesis sobre Jesus, o Homem Incomparável:<br />
<br />
A) O QUE DISSERAM OS PROFETAS?<br />
<br />
1) MOISÉS falou de Jesus<br />
<br />
Gên. 3:15: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar."<br />
<br />
Aqui temos uma sentença. Adão e Eva pecaram contra a lei do Céu, mas esta não foi uma sentença contra nossos primeiros pais. Era uma condenação contra Satanás.<br />
<br />
E quando estas palavras foram dirigidas a Satanás aos ouvidos de Adão e Eva, o inimigo sentiu que seu poder seria quebrado, e ao mesmo tempo foram palavras plenas de esperança para a raça caída.<br />
<br />
Assim, o Evangelho da salvação, o grande plano da redenção foi patenteado pelo próprio Cristo, a Semente da mulher.<br />
<br />
Os anjos celestiais foram também comissionados para desdobrar o plano da salvação providenciado. Afirmaram a Adão e Eva que, apesar de seu grande pecado, não seriam abandonados ao domínio de Satanás. Em Cristo poderiam depor inteiramente a sua esperança – não morreriam eternamente: Cristo haveria de tomar a sua condenação e morrer em seu lugar.<br />
<br />
Adão se comoveu diante de tal amor, e rogou que a condenação não recaísse sobre Jesus, o Filho de Deus. Mas o Salvador Se dispôs a redimir a raça humana e nada O demoveria desse nobre propósito.<br />
<br />
O Evangelho que foi inicialmente comunicado aos nossos primeiros pais, foi transmitido através de sucessivas gerações por eles mesmos a Noé, Abraão e Moisés. Outros profetas surgiram, e finalmente esse conhecimento de Cristo como a nossa esperança chegou até nós.<br />
<br />
2) ISAÍAS falou de Jesus<br />
<br />
Isaías foi um desses profetas, mas se destacou entre eles de tal forma, que é chamado o profeta evangélico. Ele apresenta a Cristo como a suprema esperança do homem.<br />
<br />
Isaías 9:6: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz."<br />
<br />
O profeta evangélico que nos apresenta a Jesus, demonstra ser Jesus o Homem Incomparável, no Seu nascimento, na Sua morte, ressurreição, na Sua ascensão, e finalmente na Sua coroação no trono de Davi.<br />
<br />
Aqui temos a identificação verdadeira de Jesus Cristo.<br />
<br />
Em 1º lugar, Ele foi uma criança que nasceu de modo sobrenatural, um "Menino" que nasceu em forma misteriosa, é o mistério da encarnação de Cristo, é a união de duas naturezas: a natureza divina unida à natureza humana numa só personalidade – é Deus-Homem a um só tempo.<br />
<br />
E maravilha das maravilhas, esse Menino "se nos deu". Foi a maior Dádiva do Céu. Em Cristo Jesus, Deus nos entregou toda a incomensurável riqueza do amor, da sabedoria e do conhecimento.<br />
<br />
Cristo é a maior Dádiva do Céu, porque nEle temos o próprio Céu. Ele é o Homem Incomparável porque é Deus também.<br />
<br />
E notamos na 2ª parte do verso 6 que "o governo está sobre os Seus ombros". Sim, porque o Homem Incomparável reinará com poder e glória sobre o trono de Davi. Na cruz, Ele inaugurou a primeira fase, o reino da graça; em breve na Sua Segunda Vinda, inaugurará o trono da glória.<br />
<br />
E finalmente, na 3ª parte do verso 6, temos o nome do nosso Salvador, a identificação do Homem Incomparável. E Ele assim é, porque o Seu nome será: "Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz". Há alguém, além de Jesus Cristo, que pode ter esse nome? Não, de modo nenhum! Ele é o Único. Ele é o Homem Incomparável, porquanto nunca houve ninguém como Jesus.<br />
<br />
3) JEREMIAS testificou também<br />
<br />
Vamos ler agora o que nos disse o profeta Jeremias acerca do Homem Incomparável.<br />
<br />
Jer. 23:6: "Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome: SENHOR, Justiça Nossa."<br />
<br />
Notamos que o profeta das lamentações identifica a Jesus como o "Senhor, Justiça nossa", e esse nome aponta à Sua gloriosa obra de imputar-nos a Sua maravilhosa justiça que demonstrou a todo o universo quando viveu aqui na terra.<br />
<br />
Paulo disse: "Jesus, esperança nossa" (1Tim. 1:1). Jeremias disse: "O Senhor, justiça nossa". Com efeito, nossa única esperança de salvação, nossa suprema esperança de vida eterna, nossa esperança de justiça se encontra em Cristo Jesus, o Senhor justiça nossa.<br />
<br />
Ele é o Homem Incomparável, porque ninguém na Terra viveu uma vida de justiça, sem mancha, sem mácula, sem um único pecado. Jesus viveu entre os homens como o lírio cresce na lama.<br />
<br />
Meus amigos, irmãos de idêntica preciosa fé: Nunca houve ninguém como Jesus, o Senhor Justiça nossa. Ponha nEle a sua inteira esperança.<br />
<br />
B) QUE DISSERAM OS SEUS CONTEMPORÂNEOS?<br />
<br />
Os contemporâneos de Jesus, os que viveram no tempo de Jesus, são as melhores testemunhas, melhores que os céticos e incrédulos modernos. Em toda a História, os tribunais têm dado grande valor ao depoimento de testemunhas oculares.<br />
<br />
1) JOÃO BATISTA: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo." (João 1:29).<br />
<br />
2) SIMEÃO, o velho encanecido Simeão, quando viu a Jesus Cristo no templo, testificou: "Os meus olhos já viram ... a salvação." (Luc. 2:30).<br />
<br />
3) ANDRÉ, um dos apóstolos: "Temos achado o Messias (que quer dizer Cristo)." (João 1:41).<br />
<br />
4) NATANAEL, verdadeiro israelita em quem não há dolo: "Tu és o Filho de Deus." (João 1:49).<br />
<br />
5) NICODEMOS, grande teólogo, senador em Israel, disse: "Sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus." (João 3:2).<br />
<br />
6) Os SOLDADOS que foram prender a Jesus: "Jamais alguém falou como este Homem." (João 7:46). Jesus é o Homem Incomparável.<br />
<br />
7) PILATOS: "Eu não acho nEle crime algum." (João 18:58).<br />
<br />
8) O CENTURIÃO, oficial romano: "Realmente, este homem era justo. Verdadeiramente, Este era Filho de Deus." (Luc. 23:47; Mat. 27:54).<br />
<br />
C) QUE DISSE JESUS DE SI MESMO?<br />
<br />
1) S. João 6:48 – "Eu sou o Pão da vida".<br />
<br />
Alguém jamais ouviu Confúcio dizer: "Eu sou o pão da vida"? Porventura Buda disse isto? Não! Homem nenhum jamais proferiu tão significativa sentença. Jesus é Incomparável.<br />
<br />
2) S. João 8:12 – "Eu sou a Luz do mundo".<br />
<br />
<br />
Porventura algum grande filósofo fez tal declaração? Por acaso algum profeta moderno, por exemplo Kirkgaard pôde dizer tal coisa? Tomás de Aquino a proferiu? Ou Maomé no passado?<br />
<br />
Mas o Incomparável Homem de Nazaré falou, e na Sua voz sentimos a melodia celeste, a voz do próprio Deus, transmitindo a luz.<br />
<br />
Ó amigos, deixem as luzes bruxuleantes deste mundo, e venham para a luz eterna!<br />
<br />
3) S. João 10:11 – "Eu sou o Bom Pastor". Jamais ouvimos alguém, com exceção de Jesus, dizer: "Eu sou o Bom Pastor". Ele é o Único que deu a Sua vida pelas Suas ovelhas.<br />
<br />
4) S. João 11:25 – "Eu sou a Ressurreição e a Vida". Será que Aristóteles podia dizer isto? Não! Podia Platão dizê-lo? Tampouco Maomé. Mas o Incomparável Jesus que era a Personificação da Vida, disse com meridiana clareza: "Eu sou a Ressurreição e a Vida". Graças a Deus por Jesus Cristo.<br />
<br />
5) S. João 14:6 – "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida ". Sócrates jamais disse tal coisa. Mas Jesus Cristo diz aos que trilham o caminho desta vida – caminho tenebroso, por vezes árduo, por vezes tão íngreme, Jesus nos dá uma consoladora certeza, ao dizer: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida". Com efeito, nunca houve ninguém como Jesus.<br />
<br />
II – O QUE FAREMOS DE JESUS?<br />
<br />
Disse Pilatos à multidão que clamava por uma ação pronta: "Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo?" (Mat. 27:22). Pilatos dirigiu-se ao povo que queria crucificar a Jesus, e lhes perguntou: "Que farei eu de Jesus, chamado Cristo?" Que fará você de Jesus, chamado Cristo? Que faremos nós de Jesus, chamado Cristo? Que faremos do Incomparável Homem de Nazaré?<br />
<br />
Há três coisas você deve fazer para ter paz de alma, para ter esperança de perdão, esperança de vida eterna: para você e a sua casa.<br />
<br />
A) Em 1º lugar: Recebe você mesmo a Jesus Cristo como seu Salvador pessoal. Permita que Ele ocupe o seu coração, dando-Lhe o primeiro lugar.<br />
<br />
1) Vamos receber ao Homem Incomparável, vamos lhe entregar a nossa vontade rebelde, vamos depor aos Seus pés todos os nossos pecados. Vamos confessá-los, experimentemos o verdadeiro arrependi-mento. Andemos com sinceridade de alma. Vamos andar com Jesus Cristo.<br />
<br />
2) Oremos mais intensamente, rogando a orientação divina para a nossa vida. Busquemos a Deus em oração fervente.<br />
<br />
3) Busquemos também a Jesus através das páginas do Sagrado Livro; procuremos encontrar na Bíblia a Cristo, o alimento para a nossa alma, o pão que desceu do Céu.<br />
<br />
Vamos fazer de Jesus o nosso melhor Amigo, Aquele em Quem podemos confiar. Vamos amá-Lo e guardar sinceramente todos os Seus mandamentos. Vamos andar com Ele pela fé.<br />
<br />
B) Em 2º lugar: Dê aos seus filhos o prazer e o privilégio de conhecer mais a Jesus Cristo. Quanto mais eles O conhecerem, mais O amarão.<br />
<br />
De que modo irão conhecê-Lo melhor?<br />
<br />
1) Através do culto familiar, no início e no fim do dia. Contem no culto as histórias de Jesus para os seus filhos. Deixem-nos participar nas leituras sagradas, e ensinem o respeito e a reverência pelo que é santo. Não brigue não bata nos filhos na hora do culto, para que eles não se revoltem. Não irritem os seus filhos em tempo algum, e especialmente na hora do culto. Sorriam, sorriam – mostrem pelo sorriso simpático a alegria de Jesus.<br />
<br />
2) Traga os filhos para os cultos da Igreja. Não perca nem um só dos cultos da Igreja: aos sábados, aos domingos e quartas-feiras, e sempre acompanhados dos seus filhos. Lembre-se de que os seus filhos precisam conhecer mais a Jesus Cristo. Não perca nenhum oportunidade: com chuva ou bom tempo, faça um sacrifício e venha à Igreja com todos os filhos. Eles precisam de Jesus.<br />
<br />
3) Ainda mais: ponha os seus filhos numa Escola Adventista, escola cristã, onde eles possam ouvir mais do Homem Incomparável – Jesus, a nossa Esperança.<br />
<br />
Os seus filhos seguramente não escolherão a Cristo, se ouvirem falar dEle apenas 2 horas no sábado, e passarem a semana inteira ouvindo as coisas do mundo em outras escolas, através de professores incrédulos, irreverentes e ateus.<br />
<br />
Mas se o seu filho ouvir de Jesus Cristo no culto familiar (de manhã e à noite), nos três cultos da Igreja, e todos os dias numa Escola Adventista, ou em nossos internatos, eu lhes asseguro sem medo de errar: Eles escolherão o Homem Incomparável, eles farão a maior escolha de sua vida ao preferirem o Senhor Jesus Cristo.<br />
<br />
Era um lindo dia de sol, quando batem intensamente à porta de um pastor. Ao ser aberta a porta, una senhora se precipita para dentro da sala exclamando: "Por que ela me fez isto? Dei-lhe tudo o que desejava e agora vejo que foi tudo em vão. Por que ela me fez isto?"<br />
<br />
A história é a seguinte: Um casal possuía uma filha única, que foi educada com todo o esmero, recebeu tudo o que desejava e agora, depois de tudo isso; ela vivia uma vida irregular, dando muito desgosto aos pais, que tinham feito tudo pela única filha, todo o seu orgulho nesta vida.<br />
<br />
"Nós lhe demos tudo e agora ela fez isto."<br />
<br />
O pastor, compenetrado, escuta a curta mas tocante história de uma mãe desesperada, e então calmamente faz a seguinte e solene pergunta: "Vocês também lhe deram Jesus?"<br />
<br />
"Não", respondeu a mãe, "nós não somos muito religiosos."<br />
<br />
Que tristeza! Tinham dado tudo à filha, todos os prazeres do mundo foram dados, menos a coisa mais importante – Jesus – porque faltava religião naquela casa.<br />
<br />
Sim, Jesus é "o caminho, e a verdade e a vida".<br />
<br />
Tudo menos Jesus, eis o fracasso.<br />
<br />
C) Em 3º lugar: Você deve falar de Cristo para os outros. Dizíamos que primeiro você deve receber a Cristo, logo você deve levar os filhos a Cristo, e agora você deve testificar de Cristo.<br />
<br />
Você deve testificar de sua fé aos que não têm fé; ser uma luz aos que jazem nas trevas. Você deve levar o pão espiritual aos famintos. E Cristo será a sua mensagem, Ele é a esperança das almas em pecado.<br />
<br />
Não fique calado: fale da verdade aos outros, fale de Jesus. Aprenda a dar estudos bíblicos – nós temos cursos sobre isto. Ofereça literatura aos vizinhos e amigos: folhetos, revistas, empreste os seus livros que estão sendo comidos pela traça, tire-os das prateleiras. Ofereça os cursos da Voz da Profecia.<br />
<br />
Ganhe uma alma para Jesus Cristo. Escolha uma pessoa para trabalhar com você. Não fique parado aí, não seja apenas um papa-sermões. Trabalhe por Jesus.<br />
<br />
E não esqueça: Nós só conservaremos o Salvador conosco, se nós O comunicarmos aos outros.<br />
<br />
APELO:<br />
<br />
O que vocês farão agora de Jesus, chamado Cristo? Que faremos do Incomparável Homem de Nazaré?<br />
<br />
Vamos recebê-Lo, vamos dá-Lo aos filhos, vamos comunicá-Lo aos outros. Se nós fizermos isso, nós estaremos conservando para nós a maior Esperança, a Esperança da glória – Cristo Jesus, o Incomparável Homem de Nazaré.<br />
<br />
Podemos nós fazer agora uma nova entrega a Jesus Cristo? Que farão vocês de Jesus, chamado Cristo?<br />
<br />
Vamos nos reconsagrar ao nosso querido Salvador! Vamos suplicar dEle o perdão!<br />
<br />
Façamos um novo propósito para a nossa vida com os nossos filhos, levando-os a Jesus Cristo, dando-lhes uma educação cristã.<br />
<br />
Firmemos nossos votos de consagração ao Senhor, através de nossa fidelidade nos dízimos e pactos, no culto familiar, no estudo particular da Bíblia, e na prática solitária da oração, na fiel assistência aos cultos, no valorizarmos mais os bens espirituais, através da leitura do Espírito de Profecia.<br />
<br />
Um novo propósito para ganhar mais almas para Jesus. Vamos cada um ganhar mais um; ou, no mínimo, 2 ganhando uma alma. Vamos trabalhar para Jesus Cristo.<br />
<br />
Quantos desejam fazer esse propósito? Esteja certo de sua verdadeira consagração e serviço a este maravilhoso e incomparável Jesus Cristo, que morreu em seu lugar.<div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-7015283271164949182020-02-07T23:00:00.000-03:002020-02-07T23:10:39.656-03:00O desafio da santificação<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-Aayhq6PavqM/Xj4YegJ9hEI/AAAAAAAAPiU/PmRLIXPt6Rgd-_ERdY2zgw7NcLjSBkMUgCLcBGAsYHQ/s1600/santificac%25CC%25A7a%25CC%2583o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="675" data-original-width="1200" height="360" src="https://1.bp.blogspot.com/-Aayhq6PavqM/Xj4YegJ9hEI/AAAAAAAAPiU/PmRLIXPt6Rgd-_ERdY2zgw7NcLjSBkMUgCLcBGAsYHQ/s640/santificac%25CC%25A7a%25CC%2583o.jpg" width="640" /></a></div>
<b><br /></b>
<b>Texto:</b> Apoc. 1:7-20<br />
<br />
O Ano é 95 d.C. O cenário é a solitária de Patmos, no Mar Mediterrâneo, próximo da Ásia Menor. Patmos era improdutiva, deserta e rochosa. Um local seguro para os navios aportarem durante as tempestades, mas inadequado para a habitação de seres humanos.<br />
<br />
Mas, no primeiro século da era cristã, Patmos era uma colônia penal usada pelos romanos. Cercado de águas por todos os lodos, era uma penitenciária de segurança máxima: o Alcatraz daqueles dias.<br />
<br />
Separado dos irmãos em Crista, não tendo comida suficiente, precariamente vestido, dormindo numa caverna fria, escura e solitária. João estava ali como prisioneiro. Seu Crime? Pregar o evangelho de Jesus Cristo (ler: Apoc. 1:9).<br />
<br />
<b>Com o Som de Trombeta</b><br />
<br />
João identifica-se à Igreja como um irmão e companheiro na aflição, ou tribulação. Por que João não se apresenta como apóstolo e líder das igrejas da Ásia? É porque, naquele momento, os dias de seu ministério já haviam ficado para trás. João desempenhava ali a última tarefa de sua vida.<br />
<br />
É justamente quando sofremos, e nos sentimos esquecidos, que Deus se manifesta para usar-nos de modo maravilhoso. João pensava que o seu ministério já havia chegado ao fim. Mas o melhor estava para vir... É nessa hora de sofrimento e aparente derrota que Cristo se manifesta na vida de João.<br />
<br />
Foi em meio ao confinamento que João ouviu o alerta final de Jesus Cristo: “Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta” (Apoc. 1:10). <br />
<br />
João ouve uma voz semelhante a trombeta — uma voz forte, distinta, penetrante e dominadora. A voz de Jesus Cristo. Já haviam se passado mais de 65 anos desde que João a ouvira pela última vez intimando-o a deixar a rede para segui-Lo. Tempos mais tarde, ouviu-A soar: “Está consumado!” Depois, ouviu-a em tons de despedida e na promessa de retornar a este mundo.<br />
<br />
Agora, João ouve novamente aquela voz. Desta vez, diferente. Ele não ouve o sussurro gentil do Servo do Senhor que, como o profeta anunciara: “Não clamará, não se exaltará nem fará ouvir a Sua voz na praça” (Isaías 42:2). Ao invés disso, João ouve a voz forte e penetrante do Cristo glorificado que soa aos seus ouvidos como uma poderosa trombeta.<br />
<br />
<b>O Filho do Homem</b><br />
<br />
Ao ouvir a voz como som de trombeta, João virou- se e viu sete castiçais de ouro. Nos tempos antigos, os castiçais eram colocados no canto do aposento com uma pequena lamparina sobre si. O propósito do castiçal era manter a lâmpada no lugar de maior destaque do aposento. O castiçal não era a luz; ele era o suporte da luz. O mesmo ocorre conosco. Somos o suporte da luz de Cristo, neste mundo em trevas. Esta é a missão da Igreja.<br />
<br />
Os castiçais visto por João são de ouro, o metal mais precioso. O ouro representa o grande valor da igreja. Nosso valor é incalculável. Jesus derramou seu preciosíssimo sangue para nos resgatar. Pagou por nós um preço superior ao do ouro e da prata (I Pedro 1:18- 19). Somos preciosos para Ele!<br />
<br />
No meio dos castiçais, João vê a figura como de um homem. Não um homem comum! Não um homem qualquer, mas o Filho do Homem. Este é um título messiânico profundamente enraizado no Antigo Testamento, pois fala daquele que haveria de vir, ungido pelo Espírito, para inaugurar o reino de Deus na Terra.<br />
<br />
O Profeta Daniel viu o Filho do Homem vindo para governar o mundo com soberana autoridade: “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do Céu um como o Filho do Homem... E foi- lhe dado o domínio e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas O servissem: o Seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o Seu reino o único que não será destruído” (Daniel 7:13-14).<br />
<br />
João observa as vestes de Cristo. Seus trajes suntuosos significam Sua autoridade suprema sobre a Igreja — a Sua soberania. Jesus não está mais vestido como Servo sofredor. Ele é visto com as vestes de um poderoso governante — as vestes daquele que domina: Ele estava “...vestido até os pés com um, vestido comprido. e cingido pelos peitos com um cinto de ouro”(Apoc. 1:13).<br />
<br />
Nos tempos antigos, este era um aparato de reconhecida autoridade, dignidade e poder. Quanto mais longo o vestido, maior a autoridade. Por isso, na visão que lsaías teve de Jesus glorificado, as orlas de Seu vestido enchiam o templo (lsaías 6:1). O domínio de Cristo é infinito, não cabia no templo sequer uma representação dele — por menor que fosse a escala usada.<br />
<br />
<b>Seu Caráter Puro</b><br />
<br />
João volta-se neste momento para a cabeça e o cabelo de Cristo: “E a Sua cabeça e cabelos eram brancos com lã branca, como a neve...” (Apoc. 1:14).<br />
<br />
Os cabelos de Jesus são brancos. Não de um branco comum e vulgar. É um branco que refulge tão brilhantemente quanto a neve que cai num dia ensolarado. Este branco é símbolo da absoluta pureza e santidade de Cristo, Santidade é o atributo que mais sobressai em Cristo. É o topo de Seus atributos.<br />
<br />
A Santidade de Cristo é vista em Seu ódio pelo pecado. Ele acha-se totalmente afastado do pecado. Para que se possa estar em sua presença, é necessário ser santo. Quando os anjos pecaram, foram expulsos do Céu, e separados da Sua presença. Por rejeitarem a Cristo Jesus, os homens serão expulsos de Sua presença no Juízo Final (e destruídos).<br />
<br />
É santidade o que Cristo espera de Sua Igreja. Precisamos estar separados do mundo; não podemos ser como o mundo. Pedro nos adverte: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver. Porquanto escrito está: Sede santos, porque Eu Sou santo” (1 Pedro 1:15-16)<br />
<br />
<br />
<br />
<b>Seu Profundo Olhar</b><br />
<br />
João contempla, neste instante, os olhos de Cristo, A visão torna-se sobremaneira impressionante. Raios de fogo saem dos olhos do Senhor Jesus: “...e os Seus olhos são como chama fogo” (Apoc. 1:14 u.pj.<br />
<br />
Jesus vê os lugares mais profundos e secretos de cada Igreja. Nada Lhe está oculto. Porque “não há cri atura alguma encoberta diante dEle; antes todas coisas estão nuas e patentes aos olhos dAquele a Quem havemos de prestar contas” (Hebreus 4:13).<br />
<br />
Jesus observa tudo com uma visão mais poderosa que raios X. Nada escapa à Sua atenção. Nada pode obscurecer-Lhe a visão. Nenhum conhecimento está fora de Seu alcance. Ele vê perfeitamente cada ministro e membro de Sua Igreja.<br />
<br />
Com olhar penetrante, Jesus sabe completamente cada detalhe sobre nós. Não há pensamento secreto, palavra ou intenção que Jesus não conheça! De fato, Jesus conhece nossos pensamentos mesmo antes de os expressarmos (Salmo 139:4). Ele lê a nossa correspondência sem ter de abrir o envelope!<br />
<br />
Com olhos penetrantes como chamas de fogo, Jesus olha para Sua Igreja. Ele diz à Igreja em Éfeso: “Eu sei as tuas obras” (Apoc. 2:2). A Esmirna, Ele observa: “Eu sei tuas tribulações” (Apoc. 2:9). A Pérgamo Ele fala: “Eu sei onde habitas” (Apoc. 2:13). Às Igrejas em Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia Ele diz: “Eu sei as tuas obras” (Apoc.2:19e3:1,8e 15)<br />
<br />
Com “os Seus olhos como chamas de fogo” Jesus está a olhar e acompanhar a vida de cada membro de Sua Igreja. E o que é que Ele procura? A resposta pode ser dada numa única palavra: Santidade. Jesus busca. Jesus espera. Jesus sonha em ver santidade na vida dos membros de Sua Igreja.<br />
<br />
<b>Sua Disciplina Severa</b><br />
<br />
A visão vai além . Observando a Cristo, João vê que de Sua boca saía uma arma mortal — uma espada: “... e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes...” (Apoc.1:16). À espada de dois fios mostra a autoridade judicial de Cristo para administrar disciplina em Sua Igreja. Quando a Palavra de Deus é desobedecida, Jesus empunha Sua espada para disciplinar. Mas o inimigo de Cristo não é a igreja, e sim o pecado.<br />
<br />
Com esta espada afiada, Jesus remove cirurgicamente o pecado de Seu corpo — a igreja. O pecado é um tumor maligno! Se o seu corpo for atingido pelo câncer, com certeza você fará o possível para recuperar a saúde. Isso requer submissão ao bisturi do cirurgião. Não porque você odeie seu corpo, mas justamente por amá-lo.<br />
<br />
O pecado, da mesma formo, tem que ser extirpado do corpo da Igreja — onde quer que ele se encontre! Jesus ama Sua igreja e deseja-lhe a saúde espiritual. Por isso, onde houver pecado Ele o remove com a Sua espada aguda de dois fios.<br />
<br />
Embora pareça traumático, esse tratamento não é maléfico ou vão, O pecado tem de ser removido, a disciplina tem de ser aplicada, por amor ao membro e por amor ao corpo — a Igreja.<br />
<br />
Em sua graça, Cristo muitas vezes contém Sua disciplina para dar mais tempo para que nos arrependamos. Ele prefere que nós mesmos tratemos o pecado. Mas não devemos pensar, nunca, que Sua tardança significa que Ele não vai nos disciplinar — que Ele esteja passando por altos nossos pecados. A Bíblia adverte: ‘O Senhor é tardio em irar-se, e de grande poder. e ao culpado de maneira alguma terá por inocente (Naum 1:3).<br />
<br />
<b>Apelo</b><br />
<br />
Esta visão, dada a João, nos traz um alerta final, da parte de Deus. O tempo é curto. todos as profecias estão se cumprindo. O fim se aproxima. Cristo virá em breve. Aliás. Ele já está voltando. Não há mais tempo a perder! Esta é a hora mais importante de toda a História humana São os momentos que precedem a volta de Jesus Cristo. E tempo de acordar e servir ao Senhor. E tarde da noite! <br />
<br />
O apóstolo Paulo nos adverte: “e isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertardes do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos pois as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz (Romanos13:11-12).<br />
<br />
Esta passagem mostra crentes espiritualmente sonolentos. Indiferentes ao cumprimento das profecias. Alheios aos sinais da vinda de Jesus. Mas já é tarde, o amanhecer da volta de Cristo está despontando. A igreja precisa estar pronta; é hora de despertar e dar à trombeta o sonido certo. É hora de avisar o mundo! Jesus está voltando!<br />
<br />
<br />
<a href="http://3.bp.blogspot.com/_NdQOK97Yzk4/SNTgK785ITI/AAAAAAAABmw/lQyKPfWB0MI/s200/liara3x4.jpg"><img alt="" border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/_NdQOK97Yzk4/SNTgK785ITI/AAAAAAAABmw/lQyKPfWB0MI/s200/liara3x4.jpg" style="float: left; height: 113px; margin: 0px 10px 10px 0px; width: 85px;" /></a><b>PR. ELIZEU LIRA</b><div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-91637881007026029772020-01-04T12:00:00.000-03:002020-01-04T12:10:16.015-03:00Feliz Ano Novo!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-ij37EKfLyB8/XhCqoDA1dGI/AAAAAAAAPEc/N6gV3hZFlNsR8c9K5J6DhHrcsRuDZ2z9ACLcBGAsYHQ/s1600/20191231124635_1200_675_-_ano_novo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="675" data-original-width="1200" height="360" src="https://1.bp.blogspot.com/-ij37EKfLyB8/XhCqoDA1dGI/AAAAAAAAPEc/N6gV3hZFlNsR8c9K5J6DhHrcsRuDZ2z9ACLcBGAsYHQ/s640/20191231124635_1200_675_-_ano_novo.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
Textos: Gênesis 19:26: Filipenses 3:12-14; Hebreus 12:2 <br />
<br />
<strong>Introdução:</strong><br />
<br />
A – Estamos diante de mais um ano. Como o tempo passa veloz e rapidamente!...<br />
<br />
1 – O ano passa como se fosse um mês. Os meses passam como se fosse uma semana. As semanas passam como se fosse um dia. Os dias passam como se fosse uma hora. As horas passam como se fosse um minuto. E o minuto passa como se fosse um segundo. Os que entendem desse assunto dizem que, à medida que as pessoas vão envelhecendo, o tempo passa mais célere. Para as crianças, porém, o tempo custa passar.<br />
2 - Até parece que foi ontem que nos reunimos para receber um novo ano, e dizíamos: “Feliz Ano Novo!”... E o Ano Novo ficou velho! O ano que está passando vai ficar na história de nossas vidas.<br />
<br />
Ilustração: Marcelo Rubem Paiva escreveu um livro com um título sui generis: “Adeus Ano Novo, Feliz Ano Velho”. Marcelo era um jovem feliz. Tinha tudo: juventude, beleza, dinheiro, saúde, filho de um deputado federal, universitário, excelente cantor e músico (naqueles dias iria gravar o seu primeiro disco), quando aconteceu a tragédia. Na última semana do ano fatídico, embriagado com outros colegas, resolveu mergulhar num rio. Subiu numa árvore e pulou de cabeça. O rio era raso. Quebrou a quinta cervical. Ficou paraplégico, para sempre. Agora, no hospital no último dia do ano, ele ouvia a canção: “Adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo”. Mas Marcelo, consciente de sua situação, cantava: “Feliz Ano Velho, Adeus Ano Novo”. Esse é o título de seu livro. É um livro comprometedor. Ele conta no livro sobre todos os pecados do ano...<br />
<br />
B – Queiramos ou não, o ano que está terminando vai ficar na história de nossas vidas.<br />
<br />
C – Comparando o ano com um livro.<br />
<br />
1 – O ano que passou foi um livro com 365 páginas. Estas páginas foram os dias<br />
2 – Esse livro teve 12 capítulos. Esses capítulos foram os meses<br />
3 - Cada página desse livro teve 24 linhas. Essas linhas foram as horas.<br />
4 - Cada linha teve 60 letras. Essas letras foram os segundos. <br />
<br />
E – Agora, é hora de pensar: O que escrevemos neste livro?<br />
<br />
1 Coisas boas ou coisas más?<br />
2 Coisas que agradaram a Deus ou a Satanás?<br />
a) Neste livro, não podemos mais apagar o que escrevemos. Indelevelmente ficará na nossa história.<br />
<br />
F – Pilatos também escreveu o livro de sua vida. – “Respondeu Pilatos: O que escrevi escrevi”. (São João 19:22).<br />
<br />
1-Pilatos mandou escrever a frase: “Jesus Nazareno, Rei dos Judeus”, em hebraico, latim e grego, e colocou na cruz de Jesus Cristo.<br />
<br />
a) Todos os que passavam podiam ler.<br />
b) As autoridades religiosas dos judeus não gostaram nem um pouco e exigiram que Pilatos mudasse a frase.<br />
c) Pilatos não mudou, mas disse: “O que escrevi, escrevi”. Ou seja: a frase não podia ser mudada.<br />
<br />
G – O Ano Velho é um livro escrito, o qual não pode ser mudado, e o Ano Novo um livro a escrever o que quisermos nele.<br />
<br />
1– Se não podemos apagar o que praticamos, também não devemos nos preocupar com o que passou. Se você não pode dizer: “Feliz Ano Velho!”, então cante: “O que passou, passou”. <br />
a) O ano já passou, e não volta mais. O cristão não deve olhar para trás.<br />
<br />
<strong>I – NÃO OLHES PARA TRÁS.</strong><br />
<br />
A – Os que olharam para trás.<br />
<br />
1 – “A mulher de Ló olhou para trás e converteu-se numa estátua de sal”. (Gênesis. 19:26).<br />
<br />
a) Os anjos conseguiram tirar a mulher de Ló de Sodoma, mas não conseguiram tirar Sodoma de dentro dela. Ela deveria ter feito isto, mas não fez. Olhou para trás e ficou transformada em uma estátua de sal.<br />
b) Neste novo ano Cristo nos diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló”. (Lucas 17:32).<br />
<br />
<strong>II – OLHANDO PARA FRENTE.</strong><br />
<br />
A – Os que não olharam para trás.<br />
<br />
1 – Miquéias – Não olhou para as coisas materiais.<br />
<br />
a) Nos dias de Miquéias, havia grande apostasia em Israel. Ninguém confiava mais em ninguém. “Não creiais no amigo, nem confieis no companheiro. Guarda a porta de tua boca àquela que reclina sobre o teu peito. Porque o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora contra a sogra; os inimigos do homem são os da própria casa”. (Miquéias 7:5 e 6).<br />
b) Não obstante, Miquéias olhava no Senhor. – “Eu, porém, olharei para o Senhor e esperarei no Deus de minha salvação; o Senhor meu Deus me ouvirá.” (Miquéias 7:7).<br />
<br />
(1) Quantos hoje olham para as coisas materiais!<br />
(2) Olham para os pecados dos outros.<br />
(3) Para os erros dos membros da igreja. <br />
(4) Olham para trás, e morrem espiritualmente...<br />
<br />
2 – O Apóstolo Paulo. “Não que eu o tenha já recebido ou tenha obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. (Filipenses 3:12,13 e 14)<br />
3 – O texto é o balanço na vida de Paulo.<br />
Ilustração: Toda Empresa que se preza e todo grande comerciante fecha pelo menos uma vez por ano para o balanço.<br />
<br />
b) Por que balanço? Porque o empresário quer saber se obteve lucro ou prejuízo. <br />
b) Cada fim de ano – eu imagino - Paulo fazia um balanço de sua vida espiritual. E concluía que muita coisa havia deixado de fazer. Vamos ao balanço paulino:<br />
<br />
(1)Verso 13 – “Irmãos, quanto a mim, não jugo havê-lo alcançado”.<br />
<br />
Aplicação: E você já alcançou tudo? Se não alcançou tudo, lembre-se de Paulo.<br />
<br />
c) Paulo tinha a consciência de que muita coisa havia deixado por fazer...<br />
<br />
(2) Verso 13 (parte central) – “Uma coisa faço”. Por que uma coisa? Na verdade, Paulo estava fazendo muitas coisas. Pelo menos, três coisas ele fazia. Observe:<br />
<br />
d) Primeira coisa – “Esquecendo-me das coisas que para trás ficam”.<br />
<br />
Aplicação: Se o ano findo foi ruim na sua vida, esqueça. Ele já passou. Aprenda com o apóstolo Paulo a esquecer das coisas ruins e difíceis que para trás ficaram.<br />
<br />
e) Segunda coisa – “Avançando para as que diante de mim estão”.<br />
<br />
f) Terceira coisa – Verso 14 – “Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.<br />
<br />
(1) Qual era o alvo de Paulo?<br />
- Se analisarmos todo o contexto, vamos encontrar: o alvo de Paulo era a perfeição em Jesus Cristo.<br />
<br />
(2) Na vida cristã não existe “marcha-à-ré”.O cristão tem de andar sempre para frente.<br />
<br />
Ilustração: O crente é como a motocicleta. Não tem marcha-à-ré. Só anda para frente e nunca para trás.<br />
<br />
<strong>III – OLHANDO EM JESUS.</strong><br />
<br />
A – Precisamos deixar de olhar para os erros dos outros e contemplar aquele que nunca cometeu erro. “Olhando firmemente para o autor e consumador de nossa fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.” (Hebreus 12:2)<br />
<br />
1 – Quantos há que não tem prosperado na vida cristã porque ficam olhando para:<br />
<br />
a) Atrás de si.<br />
b) As falhas dos outros e da igreja.<br />
<br />
2 – Deus quer que olhemos para frente e para cima, olhando firmemente em Jesus.<br />
<br />
<strong>Conclusão:</strong><br />
<br />
A – Que neste ano novo não olhemos para trás.<br />
<br />
B – Que olhemos para frente, para o alto e para o alvo – Jesus Cristo.<br />
<br />
C – O tempo não passa. O tempo é eterno. Nós é que passamos pelo tempo.<br />
<br />
2 – Não foi o ano que ficou velho. Fomos nós que envelhecemos 365 dias em relação ao tempo.<br />
<br />
<br />
D – Em face disto, necessitamos usar bem o ano, os meses, as semanas, os dias, as horas, os minutos e os segundos de maneira agradável diante de Deus.<br />
<br />
E – Que neste ano novo façamos um pacto com Deus diariamente:<br />
1 – Lendo a Bíblia – Ano Bíblico.<br />
2 – Estudando a Lição da Escola Sabatina.<br />
3 – Fazendo o culto doméstico.<br />
4 – Evangelizando e ganhando pelo menos uma alma para Deus.<br />
5 – Sendo fiéis em tudo.<br />
6 – Lutando para ser um bom cristão em 2010.<br />
Feliz Ano Novo!<br />
<br />
Oração: Senhor nosso Deus e nosso Pai bondoso. Estamos no limiar de mais um ano. Queremos neste momento Te agradecer as bênçãos do ano que está passando. Se no ano que finda, fizemos alguma coisa que não Te agradou, queiras nos perdoar, Senhor. Pedimos-Te agora que continues abençoando-nos neste novo ano que estamos recebendo, a fim de que sejamos melhores pais, melhores filhos, melhores maridos, melhores esposas, melhores irmãos, melhores cristãos. Nós te pedimos em nome de Jesus. Amém!<br />
<br />
Hinos sugeridos: H.A. 272, 274, 261, 262.<br />
<br />
Pr. Emmanuel de Jesus Saraiva <br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/_NdQOK97Yzk4/Sy9r9RHp7uI/AAAAAAAADE8/Hav2PG3IR_Q/s1600-h/Saraiva.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ps="true" src="https://4.bp.blogspot.com/_NdQOK97Yzk4/Sy9r9RHp7uI/AAAAAAAADE8/Hav2PG3IR_Q/s320/Saraiva.jpg" /></a></div>
Natural de São Luís – Ma. Formado em Teologia, Pedagogia e Letras. Autor de dois livros: “Memórias da África” e “A História do Adventismo no Maranhão”. Trabalhou como pastor em várias igrejas no Maranhão, dentre as quais a Igreja Central de São Luís. Foi departamental de Jovens e Educação nas Missões Costa Norte, Central Amazonas e Nordeste e diretor do Educandário Nordestino Adventista – ENA. Por seis anos foi missionário na África, como diretor do Seminário Adventista de Moçambique, onde lecionou várias disciplinas teológicas, dentre as quais Homilética e Oratória. Casado com a professora aposentada Nilde Fournier Saraiva. Tem duas filhas: Raquel e Léia. Trabalhou como pastor por 35 anos. Hoje, jubilado, mora em São Luís - MA e atua como Ancião da Igreja do Colégio Adventista de São Luís - CASL.<div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com26tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-89682771651510535682019-04-22T14:00:00.000-03:002020-04-11T21:49:11.805-03:00Candidatos ao Ministério<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-bUwzWoNmU6w/XlFj3mIu-iI/AAAAAAAAPvE/Dk5bm2lUcgg1jahFeDIRTy3KiDL6ucVHACLcBGAsYHQ/s1600/preaching%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="684" data-original-width="1400" height="312" src="https://1.bp.blogspot.com/-bUwzWoNmU6w/XlFj3mIu-iI/AAAAAAAAPvE/Dk5bm2lUcgg1jahFeDIRTy3KiDL6ucVHACLcBGAsYHQ/s640/preaching%255B1%255D.jpg" width="640" /></a></div>
<b></b><br />
<b></b><br />
<br />
<b>Adão:</b> Bom homem, mas com problemas com a esposa. Também houve uma informação de que ele e a esposa se comprazem em caminhar nus pela mata.<br />
<br />
<b>Noé:</b> Pastorado anterior de 120 anos, sem obter sequer um converso. Dado a projetos de edificação extravagantes.<br />
<br />
<b>Abraão:</b> Embora tenha havido informações sobre prática de troca de esposas, os fatos parecem indicar que nunca dormiu com a esposa de outro homem, mas ele ofereceu compartilhar sua própria esposa com outro homem.<br />
<br />
<b>José:</b> Um grande pensador, mas um tanto convencido que acredita em sonhos, pondo-se a interpretá-los. Tem registro de passagem pela prisão.<br />
<br />
<b>Moisés:</b> Homem modesto e manso, mas um pobre comunicador, chegando às vezes a gaguejar. Houve ocasiões em que perdeu a paciência e agiu de modo rude. Há quem diga que deixou uma igreja anterior sob acusação de assassinato.<br />
<br />
<b>Davi:</b> O líder mais promissor de todos, até que descobrimos um caso que teve com a esposa de um vizinho.<br />
<br />
<b>Salomão:</b> Grande pregador, mas nossa casa pastoral não teria espaço para aquelas tantas esposas dele.<br />
<br />
<b>Elias:</b> Dado à depressão. Entra em pânico sob pressão.<br />
<br />
<b>Eliseu:</b> Há relatos de que morou com uma viúva sozinha, numa igreja anterior.<br />
<br />
<b>Oséias:</b> Um pastor terno e amorável, mas nosso pessoal não terá como lidar com a ocupação da esposa.<br />
<br />
<b>Débora:</b> Forte líder e parece ser ungida, mas é mulher. . .<br />
<br />
<b>Jeremias:</b> Emocionalmente instável, alarmista, negativista, sempre lamentando coisas. Relata-se que fez uma longa viagem para sepultar roupas íntimas às margens de um rio.<br />
<br />
<b>Isaías:</b> Reivindica ter visto anjos na igreja. Tem problemas com a linguagem.<br />
<br />
<b>Jonas: </b>Recusou o chamado de Deus ao ministério até ser forçado a obedecer, sendo engolido por um grande peixe. Ele nos disse que o peixe mais tarde o vomitou numa praia perto daqui. Deixamos em suspenso.<br />
<br />
<b>Amós:</b> Muito atrasado e sem polimento. Com alguma instrução no seminário poderia oferecer alguma promessa, mas se encrenca com pessoas ricas. Poderia adequar-se melhor a congregações mais humildes.<br />
<br />
<b>Melquisedeque:</b> Grandes credenciais no atual local de trabalho, mas de onde procede esse sujeito? Não há informação em seu "Currículo" a respeito de ocupações anteriores. Todos os espaços a respeito de seus pais foram deixados em branco e ele se recusa a fornecer a data de nascimento.<br />
<br />
<b>João:</b> Diz que é batista, mas definitivamente não se veste como alguém que o seja. Dormia por meses ao ar livre, e emprega um regime alimentar esquisito, além de provocar líderes denominacionais.<br />
<br />
<b>Pedro:</b> Muito proletário. Tem um mau temperamento, e soube-se que chegou até a xingar. Teve um "entrevero" com Paulo em Antioquia. Agressivo, mas um grande coração.<br />
<br />
<b>Paulo: </b>Líder poderoso, do tipo Alto Executivo, e pregador fascinante. Contudo, tem pouco tato, é implacável com jovens ministros, muito severo e soube-se que prega a noite toda. Também tem problemas nos olhos, o que lhe afeta a visão até para<br />
escrever.<br />
<br />
<b>Tiago e João:</b> Pacote vantajoso de pregador; associado que a princípio parecia bom, mas descobriu-se que tinham um problema de ego com respeito a colegas de trabalho e posições. Ameaçaram uma cidade inteira após um insulto. Também sabe-se que tentaram desanimar obreiros que não se dispunham a acompanhá-los.<br />
<br />
<b>Timóteo:</b> Muito jovem!<br />
<br />
<b>Matusalém:</b> Demasiadamente velho. . . BEM velho mesmo!<br />
<br />
<b>Jesus:</b> Tem tido ocasiões de popularidade, mas uma vez sua igreja alcançou 5.000 e ele conseguiu ofender essa gente toda. Daí a igreja diminuiu para doze pessoas. Raramente permanece num só lugar por muito tempo. E, logicamente, há o problema de ser solteiro.<br />
<br />
<b>Judas Iscariotes:</b> Suas referências são sólidas. Um grande planejador. Conservador. Tem boas ligações. Sabe como lidar com finanças. Estamos convidando-o para pregar neste sábado. Vemos possibilidades aqui.<br />
<br />
<b>CUIDADO COM OS JULGAMENTOS! QUEM QUER VER APENAS O NEGATIVO SEMPRE VAI ENCONTRAR! </b><br />
<br />
Experimente ver as coisas boas que essas pessoas fizeram pela igreja. Tenho certeza que encontrarás.<br />
Lembre-se que na medida com que julgardes, também serás julgado.<div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-82997085007092473372019-03-19T01:51:00.000-03:002019-03-19T01:51:13.884-03:00As 7 Portas da Bíblia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-4yemLOEwJaI/XJB1I6KZ8EI/AAAAAAAALp0/67APyVKwR40Gva1ZhwN3fpFMxX28q_ZaACLcBGAs/s1600/new-gate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="667" data-original-width="1600" height="266" src="https://2.bp.blogspot.com/-4yemLOEwJaI/XJB1I6KZ8EI/AAAAAAAALp0/67APyVKwR40Gva1ZhwN3fpFMxX28q_ZaACLcBGAs/s640/new-gate.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
1. Você já pensou o que seria de nós se não houvesse aquele recurso tão útil? É uma coisa usada constantemente; nós sempre estamos usando isso. É conhecido universalmente; ninguém o desconhece.<br />
<br />
2. Certa vez alguém perguntou: - Como vamos entrar na sala? E a outra pessoa respondeu: - Há um invento que o homem criou que nos permite atravessar paredes, disse. - Sim, e qual é? Será que nos torna invisíveis, imateriais? - Não, o invento se chama de “porta”.<br />
<br />
Isso não é uma piada; é verdade mesmo!<br />
<br />
3. Portas são muito importantes: portas são tão importantes, que até a palavra im “porta”nte tem porta no meio. O que seria de nós, se não existissem portas? Nós simplesmente estaríamos fora: no frio, sem abrigo, desprotegidos Ou encerrados e presos em 4 paredes, sem alimento, sem sol e sem vida.<br />
<br />
4. Todos conhecem a mensagem das portas - até os animais. Alguém outra vez perguntou: - Sabe por que o cachorro entrou na igreja? perguntou alguém.<br />
- Não! Por quê? - É porque a porta estava aberta!<br />
<br />
Hoje queremos falar sobre as 7 PORTAS DA BÍBLIA. A Bíblia nos fala que existem 7 portas muito importantes, que hoje queremos considerar.<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">1a porta: A PORTA DO CÉU. Gên. 28:17</span><br />
<br />
1. Jacó se encontrava em Harã, fugitivo, amedrontado, porque se escondia do seu irmão Esaú, que queria matá-lo.<br />
<br />
2. Desanimado, cansado, quando as sombras da noite já se adensavam, Jacó tomou uma pedra para servir de travesseiro, e adormeceu, num profundo sono. E dormindo, teve um sonho. Ele viu uma grande escada fulgurante cuja base estava na terra e o topo alcançava o Céu. Além disso, anjos de Deus subiam e desciam pela escada.<br />
<br />
3. E quando ele acordou, sobressaltado, disse: “Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos céus.” v.17.<br />
<br />
4. Ellen G. White disse: “Deus é Altíssimo e santo; e... a Sua casa na terra, o lugar onde o Seu povo se reúne para adorá-lO, é a porta do Céu”. (MJ 265). E continua: “A reverência é grandemente necessária... Estou alarmada ao ver crianças e jovens, filhos de pais religiosos, tão descuidados da ordem e decência que devem ser observadas na casa de Deus. Enquanto os servos de Deus apresentam ao povo as palavras de vida, alguns estão lendo, outros estão cochichando e rindo."<br />
<br />
5. A irreverência tem sido uma grande tentação para muitos que têm em pouca conta as coisas sagradas; mas esse defeito de caráter deve ser vencido por todos os cristãos, que estão se preparando para a adoração junto aos anjos que cobrem o seu rosto na presença de Deus.<br />
<br />
6. Com efeito, disse Jacó: “Este lugar é a porta do Céu, e eu não sabia”. Mas nós outros já sabemos. Como estamos em relação a esse assunto? Estamos nós esquecidos de que no Seu Templo se manifesta a própria presença de Deus? Somos nós reverentes na Casa de Deus?<br />
<br />
7. Temos que nos lembrar que a igreja, o templo de Deus é o lugar onde temos a porta do Céu se abrindo diante de nós, para que os encantos do Evangelho possam se desdobrar a nós pecadores que desejamos ascender um dia aos Céus, e aqui temos a primeira porta para esse grande propósito: a porta do Céu.<br />
<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">2a porta: A PORTA DO INFERNO. Mt. 16: 18</span><br />
<br />
1. Em Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou aos discípulos: "- Quem diz o povo ser o Filho do Homem?" Disseram: "- João Batista, Elias, Jeremias, ou algum dos profetas." E Cristo perguntou ainda: "- Mas vós, quem dizeis que eu sou?"<br />
<br />
2. Então Pedro, matéria explosiva, homem sempre disposto a falar, falou pelos Doze discípulos, dizendo: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." Então, Jesus disse: "Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela."<br />
<br />
3. Isso não significa que a Igreja estaria edificada sobre Pedro. O v. 23 indicaria o contrário, onde vemos as portas do Inferno prevalecendo sobre Pedro. Jesus usou apenas um jogo de palavras, que também coincide no Português, sobre Pedro, uma pequena pedra, um seixo, e Cristo, a Rocha eterna, inamovível.<br />
<br />
4. Mas o que significam as “portas do Inferno?” A palavra “inferno” aqui é a tradução de “hades” do grego, e significa sepultura. (Dicionário Grego de Strong, em Mat. 16:18).<br />
<br />
5. E com efeito, Jesus Cristo quebrou poderosamente os grilhões da morte, Ele rompeu as portas da sepultura, e a Sua Igreja não ficará presa. Disse Ele: "Eu sou a Ressurreição e a Vida".<br />
<br />
6. Quando Moisés foi sepultado, logo depois o Filho de Deus o chamou, para que saísse do túmulo. Então Satanás se apresentou para impedi-lO. Mas Cristo, o Arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, disse apenas: “O Senhor te repreenda, Satanás”, porque as portas do inferno não prevaleceriam sobre a igreja de Deus. E Moisés pôde ser ressuscitado e assunto ao Céu.<br />
<br />
7. Aguardamos o dia de fulgurante glória, quando virá o Salvador em Sua 2a vinda, para ressuscitar o Seu povo, numa poderosa demonstração de que as portas do inferno, as portas da sepultura, não prevalecerão sobre a Sua Igreja.<br />
<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">3a porta: PORTA DE JUSTIÇA. Sl. 118:19.</span><br />
<br />
1. Diz o salmista: "Abri-me as portas da justiça; entrarei por elas e renderei graças ao SENHOR."<br />
<br />
2. Muitos entram pelas portas da injustiça. Mas aqui temos a prece de alguém que estava querendo entrar pelas portas da justiça e pede que se abram.<br />
<br />
3. De quem é esta porta? O v. 20: “Esta é a porta do Senhor”. Não poderia ser do homem, pois não há justiça nele. Não há nenhum justo, nenhum sequer, pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus. A Bíblia diz que o homem não é justo, a experiência nos ensina que o homem não é justo, e toda a nossa natureza diz que o homem não é justo.<br />
<br />
4. Então, quem entrará pelas portas da justiça? “Por ela entrarão os justos”. (v. 20). Mas se todos são pecadores, tem que haver um segredo. Como podem entrar lá? As portas de justiça estarão abertas somente para aqueles que têm a chave: a fé é a chave que tem poder de abrir as portas da justiça.<br />
<br />
5. Em 1o lugar, somos justificados pela fé em Jesus Cristo, que esteve aqui na terra para andar em justiça, para nos garantir a entrada pelas portas da Sua justiça.<br />
<br />
6. Depois que somos justificados mediante a fé, Deus nos considera justos, como se nunca antes tivéssemos cometido um só pecado; então começa um processo de santificação, pelo qual somos introduzidos às portas de justiça.<br />
<br />
7. Você já entrou pelas portas da justiça de Jesus Cristo? É somente Ele que nos pode dar justiça, e é mediante a fé na Sua obra e no Seu poder que Ele tem de nos salvar. Se você crê em Jesus, pode entrar pelas portas de justiça e ser salvo.<br />
<br />
8. E então, à semelhança do salmista, você entrará por elas e renderá graças ao Senhor, porque quando você compreender o grande significado desta Salvação, você terá uma profunda gratidão para expressar a Jesus que é chamado “o Senhor, Justiça Nossa”. (Jer. 23:6).<br />
<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">4a porta: A PORTA DOS LÁBIOS. Sl. 141:3</span><br />
<br />
1. O salmista Davi orou, numa fervente prece, invocando o nome de Jeová, dizendo: “Põe guarda, SENHOR, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios.” E ele era o grande rei de Israel, que pela lógica podia falar o que quisesse, sem interferência de ninguém. Como precisamos orar e cuidar da porta de nossos lábios, nós que não somos reis aqui nesse mundo. Mas não esqueçamos que de fato somos reis no reino da graça de nosso Senhor Jesus Cristo (Apo. 1:6).<br />
<br />
2. Muitas pessoas falam precipitadamente, e então, para se justificar, dizem: “Ah, falei sem pensar!” Como seria diferente se essas pessoas pensassem antes de falar! Como seria diferente, se elas se lembrassem de que Deus nos deu dois ouvidos e uma língua, para que nos ocupássemos mais em ouvir do que em falar.<br />
<br />
3. Quão preciosa é a vigilância à porta dos lábios, guardando-os, acautelando-nos, para deles saiam apenas palavras próprias, comunicando graça, conforto e ânimo aos que nos ouvem.<br />
<br />
4. Quantas vezes temos falado palavras que saem pela porta dos nossos lábios, palavras rudes, apressadas, injustas; outras vezes, são piadas vulgares, indecentes; outras ocasiões, são palavras acusadoras.<br />
<br />
5. Quão diferentes seriam os resultados, se nossas palavras fossem sempre:<br />
<br />
- palavras agradáveis: que podem agradar aos outros, para que se sintam bem ao nos ouvir falar, e não que fiquem furiosos, irados.<br />
- palavras nobres: que são usadas pela "nobreza cristã", por pessoas educadas, refinadas, palavras que ajudam a enobrecer aos outros.<br />
- palavras escolhidas: você pode escolher as palavras e calcular o seu respectivo efeito. Se eu disser àquela pessoa tal e tal coisa, de tal e tal modo, como é que ela vai se sentir? Quais serão os resultados e qual será a minha influência? Para o bem ou para o mal?<br />
<br />
6. O que teremos de fazer para alcançarmos esse ideal cristão? Mais oração. Temos de orar mais fervorosamente, para que Deus opere em nós e guarde a nossa boca, e vigie a porta dos nossos lábios. Se há necessidade de muita oração e vigilância, então é exatamente nesse ponto que devemos buscar mais a Deus.<br />
<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">5a porta: A PORTA DA GRAÇA. Luc. 13:24</span><br />
<br />
1. Alguém perguntou: “Senhor, são poucos os que se salvam?" Jesus não respondeu diretamente. Ele fez um veemente apelo, deixando claro que nosso interesse primário deveria ser, não quantos se salvarão, mas se nós mesmos estaremos salvos. Disse Ele: "Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão. Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vós, do lado de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta, ele vos responderá: Não sei donde sois. Então, direis: Comíamos e bebíamos na tua presença, e ensinavas em nossas ruas. Mas ele vos dirá: Não sei donde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais iniqüidades." (Luc. 13:24-27).<br />
<br />
2. Alguns pensam que a porta da graça jamais se fechará. Mas a própria expressão “porta” já indica que haverá um limite. Uma porta indica limitação, especialmente quando está fechada, e quando está aberta, a possibilidade é que pode se fechar. A graça, sim, terá limite: ela pode acabar. Então, não haverá mais possibilidade de salvação para mais ninguém.<br />
<br />
3. A porta da graça é estreita, apertada. Alguns afirmam que tudo é muito fácil. Antes do Dilúvio, os homens também pensavam assim. As 5 virgens insensatas também pensavam assim. E hoje, os homens que amam as coisas do mundo, também pensam da mesma forma, que “Deus finalmente salvará a todos, que não há o de que se preocupar!”<br />
<br />
4. Mas o que disse Jesus? “Esforçai-vos!” A palavra em grego indica o sentido de “agonizai-vos!” É preciso exercitar-nos na prática de nossa vida cristã, empenhar-nos em buscar a graça de Deus, sem desistirmos jamais, aconteça o que acontecer.<br />
<br />
5. Vamos preparar-nos dia a dia para enfrentar as nossas lutas, provas e tentações, a fim de que nos purifiquemos e nos fortaleçamos cada vez mais para o reino de Deus. Vamos valorizar o tempo que temos nesta vida, que é um tempo de graça, enquanto a porta está graciosamente aberta. Porque um dia se fechará a porta da graça, e como nos dias de Noé, muitos procurarão entrar e não poderão.<br />
<br />
6. Haverá um tempo nos últimos dias em que os homens famintos, mas não de pão, e sedentos, mas não de água, procurarão a Palavra de Deus, mas não a acharão. Viajarão por todos os continentes, com o objetivo de alcançar um lenitivo, uma palavra de consolação, de esperança, de salvação, para lhes acalmar os temores, mas será inútil (Amós 8:11-12). Então, poderão dizer: "Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos" (Jer. 8:20).<br />
<br />
7. O grande pregador Dwight Moody estava pregando num salão, e ele notou que um jovem estava sob a convicção do Espírito Santo, e o jovem ficando depois da pregação foi falar com o pastor Moody, disse: “Pastor, eu quero seguir a Jesus.” Moody disse: “Jovem, aceite a Jesus hoje. Hoje é o dia.” “Não, pastor, hoje não, eu tenho alguns negócios lá na cidade, eu vou terminar esses negócios, e depois de terminar esses negócios sim, eu vou aceitar a Jesus.” O pastor disse: “Não, jovem, você deve aceitar agora, deve aceitar nesse momento.” Ele disse: “Pastor, eu preciso terminar esses negócios, mas eu prometo que depois de terminá-los, eu vou aceitar a Jesus Cristo.”<br />
<br />
O jovem saiu daquele lugar, ele foi fazer os seus negócios. E um dia, muito depois, o pastor se encontrou com ele na rua e disse: “Como é, jovem, ainda não fez a sua decisão?” Ele disse: “Ainda não, pastor, ainda não, mas logo mais eu vou fazer, agora eu estou muito ocupado, tenho muito a fazer.”<br />
Pouco tempo depois veio um aviso ao pastor de que esse jovem estava no hospital, doente. O pastor foi lá, o pastor foi falar com ele, disse: “Jovem, como é? Já fez a sua decisão?” Ele disse: “Não, mas eu estou muito doente, o médico não me deu muita esperança, eu posso morrer, e se eu tomar uma decisão agora, o povo vai dizer que eu tomei essa decisão com medo de morrer. Eu não quero tomar a decisão pressionado ou com medo. Espere um pouco mais; se eu melhorar, se Deus me der saúde, então eu vou seguir a Jesus; mas agora não.” O pastor saiu muito triste, mas o jovem melhorou, foi curado e saiu do hospital.<br />
<br />
E o pastor foi visitá-lo, e disse: “Jovem, agora, vamos fazer essa decisão?” Ele disse: “Agora não, agora eu estou muito ocupado! Um pouco mais tarde!”<br />
O tempo passou e mais uma vez o jovem adoeceu, e o pastor foi visitá-lo no seu leito de dor, já muito fraco pela enfermidade, e o pastor disse: “Como é, jovem? Vai fazer a sua decisão agora?” O jovem falou alguma coisa que o pastor não podia entender, mas notou que os seus lábios estavam se mexendo e ele colocou o ouvido bem perto para ouvir o que este jovem estava dizendo, ele estava citando um texto bíblico, as palavras que achamos em Jer. 8:20: “Passou a sega, findou o verão e não estou salvo.”<br />
<br />
O pastor disse: “Jovem, ainda há tempo, você ainda tem vida, aceita agora a mensagem de Deus.” Ele mais fraco ainda, quase não deu para ouvir, disse: “Passou a sega ... findou ... o verão ... e não estou salvo.” O pastor fez mais um apelo ainda, disse: “Jovem, Deus ainda o ama, você ainda pode aceitá-Lo, aceita agora.” Mais uma vez ele repetiu as palavras. Agora as suas forças o estavam deixando, estava ficando cada vez mais fraco. Ele disse: “Passou a sega ... findou ... o verão ... e eu não estou salvo.”<br />
<br />
8. E você? Vai deixar a porta da graça se fechar? Ou vai aproveitar a oportunidade de salvação que Deus lhe dá hoje, agora mesmo?<br />
<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">6a porta: A PORTA DO CORAÇÃO. Apo. 3:20.</span><br />
<br />
O apóstolo João apresenta-nos a Cristo, dizendo-nos: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo."<br />
<br />
1. Este é um quadro comovente: o Senhor da glória, o próprio Criador do homem, batendo à porta do seu coração, pedindo entrada.<br />
<br />
2. Mas Ele não força a porta.<br />
<br />
Um artista, certa vez, pintou esse quadro. Alguém contemplando-o, apreciou muito o quadro, mas fez uma observação, e disse ao pintor: “O quadro está quase perfeito; só falta um detalhe”. “O que é?”, perguntou o pintor. “Você esqueceu a maçaneta!” “Não!”, respondeu o pintor. “A porta do coração não tem maçaneta do lado de fora, só por dentro!”<br />
<br />
3. Jesus Cristo faz um apelo para que você abra a porta do seu coração para que Ele possa entrar agora mesmo!<br />
<br />
4. Ele quer reinar no trono do seu coração. Ele é o próprio Rei do universo. Será um grande privilégio ter tal Pessoa em nosso coração, morando em nós, habitando em nossos pensamentos, fazendo parte de nossos sonhos, nossas esperanças.<br />
<br />
5. Ele quer ter comunhão com você: cear com você, falar a você, ouvir a você , andar com você, e ajudá-lo. Ele quer alimentar-nos com o pão que desceu do Céu. Ele quer mitigar a nossa sede espiritual. Atende ao Seu apelo.<br />
<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">7a porta: A PORTA DA CIDADE DE DEUS. Apo. 22:14</span><br />
<br />
1. "Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas."<br />
<br />
2. “Bem-aventurados”. Isto significa felicidade celestial; não será como a felicidade efêmera e transitória aqui desta Terra.<br />
<br />
3. Quem será bem-aventurado? Aqueles que lavam as vestes do seu caráter. Nossos trapos de imundície precisam ser lavados, purificados, embranquecidos.<br />
<br />
4. Mas qual é o meio de purificação? O único meio, o único recurso confiável indicado pelo Céu, é o sangue de Jesus! Ele derramou o Seu preciosíssimo sangue na cruz do Calvário, a fim de que nos pudesse alvejar e purificar-nos completamente. "O sangue de Jesus nos purifica de todo pecado" (1João 1:7).<br />
<br />
5. Qual será a bem-aventurança? O que acontecerá com os que são lavados no sangue de Jesus? Eles entrarão na cidade santa pelas portas! O sangue de Jesus abriu as portas do Paraíso eterno! O sangue de Cristo nos possibilitou entrar pelas portas da cidade de Deus, a cidade dos nossos sonhos, cujas portas uma vez penetradas, selarão a nossa redenção eternamente!<br />
<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">CONCLUSÃO</span><br />
<br />
1. Vamos atentar para as 7 portas da Bíblia, que nos advertem e nos incitam para a Salvação e a vida eterna.<br />
<br />
2. Vamos, sobretudo, abrir a porta de nosso coração ao Salvador, a fim de podermos entrar pelas portas do Paraíso eterno.<br />
<br />
3. Que nós possamos dizer naquele dia, com toda a certeza de salvação: "Passou a sega, findou o verão e nós estamos realmente salvos, graças a Deus, eternamente redimidos!"<br />
<br />
<br />
<br />
<a href="http://1.bp.blogspot.com/_NdQOK97Yzk4/SNMQwtiBvxI/AAAAAAAABj0/TWfQS-E_H40/s1600-h/Pr.-Roberto-Biagini.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" style="font-weight: bold;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5247556419858841362" src="https://1.bp.blogspot.com/_NdQOK97Yzk4/SNMQwtiBvxI/AAAAAAAABj0/TWfQS-E_H40/s200/Pr.-Roberto-Biagini.jpg" style="cursor: pointer; float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt;" /></a><span style="font-weight: bold;">PR. ROBERTO BIAGINI</span><br />
Teólogo, Mestre em Teologia. Realizou vários cursos de Extensão Teológica da Andrews University e do Centro de Educação Contínua da DSA. Trabalhou como distrital de várias igrejas do centro, norte e sul do país. É casado com a Profª. Silvane Luckow Biagini, e tem dois filhos, Ângela e Roberto.<div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com42tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-25251319510912748842019-03-19T01:45:00.000-03:002019-03-19T01:45:45.399-03:00CAMELO PELO FUNDO DE UMA AGULHA?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/_NdQOK97Yzk4/RqArrAeiUYI/AAAAAAAAANA/NCuk3FlsSNs/s1600-h/Clipboard01.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" height="268" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089115596791107970" src="https://1.bp.blogspot.com/_NdQOK97Yzk4/RqArrAeiUYI/AAAAAAAAANA/NCuk3FlsSNs/s400/Clipboard01.jpg" style="float: left; margin: 0px 10px 10px 0px;" width="400" /></a></div>
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<b>Mateus 19:24</b><br />
<br />
Muitos concluem: Os ricos não poderão entrar no reino do Céu, desde que um camelo jamais passará pelo fundo de uma agulha.<br />
<br />
<b>Comentários Gerais</b><br />
<br />
A palavra camelo é usada seis vezes no Novo Testamento:<br />
<br />
1) Três vezes relatando uma ilustração de Cristo. S. Mat. 19:24; S. Mar. 10:25 e S. Luc. 18:25.<br />
2) Duas vezes com referência às vestes de João Batista. S. Mat. 3:4 e S. Mar. 1:6.<br />
3) Uma crítica de Cristo aos escribas e fariseus<br />
<br />
Uma leitura rápida da passagem tem levado muitos à seguinte conclusão: Os ricos nunca poderão entrar no reino dos Céus, desde que um camelo jamais passará pelo fundo de uma agulha.<br />
<br />
Vejamos primeiro o estudo do contexto porque ele nos ajudará na boa compreensão do texto.<br />
<br />
Um moço rico aproximou-se de Cristo dirigindo-Lhe a pergunta: "Mestre, que farei de bom, para alcançar a vida eterna?" S. Mat. 19:16.<br />
<br />
Jesus o informa da necessidade de guardar os mandamentos. A resposta do jovem foi incontinente: "Tudo isso tenho observado; que me falta ainda?"<br />
<br />
Preso aos bens materiais, a sua maneira de guardar os mandamentos, não se coadunava com as diretrizes divinas. Diante desta realidade foi que Cristo lhe expôs a necessidade de guardar os mandamentos não de maneira fria, ritualística e farisaica, mas sim de modo consentâneo com o desprendimento celeste.<br />
<br />
O jovem rico, embora houvesse guardado os mandamentos literalmente, a sua atitude egoísta não se harmonizava com o que Deus espera de nós, guardara na letra, mas não no espírito, por isso de maneira franca e sincera Cristo lhe apresentou o que lhe faltava – desprender-se completamente das posses terrestres. O pedido do Mestre lhe pareceu exigente demais para ser cumprido, portanto o diálogo foi encerrado.<br />
<br />
Cristo espera que Seus filhos não vejam as possessões com o única objetivo de trazer-lhes comodidade e conforto, mas como um privilégio outorgado por Deus para converter-se numa bênção aos mais carentes.<br />
<br />
Os judeus tinham noções erradas sobre os ricos e os pobres, Inclinavam-se a pensar que a prosperidade era a prova máxima do favor divino e um símbolo das bênçãos de Deus; iam mesmo além em suas conjeturas, pois criam que era mais fácil a salvação para os ricos do que para os pobres. Cristo teve que desarraigar estas conclusões erradas, por isso O vemos antes deste incidente com o moço citar a parábola do Rico e Lázaro, onde o rico vai para a perdição e o pobre para a salvação. Longe de nós a conclusão simplista de que os ricos vão se perder, e de outro lado os pobres se salvarão. O ensinamento bíblico de acordo com esta passagem é este: É mais difícil para um rico ser salvo do que para um pobre. As riquezas podem ser perigosas para aqueles que as possuem.<br />
<br />
O Comentário Adventista tem para o verso 23 a seguinte observação:<br />
<br />
"É difícil para um homem rico obter o reino dos Céus, não porque ele é rico mas por causa da sua atitude para com as riquezas."<br />
<br />
O contexto de S. Mateus 19:24 não apresenta a impossibilidade da salvação para os ricos, mas apenas as maiores dificuldades que eles terão de vencer, basta ler os versos 23 e 26.<br />
<br />
Os três maiores perigos das riquezas, de acordo com William Barclay, ao comentar S. Mateus 19:24 são estes:<br />
<br />
1º) As posses numerosas fomentam uma falsa independência.<br />
Quem tem bens materiais é inclinado a pensar que pode vencer qualquer situação inesperada. O dinheiro leva a pessoa a pensar que pode comprar o caminho da felicidade, bem como aquele que o livrará da dor. Pensa ainda que pode afastar todas as dificuldades sem Deus.<br />
2º) As riquezas prendem as pessoas a este mundo.<br />
"Porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração." S. Mat. 6:21.<br />
Se tudo o que o homem deseja pertence a este mundo, se todos os seus interesses estão centralizados aqui, nunca pensa em ir ao mundo do além. Apegado demasiadamente à Terra é possível esquecer que há um Céu.<br />
3º) As riquezas tendem a fazer a pessoa egoísta.<br />
Por mais que possua é natural ao homem desejar um pouco mais. O suficiente é sempre um pouco mais do que se tem. A pessoa que chegou a desfrutar do luxo e da comodidade sempre tende a temer viver sem eles. A vida se converte em uma luta cansativa para reter o que se possui. O resultado é que quando o homem enriquece, em lugar de sentir o impulso de dar, só experimenta o desejo de prender-se às coisas. O seu instinto o leva a possuir mais e mais, em busca da segurança, que crê, as coisas lhe possam dar.<br />
<br />
O perigo das riquezas é que estas levam o homem a esquecer que perde o que retém e ganha aquilo que dá aos outros.<br />
<br />
Três Interpretações Para S. Mat. 19: 24<br />
<br />
1ª) Houve uma substituição da palavra grega – kámilos – corda, para kámelos – o animal. O fundo da agulha considerar-se-ia literalmente.<br />
2ª) A palavra camelo deve ser considerada literalmente, mas o fundo da agulha era uma pequena porta ao lado da porta principal de Jerusalém, pela qual um camelo passaria, após tirar-lhe a carga e, mesmo assim ajoelhado e aos empurrões.<br />
3ª) Tanto o camelo quanto o fundo da agulha são considerados literalmente.<br />
<br />
1ª) A Substituição por uma Palavra Semelhante:<br />
<br />
Júlio Nogueira em seu livro A Linguagem Usual e a Composição pág. 350, sem citar nenhuma fonte, nem autoridade declara: "Tem-se visto em S. Mateus 19:24 um engano de tradução do texto grego, feita por S. Jerônimo: Em vez de kámilos, corda grossa, cabo, ele tomou a palavra kámelos, camelo."<br />
<br />
O que aconteceu foi o inverso, pois Robertson, na pág. 192, da sua memorável gramática afirma: "Alguns poucas manuscritos cursivos substituem kámelos por kámilos, mas isto é evidentemente um erro, um mero esforço para solucionar uma dificuldade do texto."<br />
<br />
R. C. H. Lenski, na obra The Interpretation of St. Mathew's Gospel, pág. 755, confirma:<br />
<br />
"Antes do quinto século kámelos não foi mudado para kámilos."<br />
<br />
O renomado comentarista Henry Alford na obra An Exegetical and Critical Commentary, vol. l, pág. 197 acrescenta:<br />
<br />
"Nenhuma alteração para kámilos é necessária ou admissível. Esta palavra, com o significado de corda ou cabo, parece ter sido inventada para escapar da dificuldade encontrada aqui."<br />
<br />
O Dicionário Enciclopédico da Bíblia da Editora Vozes de Petrópolis corrobora as declarações anteriores:<br />
<br />
"Sem muito fundamento autores mais recentes quiseram ler kámilos, corda grossa, em vez de kámelos, alegando que no Talmud se encontram expressões análogas e que no tempo bizantino essas duas palavras pronunciavam-se da mesma maneira.<br />
<br />
A Crítica Textual nos esclarece que algum copista, séculos depois de Cristo fez a substituição para kámilos. Este fato apareceu em apenas alguns manuscritos cursivos, isto é, minúsculos.<br />
<br />
A prova de que Cristo usou a palavra camelo, nós a temos no fato de que assim aparece nos primitivos manuscritos e nas primeiras traduções da Bíblia, como a Menfítica, Latina e Peshita.<br />
<br />
2ª) A Explicação da Porta Estreita Chamada Fundo de Agulha<br />
<br />
Aquino apresenta um comentário sobre Anselmo, observe a data (1033-1109 AD) declarando que este autor afirma que em Jerusalém havia certa porta, chamada "fundo de agulha" pela qual um camelo só passava se entrasse de joelhos, depois de lhe ser retirada toda a carga.<br />
<br />
Existem muitas outras vagas citações, mais ou menos idênticas à seguinte:<br />
<br />
Lorde Nugent, ouviu falar, faz muitos anos em Hebrom de uma entrada estreita para os que passavam a pé, ao lado da porta grande e que se denominava "o fundo de uma agulha".<br />
<br />
Talvez um dos livros que mais contribuiu, para que esta idéia se generalizasse foi Memórias de um Repórter dos Tempos de Cristo do Padre Carlos M. de Heredia, onde ele faz menção a esta porta estreita chamada "fundo de uma agulha". Devemos notar bem que o próprio autor nos adverte no Prólogo, que sua obra é uma novela.<br />
<br />
O comentarista Lenski, no mesmo livro e página já citados, prossegue:<br />
<br />
"No século quinze foi tentado o oposto, o fundo de agulha foi aumentado pela referência a um pequeno portal, que era usado por viajores a pé ao entrarem em uma cidade murada, pelo qual um camelo poderia passar ajoelhado, depois de removida a sua carga. Isto mudou o impossível para o possível e tornou-se atrativo porque sugeria que, como o camelo tinha de deixar sua carga e arrastar-se sobre seus joelhos assim o homem rico teria que desprender-se de suas riquezas ou de seu amor por elas e humilhar-se sobre seus joelhos. Mas como em S. Mateus 23: 24 Jesus tinha em mente um mosquito e um camelo reais, assim aqui camelo e fundo de agulha são reais."<br />
<br />
O livro Jóias do Novo Testamento Grego, de Kenneth S. Wuest, pág. 25 diz:<br />
<br />
"Alguns têm imaginado que o buraco da agulha referido fosse uma portinhola, no muro de Jerusalém, através do qual pudesse finalmente passar um camelo, depois de muitos puxões e empurrões.<br />
<br />
"O grego de S. Mateus 19:24 e de S. Marcos 10:25 fala de uma agulha usada com linha, enquanto que o de S. Lucas 18:25 usa o termo médico que indica uma agulha usada nas operações cirúrgicas. É evidente que ali não é considerada nenhuma portinhola, mas sim, o pequeno orifício de uma agulha de costura."<br />
<br />
A palavra grega usada por Mateus (19:24) é "rhafis" = agulha de costura; enquanto Lucas por ser médico empregou "belone" = agulha cirúrgica.<br />
<br />
Note bem a afirmação seguinte, encontrada na obra: A New Testament Commentary, G. C. Howley. Consulting Editors F. F. Bruce e H. L. Ellison:<br />
<br />
"A interpretação popular em certos círculos de que o fundo de uma agulha é uma pequena porta dentro do portão de uma cidade é sem fundamento."<br />
<br />
Dentre os mais considerados estudiosos do Novo Testamento Grego se acha Vincent; este autor após comentar o verso 24 de S. Mateus 19, sintetiza enfaticamente:<br />
<br />
"A alusão não deve ser explicada como se referindo a uma porta estreita chamada o fundo de uma agulha."<br />
<br />
Segundo o comentarista Broadus, esta explicação nada mais é do que uma conjetura sugerida da seguinte observação alegórica de Jerônimo:<br />
<br />
"Assim como os camelos de Midiã e Efá (Isa. 60:6), vindos com dádivas, torcidos e apertados entravam pelas portas de Jerusalém, assim os ricos podem entrar pela porta estreita despojando-se de sua carga de pecados e de toda a deformidade corporal."<br />
<br />
O preeminente estudioso F. F. Bruce, conceituado entre nós por suas notáveis obras, no livro Answers to Questions, págs. 55 e 56, respondeu da seguinte maneira à um de seus inquiridores. Eis a pergunta e a resposta dada:<br />
<br />
"Tem-se afirmado recentemente que a passagem que menciona um camelo passando pelo fundo de uma agulha (S. Mar. 10:25) tem sido mal traduzido devido a uma confusão entre as palavras gregas kámelos ('camelo') e kámilos ('corda'), e que nosso Senhor realmente falou de uma corda passando pelo fundo de uma agulha. É isto assim?<br />
<br />
"Em S. Marcos 10:25 a evidência textual parece ser unânime em favor de kámelos ('camelo'). No tocante às duas analogias sinóticas, um punhado de minúsculos e a Versão Armênia atestam kámilos ('corda') em S. Mat. 19:24, bem como o fazem um mais recente uncial e uns poucos minúsculos em S. Luc. 18:25. Em todos os três lugares a evidência é esmagadora em favor de 'camelo', e isto é reconhecido pela maioria das traduções. Eu penso que no momento a única versão inglesa que dá a tradução de 'corda' é The Book of Books, publicada em 1938. Os poucas escribas ou editoras que substituíram 'camelo' por 'corda' podem ter sido inconscientemente influenciados pelo desejo de fazer a entrada de um rico no reino de Deus levemente menos difícil do que nosso Senhor disse que era.<br />
<br />
"O mesmo pode ser dito da idéia de que Suas palavras se referem a uma pequena passagem subterrânea em um grande portão, através da qual um camelo poderia comprimir-se quando as entradas principais estivessem fechadas, por cujo motivo sua carga deveria ser primeiramente removida. Nosso Senhor Se referia aos embaraços na impossibilidade da entrada de um rico no reino. Se víssemos um camelo entrando pelo fundo de uma agulha, diríamos ser isto um milagre; e é igualmente um milagre um homem rico ser salvo. Esta não é minha interpretação, é a clara afirmação de nosso Senhor: 'Para os homens é impossível, mas não para Deus; porque para Deus todas as coisas são possíveis' (S. Mar. 10:27). Uma observação adicional: em comparação com as condições da Palestina nos dias de nossa Senhor, muitos de nós que gozamos os padrões do viver comum através de nossa 'opulenta saciedade' ocidental, hoje seríamos classificados como 'ricos'."<br />
<br />
3ª) A Única Explicação Defensável:<br />
<br />
"Tanto o camelo, como o fundo da agulha devem ser compreendidos literalmente. . . não é necessário sugerir que camelo poderia significar uma corda, ou que o fundo de agulha era um nome, às vezes, dado a um pequeno portão lateral para passageiros a pé. Nenhum expositor antigo adota este método de explanação, mas toma o fundo de agulha em sentido literal, como podemos crer que Cristo fez."<br />
<br />
Estas declarações foram feitas por Alfred Plummer na obra An Exegetical Commentary on the Gospel of Mathew, pág. 269.<br />
<br />
<br />
Outro comentarista apreciado, especialmente por suas idéias conservadoras, é William Hendriksen. Em New Testament Commentary (Mathew), págs. 727 e 728, ele nos afirma:<br />
<br />
"Para explicar o que Jesus quer dizer é inútil e injustificado tentar mudar camelo para cabo – veja S. Mat. 23:24, onde um camelo real deve ter sido empregado – ou definir o fundo de agulha como o portão estreito no muro de uma cidade, através do qual um camelo pode passar apenas de joelhos e depois de ter sido removida sua carga."<br />
<br />
Os comentaristas nos informam que Jesus Se valeu de uma ilustração, que já existia em forma de provérbio no seu tempo, como prova o Talmud. Em Babilônia, nesta mesma época, havia uma frase idêntica, apenas com a seguinte variante: "É mais fácil um elefante passar pelo fundo de uma agulha."<br />
<br />
Os exemplos poderiam ser multiplicados, como os do The Interpreter's Bible, The Anchor Bible e muitos outros, porque nesta mesma tecla insistem os exegetas e comentaristas, mas para término de nossas considerações, apenas mais um relato: o do Comentário Adventista sobre S. Mateus 19:24.<br />
<br />
Fundo de Uma Agulha<br />
<br />
"A explicação que o fundo de uma agulha, se refere a uma porta menor aberta no painel de uma grande porta da cidade pela qual os homens podiam passar quando a grande porta estava fechada para o tráfego principal, originou-se nos séculos depois dos dias de Cristo. Não há portanto nenhum fundamento para tal explicação, embora ela possa parecer plausível, Jesus está tratando com impossibilidades (v. 26) e não há nenhum apoio para se defender uma explicação pela qual se possa traduzir como possível o que Jesus especificamente salientou como impossível."<br />
<br />
Será que há necessidade de aduzir mais exemplos comprobatórios, para a eliminação completa de explicações não alicerçadas em bases seguras?<br />
<br />
Conclusão<br />
<br />
Das três explicações existentes apenas uma é defensável para os teólogos adventistas, bem como para todos os eruditos das demais organizações religiosas.<br />
<br />
Cristo estava usado uma hipérbole, figura que se caracteriza pelo exagero, com o objetivo de despertar a atenção dos ouvintes, para melhor fixar o fato na memória.<br />
<br />
A informação de uma porta estreita se espalhou pelo mundo por influência de suposições e de relatos não fidedignos.<br />
<br />
Jamais devemos usar explicações populares vulgarizadas, porque não são sancionadas pelos grandes estudiosas da Bíblia.<br />
<br />
O seguinte princípio exegético não deve ser esquecido por nós.<br />
<br />
O pregador deve ser bastante cuidadoso para não tirar do texto o que seu autor nunca tencionou dizer.<br />
<br />
O contexto nos mostra que os impossíveis para os homens, tornam-se possíveis para Deus.<br />
<br />
Pedro Apolinário - Textos Difíceis<div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-92135583731829573782019-03-19T01:44:00.000-03:002019-03-19T01:44:17.885-03:00A importância das datas de 508 e 538 d.C. para a supremacia papal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-p-_ubmFbLFc/UXhbVowYxvI/AAAAAAAAFzw/HVt4lErobws/s1600/papa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-p-_ubmFbLFc/UXhbVowYxvI/AAAAAAAAFzw/HVt4lErobws/s320/papa.jpg" width="197" /></a></div>
Resumo: As datas de 508 e 538 d.C. são muito significativas para os adventistas do sétimo dia. A primeira é tradicionalmente reconhecida como o início dos 1.290 e 1.335 dias/anos de Daniel 12:11 e 12, e a segunda, como ponto de partida dos 1.260 dias/anos de Apocalipse 11:3 e 12:6. O presente artigo descreve o contexto histórico dessas datas, bem como o papel exercido por eventos importantes no processo de estabelecimento da supremacia papal.<br />
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<i>Abstract: The dates of A.D. 508 and 538 are very significant for Seventh-day Adventists. The first is traditionally aknowledged as the beginning of the 1,290 and 1,335 days/years of Daniel 12:11, 12, and the second, as the starting point of the 1,260 days/years of Revelation 11:3 and 12:6. The present article describes the historical background of those dates, as well as the rule played by major events in the process of establishment of papal supremacy.<br />Introdução</i><br />
Uma das principais características da teologia adventista é a interpretação historicista das profecias apocalípticas das Escrituras fundamentada no assim chamado princípio dia-ano de interpretação profética.2 Baseado na ideia de que cada dia profético representa um ano literal, as 70 semanas de Daniel 9:24-27 devem ser vistas como sendo 490 anos; os 1.260 dias de Apocalipse 11:3 e 12:6 (ver também Dn 7:25; 12:7; Ap 11:2; 12:14; 13:5), como sendo 1.260 anos; os 1.290 dias de Daniel 12:11, como sendo 1.290 anos; os 1.335 dias de Daniel 12:12, como sendo 1.335 anos; e as 2.300 “tardes e manhãs” de Daniel 8:14,3 como sendo 2.300 anos.<br />
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Tradicionalmente, os adventistas do sétimo dia apontam o ano 508 d.C. como sendo o início dos 1.290 e dos 1.335 anos, e, 30 anos depois, o ano 538 d.C. como sendo o início dos 1.260 anos.4 A principal data de referência para esses cálculos tem sido o ano de 1798 d.C., quando o papa Pio VI foi capturado e aprisionado na França, vindo a morrer no exílio.5 Subtraindo os 1.260 anos de 1798, os intérpretes adventistas chegaram até o ano de 538. Tirando 1.290 anos de 1798, eles chegaram ao ano de 508. Enquanto que os 1.290 e os 1.260 anos tiveram seu término no mesmo ano de 1798, os 1.335 anos são contados como terminando 45 anos depois, entre 1843-1844 (veja o diagrama abaixo).<br />
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Embora a data de 1798 esteja bem estabelecida pelo importante evento que foi o aprisionamento do papa, o significado de 508 e 538 tem sido questionado por diversos intérpretes críticos que consideram essas datas como destituídas de um sentido histórico mais relevante.6 Mas, se vistas dentro do amplo contexto de estabelecimento da supremacia papal, as datas tomam sentido como importantes expressões desse processo.<br />
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Entre os estudos mais relevantes das fontes históricas que sustentam essas datas figuram os de Uriah Smith, intitulado The Prophecies of Daniel and the Revelation (1944),7 e a dissertação de mestrado de C. Mervyn Maxwell, sob o título “An Exegetical and Historical Examination of the Beginning and Ending of the 1260 Days of Prophecy with Special Attention Given to A.D. 538 and 1798 as Initial and Terminal Dates” (1951).8 Mas parece evidente que essas investigações poderiam ser ampliadas, levando-se em consideração uma perspectiva histórica mais ampla.<br />
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Diante disso, a presente investigação visa a prover uma contextualização histórica progressiva, que nos permita ver mais claramente o grau de validade das datas de 508 e 538 no contexto da interpretação profética. Devido às limitações de tempo e espaço, esta investigação se detém apenas nos principais desenvolvimentos históricos relacionados com o assunto em discussão. A pesquisa bibliográfica se limitou basicamente às fontes disponíveis em língua inglesa. Estudos futuros deveriam abranger também as fontes existentes em outras línguas, especialmente em latim, alemão, francês e italiano.<br />
O contexto histórico de 508 d.C.<br />
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Eventos históricos não podem ser analisados com propriedade sem que se reconheçam os desenvolvimentos prévios que os geraram. É evidente, portanto, que nenhuma análise crítica séria pode ser feita quanto ao uso dos anos 508 e 538 d.C. sem que se leve em consideração alguns passos significativos, prévios, rumo à união entre a Igreja e o Estado, e o crescimento da autoridade temporal do bispo de Roma. O contexto histórico do ano 508 inclui importantes eventos como a conversão de Constantino, a publicação do livro de Agostinho De Civitate Dei (A Cidade de Deus) e a conversão de Clóvis.<br />
A conversão de Constantino<br />
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Analisando-se a história dos primeiros séculos da Igreja Cristã, percebe-se que a conversão do Imperador Constantino, em 312 d.C., não apenas se tornou um importante referencial nas relações entre a Igreja e o Estado, mas também gerou uma mudança radical no status do Cristianismo. Tendo sido perseguido no passado, o Cristianismo conseguiu certa tolerância a partir de 311 por meio de um edito imperial.9 Foi, porém, o Edito de Milão, promulgado em 313 pelos imperadores Constantino e Licínio, que concedeu aos cristãos completa liberdade de culto.10<br />
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Durante os anos seguintes, sob a liderança de Constantino, as propriedades eclesiásticas confiscadas foram restauradas à Igreja, e o “Dia do Sol” (domingo) foi imposto “como um dia de descanso e culto”. Além disso, Constantino assumiu “uma posição de liderança teológica no concílio de Nicéia, em 325, quando arbitrou a controvérsia ariana”.11<br />
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Depois que Constantino mudou a capital do império de Roma para Constanti-nopla em 330, a liderança do bispo de Roma acabou sendo deixada sozinha “durante muito tempo”, e os romanos passaram a encará-lo naturalmente como o seu legítimo “líder temporal e espiritual” em situações de crise.12<br />
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A despeito do fato de Constantino jamais haver resignado sua posição como Pontifex Maximus, principal sacerdote da religião pagã estatal,13 suas decisões já eram “um grande ponto crucial”14 na história do Cristianismo. De acordo com Daniel Walther, “embora antes de 313 fosse difícil ser um cristão, era difícil não ser um cristão após essa data”.15<br />
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O processo de conceder privilégios à Igreja foi seguido pelos imperadores subsequentes. O título de Pontifex Maximus não foi mais usado pelo Imperador Graciano. Em 380, Teodósio I promulgou “um edito tornando o Cristianismo a religião exclusiva do Estado”, e “qualquer pessoa que seguisse outra forma de culto seria punida pelo Estado”. Por meio do Edito de Constantinopla, em 392, os cultos pagãos tornaram-se ilegais. Portanto, o Cristianismo acabou se transformando finalmente na religião do Estado, e começou a perseguir o paganismo da mesma forma como o paganismo o havia perseguido antes.16<br />
A Cidade de Deus de Agostinho<br />
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Ao mesmo tempo em que a Igreja Romana se tornava cada vez mais poderosa, o Império Romano enfrentava uma crescente fraqueza interna. Cônscio dessa realidade, Alarico invadiu a Itália com os visigodos em 401. Como as autoridades romanas não tinham mais condições de recrutar forças militares suficientes para deter as invasões desses povos bárbaros, os visigodos saquearam Roma em 410. Que a “Roma Eterna”, amada pelos deuses, fosse tratada dessa forma apenas podia ser interpretado pelos pagãos como a consequência do abandono dos seus antigos deuses, cuja adoração havia sido considerada ilegal desde 392.17<br />
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Em resposta a essa acusação, Agostinho escreveu, entre 413 e 426, sua famosa obra intitulada De Civitate Dei (A Cidade de Deus).18 Embora o livro fosse escrito originalmente para solucionar um problema específico da época, sua influência na história da Igreja Cristã vai muito além do seu tempo. Thomas Merton enfatiza o fato de que “a visão de Santo Agostinho da história é a visão mantida pela Igreja Católica e por toda a tradição católica”.19<br />
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Os historiadores concordam que Carlos Magno “encontrou na Cidade de Deus, de Santo Agostinho, uma inspiração para o Império Cristão que ele esperava reerguer no mundo transformado dos séculos 8º e 9º”.20 R. W. Collins vai além em declarar que “foi, sem dúvida, a Cidade de Deus que proveu a teoria do poder temporal do papado, com suas pretensões de domínio mundial”.21 L. P. Qualben explica que a “Cidade de Deus” exerceu uma profunda influência sobre o Cristianismo ocidental. Ela formou o pano de fundo religioso para a teoria do papado medieval. A Cúria Romana da Idade Média transformou realmente a Civitas Dei [cidade de Deus] na Civitas Terrena [cidade terrestre], representada pelo império visível da Igreja governado pelo Bispo de Roma. A “Cidade de Deus” acentuou também a forte distinção entre o sagrado e o secular, que ainda continua exercendo tão grande influência sobre a civilização ocidental.22<br />
A conversão de Clóvis<br />
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As invasões das tribos bárbaras trouxeram não apenas um problema político para o Império Romano, mas também muitas dificuldades para as pretensões do bispo de Roma. Além da tarefa de converter muitas tribos do paganismo, havia também o problema de converter os visigodos e os lombardos do arianismo para a ortodoxia cristã.23<br />
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Mas um evento muito significativo ocorreu quase no fim do quinto século. Em 493, Clóvis I, rei dos francos, casou-se com Clotilde, princesa católica de Borgonha.24 Mesmo permitindo que seus filhos fossem batizados, ele próprio hesitava abjurar “a fé dos seus ancestrais”.25 Mas ele viu também que a Igreja Católica Romana se tornaria “o grande poder eclesiástico do futuro”, e se defrontou com a questão básica: Deveria o seu grande poder político crescer “em aliança com esse outro poder ou em oposição a ele?”26<br />
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À semelhança de Constantino,27 Clóvis começou a perceber “a força que ele ganharia se aceitasse o Cristianismo”,28 e, durante uma batalha com os alamanos, ele jurou aceitar o Deus de Clotilde e se tornar um cristão se saísse vitorioso.29 Em decorrência de sua vitória, ele foi batizado no dia de Natal de 49630 “com três mil de seus soldados pelo Bispo Remígio de Reims”31 que proferiu na ocasião as conhecidas palavras: “Inclina a tua cabeça em humildade, ó sicambriano; adora o que havias queimado e queime o que havias adorado”.32<br />
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De acordo com E. E. Cairns, “a aceitação do Cristianismo por Clóvis teria efeitos duradouros na história futura da Igreja”.33 H. Rosenberg afirma que “a conversão de Clóvis lançou os fundamentos para uma importante aliança entre o papado e os francos”.34 É evidente que “isto não significa que o papa teve imediatamente grande influência sobre a política real”, mas o fundamento foi lançado naquela ocasião, pois “foram apenas os francos que se tornaram, de todas as tribos germânicas, um amplo poder na história geral da Idade Média”.35<br />
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E. Emerton declara que<br />
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o papa ficou, por conseguinte, cheio de satisfação ao ouvir que o recém converso franco havia assumido a sua forma de fé cristã. Ele estava pronto a abençoar qualquer empreendimento deles como a obra de Deus, se apenas fosse em oposição aos pagãos arianos. Assim começou, já no ano 500, um acordo entre o papado romano e o império franco que haveria de amadurecer em uma íntima aliança, e de fazer muito para forjar toda a história futura da Europa.36<br />
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Para W. J. Courtenay, a conversão de Clóvis “transformou automaticamente as guerras de Clóvis em guerras santas contra os hereges e os descrentes”.37 Gwatkin e Whitney explicam que os bispos da Igreja de Roma exerceram a mais poderosa influência para apoiar a Clóvis em suas lutas contra as tribos bárbaras pagãs, e mesmo contra aquelas que aderiram à heresia ariana. Com tal apoio, suas guerras assumiram “o caráter de guerras religiosas – cruzadas, valendo-nos do termo usado posteriormente”.38<br />
O ano de 508 d.C.<br />
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Em 507, Clóvis declarou guerra contra os visigodos. Ele era o agressor, e acreditava que “era uma guerra religiosa para libertar a Gália dos hereges arianos”. Reunindo suas tropas, ele fez a elas um vigoroso discurso, no qual declarou: “Entristece-me o fato desses arianos dominarem uma parte da Gália. Marchemos, com a ajuda de Deus, e subjuguemos o seu país”.39<br />
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Sem dúvida, “o elemento religioso foi muito poderoso nessa guerra”,40 “da qual dependia, humanamente falando, a supremacia do credo católico ou do ariano na Europa ocidental”.41 Após a sua vitória, em 508, Clóvis recebeu honras especiais de Roma. De acordo com Auguste Dumas, em 508, enquanto retornava daquela conquista, Clóvis veio a Tours, oferecendo suas dádivas a São Martinho. Ele viu uma embaixada vindo de Constantinopla. “Ele recebeu, de acordo com Gregório de Tours, do Imperador Anastácio, o diploma de cônsul. Na basílica de São Martinho, ele vestiu-se com uma túnica púrpura, a clâmide, e colocou um diadema sobre a sua cabeça. Então, montado em um cavalo, ele jogou alguns pedaços de ouro e de prata para as pessoas reunidas na estrada. Daquela época em diante, ele era chamado de cônsul e Augusto.” (Hist. Franc., ii, 38).42<br />
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Em realidade, Clóvis “aparece como um dos grandes gênios criativos que dão um novo rumo ao curso da história”.43 Ele “foi o fundador da primeira monarquia bárbara plenamente capaz de resistir vitoriosamente aos últimos choques de invasão e de permanecer por muitos séculos”,44 e que “se tornou um sustentáculo vigoroso do papado na baixa Idade Média”.45<br />
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Victor Duruy enfatiza apropriadamente o importante papel desempenhado por Clóvis como um grande unificador. Ele diz: Clóvis foi o primeiro a unir todos os elementos dos quais a nova ordem social seria formada, a saber, os bárbaros, aos quais ele colocou no poder; a civilização romana, à qual ele rendeu homenagem ao receber a insígnia de patriarca e cônsul da parte do Imperador Anastácio; e a Igreja Católica, com a qual ele estabeleceu a frutífera aliança que foi continuada pelos seus sucessores. O Concílio de Orleans havia sancionado essa aliança, reconhecendo a Clóvis como o protetor da Igreja, cujas isenções ele confirmou nesse mesmo concílio. O papa já havia escrito a ele: “O Senhor proveu as necessidades da Igreja por lhe conceder como defensor um príncipe armado com o capacete da salvação: sejas sempre para ela uma coroa de ferro, e ela te concederá a vitória sobre os teus inimigos”.46<br />
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George B. Adams também enfatizou o fato de que Clóvis uniu os romanos e os germanos em termos iguais, preservando cada um deles as fontes de sua força, para formar uma nova civilização. Ele fundou um poder político que haveria de unir em si quase todo o continente, e dar fim ao período das invasões. Ele estabeleceu uma íntima aliança entre as duas grandes forças controladoras do futuro, os impérios que continuaram a unidade criada por Roma, o império político e o eclesiástico.47<br />
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O mesmo autor explica o significado eclesiástico dessa aliança, na seguinte declaração:<br />
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É provável que o Império Franco poderia ter sido formado sem essa aliança. É possível também que uma organização eclesiástica comum poderia ter sido criada para todas as suas partes; mas teria sido impossível para tal igreja realizar a obra –tão importante fora das fronteiras francas como dentro delas – que a Igreja Católica levou a cabo.48<br />
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Do que foi dito até aqui, podemos concluir que (1) a conversão de Constantino foi o ponto crucial que permitiu que o Cristianismo se tornasse a religião oficial do Império Romano; (2) A Cidade de Deus, de Agostinho, proveu o ideal filosófico que inspirou o papado a construir um poder temporal para conquistar o mundo; (3) a conversão de Clóvis I abriu as portas para a unificação político-eclesiástica que era necessária para apoiar as pretensões católico-romanas durante a Idade Média; e (4) a guerra de Clóvis e a vitória final sobre os visigodos arianos, em 508, representa um passo extremamente importante em prover um exército efetivo para a Igreja Católica Romana punir os assim chamados “hereges”.<br />
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Portanto, o que ocorreu em 508 pode ser considerado um dos passos mais significativos no processo de consolidação das pretensões temporais da Igreja Católica Romana, que atingiu sua culminância nas fortes perseguições da Idade Média.<br />
O contexto histórico de 538 d.C.<br />
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Muitos eventos importantes ocorreram no longo processo de fortalecimento do papado. Tendo em mente o que foi dito até aqui, passaremos agora a considerar mais especificamente alguns desses eventos ocorridos desde o início do sexto século até o ano de 538. De especial relevância foi a eleição do papa Símaco e o apoio do imperador Justiniano I.<br />
O papa Símaco<br />
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No período inicial da Igreja Cristã, todos os bispos possuíam quase que a mesma autoridade. Mas “entre 313 e 590, o bispo romano passou a ser reconhecido como o primeiro entre os iguais”. Com a ascensão de Leão I ao trono episcopal, em 440, o bispo de Roma começou a reivindicar mais explicitamente sua supremacia sobre os demais bispos. Alguns dos bispos romanos da segunda metade do quinto século eram homens poderosos, e “não deixavam passar nenhuma oportunidade que pudesse aumentar o seu poder”.49<br />
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Na passagem do quinto para o sexto século, o Papa Símaco foi “acusado de muitos crimes”, dentre os quais se destacavam o de “adultério” e o de “dissipar as propriedades da Igreja”. As acusações foram levadas ao herético rei ariano Teodorico, que convocou, com o consentimento do papa, um sínodo em 501 para tratar da questão. A despeito do fato de algumas pessoas argumentarem “que o bispo romano não podia ser julgado por qualquer outra pessoa, mesmo que fosse acusado de crimes como aqueles dos quais Símaco era acusado”, o problema não foi solucionado imediatamente. Mas finalmente, os membros de um sínodo realizado em 503 “exigiram que os oponentes e os acusadores do papa deveriam ser punidos, e saudaram a ele com altos brados de alegria”. Teodorico, rei dos ostrogodos, que estivera diretamente envolvido na solução do problema, “ordenou agora que todas as igrejas em Roma fossem entregues a Símaco, e que somente ele fosse reconhecido como bispo desta cidade”.50<br />
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Embora essas discussões tratassem mais especificamente da integridade moral pessoal de Símaco em ocupar o trono papal, a questão básica da autoridade papal também estava envolvida: poderia um papa ser julgado por um rei ou por outros bispos?<br />
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Em resposta a essa questão, havia pelo menos um “infame e extravagante bajulador de Símaco”, chamado Enódio, que chegava mesmo a ponto de asseverar “que um pontífice romano era constituído juiz em lugar de Deus, posição por ele ocupada como o subgerente do Altíssimo”.51<br />
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Embora o próprio Símaco admitisse obedecer “aos poderes temporais quando estes se limitam à esfera deles”, ele era também capaz de condenar o imperador por “apoiar a heresia”, enfatizando a sua própria superioridade sobre o governante:<br />
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Você imagina que, por ser um imperador, é permitido a você desprezar as ordenanças de Deus, e exaltar-se contra o poder de São Pedro? Compare a dignidade dos imperadores com a de um pontífice. Entre eles existe tanta diferença como entre um administrador das coisas terrestres e outro das celestiais. Embora você seja um príncipe, você recebe do pontífice o batismo e os sacramentos, e seu pedido de penitência. Em resumo, enquanto você é encarregado apenas de questões humanas, ele dispensa a você os bens celestiais. A dignidade dele, por conseguinte, é pelo menos igual à sua, para não dizer superior a ela.52<br />
O imperador Justiniano<br />
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Justiniano I tornou-se em 527 o único imperador do segmento oriental do Império Romano, conhecido como Império Bizantino. Seus ideais políticos e eclesiásticos são bem definidos por Daniel D. McGarry na seguinte declaração: Ele era inspirado por dois grandes projetos: [1] restaurar o Império Romano ao redor do Mediterrâneo Ocidental, e [2] restabelecer a unidade da Igreja Cristã. O primeiro alvo postulava a reconquista do ocidente do Mediterrâneo; o segundo, a erradicação da heresia no Egito e na Síria.53<br />
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Mas Justiniano não via esses dois alvos como dissociados um do outro. Em realidade, ele reconhecia que uniformidade em questões seculares só poderia ser bem-sucedida com “a mesma uniformidade em questões de fé.” Portanto, “Justiniano desejava reunificar todas as ramificações da Igreja Cristã e abolir todas as heresias”.54 De acordo com James Bryce: Não apenas orgulhava-se de sua ortodoxia, como vários soberanos anteriores haviam feito, mas tinha também grande confiança em sua própria capacidade como teólogo, e tomou parte ativa em todas as controvérsias da época. Sendo um estudante diligente e uma pessoa de algumas pretensões literárias, ele leu e escreveu consideravelmente sobre assuntos teológicos.55<br />
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Algumas decisões eclesiásticas muito significativas foram tomadas por Justiniano.56 Como um “campeão da ortodoxia”, ele “proibiu impiedosamente tanto o paganismo quanto a heresia”.57 R. W. Collins explica que os devotos das divindades pagãs foram privados de todos os direitos civis; assim eles não podiam exercer ofícios públicos, deixar como herança suas propriedades, ou servir como testemunha num julgamento. A pena de morte foi decretada a todos os que secretamente praticassem um culto pagão ou, uma vez convertidos, retornassem à sua antiga fé. Os filhos de pais pagãos deveriam ser tomados destes, batizados e instruídos na religião cristã. Todos os templos restantes eram convertidos em igrejas cristãs ou destruídos. Como um sopro final contra o paganismo, a Academia de Atenas, o último refúgio da filosofia pagã, foi fechada [em 529], seus professores foram dispersos, e suas doações, confiscadas.58<br />
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Considerando “a unidade da fé em um estado bem-organizado tão essencial quanto a unidade política”,59 Justiniano realizou um trabalho incomparável como “codificador e consolidador das leis preexistentes”, e como legislador, preparando “novas leis” que foram incorporadas em sua famosa Corpus Juris Civilis.60 Essa obra inclui não apenas leis civis, mas também leis eclesiásticas, por meio das quais a supremacia eclesiástica do papa foi oficialmente legalizada.61<br />
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Na segunda edição do seu Codex, publicado no dia 16 de novembro de 534,62 aparece uma carta escrita por Justiniano ao Papa João II, em 53363, na qual ele reconhece o papa como “o cabeça de todas as Sagradas Igrejas”. Justiniano inicia sua carta com as seguintes palavras:<br />
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Justiniano, Vitorioso, Pio, Feliz, Renovado, Triunfante, sempre Augusto, a João, Patriarca, e o mais Santo Arcebispo da justa Cidade de Roma: Com honra à Sé Apostólica, e à Vossa Santidade, que é e sempre tem sido lembrada em Nossas orações, tanto agora como anteriormente, e honrando vossa alegria, como é próprio no caso de alguém que é considerado como um pai, Nós nos apressamos em trazer ao conhecimento de Vossa Santidade tudo o que esteja relacionado com a condição da Igreja, uma vez que sempre tivemos o maior desejo de preservar a unidade da Sé Apostólica, e a condição das Santas Igrejas de Deus, como elas existem no tempo presente, para que permaneçam sem distúrbios ou oposições. Portanto, Nós Nos empenhamos em unir todos os sacerdotes do Oriente e sujeitá-los à Sé de Vossa Santidade, e, em consequência das questões levantadas presentemente, embora elas sejam evidentes e livres de qualquer dúvida, e, de acordo com a doutrina da vossa Sé Apostólica, são observadas constantemente com firmeza e pregadas por todos os sacerdotes, Nós ainda consideramos necessário que elas sejam trazidas à atenção de Vossa Santidade. Pois não permitimos que nada que diga respeito à condição da Igreja, embora o que cause as dificuldades seja claro e livre de dúvida, seja discutido sem que seja trazido ao conhecimento de Vossa Santidade, porque Vós sois o cabeça de todas as Santas Igrejas, pois Nós Nos empenharemos de todas as formas (como já mencionado) para aumentar a honra e a autoridade da Vossa Sé.64<br />
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É importante notar também a maneira como o papa enfatizou sua própria autoridade em uma carta escrita a Justiniano:<br />
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João, Bispo da Cidade de Roma, ao seu mais Ilustre e Misericordioso Filho Justiniano: Entre as conspícuas razões para louvar a vossa sabedoria e nobreza, Mais Cristão dos Imperadores, e um que irradia luz como uma estrela, se encontra o fato de que pelo amor do Pai, e movido pelo zelo pela caridade, tu, instruído em disciplina eclesiástica, tens mantido a reverência pela Sé de Roma, e tens subjugado todas as coisas à sua autoridade, e lhe tens dado unidade. O seguinte preceito foi comunicado ao seu fundador, isto é, ao primeiro dos Apóstolos, pela boca do Senhor, a saber: “Apascenta os meus cordeiros”. Esta Sé é, em realidade, a cabeça de todas as igrejas, como assegurado pelos preceitos dos Pais e decretos dos Imperadores, e testificado pelas palavras de vossa mais venerável piedade.65<br />
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No mesmo ano (533), Justiniano promulgou um edito “contra todos os hereges”.66 Também em 533, um acordo de paz foi firmado entre os persas e os romanos, e os laureados filósofos pagãos, que se refugiaram entre os persas após Justiniano haver decretado o fechamento da escola deles em Atenas (529), “desapareceram gradativamente nas escolas públicas e seminários de erudição, que deixaram, com o passar do tempo, de estar sobre a direção deles”.67<br />
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Uma das maiores evidências do interesse de Justiniano nas questões da Igreja pode ser observado, entretanto, “nos edifícios que ele construiu por todo o império”.68 O maior deles foi a Igreja da Hagia Sophia, ou a Igreja da Sagrada Sabedoria, que “foi designada para ser o símbolo visível do poder imperial”, e da qual o imperador considerava-se a si mesmo o representante terrestre”.69 Construída em Constantinopla e dedicada no dia de Natal de 537, esse edifício tem sido considerado “o mais magnífico monumento da arte bizantina da época” e “o mais importante edifício na história da arte cristã”.70<br />
O ano de 538 d.C.<br />
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Como visto anteriormente, muitos eventos importantes ocorreram durante o período anterior a 538, preparando o caminho para a supremacia papal da Idade Média. Embora Justiniano houvesse reconhecido oficialmente em 533 a primazia eclesiástica do papa, a Igreja de Roma ainda não tinha liberdade política para exercer sua supremacia. Desde a queda do Império Romano (476), Roma estava sempre sob domínio de um rei ariano. Os hérulos dominaram Roma até o tempo em que o seu rei Odoacro foi assassinado por Teodorico, em 493.71 Em 534, os vândalos foram completamente derrotados por Belisário e o seu exército. Mas Roma ainda não havia sido libertada do domínio dos ostrogodos.<br />
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Em realidade, Roma, de acordo com Hodgkin, foi bloqueada por 374 dias, durante 537 e 538, pelo grande cerco dos ostrogodos. Mas por volta de 12 de março de 538, “os godos resolveram abandonar o seu cerco a Roma.”72 Herwing Wolfram esclarece que “no dia 21 de junho de 538, Belisário deixou Roma. Pouco depois, Narses, com sete mil homens, desembarcou em Picenum, provavelmente no porto de Firmum-Fermo. A superioridade numérica dos godos era agora uma coisa do passado.”73<br />
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Por conseguinte, “em 538, pela primeira vez desde o fim da linhagem imperial ocidental, a cidade de Roma estava livre do domínio de um reino ariano”.74 Isso não significa que naquela época o Império Ostrogodo sucumbiu, “mas a sepultura da monarquia ostrogoda na Itália foi cavada pela derrota desse cerco”.75<br />
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Também em 538 foi realizado o Terceiro Sínodo de Orleans,76 no qual “os bispos reunidos declararam a sua intenção de restabelecer as antigas leis da Igreja e aprovar novas leis”.77 Entre os 33 cânones, havia um (Cânone 13) no qual é dito que “os cristãos não devem se casar com judeus, nem mesmo comer com eles”;78 e outro (Cânone 28) diz:<br />
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É uma superstição judaica a noção de que é ilegal cavalgar ou dirigir no Domingo, ou fazer qualquer coisa para decorar a casa ou a pessoa. Mas os trabalhadores do campo são proibidos, de maneira que o povo tenha condições de vir à igreja e adorar. Qualquer que agir de outra forma será punido, não pelos leigos, mas pelos bispos.79<br />
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No dia 29 de junho de 538, o Papa Virgílio respondeu uma carta de Profuturo, Bispo de Braga, na Lusitânia, na qual ele “condena aqueles que se abstêm de certos tipos de carnes, alegando serem proibidas, ou más em si mesmas, como se procedessem de um princípio mau; que foi a doutrina dos maniqueus”.80<br />
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O fato de Virgílio ser levado a Constantinopla e mantido lá por sete anos (547-554),81 por não haver obedecido à vontade imperial, não significa que naquela época não houvesse um poder eclesiástico para apoiar as ambições católico-romanas. O verdadeiro problema foi que Justiniano, “que se orgulhava de seu conhecimento teológico e que tinha um amor apaixonado por sutis debates teológicos”, não estava satisfeito apenas em convocar concílios, sancionar ou revogar seus decretos, formular confissões de fé, e proferir veementes anátemas; ele estava determinado mesmo “a dominar o Papa, bem como a Igreja oriental”.82<br />
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De acordo com Bémont e Monod, À medida que o bispo de Roma estava se tornando, desta maneira, o primata indisputável da Itália, e exercendo uma função de liderança na Igreja universal, ele começou a se envolver em questões temporais, não apenas em Roma, mas também no Império, e mesmo entre os reinos bárbaros. Até o sexto século, todos os papas são declarados santos nas martirologias. Virgílio (537-555) foi o primeiro de uma série de papas a não mais trazerem esse título, que foi conferido parcimoniosamente desde aquele tempo. Dessa época em diante, os papas, cada vez mais envolvidos em assuntos temporais, não pertenciam apenas à Igreja; eles são homens de Estado, e, então, governantes do Estado.83<br />
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Platt e Drummont declaram que “poucos imperadores da Roma antiga tiveram tanto poder como o Papa durante a Idade Média”.84<br />
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Do que foi dito sobre o contexto histórico de 538 d.C., podemos concluir que (1) a despeito do fato de Símaco ter legalmente de se submeter algumas vezes ao herético rei ariano Teodorico, ele não apenas se considerava superior ao governante secular, mas chegou mesmo a se auto-denominar “juiz em lugar de Deus” e “subgerente do Altíssimo”;85 (2) Justiniano I não apenas chamou o papa de “o cabeça de todas as Sagradas Igrejas”,86 mas também legalizou oficialmente a supremacia eclesiástica do papa; e (3) foi somente em 538 que a cidade de Roma se tornou livre do domínio de qualquer reino ariano “herético”, e a Igreja de Roma foi capaz de desenvolver mais efetivamente a sua supremacia eclesiástica.<br />
<br />
A seguinte declaração é muito significativa para se obter uma clara idéia do relacionamento entre 533 e 538, como mencionado anteriormente:<br />
<br />
Embora esse reconhecimento legal da supremacia eclesiástica do papa seja datado de 533, é óbvio que o edito imperial não pôde se tornar efetivo para o papa enquanto o reino ariano dos ostrogodos controlava Roma e grande parte da Itália. Foi somente após o domínio dos godos ter sido quebrado que o papado teve liberdade para desenvolver plenamente o seu poder. Em 538, pela primeira vez desde o fim da linhagem imperial ocidental, a cidade de Roma estava livre do domínio de um reino ariano. Naquele ano, o reino dos ostrogodos recebeu o seu golpe mortal (embora os ostrogodos sobrevivessem mais alguns anos como um povo). Esta é a razão porque 538 é uma data mais significativa do que 533.87<br />
Resumo e conclusões<br />
<br />
Uma análise da história do Cristianismo revela que vários passos importantes ocorreram entre os séculos quarto e sexto no processo pelo qual a Igreja Romana tornou-se cada vez mais influente em questões seculares. Esse processo culminou na união entre a Igreja e o Estado.<br />
<br />
No tempo de Constantino, o Cristianismo obteve liberdade de culto, tornando-se uma das religiões oficiais do Estado. Os imperadores subsequentes avançaram mais e mais na direção de transformar o Cristianismo na religião exclusiva do Estado. Após o saque de Roma pelos visigodos em 410, Agostinho escreveu sua famosa obra A Cidade de Deus, na qual ele expôs “o ideal católico de uma igreja universal em controle de um estado universal”, provendo “a base teocrática para o papado medieval”.88 A conversão de Clóvis, rei dos francos, foi um evento muito significativo em prover a unificação da Europa Ocidental para apoiar o papado durante a primeira metade da Idade Média. E a guerra de Clóvis contra os visigodos arianos e sua vitória sobre eles em 508, representa um passo importante em prover um exército efetivo para a Igreja Católica Romana punir os “hereges”.<br />
<br />
A despeito do fato de o Papa Símaco ser fortemente acusado e ter de se submeter ao julgamento do herético rei ariano Teodorico, ele se considerava superior ao governante secular e foi chamado até mesmo de “juiz em lugar de Deus” e “subgerente do Altíssimo”.89 Já em 533, Justiniano, imperador do Império Bizantino, reconheceu a supremacia eclesiástica do papa quando o chamou de “a cabeça de todas as Sagradas Igrejas”,90 e, no ano seguinte (534), esse status foi legalizado oficialmente na segunda edição do Codex. Mas foi somente em 538 que a cidade de Roma acabou sendo libertada do domínio de um “herético” reino ariano, e a Igreja Romana foi capaz de desenvolver mais efetivamente sua supremacia eclesiástica.<br />
<br />
Podemos concluir, com base nas discussões anteriores, que, se tomarmos os eventos ocorridos em 508 e 538 isoladamente, sem levar em consideração os seus respectivos contextos históricos, poderemos ser tentados a negar a validade de se escolher essas datas como pontos de partida para os períodos proféticos dos 1.290 e 1.335 anos, e para os 1.260 anos. Mas se considerarmos os anos de 508 e 538 à luz dos seus respectivos antecedentes históricos, perceberemos que não existe qualquer razão para negarmos a importância histórica de tais datas no longo processo de estabelecimento da autoridade temporal do Bispo de Roma.<br />
Referências<br />
<br />
1 Uma versão preliminar deste artigo foi publicada na Revista Teológica do Salt-Iaene 3 (janeiro-junho de 1999): 40-54. ↑<br />
<br />
2 Conceitos úteis sobre o princípio “dia-ano” de interpretação profética são providos em William H. Shea, Selected Studies on Prophetic Interpretation, Daniel and Revelation Committee Series, vol. 1 ([Washington, DC: Biblical Research Institute, General Conference of Seventh-day Adventists], 1982); Alberto R. Timm, “Miniature Symbolization and the Year-Day Principle of Prophetic Interpretation,” Andrews University Seminary Studies 42 (primavera de 2004):149-167; publicado em português sob o título “Simbolização em miniatura e o princípio ‘dia-ano’ de interpretação profética”, Parousia 3 (nº 1): 33-46. ↑<br />
<br />
3 Siegfried J. Schwantes demonstrou que, de acordo com Gênesis 1, a expressão “tardes e manhãs” representa “dias.” Ver S. J. Schwantes, “‘Ereb Boqer of Dan 8:14 Re-examined”, Andrews University Seminary Studies 16 (outono de 1978): 375-385. ↑<br />
<br />
4 O desenvolvimento da compreensão inicial dos adventistas do sétimo dia dos 1.260, 1.290 e 1.335 dias-anos é apresentado em P. Gerard Damsteegt, Foundations of the Seventh-day Adventist Message and Mission (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1977): 20-25, 38-40, etc. Ver também Alberto R. Timm, “Os 1290 e 1335 Dias de Daniel”, Ministério (Brasil), maio-junho de 1999, pp. 16-18; disponível em inglês como “The 1.290 and 1.335 Days of Daniel 12,” em http://biblicalresearch.gc.adventist.org/documents/daniel12.htm. ↑<br />
<br />
5 Ver Artaud de Montor, The Lives and Times of the Roman Pontiffs, from St. Peter to Pius IX (New York: D. & J. Sadlier, 1866), 2:486-513; Ludwig von Pastor, The History of the Popes from the Close of the Middle Ages (London: Routledge and Kegan Paul, 1953), 40:332-339; J. N. D. Kelly, The Oxford Dictionary of Popes (Oxford: Oxford University Press, 1986), 302; S. J. Watson, By Command of the Emperor: A Life of Marshal Berthier (London: Bodley Head, 1957), 67-70; Owen Chadwick, The Popes and European Revolution, Oxford History of the Christian Church (Oxford: Clarendon Press, 1981), 462-471. ↑<br />
<br />
6 Por exemplo, Bernard Grun, em sua obra The Timetables of History, nova 3ª ed. rev. (New York: Simon & Schuster, 1991), não apresenta qualquer evento histórico significativo relacionado tanto a 508 quanto a 538 d.C. ↑<br />
<br />
7 Uriah Smith, The Prophecies of Daniel and the Revelation, ed. rev. (Nashville, TN: Southern Publishing Association, 1944), 266-279, 323-334. ↑<br />
<br />
8 C. Mervyn Maxwell, “An Exegetical and Historical Examination of the Beginning and Ending of the 1260 Days of Prophecy with Special Attention Given to A.D. 538 and 1798 as Initial and Terminal Dates” (dissertação de mestrado, Seventh-day Adventists Theological Seminary, 1951). ↑<br />
<br />
9 Lars P. Qualben, A History of the Christian Church (Nova York: Thomas Nelson and Sons, 1940), 116. ↑<br />
<br />
10 Earle E. Cairns, O Cristianismo Através dos Séculos: Uma História da Igreja Cristã, trad. Israel Belo de Azevedo (São Paulo: Vida Nova, 1984), 100. ↑<br />
<br />
11 Ibid. ↑<br />
<br />
12 Ibid., 127. Ver também M. Creighton, A History of the Papacy from the Great Schism to the Sack of Rome (Londres: Longmans, Green, and Co., 1907), 1:7-8. ↑<br />
<br />
13 Cairns, 100. ↑<br />
<br />
14 Qualben, 116. ↑<br />
<br />
15 Daniel Walther, “I Believe… in the Millennium”, Review and Herald, 4 de maio de 1972, 5. ↑<br />
<br />
16 Cairns, 100-101. ↑<br />
<br />
17 Katherine F. Drew, “Barbarians, Invasions of”, em Joseph R. Strayer, ed., Dictionary of the Middle Ages (Nova York: Charles Scribner’s Sons, 1983), 2:90-91. ↑<br />
<br />
18 Ver R. H. Barrow, Introduction to St Augustine, The City of God (Londres: Faber and Faber, [1950]), 17. Em português, ver Santo Agostinho, A Cidade de Deus (contra os pagãos) (Petrópolis, RJ: Vozes, 1990). ↑<br />
<br />
19 Thomas Merton, “Introduction”, em Saint Augustine, The City of God (Nova York: Modern Library, 1950), ix. ↑<br />
<br />
20 Edward R. Hardy, Jr., “The City of God”, em Roy W. Battenhouse, ed., A Companion to the Study of St. Augustine (Nova York: Oxford University Press, 1955), 257. ↑<br />
<br />
21 Ross William Collins, A History of Medieval Civilization in Europe (Boston: Ginn and Company, s.d.), 102. ↑<br />
<br />
22 Qualben, 126. ↑<br />
<br />
23 Cairns, 103. ↑<br />
<br />
24 Walter C. Perry, The Franks, from Their First Appearance in History to the Death of King Pepin (Londres: Longman, Brown, Green, Longmans, and Roberts, 1857), 75. ↑<br />
<br />
25 H. M. Gwatkin e J. P. Whitney, The Cambridge Medieval History (Nova York: Macmillan, 1926), 2:111. ↑<br />
<br />
26 George B. Adams, Civilization during the Middle Ages (Nova York: Charles Scribner’s Sons, 1914), 140. ↑<br />
<br />
27 Cf. Brian Tierney e Sidney Painter, Western Europe in the Middle Ages: 300-1475, 3ª ed. (Nova York: Alfred A. Knopf, 1978), 54: “A história contada sobre a conversão de Clóvis é semelhante à de Constantino.” ↑<br />
<br />
28 Gwatkin e Whitney, 112. ↑<br />
<br />
29 Cf. Thomas Hodgkin, Theodoric the Goth; the Barbarian Champion of Civilization (Nova York: G. P. Putnam’s Sons, 1894), 189-190: “Clóvis, elevando os seus olhos aos céus e derramando lágrimas em agonia de alma, disse: ‘Ó Jesus Cristo!, a quem Clotilde declara ser o filho do Deus vivo, e de quem é dito dar ajuda aos abatidos e a vitória aos que em ti confiam, eu humildemente oro por tua gloriosa ajuda, e prometo que se me concederes a vitória sobre esses inimigos, eu crerei em ti e serei batizado em teu nome. Pois eu clamei aos meus próprios deuses e cheguei à conclusão de que eles não são de nenhum poder e não ajudam àqueles que os buscam.’” ↑<br />
<br />
30 Archibald Bower, The History of the Popes (Philadelphia: Griffith & Simon, 1844), 295. ↑<br />
<br />
31 Jean Hubert, “Clovis,” in Warren E. Preece, ed., Encyclopædia Britannica (Chicago, IL: Encyclopedia Britannica, 1971), 5:952. ↑<br />
<br />
32 Hodgkin, Theodoric the Goth, 190. ↑<br />
<br />
33 Cairns, 104. ↑<br />
<br />
34 Harry Rosenberg, “The West in Crisis”, em Tim Dowley, ed., Eerdmans’ Handbook to the History of Christianity (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1977), 220. ↑<br />
<br />
35 Adams, 135. ↑<br />
<br />
36 Ephraim Emerton, An Introduction to the Study of the Middle Ages (375-814) (Boston: Ginn and Company, 1916), 66. ↑<br />
<br />
37 William J. Courtenay, “Clovis I”, em The McGraw-Hill Encyclopedia of World Biography (New York: McGraw-Hill, 1973), 3:56 (grifos acrescentados). ↑<br />
<br />
38 Gwatkin e Whitney, 112 (grifos acrescentados). ↑<br />
<br />
39 Ibid., 113 (grifo acrescentado). ↑<br />
<br />
40 Thomas R. Buchanan, “Clovis”, em William Smith e Henry Wace, eds., A Dictionary of Christian Biography, Literature, Sects and Doctrines (Boston: Little, Brown, and Company, 1877), 1:582: “Que o elemento religioso foi muito poderoso nessa guerra (Rückert, i. 324) é evidente da carta de Clóvis aos bispos (Bouquet, l.c.), das tentativas inúteis de Alarico para confirmar a lealdade dos seus súditos católicos e romanos (Richter, p. 39, nota 2), e do que Cassiodoro (Var. iii. Ep. 1-4) nos diz das negociações anteriores à guerra.” ↑<br />
<br />
41 Perry, 85 (grifos acrescentados). ↑<br />
<br />
42 Auguste Dumas, “Clovis I”, em Alfred Baudrillart, A. De Meyer e Et. Van Cauwenbergh, eds., Dictionnaire D’Histoire et de Géographie Ecclésiastiques (Paris: Librairie Letouzey et Ané, 1956), 13:30. Ver também Gwatkin e Whithey, 115; Smith e Wace, 1:582-583. Cf. Jean Hubert, “Clovis”, em Encyclopaedia Britannica (Chicago: Encyclopaedia Britannica, 1971), 5:952: “Essa história [da visita de Clóvis a Tours em 508], uma vez questionada por alguns historiadores, tem sido corroborada, até certo ponto, por investigações posteriores.” ↑<br />
<br />
43 Adams, 137. ↑<br />
<br />
44 Victor Duruy, The History of the Middle Ages (Nova York: Holt and Company, 1904), 29. Cf. Strayer, ed., Dictionary of the Middle Ages, 2:94: “Em 508 ele [Clóvis] conseguiu eliminar todos os reis francos rivais, muitos dos quais eram parentes próximos.” ↑<br />
<br />
45 Cairns, 104. ↑<br />
<br />
46 Duruy, 32 (grifos acrescentados). ↑<br />
<br />
47 Adams, 142 (grifos acrescentados). ↑<br />
<br />
48 Ibid., 141. ↑<br />
<br />
49 Cairns, 127. ↑<br />
<br />
50 Charles J. Hefele, A History of the Councils of the Church, from the Original Documents (Edinburgh: T. & T. Clark, 1895), 4:59-62, 71, 74. ↑<br />
<br />
51 John L. Mosheim, An Ecclesiastical History, Ancient and Modern, from the Birth of Christ, to the Beginning of the Eighteenth Century (Londres: Impresso para R. Baynes, 1819), 2:113. ↑<br />
<br />
52 M. Gosselin, The Power of the Pope During the Middle Ages; or, An Historical Inquiry into the Origin of the Temporal Power of the Holy See, and the Constitutional Laws of the Middle Ages Relating to the Deposition of Sovereigns (Baltimore: J. Murphy & Co., 1835), 1:186 (grifos acrescentados). ↑<br />
<br />
53 Daniel D. McGarry, Medieval History and Civilization (Nova York: Macmillan, 1976), 119 (grifos acrescentados). ↑<br />
<br />
54 Shepard B. Clough, ed., A History of the Western World: Ancient Times to 1715 (Lexington, MA: D. C. Heath, 1969), 200. ↑<br />
<br />
55 James Bryce, “Justinianus I”, em Smith e Wace, 3:545 (grifos acrescentados). ↑<br />
<br />
56 Ver ibid., 545-551. ↑<br />
<br />
57 Collins, 156. ↑<br />
<br />
58 Ibid., 156-157. ↑<br />
<br />
59 Ibid., 156. ↑<br />
<br />
60 Ver Smith e Wace, 551-559. ↑<br />
<br />
61 Ver LeRoy E. Froom, The Prophetic Faith of Our Fathers (Washington, DC: Review and Herald, 1950), 1:501-517. ↑<br />
<br />
62 Smith e Wace, 554. De acordo com ibid., 553, a primeira edição do Codex foi formalmente promulgado em abril de 529. ↑<br />
<br />
63 Cf. Maxwell, 82-83; Richard F. Littledale, The Petrine Claims (London: Society for Promoting Christian Knowledge, 1889), 291-293. ↑<br />
<br />
64 The Code of Justinian, 2ª ed., livro 1, título 1. Republicado em S. P. Scott, The Civil Law (Cincinnati: Central Trust Company, s.d.), 12:11-12 (grifos acrescentados). ↑<br />
<br />
65 Ibid., 12:10-11 (grifos acrescentados). Lamentavelmente, não foi possível ao autor do presente artigo descobrir a data dessa carta. ↑<br />
<br />
66 Richard F. Littledale, The Petrine Claims (Londres: Society for Promoting Christian Knowledge, 1889), 291 (grifos acrescentados). ↑<br />
<br />
67 Mosheim, 2:109. ↑<br />
<br />
68 Collins, 157. ↑<br />
<br />
69 A History of the Western World, 199. ↑<br />
<br />
70 Collins, 158. ↑<br />
<br />
71 Thomas Hodgkin, Italy and Her Invaders (Oxford: Clarendon Press, 1896), 3:212, 620-626. ↑<br />
<br />
72 Ibid., 4:250. Cf. Sir Edmund Barrow, The Growth of Europe Through the Dark Ages: A.D. 401-1100 (Londres: H. F. & G. Witherby, 1927), 71-72: “O cerco durou todo um ano, de fevereiro ou março de 537 a março de 538. … Os godos tentaram negociar, mas sem sucesso, e em março de 538 Vitiges suspendeu o cerco e se retirou na direção do norte.” ↑<br />
<br />
73 Herwig Wolfram, History of the Goths, trad. Thomas J. Dunlap, ed. rev. (Berkely, CA: University of California Press, 1988), 346. ↑<br />
<br />
74 Seventh-day Adventist Bible Commentary, 4:826-827. ↑<br />
<br />
75 Froom, 1:515; Hodgkin, Italy and Her Invaders, 251-252. ↑<br />
<br />
76 Ver Hefele, 204-209. ↑<br />
<br />
77 Ibid., 205 (grifos acrescentados). ↑<br />
<br />
78 Ibid., 207. ↑<br />
<br />
79 Ibid., 208-209 (grifos acrescentados). ↑<br />
<br />
80 Archibald Bower, The History of the Popes, from the Foundation of the See of Rome, to the Present Time (Londres: Impresso para o autor, 1750), 2:375-376 (primeiro grifo acrescentado). ↑<br />
<br />
81 De acordo com A. Bower, Virgílio chegou “em Constantinopla no dia 25 de janeiro de 547” (ibid., 384), e embarcou em seu retorno a Roma, levando consigo um “Constituição datada de 13 de agosto [de 554]” (ibid., 415-416). ↑<br />
<br />
82 Collins, 156, 158. ↑<br />
<br />
83 Charles Bémont e G. Monod, Medieval Europe from 395 to 1270 (Nova York: Henry Holt, 1902), 120-121. ↑<br />
<br />
84 Nathaniel Platt e Muriel J. Drummond, Our World Through the Ages (Nova York: Prentice-Hall, 1954), 141. Estes dois historiadores datam a Idade Média de ca. 500 a ca. 1500, de acordo com ibid., 134. ↑<br />
<br />
85 Mosheim, 2:113. ↑<br />
<br />
86 Scott, 12:12. ↑<br />
<br />
87 Seventh-day Adventist Bible Commentary, 4:827. ↑<br />
<br />
88 Ibid., 836. ↑<br />
<br />
89 Mosheim, 2:113. ↑<br />
<br />
90 Scott, 12:12. ↑<br />
<br />
Fonte: Revista Parousia, 1° Semestre de 2005, UNASPRESS<br />
<br />
Alberto R. Timm, Ph.D.<br />
Professor de Teologia Histórica no SALT, Unasp, Campus Engenheiro Coelho, e diretor o Centro de Pesquisas Ellen White – Brasil<div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-83390953847351034462019-03-19T01:43:00.000-03:002019-03-19T01:43:49.466-03:00O Significado de Hades na Parábola do Rico e Lázaro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-fElJ-Ig_uWI/UTWc7Q-VNCI/AAAAAAAABS0/vADDZT6-28Q/s200/hades.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-fElJ-Ig_uWI/UTWc7Q-VNCI/AAAAAAAABS0/vADDZT6-28Q/s200/hades.jpg" /></a></div>
O termo grego hades ocorre mais de 100 vezes na LXX, na maioria das vezes para traduzir o hebraico sheol, o mundo subterrâneo que recebe todos os mortos. É uma terra de trevas, onde não há lembrança de Deus.<br />
<br />
O significado literal de hades é “não visível”, se referindo ao local da habitação dos mortos. Jesus provavelmente contou essa parábola usando o idioma corrente dos ouvintes, o aramaico, que substituiu o hebraico como língua na Palestina depois do exílio na Babilônia. Neste sentido, mesmo estudando o termo grego hades, não podemos atribuir-lhe todo significado referente à mitologia que gira em torno dele, pois Jesus não falou em grego, mas esse termo foi traduzido pelo autor de Lucas.<br />
<br />
Como essa pressuposição vamos levantar um pouco da história e significado de hades na cultura grega e sem dúvida no pensamento de muitos ouvintes de Jesus quando ele contou essa parábola. Na mitologia grega hades era originalmente o nome do deus do mundo dos mortos ou infernos. Hades era o deus responsável por governar o mundo subterrâneo e as almas após a morte. Era filho de Cronos e de Réia, irmão de Zeus (deus dos deuses) e de Poseidon (deus dos mares).<br />
<br />
A passagem mitológica mais conhecida envolvendo o deus Hades é aquela em que ele rapta Perséfone, filha da deusa Deméter, para viver com ele no mundo subterrâneo, tornando-a sua esposa. Este mito é mais conhecido como o Rapto de Cora (como Perséfone era retratada na mitologia romana).<br />
<br />
Hades era um deus que provocava muito medo na Grécia Antiga. Como estava relacionado com a morte, os gregos evitavam falar seu nome e o chamavam de Plutão, entre outros nomes. De acordo com a mitologia grega, Hades era muito quieto, intimidativo e impiedoso. Não gostava de oferendas e sacrifícios. Também não costuma interferir nos assuntos terrenos.<br />
<br />
Era deus muito temido, pois no seu mundo sempre havia espaço para as almas. Seu mundo era dividido em duas partes: o Érebo onde as almas ficavam para ser julgadas para receber seus castigos ou então suas recompensas; e também a parte do Tártaro que era a mais profunda região onde os titãs ficavam aprisionados. Hades era presidente do tribunal, era ele que dava a sentença dos julgamentos. Hades possuía um companheiro que era o seu cão Cérbero. De aspecto monstruoso, com várias cabeças, o cão era o responsável por guardar a entrada do reino dos mortos.<br />
<br />
Com o desenvolvimento da mitologia, hades começou a ser usado como para significar o próprio mundo dos mortos, a habitação das almas ou fantasmas de pessoas desencarnadas (CHAMPLIN, Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, vol. 3, 2002). No desenvolvimento da doutrina da vida após a morte, hades passou a descrever o local de habitação dos espíritos bons e maus.<br />
<br />
Mas muitas ideias oriundas do pensamento grego influenciaram muitos judeus e cristãos após a época de Cristo, que passaram a acreditar na vida após a morte e que hades estava dividido em dois compartimentos, um para ímpios e outro para os justos (CHAMPLIN, Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, vol. 3, 2002). É relevante ressaltar que o conceito de inferno como lugar de tormento após a morte vem do grego hades, e não do sheol, termo este que provavelmente foi o que Jesus usou.<br />
<br />
Apesar de ser traduzido por inferno, o que pode distorcer o seu significado, hades não indica necessariamente castigo ou salvação, mas pode assumir essas conotações dependendo do contexto. Hades pode significar apenas morte ou sepultura, sem revelar a condição de vida antes da morte, se foi boa ou má.<br />
<br />
Pr. Yuri Ravem<br />
Editor Associado do Blog Nisto Cremos<br />
Twitter:@yuriravem<br />
<br /><div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Pr. Yuri Ravemhttp://www.blogger.com/profile/02102088628957584593noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-29664899633011436762019-03-19T00:49:00.000-03:002019-03-19T01:43:18.431-03:00Quem morreu na Cruz: O lado Divino, Humano ou Divino-Humano de Jesus?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-kJvCo6dZBJw/UOjmDeffR8I/AAAAAAAAFjk/8xbh0OC9gTc/s1600/paixaodecristo_cena.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="141" src="https://1.bp.blogspot.com/-kJvCo6dZBJw/UOjmDeffR8I/AAAAAAAAFjk/8xbh0OC9gTc/s200/paixaodecristo_cena.jpg" width="200" /></a></div>
Este é um assunto complexo e de fácil distorção, no qual muitos são tentados a substituir a revelação divina por suas próprias teorias especulativas. Mas existem algumas declarações inspiradas que nos ajudam a compreender melhor o assunto. Por exemplo, em Isaías 9:6, Cristo é chamado de “Pai da Eternidade”. Em João 11:25, Ele mesmo afirma: “Eu sou a ressurreição e a vida”. Em João 10:17, 18, Ele acrescenta: “porque Eu dou a Minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de Mim; pelo contrário, Eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la.” E no livro O Desejado de Todas as Nações, p. 530, Ellen G. White diz: “Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada.”<br />
<br />
Em harmonia com essas declarações, Ellen White argumenta no livro Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 301: “Aquele que disse: ‘Dou a Minha vida para tornar a tomá-la’ (João 10:17), ressurgiu do túmulo para a vida que estava nEle mesmo. A humanidade morreu; a divindade não morreu. Em Sua divindade, possuía Cristo o poder de romper os laços da morte. Declara Ele que tem vida nEle mesmo, para dar vida a quem quer. [...] É Ele a fonte, o manancial da vida. Unicamente Aquele que tem, Ele só, a imortalidade, e habita na luz e vida, podia dizer: ‘Tenho poder para a dar [a vida], e poder para tornar a tomá-la.’ João 10:18.”<br />
<br />
Nos comentários de Ellen White em The Seventh-day Adventist Bible Commentary, v. 5, p. 1.113, o mesmo conceito é corroborado: “Foi a natureza humana do Filho de Maria transformada na natureza divina do Filho de Deus? Não. As duas naturezas foram misteriosamente fundidas em uma pessoa – o homem Cristo Jesus. Nele habitou corporalmente toda a plenitude da Divindade [Cl 2:9]. Ao ser Cristo crucificado, foi Sua natureza humana que morreu. A Divindade não sucumbiu nem morreu. Isso teria sido impossível. [...] Quando a voz do anjo foi ouvida dizendo: ‘O Teu Pai Te chama’, Aquele que havia dito: ‘Eu dou a Minha vida para a reassumir’ [Jo 10:17] e ‘Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei’ [Jo 2:19], ressurgiu da sepultura para a vida que havia em Si mesmo. A Divindade não morreu. A humanidade morreu; mas Cristo agora proclama sobre o sepulcro de José: ‘Eu sou a ressurreição e a vida’ [Jo 11:25]. Em Sua divindade Cristo possuía o poder de romper os laços da morte. Ele declara ter vida em Si mesmo para conceder a quem Ele quiser.”<br />
<br />
Nas Meditações Matinais de Ellen G. White publicadas sob o título Exaltai-O! (1992), p.346, ela acrescenta: “Jesus Cristo depôs o manto real, Sua régia coroa e revestiu Sua divindade com a humanidade, a fim de tornar-Se um substituto e penhor pelo gênero humano, para que, morrendo em forma humana, por Sua morte pudesse destruir aquele que tinha o poder da morte. Ele não poderia ter feito isso como Deus; mas, tornando-Se como o homem, Cristo podia morrer. Pela morte venceu a morte.”<br />
<br />
Mas, se mesmo “a vida de um anjo não poderia pagar a dívida” pela queda da raça humana (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 64, 65), seria suficiente que apenas a natureza humana de Cristo morresse na cruz? Este é, sem dúvida, um mistério para o qual não temos todas as respostas. No entanto, não devemos nos esquecer de que Cristo veio como o “último Adão” (1Co 15:45) para pagar o preço pelo resgate da raça humana (ver Rm 5:12-21; 1Co 15:20-22). Ele morreu como homem por todos os seres humanos. Além disso, Cristo morreu a “segunda morte” (Ap 2:11; 20:6, 14; 21:8) da qual não existe ressurreição de criaturas. Como essa morte representa a eterna alienação da criatura do seu Criador, somente Aquele que tem vida em Si mesmo poderia ressuscitar dessa morte.<br />
<br />
Portanto, mesmo que não tenhamos respostas a todas as indagações que possam surgir com respeito ao “mistério da piedade” (1Tm 3:16), pela fé aceitamos as declarações inspiradas que nos dizem que na cruz morreu apenas a natureza humana de Cristo, e não a Sua natureza divina, que ficou misteriosamente velada durante a encarnação.<br />
<br />
Texto de autoria do Dr. Alberto Timm Revista do Ancião (abril – junho de 2009).<div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-35776560567223339622019-02-05T17:17:00.001-02:002019-02-05T17:17:32.291-02:00SALMO 90 - A ETERNIDADE DE DEUS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-88lBx5wnTtw/XFnhNdxl0wI/AAAAAAAAK5A/n6P7NcnEUQ0O-wVlym9ijlmruIqnD7O1gCLcBGAs/s1600/refugio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="1280" height="224" src="https://3.bp.blogspot.com/-88lBx5wnTtw/XFnhNdxl0wI/AAAAAAAAK5A/n6P7NcnEUQ0O-wVlym9ijlmruIqnD7O1gCLcBGAs/s640/refugio.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
Sal. 90:1: "Senhor, tu tens sido o nosso refúgio".<br />
<br />
Dizem os teólogos sem teologia que Moisés inaugurou a Dispensação da Lei e que Cristo inaugurou a Dispensação da Graça. Que todos os que nasceram no AT se salvarão pelas obras da Lei, e aqueles que nasceram no NT se salvarão pela graça de Cristo. Mas aqui temos a verdadeira teologia, pois o próprio Moisés põe a sua confiança não na Lei, mas no Autor da Lei, que é Deus de quem ele roga a graça no final do salmo (v. 17).<br />
<br />
O salmo começa com uma declaração de Moisés para Deus: ''Senhor, Tu tens sido o nosso Refúgio, [a nossa Proteção, a nossa Ajuda e Socorro]''. É importante o que você diz para Deus, numa simples oração. Esta é a sua oportunidade de dizer para o Pai o que você sente por Ele, o que você pensa dEle, quais são as suas idéias a respeito de Deus. E Moisés foi logo dizendo o que ele pensava de Deus para Deus: ''Tu és o 'nosso' Refúgio'', incluindo todo o povo de Israel do seu tempo e de todos os séculos que já haviam passado, ''de geração em geração''.<br />
<br />
Deus tinha sido um Refúgio para Abraão, nas suas viagens em terreno inimigo. Deus tinha sido um Refúgio para Jacó, quando fugia do seu irmão Esaú, quando ele lutou com o Anjo do Senhor no vau do Jaboque, quando ele enfrentou o seu irmão com o seu exército armado para matá-lo. Deus tinha sido um forte Refúgio para José, quando foi vendido como escravo pelos seus irmãos, quando foi tentado pela mulher de Potifar.<br />
<br />
Deus tinha sido um forte Refúgio para Moisés e o seu povo ao tirá-los do Egito: Eles foram protegidos das 10 Pragas. Eles foram livrados dos seus inimigos que foram afogados no mar Vermelho por onde esse povo passou em terra seca, e finalmente foram sustentados no deserto, comendo pão dos anjos e bebendo água límpida que nascia da rocha. Com efeito, Moisés podia agora dizer: ''Senhor, Tu tens sido o nosso Refúgio, de geração em geração".<br />
<br />
Deus é o nosso Refúgio contra os nossos inimigos, contra as provações, contra as tentações. Deus é o nosso Refúgio contra as tribulações, contra as privações e contra a ira do Diabo, que nada pode contra o povo de Deus. Na dor, no sofrimento, e na tristeza. Deus é o nosso Refúgio na aflição, na angústia e no desespero. Deus tem sido o nosso Refúgio nas tempestades, nas procelas, nas guerras, na vida e na morte. De “geração em geração”, de descendência em descendência, através dos séculos, de tempos em tempos e em todos os tempos.<br />
<br />
Mas,<br />
<br />
I – COMO É DEUS (PARA QUE SEJA NOSSO O REFÚGIO)? [v2,4]<br />
<br />
V. 2: ''Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus.'' Deus é Eterno. Se Ele não fosse Eterno (dizemos com reverência, para que possamos compreendê-lO mais), chegaria o tempo em que Ele não mais seria Refúgio. Mas como de fato Ele é Eterno, pode ser o nosso Refúgio, e o Único Refúgio hoje, amanhã e por toda a eternidade.<br />
<br />
Moisés contemplou o monte Sinai, o monte Horebe, vislumbrou aquela cordilheira de rochas imensas, aquelas fortificações massiças. É natural o pensamento de estabilidade e eternidade. Deus é eterno, como indicam Suas obras criadas, como os montes, que parecem eternos, mas não são. A Terra, o mundo, o globo, a matéria, nada disso é eterno, embora os Evolucionistas, não achando explicação para os seus problemas, afirmam que a matéria é eterna. Não, a Terra não é eterna. E as galáxias? Também não; tudo foi criado pelo Eterno Deus, que existe antes das coisas criadas.<br />
<br />
O próprio nome de Deus indica que Ele é eterno. O Seu nome é Javé ou Yahweh, que aparece na Bíblia 6.823 vezes, e é muito próprio para designar a Divindade, porque significa eterno. A palavra vem do verbo ser, e significa ''aquele que é'', ''aquele que existe por si mesmo'', "eterno".<br />
<br />
Mas como podemos entender a eternidade, como podemos medir essa imensidão que ultrapassa a noção do tempo? V. 4: ''Pois mil anos, aos teus olhos, são como o dia de ontem que se foi e como a vigília da noite.'' Moisés nos dá um vislumbre, uma pálida idéia. A eternidade de Deus é algo tão vasto, que para Ele, 1.000 anos é como se fosse 1 dia. ''Mil anos'' que para nós é um tempo considerável, para Deus não passa de um simples dia, como o dia de ontem que se foi tão rapidamente. <br />
<br />
Alguém fez uma comparação: Vamos supor que uma grande águia viesse do céu à uma imensa montanha de ferro em nossa Terra, a cada 10 milhões de anos, a fim de afiar o seu bico, e que a montanha se desgastasse com o passar do tempo. Quando a águia houvesse gasto toda a montanha de ferro, após muitos milhões de anos seguidos afiando o seu bico, a eternidade estaria apenas começando!<br />
<br />
Deus não conta tempo, Deus não conta os anos, Ele é eterno, o Seu tempo não passa, Ele vive um presente sem fim. Para Ele não se conta o tempo; o tempo não muda nada em Deus: nem a aparência, nem os atributos; porque Ele é imutável, imortal e eterno. Ele é sempre o mesmo. Deus é eterno ontem, hoje e amanhã. E nós vivemos entre as 2 eternidades. Deus vive de eternidade a eternidade, que é uma expressão poética, mas que encerra um grande pensamento: a imensidão e o infinito.<br />
<br />
Mas, se Deus é eterno,<br />
<br />
II – COMO SOMOS NÓS (PARA QUE PRECISEMOS DESESPERADA E URGENTEMENTE DE UM REFÚGIO)? [V. 7-12]<br />
<br />
1. Somos mortais. V. 7: ''Somos consumidos pela tua ira". Moisés estava descrevendo a situação do povo de Israel no deserto. Ele sentia a tristeza de ver o seu povo perecendo. A Bíblia diz que num só dia pereceram 24.000 pessoas (1Cor. 10:8), como resultado da ação direta de Deus. Milhares foram mortos soterrados, outros foram fulminados, outros morreram pelas picadas de serpentes.<br />
<br />
Hoje também somos consumidos. Hoje como humanidade, igreja, e como indivíduos estamos sendo igualmente consumidos no deserto inóspito deste mundo. Muitas vezes somos vítimas de terremotos, catástrofes, tsunâmes, guerra, terrorismo ou doenças. Disse Paulo: "Dia após dia morro!" (1Cor. 15:31). <br />
<br />
2. Somos pecadores. V. 8: ''Diante de ti puseste as nossas iniquidades e, sob a luz do teu rosto, os nossos pecados ocultos." Agora Moisés se inclui junto de seu povo como um pecador. A Bíblia diz que todos são pecadores, e carecem da glória de Deus. Iniqüidade é injustiça. Somos culpados de injustiça, e de transgredir a Lei de Deus, cujos mandamentos são justos. Somos culpados de nossos pecados ocultos.<br />
<br />
Mas para Deus não existem pecados ocultos. Diante dAquele que é onisciente, que sabe de todas as coisas, nada se pode esconder da luz fulgurante do seu rosto. Ele está presente em todos os lugares, e pode ver a tudo o que acontece, e sabe de tudo o que se passa conosco. Ninguém pode se esconder de Deus. Ele sabe de tudo o que acontece com você. Ele conhece todos os seus pecados ocultos. <br />
<br />
3. Somos transitórios. V. 9-10. Nós somos como um rápido sono, como a relva que floresce, murcha e seca (v. 5-6), somos como um ''breve pensamento'', ''porque tudo passa rapidamente e nós voamos'' (9-10). Nós somos mortais, passageiros e transitórios. Quanto tempo viviam os homens daquele tempo? Adão viveu por 930 anos; Matusalém viveu por longos 969 anos. Noé, por 950. A 1.500 anos a.C., Moisés viveu por 120 anos, como exceção. A média de vida do povo foi abreviada de 900 para 70-80 anos. E em nosso tempo a média de vida é menor ainda, em muitos lugares de nosso planeta.<br />
<br />
4. Somos insensatos. Falta-nos a sabedoria do conhecimento de Deus e de Seus atributos. Moisés faz uma pergunta intrigante e solene: v. 11: ''Quem conhece o poder da Tua ira?'' A resposta é ninguém conhece. Os que já morreram por causa dela, não podem mais contar. ''Quem conhece?'' – é uma pergunta que indica que ninguém ainda conhece esse aspecto do caráter de Deus, em toda a sua intensidade. Os próprios anjos não conheciam nada a respeito da ira de Deus, e até os demônios tremeram por suas vidas no Dilúvio que destruiu essa Terra no tempo de Noé.<br />
<br />
Agimos insensatamente por desconhecermos o poder da ira divina. O que faríamos se já tivéssemos sentido esse poder? Muitos de nós haveríamos de procurar mais consagração. Este é um assunto muitas vezes relegado ao esquecimento e à negligência. O poder da ira de Deus, que é completamente destruidor, deveria nos inspirar ao temor e à reverência. O temor de Deus é o que nos falta para nos guardar de pecar contra o nosso amorável Criador.<br />
<br />
Então, Moisés faz uma prece, no v. 12: ''Ensina-nos a contar os nossos dias para que alcancemos coração sábio''. Ele não sabe como enumerar os seus dias, não sabe como contá-los, não conhece o número dos seus anos medidos em dias, de tão fugazes que são. Ele desconhece o seu tempo de vida. De fato, ele podia morrer a qualquer momento. Assim somos nós tão passageiros e transitórios.<br />
<br />
Agimos insensatamente por desconhecermos a brevidade da vida. Quem pode saber "o que sucederá amanhã"? "Que é a vossa vida? Sois apenas como neblina que aparece por instante e logo se dissipa." (Tia. 4:14). O que faríamos se soubéssemos que amanhã nossos dias chegariam ao fim? Muitos de nós haveriam de se preparar para a eternidade.<br />
<br />
Contar os dias significa medi-los, conhecendo as limitações que nos são tão próprias, porque se para Deus o tempo não se conta, para nós ele deve ser contado. Isto significa viver os nossos dias com prudência, sabedoria, cuidando em como aproveitar ao máximo as oportunidades, não gastando o tempo em futilidades, não esbanjando o precioso tempo de graça que Deus nos concedeu para que nós nos preparássemos para o Céu.<br />
<br />
Esta oração revela o quanto nós somos negligentes em procurar a sabedoria, desconhecendo o valor do tempo e revelando insensatez. Muitas vezes, vivemos em completa indiferença acerca da brevidade dos nossos dias. Disse Paulo: "Vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus." (Efé. 5:16).<br />
<br />
Se pudéssemos avaliar quão breve é a nossa existência, quão passageira é a nossa vida, quão efêmeros são os nossos dias, quão fugidiças as horas que ainda temos! Certamente, isso nos levaria a mais sabedoria para aproveitarmos o tempo de graça que ainda nos resta. Certamente, seríamos mais consagrados, mais piedosos para vivermos à luz de um Deus eterno. <br />
<br />
Portanto, qual seria a grande lição para nós hoje? Se somos pecadores, mortais, transitórios e insensatos, não temos razão para o orgulho, exaltando-nos a nós mesmos sobre os outros; não temos razão para a vaidade, ocupando-nos com o que é inútil; não temos razão para a maledicência, denegrindo o caráter de nossos irmãos; não temos razão para ser egoístas. Somos apenas mortais, pobres pecadores, com um breve período de vida, transitórios, insensatos, merecedores da condenação eterna.<br />
<br />
III – QUAL É A NOSSA ÚNICA ESPERANÇA? [v. 13-17]<br />
<br />
Diante de tantas realidades, diante de tantas fraquezas, qual é a nossa esperança? Quando o homem contempla a Deus em Sua eternidade, quando ele contempla as suas debilidades, ele se vê como pecador mortal, quando ele se conhece como objeto da ira divina, ele anseia a imortalidade, porque ''Deus colocou a eternidade no coração do homem'' (Ecl. 3:11).<br />
<br />
Então, ele clama (v. 13a): ''Volta-te, SENHOR! Até quando?'' A palavra "SENHOR" é tradução de Yahweh, que significa Eterno, existente por si mesmo. Ele está clamando: “Até quando, ó Eterno, nós seremos mortais? Até quando contemplaremos a morte dos nossos queridos? Até quando seremos tão transitórios? Até quando veremos a imortalidade apenas como um profundo anseio? Até quando estarás irado contra o Teu povo?”<br />
Onde está a nossa esperança? Nossa esperança está na propiciação. V. 13b: "Tem compaixão dos teus servos". Algumas versões dizem: ''Aplaca-Te para com os Teus servos'' (Almeida Antiga). Com efeito, este é o sentido conforme o contexto que até agora vinha descrevendo a ira, o furor e a cólera de Deus. Moisés pede que Deus aplaque a Sua ira, que seja apaziguado, que desvie a Sua ira do Seu povo.<br />
<br />
Como é que Deus fez isso no passado? Como foi que Ele atendeu à esta oração intercessória de Moisés? Quando Ele foi aplacado em Sua santa ira? Ele foi aplacado quando Jesus Cristo morreu na Cruz do Calvário. Cristo "é a propiciação pelos nossos pecados'' (1 Jo. 2:2); Ele morreu como uma propiciação, uma oferta que apaziguava a Deus, a fim de que nós pudéssemos ser salvos e desse modo alcançar a imortalidade. Nossa esperança está na propiciação de Jesus Cristo, morrendo e derramando o Seu sangue por nós.<br />
<br />
Portanto, se nós aceitarmos a propiciação de Cristo como o Cordeiro de Deus que tira o nosso pecado, nós podemos ver a eternidade tão almejada. Deixaremos de ser pecadores para ser considerados santos por Deus. Deixaremos de ser "filhos da ira" (Efé. 2:3), para sermos amados filhos de Deus. Deixaremos de ser fracos e insensatos, porque Cristo é para nós a Sabedoria de Deus. Deixaremos de ser mortais e transitórios, para sermos revestidos da imortalidade e poderemos viver a vida que se compara com a vida de Deus. <br />
<br />
Moisés continua o salmo fazendo alguns pedidos a Deus no v. 14: "Sacia-nos de manhã com a tua benignidade". Ele ora para que seja ''saciado'' em sua fome pela bondade de Deus. Quando ele espera que isso aconteça? ''De manhã''. É pela manhã que você deve buscar uma nova compreensão da bondade do nosso Pai de amor. E onde encontramos as provas dessa bondade? Certamente, nas páginas luminosas da Bíblia, onde Deus nos revelou os Seus atos salvadores.<br />
<br />
Com que objetivo o salmista deseja satisfazer a sua fome da bondade de Deus? "Para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias". Aqui está a base de nosso louvor: quando nós temos uma demonstração da bondade de Deus nós O louvamos, exaltamos o Seu glorioso nome e somos alegres, felizes, jubilosos. Os cristãos têm sobejas razões para ser alegres todos os dias de sua vida, porque ele considera na bondade de Deus que se revela diária e constantemente.<br />
<br />
Moisés recorda a grande tribulação do povo de Israel em sua escravidão no Egito: longos anos de sofrimento e miséria nas mãos do Faraó, servindo como escravos dos inimigos de Deus. Eles viviam bem próximos à morte, e de fato muitos morreram pela severidade dos trabalhos e exigências e castigos do rei. Mas agora, Moisés, sofrendo ainda no deserto, ora a Deus: v. 15: "Alegra-nos por tantos dias quantos nos tens afligido, por tantos anos quantos suportamos a adversidade."<br />
<br />
Temos nós sido afligidos por muitos anos neste mundo e muitas vezes sofremos pela opressão dos nossos inimigos. Muitas vezes o povo de Deus no presente sofre por muitas razões. Mas podemos orar como fez Moisés, suplicando que Ele nos dê a alegria do Espírito Santo, por todos os dias que ainda nos restam em nossa vida aqui nesta Terra. Podemos orar pela compensação dos dias de sofrimento. Mas também é bom lembrar como disse Paulo que "a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação." 2 Coríntios 4:17.<br />
<br />
A seguir, Moisés também ora por uma visão da glória a ser revelada aos filhos de Deus. V. 16: "Aos teus servos apareçam as tuas obras, e a seus filhos, a tua glória." Ele mesmo já contemplara a glória de Deus, no monte Sinai, e ali encoberto pela mão divina, ele viu a Deus pelas costas, e proclamou o caráter amorável de Deus. E então Moisés adorou a Deus. O cristão tem a esperança de ver a glória de Deus. Mas por enquanto só podemos ver a glória do Seu caráter maravilhoso.<br />
<br />
O que acontece quando Deus nos dá uma visão da glória do Seu caráter? O que foi que Moisés pediu? Verso 17: ''Seja sobre nós a graça do Senhor nosso Deus''. Com efeito, quando contemplamos a glória de Deus, desejamos a Sua graça, a fim de podermos viver como Deus em Seu caráter; por isso Moisés pede a graça de Deus, a fim de que possa ser salvo, porque ele cria na salvação pela graça, que nos dá o poder de guardarmos os mandamentos de Deus.<br />
<br />
Moisés, o grande legislador, sabe como podemos guardar a aliança e os mandamentos divinos: isto só pode ser conseguido pela graça de Deus. Portanto, ele também pede que Deus confirme as obras de suas mãos, porque as obras revelam o caráter, e ele anseia possuir o caráter de Jeová, o seu poderoso Refúgio.<br />
<br />
CONCLUSÃO<br />
<br />
Portanto, esta é a mensagem do Salmo 90: Deus é eterno, o homem é mortal e transitório. Mas nós temos uma esperança, que está baseada na propiciação de Cristo. E quando nós cremos nEle como a nossa propiciação, a bondade de Deus é derramada sobre nós, e temos a alegria da salvação. E então, vemos a glória do caráter de Deus e a seguir buscamos a Sua graça para nos dar o poder de andar com Deus e guardar os Seus mandamentos.<br />
<br />
Moisés compreendeu o Evangelho. E ele escreveu esta grande mensagem para nós. E um dia eu quero poder falar diretamente com Moisés e lhe dizer o quanto o Salmo 90 e todos os seus escritos me ajudaram. Portanto, vamos buscar:<br />
<br />
1) A propiciação, para que nos dê a redenção dos nossos pecados;<br />
2) A bondade divina para que tenhamos alegria;<br />
3) A glória de Deus, para revestir-nos de Sua imortalidade;<br />
4) A graça divina para que nos santifique em nossas obras.<br />
<br />
Vamos seguir as suas indicações e buscar a Deus e a Sua graça para podermos viver mais intensamente o nosso Cristianismo. E um dia quando Jesus Cristo voltar, nós veremos não só Moisés que já está no Céu, mas o grande Salvador de Moisés, para entregar as nossas homenagens, o nosso louvor, a nossa gratidão, e para vivermos com Ele eternamente.<br />
<br />
Pr. Roberto Biagini<br />
Mestrado em Teologia<br />
<br /><div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-1942710760369222032018-08-11T08:28:00.001-03:002018-08-11T08:28:54.415-03:00SALMO 77 - EM DÚVIDA SOBRE DEUS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-xnNscvUKHu0/W27IaLfBj7I/AAAAAAAAHcg/d-qutIeS2nItSQ3ezJkunOGS-t5lGTu7gCLcBGAs/s1600/viajar-para-miami-ou-costa-oeste-duvida.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="867" data-original-width="1300" height="425" src="https://3.bp.blogspot.com/-xnNscvUKHu0/W27IaLfBj7I/AAAAAAAAHcg/d-qutIeS2nItSQ3ezJkunOGS-t5lGTu7gCLcBGAs/s640/viajar-para-miami-ou-costa-oeste-duvida.jpeg" width="640" /></a></div>
<br />
Você já esteve em dúvida na sua vida quanto a Deus? Um dia eu estava num cemitério, na grande Porto Alegre, onde haveria de realizar uma cerimônia fúnebre. E eu me aproximei de um parente da pessoa que seria sepultada. Mas qual não foi a minha surpresa quando o homem começou a culpar a Deus pela morte daquela criança. Ele falava que Deus não devia ter feito aquilo, que se Ele tinha tanto poder como nós dizemos, então por que não evitou que o menino morresse? Era difícil consolar uma pessoa assim, mas uma coisa pelo menos, eu tentei fazer: era tirar a culpa de Deus.<br />
<br />
Você já duvidou de Deus? Já sentiu angústias por que estava com dúvidas acerca de Deus? Pois você não foi o único. O salmista Asafe escreveu o Salmo 77, para contar de sua experiência e nos ajudar a solucionar esse tipo de problema. Os versos 1-6 mostram a intensidade dos sentimentos do salmista.<br />
<br />
V. 1-5: ''1 Elevo a Deus a minha voz e clamo, elevo a Deus a minha voz, para que me atenda. 2 No dia da minha angústia, procuro o Senhor; erguem-se as minhas mãos durante a noite e não se cansam; a minha alma recusa consolar-se. 3 Lembro-me de Deus e passo a gemer; medito, e me desfalece o espírito. 4 Não me deixas pregar os olhos; tão perturbado estou, que nem posso falar. 5 Penso nos dias de outrora, trago à lembrança os anos de passados tempos.'' Quais são os seus sentimentos? Ele revela sua tristeza, sua angústia e abatimento de espírito diante de certas circunstâncias amargas.<br />
<br />
I – AS AÇÕES DE UM DESESPERADO<br />
<br />
1. Ele Clamou. O que significa clamar? Clamar significa falar em altas vozes, bradar, gritar, protestar em voz alta. ''Elevo a Deus a minha voz''.<br />
<br />
Será que Ele ouve a minha voz? A minha fraca voz, a minha débil voz? A minha voz tremente? Deus ouve os clamores dos Seus filhos? Deveríamos clamar a Deus também, como fez o salmista, porque Ele atende aos nossos clamores, quando nós oramos com fervor e sentimento. Ele não atende a orações vazias, mas atende às orações cheias de sentimento e emoção, quando nós derramamos a nossa alma diante dEle.<br />
<br />
2. Ele Procurou ao Senhor. Você está procurando o Senhor? O que você procura? Ou a quem você procura? Alguns estão procurando apenas aliviar a sua angústia com algum remédio, algum paliativo, algum calmante, para poder dormir mais feliz, e nada mais.<br />
Quando ele procura o Senhor? No dia da angústia. A angústia corrói os nossos músculos morais e espirituais. Quando alguém está angustiado, aflito e oprimido, as suas forças diminuem, e é perigoso cair.<br />
<br />
Que tipo de angústia? É uma angústia tão intensa que ele desabafa: ''A minha alma se recusa a consolar-se''. Quando em angústia, somos estimulados a procurar um consolador. O salmista busca o Senhor, que é o supremo Consolador dos aflitos, mas mesmo assim, a sua alma não encontrava consolação.<br />
<br />
Mas quando sofremos angústia? Quando estamos distantes de Deus, quando afligidos pela tribulação, quando somos perseguidos pelos inimigos, ou quando estamos acossados pela tentação.<br />
<br />
O Senhor deve ser procurado e será achado. Ele mesmo foi quem prometeu: ''Buscar-Me-eis e Me achareis, quando Me buscardes de todo o coração.'' (Jer. 29:13). Devemos buscar a Deus de todo o nosso coração. A religião cristã é uma religião do coração. É com o coração e com a mente que nós sentimos e nos relacionamos com Deus sinceramente.<br />
<br />
3. Ele também Ergueu as Mãos. No seu desespero, o salmista levanta as suas mãos como que numa tentativa de se apegar a Deus, que lhe parece tão distante. Mas mesmo assim, ele está desanimado: ''a minha alma recusa consolar-se''. Tudo o que ele fazia parecia piorar a situação angustiante que ele estava passando.<br />
<br />
4. Ele se Lembrou de Deus. Ele clama, ele busca ao Senhor, ele ergue as mãos. Mas se ainda assim, a sua alma recusa consolar-se, quem sabe se ele não deveria se lembrar de Deus? Foi o que ele fez a seguir. V. 3: ''Lembro-me de Deus'' – Isso é ótimo; não se esqueça de Deus. É Ele que é a sua segurança. É Ele que pode ajudar a você em todas as circunstâncias, ajudar a resolver todos os problemas. É somente Deus que nos pode valer nos momentos de angústia e agonia de alma.<br />
<br />
Mas qual foi o resultado? ''Passo a gemer!'' Mas como? Ele se lembra de Deus e passa a gemer? Ora, eu esperava que ele dissesse: ''Lembro-me de Deus e passo a gritar de alegria! Lembro-me de Deus e passo a exultar de júbilo!'' Mas, por mais estranho que pareça, ele diz que passa a gemer. Como pode alguém gemer quando pensa em Deus? Eu cuidava que quando você está em angústia e se lembra de Deus, você teria a solução de todas as perplexidades e angústias! Entretanto, o salmista diz que passa a gemer quando ele pensa em Deus! E então, sua angústia se intensifica! ''Medito, e me desfalece o espírito!''.<br />
<br />
II – AS 6 QUESTÕES DE UM DESESPERADO<br />
<br />
O que fez então o salmista Asafe? V. 6: ''De noite indago o meu íntimo, e o meu espírito perscruta.'' Ele passa a meditar profundamente. Hoje a meditação é muito pouco praticada. Na corrida dos nossos dias, não temos mais tempo nem para meditar em Deus, procurando soluções. Então, o salmista Asafe em sua profunda meditação, levanta 6 grandes questões que se relacionam à sua alma, e à nossa alma também.<br />
<br />
V. 7-9: ''7 Rejeita o Senhor para sempre? Acaso, não torna a ser propício? 8 Cessou perpetuamente a sua graça? Caducou a sua promessa para todas as gerações? 9 Esqueceu-se Deus de ser benigno? Ou na sua ira, terá ele reprimido as suas misericórdias?'' Estas são perguntas muito sérias porque tem que ver com Deus e Seu caráter. O salmista não sentia angústia por um simples problema do dia a dia. Ele não sentia angústia por estar só olhando para os seus erros e pecados. Ele estava com dúvida sobre Deus! Certamente, o problema não estava em Deus; o problema estava com o salmista. Qual é o seu problema? Qual é o motivo de sua angústia? Por que ele estava tão angustiado? Notemos as suas perguntas:<br />
<br />
1 - ''Rejeita o Senhor para sempre?'' Será que Deus está me rejeitando? Não, Ele não está rejeitando a você. Ele não abandona a ninguém. Se alguém se sentir abandonado, é porque ele abandonou aos outros, ou os outros o abandonaram, ou ele abandonou a Deus, mas Deus não abandona a ninguém!<br />
<br />
Eu conheço apenas uma pessoa que foi abandonada por Deus! Somente uma pessoa foi abandonada por Deus. Somente uma pessoa foi desamparada por Deus! Você sabe quem foi essa pessoa? Foi somente Jesus Cristo, que foi abandonado por Seus amigos, abandonado por Seus discípulos, foi abandonado pelos homens, e lá no monte do Calvário, quando Ele estava morrendo na Cruz, Ele ergueu a Sua voz, e clamou: ''Deus Meu, Deus Meu, por que Me abandonaste?'' Sim, Ele não diria isso se Ele não tivesse sido de fato abandonado por Deus, naquele momento em que levava os nossos pecados.<br />
<br />
Mas Deus desamparou o Seu Filho Único na Cruz, para que nós nunca fôssemos abandonados. Graças a Deus pelo Seu dom inefável! Graças a Deus pelo imenso sacrifício de Seu Filho, em permitir-Se ser abandonado por Seu Pai!<br />
<br />
2 - ''Acaso, não torna a ser propício?'' O que significa ''propício''? ''Propício'' significa ser favorável, que vem da palavra favor. Era preciso tornar a Deus favorável, por causa da Sua ira que foi despertada pelo pecado. Era necessária a propiciação, a fim de que Ele Se tornasse propício, em relação a nós, e desse modo fôssemos salvos da ira, e novamente integrados em Seu reino.<br />
<br />
E então, para que isso fosse possível, Ele enviou a Jesus Cristo, e ''Ele é a propiciação pelos nossos pecados'' (1João 2:2) Pela Sua propiciação, em Jesus Cristo, na Cruz do Calvário, Deus Se fez propício a nós, e nos dá a Sua graça.<br />
Dois adoradores foram ao templo a fim de orar, e enquanto o fariseu exaltava as suas virtudes, o publicano orava desse modo: ''Ó Deus, Sê propício a mim pecador!" E ele foi justificado para a sua casa, porque Deus Se fez propício para com ele, concedendo-lhe a Sua paz.<br />
<br />
3 - ''Cessou perpetuamente a Sua graça?'' Não, seguramente; a graça de Deus não cessa! Não pode cessar a fonte inesgotável de tão maravilhosa graça que é estendida a todos os pecadores.<br />
<br />
Mas alguém pode estar pensando: ''E a porta da graça; ela não se fechará um dia?'' É certo que haverá um tempo em que se fechará a porta da graça, a oportunidade de salvação. Mas só acontecerá quando os homens rejeitarem terminantemente e para sempre a graça de Deus, quando desprezarem completamente a misericórdia, e derem as costas ao plano de salvação, selando a sua perdição, após ter tido o conhecimento e graça suficientes e inesgotáveis para a sua salvação.<br />
<br />
E, depois de tudo que foi feito gratuitamente, os ímpios poderão testificar no Dia do Juízo, que com efeito, a graça divina jamais cessou. Eles é que não quiseram se salvar e se aproveitar dos benefícios dessa graça maravilhosa e inesgotável!<br />
Mas a todos os que desejam a salvação, a Sua graça se estende maravilhosamente. Não, a Sua graça não cessou. A Sua graça jamais cessará perpetuamente para todo o pecador que quiser se salvar.<br />
<br />
4 - "Caducou a sua promessa para todas as gerações?'' Tornou-se obsoleta a Sua promessa? Não, as promessas de Deus são fiéis, seguras e jamais falham. Nós muitas vezes prometemos muitas coisas e não podemos cumprir as promessas que fazemos. Mas Deus não é assim! Todas as Suas promessas são fiéis e verdadeiras!<br />
<br />
5 - ''Esqueceu-se Deus de ser benigno?'' Será que Ele perdeu a memória? Sua benignidade é uma das mais estupendas revelações do Seu amor. A Sua bondade se manifesta sempre, e em todas as circunstâncias; mesmo quando as coisas não estão andando como nós queremos, Ele está sendo bondoso. Se há um esquecimento, é de nossa parte! Deus não Se esquece de ser continuamente bom para conosco! Ele nem precisa Se lembrar disso, porque todos os Seus atos são uma demonstração de Sua bondade que se revela naturalmente.<br />
<br />
6 - ''Ou, na Sua ira, terá ele reprimido as Suas misericórdias?'' Se isso acontecesse, nós teríamos só que lamentar. Mas o que ocorre é exatamente o oposto. Ainda podemos repetir as palavras de Jeremias: ''As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as Suas misericórdias não tem fim; renovam-se a cada manhã'' (Lam. 3:22-23). Com efeito, Deus não tem reprimido as Suas misericórdias; antes, pelo contrário, tem multiplicado as suas abundantes misericórdias que se estendem ''de eternidade a eternidade sobre os que O temem'' (Sal. 103:17).<br />
<br />
No verso 10, o salmista coloca em poucas palavras o fundamento de todos os seus problemas: ''Então, disse eu: Esta é a minha aflição – mudou-se a destra do Altíssimo''. Mas o que nós lemos na Palavra de Deus, que é completamente confiável? ''Eu, o Senhor, não mudo; por isso vós... não sois consumidos'' (Mal. 3:6). Sim, Deus não muda; porque se Ele mudasse, nós já não teríamos esperança. “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente.” Heb 13:8.<br />
<br />
III – A SOLUÇÃO PARA UM DESESPERADO<br />
<br />
Como o salmista resolveu o seu grande problema? Como Asafe pôde se desfazer de suas dúvidas acerca de Deus? E como podemos nós vencer esse tipo de dúvida que muitas vezes Satanás lança sobre nós?<br />
<br />
1. Asafe se Lembra dos Atos de Deus. V. 11: ''11 Recordo os feitos do Senhor, pois me lembro das tuas maravilhas da antiguidade.'' Quando você está inquieto e com dúvida quanto aos atos de Deus, o que você deve fazer? Você deve se lembrar dos atos da História passada, deve lembrar dos atos salvadores e das maravilhas que Ele tem feito através de todos os tempos. E não só dos atos de Deus na História, mas em nossa vida passada.<br />
<br />
Então, Asafe praticou esse princípio que jamais devemos esquecer: V. 12-14: ''12 Considero também nas tuas obras todas e cogito dos teus prodígios. 13 O teu caminho, ó Deus, é de santidade. Que deus é tão grande como o nosso Deus? 14 Tu és o Deus que operas maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu poder.'' Ele considerou as obras de Deus e só viu prodígios, verdadeiros milagres. Ele considerou o Caminho divino, e chegou à conclusão de que só há santidade em todos os Seus feitos, não há nenhum erro em todas as Suas decisões. Portanto, não pode haver nenhum deus que se compare ao nosso grande Deus.<br />
<br />
2. Asafe Exaltou o Poder de Deus, através de Suas maravilhas. Mas onde estão os exemplos de tudo isso? Onde estão as provas do Seu grande poder revelado? Onde estão as Suas exaltadas maravilhas? V. 15: '' Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José.''<br />
Onde é que Deus manifesta o Seu maior poder? Na Redenção do Seu povo. Aí está o Seu grande poder e aí estão as Suas maiores maravilhas. No entanto, alguém poderia argumentar e dizer: ''Mas não é na Natureza e na Criação que Ele manifesta as grandes evidências do Seu poder? ‘Ele mandou e tudo apareceu; falou, e tudo veio a existência!’ como nos diz o salmista Davi, no Salmo 33.''<br />
<br />
De fato, Asafe não se esqueceu dessas coisas, e descreve tais manifestações do poder de Deus na Natureza: V. 16-19: ''16 Viram-te as águas, ó Deus; as águas te viram e temeram, até os abismos se abalaram. 17 Grossas nuvens se desfizeram em água; houve trovões nos espaços; também as suas setas cruzaram de uma parte para outra. 18 O ribombar do teu trovão ecoou na redondeza; os relâmpagos alumiaram o mundo; a terra se abalou e tremeu. 19 Pelo mar foi o teu caminho; as tuas veredas, pelas grandes águas; e não se descobrem os teus vestígios.''<br />
<br />
Ele fala das águas como vendo a Deus e sentindo o Seu poder, usando uma linguagem poética. Ele fala dos abismos que se abalaram. Ele fala dos trovões e relâmpagos em sua manifestação gloriosa, e da terra que tremeu.<br />
<br />
Mas tudo isso não é de se comparar à redenção do Seu povo, onde estão as maiores maravilhas. E para deixar isso bem claro, Asafe termina o salmo com o mesmo tema: V. 20: ''O teu povo, tu o conduziste, como rebanho, pelas mãos de Moisés e de Arão.'' O Seu grande poder está em remir o Seu povo. E qual é a razão disso? É preciso muito mais poder para redimir o homem. É preciso muito mais poder para salvar do que para transformar a Natureza ou mesmo de criá-la. Para redimir o homem, é preciso o poder de um Criador e de um Redentor. Para criar, basta uma palavra; para redimir, é preciso dar a vida, em um imenso e infinito sacrifício, pessoalmente. Portanto, em redimir o Seu povo, Deus demonstrou o Seu maior poder.<br />
<br />
Assim como Moisés e Arão, sob o poder divino, conduziram o povo de Israel do Egito, pelo deserto até a terra de Canaã, assim Deus está conduzindo o Israel espiritual hoje, saindo do Egito deste mundo em direção à Canaã celestial.<br />
Quando nós lembramos destes fatos, nós não vacilamos em nossa fé em nosso Deus que não só manifesta o Seu poder mas a Sua grande misericórdia, para nos salvar. Quando nos lembramos do Seu poder, nós temos confiança. Quando nos lembramos de Sua misericórdia, nós nos aproximamos dEle. Só assim, nós seremos transformados e salvos.<br />
<br />
Não se esqueça de sempre trazer na lembrança os grandes feitos e as maravilhas de Deus, que demosntram o Seu amor e o Seu poder. Este é o grande remédio para toda e qualquer dúvida.<br />
<br />
Pr. Roberto Biagini<br />
prbiagini@gmail.com<br />
Mestrado em Teologia<br />
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<div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-88634697225056975132018-05-04T13:57:00.000-03:002018-04-05T23:05:05.462-03:00SALMO 13 – ATÉ QUANDO, SENHOR?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-d-w3yNlaVmg/WsbVwziZhEI/AAAAAAAAHFQ/UxtymLGSDSA_rbWfFrYD3DjiIlddzgFowCLcBGAs/s1600/lagrimas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://2.bp.blogspot.com/-d-w3yNlaVmg/WsbVwziZhEI/AAAAAAAAHFQ/UxtymLGSDSA_rbWfFrYD3DjiIlddzgFowCLcBGAs/s640/lagrimas.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
Este é um salmo de Davi, que clama a Deus: “Até quando?” É o salmo de uma alma desertada, aflita, angustiada porque julga que por algum problema muito sério, Deus Se afastou. Então, ele já está cansado de esperar e pergunta: “Até quando, Senhor?” A repetição quádrupla desta frase demonstra claramente o intenso sofrimento do escritor. Ele se sente perturbado pela aparente indiferença de Deus. Ele se sente abandonado por Deus na sua maior necessidade.<br />
<br />
“Até quando, Senhor?” é a pergunta de almas angustiadas que sofrem e não podem vislumbrar uma perspectiva de alívio ao seu sofrimento. “Até quando, Senhor?” é a inquirição de pessoas que perderam o seu cônjuge e não encontram um novo amor com quem possam compartilhar tanta vida. “Até quando, Senhor?” é a pergunta de almas desconsoladas que não acham mais um resquício de esperança e consolo para suas aflições. “Até quando, Senhor?” é o desafio de almas perplexas, que não podem ver o tempo de Deus e<br />
a Sua fantástica resposta.<br />
<br />
I - PERPLEXIDADE<br />
<br />
O salmista enfrentava uma tríplice perplexidade.<br />
<br />
1- Perplexo com Deus: “Até quando, Senhor? Esquecer-te-ás de mim para sempre?” Pode haver uma angústia maior do que esta: de julgar que Deus nos esqueceu? Que Deus nos abandonou? Que estamos condenados “para sempre” a viver sem Deus? “Sem ar, sem luz, sem razão”?, para usarmos as palavras de Castro Alves. E ele ainda completa a sua queixa, dizendo: “Até quando ocultarás de mim o rosto?”<br />
<br />
Mas será que Deus pode Se esquecer de nós? Será que Ele nos abandona? Disse o apóstolo Paulo que não há, nem haverá, qualquer circunstância em todo o universo que nos possa separar do amor de Deus. Deus não se esquece de ninguém; não abandona a quem quer que seja. E foi o mesmo Paulo quem deu a razão: Se Deus enviou a Jesus Cristo para morrer por nós, se Ele foi capaz de fazer a coisa mais difícil, por que, depois de tudo, haveria de nos abandonar e nos esquecer à nossa própria sorte? Isso seria impossível! (Rm 8:31-39).<br />
<br />
A verdade é bem outra: nós é que esquecemos de Deus, nós é que abandonamos a Deus, nós é que não O buscamos como a nossa prioridade, escolhemos fazer a nossa própria vontade, e nos encontramos em situações embaraçosas, difíceis. No entanto, muitas vezes, somos vítimas da fatalidade e jogamos a culpa em um Deus cheio de amor que já estava sabendo de tudo o que se passava conosco, e já estava tomando providências para nos ajudar.<br />
<br />
Davi estava decepcionado com Deus, e colocou a culpa das circunstâncias que o afligiam na possível demora de Deus em tomar alguma providência salvadora. E julgou que Deus o abandonara, que se esquecera dele. Por acaso você já esteve decepcionado com Deus? Por acaso, você está fazendo as perguntas do salmista para Deus? “Senhor, por que Te esqueceste de mim? Não vês a minha angústia? Não sabes de minha aflição? Por que não posso sentir o Teu rosto perto de mim? Será que me abandonaste por causa de meus pecados?” Estes eram os sentimentos de Davi.<br />
<br />
2- Perplexo consigo mesmo: “Até quando estarei eu relutando dentro de minha alma, com tristeza no coração cada dia?” Davi agora manifesta uma perplexidade consigo mesmo. Ele olha agora para dentro de si, e se vê em uma atitude estranha, lutando entre dois pensamentos, coxeando entre duas atitudes, relutando entre o certo e errado. O certo seria confiar em Deus e nunca desconfiar de Sua soberana vontade. O errado seria esperar que Ele agisse contrariamente à Sua sábia determinação e propósito. O certo seria esperar confiantemente, deixando as coisas acontecerem no tempo exato de Deus. O errado seria atropelar as coisas passando por alto a hora de Deus. O certo e o errado clamavam e lutavam por uma decisão sábia dentro de si mesmo.<br />
<br />
A esperança e o desespero relutavam dentro daquele triste coração: “Se Deus me ungiu como rei de Israel, por que eu deveria passar por todas estas tribulações? O que eu fiz de errado para estar assim nesta situação aflitiva? Mas se Ele me ungiu, por que deveria estar preocupado?”<br />
<br />
Você também está lutando e relutando com algumas coisas difíceis de resolver em sua vida? É muito duro suportar tristeza a cada dia que passa por algum sofrimento, alguma dor aguda, pela falta de um ente querido que se foi. É duro suportar a solidão porque o esposo abandonou a família, deixando a esposa e os filhos em uma profunda melancolia, perguntando-se: “Onde foi que eu errei? Até quando ficarei com essa tristeza em meu coração e com essas dúvidas que estão corroendo a minha vida e a minha felicidade?”<br />
Por acaso você está relutando dentro de si mesmo por causa de algum problema financeiro? Algumas pessoas ficam angustiadas, fazem uma profunda análise dentro de si mesmas e perguntam: “Como posso estar nessa dificuldade toda, enquanto sou fiel a Deus nos dízimos e ofertas?” Há uma profunda tristeza, porque ficam decepcionados consigo mesmos em seu relacionamento com Deus. E podem perguntar como Davi fazia: “Até quando estarei relutando dentro de minha alma, com tristeza no coração cada dia?”<br />
<br />
3- Perplexo com os outros. Os outros eram os seus inimigos. “Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo?” Até quando se exaltarão os meus adversários contra mim? Será que já não chega de tanta perseguição, sem que eu tivesse culpa alguma contra eles? Até quando durará a ação do inimigo sem que se faça coisa alguma?<br />
Se este salmo se refere ao tempo das perseguições do rei Saul, junto aos seus oficiais, caçando a alma de Davi como se fazia com animais, então, ele deve ter pensado: “Se o meu inimigo é o ungido de Deus, por que ele haveria de perseguir o outro ungido de Deus?” Esta era a sua perplexidade com o seu inimigo.<br />
<br />
Você tem algum inimigo particular? Está perplexo com ele? Está perguntando até quando esse inimigo vai lhe perseguir e falar contra a sua alma? Então, você deve conhecer a oração de Davi, que vamos analisar agora.<br />
<br />
II - PETIÇÃO<br />
<br />
O salmista fez um tríplice pedido:<br />
<br />
1- Prece por atenção: “Atenta para mim, Senhor! (v. 3). Davi suplicava de Deus atenção. Astronomicamente falando, poderíamos dizer que Ele tem tantos mundos, tantas estelas e galáxias para os quais dar atenção que seria difícil atender a uma só pessoa em apuros tão prontamente. Mas este não é problema para um Deus onisciente, onipresente e onipotente. Ele pode lhe dar atenção a qualquer hora do dia e a qualquer momento, e em cada segundo do dia ou da noite ou da madrugada! Muitos ainda estão em nosso mundo pedindo que Deus atente para eles. Mas você pode saber que Deus está atento para você, mesmo que muitas coisas estejam indo de mal a pior! Mesmo assim, a sua prece é necessária, a fim de ajudar a você se encontrar em comunhão com um Deus Todo-poderoso!<br />
<br />
2- Prece por uma resposta: “Responde-me, Deus meu! (v. 3). Davi procura uma resposta, pelo menos um indício de uma palavra de Deus, indicando a Sua aprovação e certeza de que Ele tem o controle de todas as coisas que lhe acontecem. Muitas vezes, queremos uma resposta imediata de Deus após sofrer por algum tempo algumas coisas que julgamos serem injustas. Quantas almas em nosso mundo esperam por uma resposta de Deus! Quantas pessoas estão sofrendo injustamente! Quantos estão clamando ao Senhor: “Responde-me, Deus meu!” Você também está neste rol? Continue orando e suplicando por uma resposta divina. Isso indica que você está indo na direção certa e buscando Aquele que é invisível!<br />
<br />
3- Prece por iluminação: “Ilumina-me os olhos” (v. 3). Este é um apelo positivo entre expressões negativas. Ter os olhos iluminados significa nesse ponto serem fortalecidos para a vida. Davi tinha uma sede de viver que também pode ser encontrada facilmente em nosso instinto de preservação da vida.<br />
O salmista vê-se constrangido a clamar a Deus, não só porque lhe é doloroso julgar-se negligenciado por Deus mas também para que a morte não venha sobre si de uma forma tão inexorável como o seu próximo sono. <br />
<br />
Mas a sua oração tinha um tríplice propósito:<br />
<br />
1- Segurança contra a morte: “para que eu não durma o sono da morte!” (v. 3). Davi temia a morte, como todo o ser humano normal. Ele desejava viver e não estava disposto a entregar-se a uma situação que o levasse à morte, prematuramente.<br />
Mas é interessante que ao se revelar em favor da vida, ele nos ensina o que é a morte, em poucas palavras: “o sono da morte”. Há muita filosofia errônea em torno da morte, e com certa razão, porque os homens não podem saber o que é a morte, sem ter passado por essa experiência.<br />
<br />
De fato, sem a sabedoria da inspiração divina, jamais poderíamos saber o que a morte significa. Mas, felizmente, a Bíblia nos ensina, em muitos lugares, o que é a morte: a morte é um sono, a morte é comparável ao sono. Assim disse Davi por inspiração do Espírito Santo; assim disseram os profetas, assim disseram os apóstolos, e assim disse o próprio Cristo.<br />
<br />
Quando Lázaro havia morrido, Cristo falou para os discípulos: “11 Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo. 12 Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. 13 Jesus, porém, falara com respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono. 14 Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu.” (Jo 11:11-14).<br />
<br />
Estas palavras não podem ser mal interpretadas, estas palavras não podem ser mal compreendidas, não podem ser torcidas, porque são claras demais para que isso aconteça. Jesus Cristo confirmou a doutrina dos profetas inspirados pelo Espírito Santo: a morte para Deus é como um sono, sem sonhos e sem pesadelos, um sono sem consciência e com a esperança de ser desfeito na manhã da ressurreição, ou para a vida ou para a condenação da morte eterna, da qual não haverá mais ressurreição.<br />
<br />
Um pastor viajava certa vez de São Paulo para Brasília. Ao seu lado, uma senhora idosa chorava em silêncio. Quando o avião levantou vôo, ele perguntou: "Está tudo bem?" "Não," ela respondeu, "está tudo mal. Estou indo a Brasília para enterrar o meu filho que morreu ontem num aciden¬te de trânsito." "Lamento muito, tudo vai passar." "Eu sei", ela respondeu. "Eu sei que a dor vai passar, mas pelo menos gostaria de ter certeza do destino do meu filho." Então, o pastor lhe deu uma resposta bíblica acerca do que acontece na morte.<br />
<br />
Milhões de pessoas estão passando por uma grande angústia, porque não sabem onde estão os seus queridos mortos. Disse Davi que a morte é um sono. E, para confirmar essa declaração, disse o seu filho Salomão: “Os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma. ... Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol." (Ecl. 9:5 e 6).<br />
<br />
A morte traz completa inconsciência, e uma esperança de ressurreição. Porque disse Cristo: “28 Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: 29 os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.”<br />
<br />
Mas continuemos em nosso salmo 13. Davi está orando por segurança contra a morte. Agora, ele pede ainda por segurança.<br />
<br />
2- Segurança contra o inimigo: “para que não diga o meu inimigo: Prevaleci contra ele” (v. 4). Era uma prece para que o inimigo de Davi não fosse triunfante sobre ele, e que não pudesse falar jactanciosamente que tinha prevalecido contra ele. Davi temia o seu inimigo e também receava da zombaria, do escárnio e do ridículo a que seria exposto, caso ele viesse a perecer nas mãos do seu principal inimigo.<br />
<br />
Isso não parecia uma guerra em que ele pedia a vitória sobre os inimigos. Isso parecia mais uma perseguição de um poderoso inimigo que o perseguia sem que ele fosse culpado. Em outras palavras, Davi orava por libertação do seu inimigo particular. Este era um inimigo tão perverso que desejava a sua morte e ansiava o dia em que pudesse dizer: “Ele era duro de matar, mas agora, eu prevaleci contra ele.” Tudo indica que esse inimigo era o rei Saul. <br />
<br />
3- Segurança contra o desânimo: “[para que] não se regozijem os meus adversários, vindo eu a vacilar.” (v. 4). Davi desejava também uma fortaleza contra a instabilidade emocional. Ele temia vacilar diante da notícia de que os seus adversários estivessem se regozijando diante da sua desgraça e derrota, vindo ele a vacilar e desanimar. Ele sabia que o desânimo era cruel e poderia abater a sua estrutura emocional, e consequentemente a sua saúde física.<br />
<br />
III - PERSEVERANÇA<br />
<br />
“No tocante a mim” (v. 5). No que diz respeito a mim, de minha parte, eu farei isso e aquilo. Davi estava pensando em si mesmo, e isso era justo e necessário. Deus faz ou deixa de fazer certas coisas; o inimigo está me perseguindo; mas quanto a mim, eu tenho a minha parte a fazer, custe o que custar. Davi estava revelando um traço de perseverança inquebrantável. Ele era capaz de ver muita luz através das nuvens escuras e trevosas e perseverava corajosamente em direção da luz.<br />
<br />
Assim também nós estamos enfrentando diariamente as investidas do nosso principal inimigo: “8 O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; 9 resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo.” (1Pe 5:8-9). Cada um de nós deve ser vitorioso a seu modo particular. Cada um deve saber como vencer. Se Satanás vem contra nós, como um leão, disse Pedro que devemos ser perseverantes, resistindo firmes em nossa fé.<br />
<br />
Davi demonstra uma tríplice perseverança:<br />
<br />
1- Perseverança na confiança: “Confio na tua graça” (v. 5). Muitos estudiosos gostariam que Davi tivesse dito: “Confio na Tua lei”, porque assim eles teriam um forte argumento a favor do Dispensacionalismo, que prega a Dispensação da Lei no Antigo Testamento e a Dispensação da Graça no Novo. Mas, graças a Deus que não existe tal doutrina. A graça sempre existiu desde que o pecado foi introduzido no mundo.<br />
<br />
Disse Moisés, o grande legislador que recebeu a lei de Deus e a deu ao mundo, em seu salmo 90: “Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus” (Sl 90:17). Disse o próprio Davi no salmo 6:4: “Senhor, ... salva-me por Tua graça!” E agora, ele reafirma a sua perseverança em confiar na graça de Deus, ao dizer: “Confio na tua graça”. (Sl 13:5). De fato, ele pregou a salvação pela graça.<br />
Ele também nos deu um grande exemplo de perseverança na sua confiança, não nas obras humanas, mas na graça de Deus a qual é poderosa e salvadora. Quando todos os seus inimigos estavam a ponto de matá-lo, ele confessa a sua confiança na graça de Deus, embora não estivesse visualizando nenhuma perspectiva de salvação. Quando ele se sentia abandonado e esquecido por Deus (v. 1), quando se encontrava na dúvida e desconsolo (v. 2) e quando temia o seu inimigo (2), ainda assim, ele podia dizer: “Senhor, confio na Tua graça!” <br />
<br />
2- Perseverança na alegria: “Regozije-se o meu coração na tua salvação” (v. 5). Davi estava mesmo disposto a perseverar na alegria, embora a sua alma estivesse triste (v. 2). A primeira palavra pode ser traduzida no tempo presente, no tempo futuro ou como uma admoestação (como é o caso da versão Atualizada). De acordo com o contexto, parece mesmo que Davi faz uma admoestação para a sua própria alma. Ele se sentia triste internamente pelas suas tribulações, mas poderia se motivar por perseverar na alegria por causa da salvação em Deus.<br />
<br />
De fato, a alegria, a felicidade e o regozijo é uma decisão, é uma escolha que cada um de nós pode fazer. Vamos encontrar muitas razões neste mundo para sermos tristes e infelizes. No entanto, também vamos achar sobejas razões para sermos alegres, jubilosos e felizes, se nós contemplarmos a salvação que nos foi providenciada por Deus em Seu Filho Jesus Cristo ao morrer na Cruz do Calvário. A nossa parte, “quanto a mim”, é escolher ser feliz, porque esta é a vontade de Deus para conosco, e este é o melhor caminho para nós enquanto aguardamos a vinda de Jesus e ajudamos a outros para que também se preparem para aquele glorioso dia.<br />
<br />
3- Perseverança no louvor: “Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem” (v. 6). Jubilosos cantos de louvor e gratidão partiam daquele coração pronto para exaltar a Deus. Esta é a sua promessa final: sua perseverança em continuar no louvor a Deus porque, embora ele pudesse dizer que se sentia abandonado e esquecido por Deus, no fundo de sua alma havia uma esperança incansável, e uma fé inabalável que ainda podia contemplar os feitos salvadores que o Senhor lhe havia feito no passado. Com efeito, assim dizia Ellen G. White, após passar por muitas tribulações, desapontamentos e lutas: “Ao ver o que Deus tem realizado, encho-me de admiração e de confiança na liderança de Cristo. Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado.” (Testemunhos Seletos, v. 3, p. 443).<br />
<br />
CONCLUSÃO<br />
<br />
Podemos passar por muitas lutas e perplexidades, muitas vezes desapontados com Deus, com os outros e conosco mesmos. Mas isso é apenas mais um chamado à oração e preces fervorosas, e um convite à perseverança. Não esqueça os 3 “P”s do salmo 13: Perplexidade, Petição, Perseverança. Vamos continuar confiando na graça de Deus aconteça o que acontecer; e vamos encher o nosso coração triste das mais altaneiras esperanças, “aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus.” (Tito 2:13).<br />
<br />
Pr. Roberto Biagini<br />
Mestrado em teologia<br />
prbiagini@gmail.com<br />
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-QFNyaKNEimM/Ujx0k87tmhI/AAAAAAAAGAg/JnUd3ppr0WM/s1600/Sl+12-5.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://2.bp.blogspot.com/-QFNyaKNEimM/Ujx0k87tmhI/AAAAAAAAGAg/JnUd3ppr0WM/s640/Sl+12-5.jpg" width="640" /></a></div>
Davi clama a Deus: “Socorro, Senhor!” (v. 1). Outras versões dizem: “Salva-me, Senhor!” Davi não pede por salvação do seu pecado, mas do pecado dos outros. De fato, ele está pedindo mesmo é socorro, em um tempo difícil de se viver.<br />
<br />
E Davi clama por socorro. Com efeito, quando estamos em dificuldade, temos que clamar a Deus. Clamar é uma ação muito mais intensa do que simplesmente pedir. Temos na Bíblia muitos exemplos de pessoas que clamaram a Deus e foram atendidas em suas orações. Ana estava angustiada porque a sua esterilidade não só a impedia de ter filhos, mas provocava o escárnio e o desprezo. Então, ela clamou ao Senhor e obteve a bênção de um filho que se tornou um grande homem de Deus.<br />
<br />
Pedro estava afundando em meio a uma grande tempestade no mar da Galileia, quando ele clamou a Jesus Cristo, fazendo a oração mais curta do Evangelho, ao proferir as palavras: “Salva-me, Senhor!” E a mão socorredora de Jesus Cristo se estendeu e Ele salvou aquele pescador duvidoso. E aqui temos a oração mais curta dos Salmos: “Socorro, Senhor!”<br />
<br />
<b>I – CARÊNCIA DE HOMENS</b><br />
<br />
Por que clama Davi? “Porque já não há homens piedosos; desaparecem os fiéis entre os filhos dos homens.” (v. 1). Este lamento nos faz lembrar de Elias, depois de ameaçado por Jezabel, quando aparentemente desamparado, fugiu para o deserto, e depois caminhou por 40 dias e 40 noites até o monte Horebe, o monte de Deus (1Rs 19:8). Então passou a noite em uma caverna onde ouviu a voz do Senhor que lhe falou: “Elias, que fazes aqui?” Ele respondeu de imediato: “Tenho sido zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida.” (v. 10). No conceito de Elias, faltavam os homens piedosos e fiéis. E do mesmo modo, Davi lamentava.<br />
<br />
O que são “homens piedosos”? A palavra original do hebraico dá a conotação de pessoas que tem um bom relacionamento com Deus. Em Português, temos o mesmo significado, adicionado ao outro sentido de pessoas que têm pena, dó, piedade diante da miséria dos outros. Pelo contexto, os dois sentidos são necessários. Mas é claro que aqueles que têm um bom relacionamento para com o seu Deus, terão piedade, misericórdia e hão de ajudar aos menos favorecidos. Mas a falta do segundo significado é causado pela falta do primeiro: quando não temos uma boa relação com Deus, então, seguramente hão de se manifestar todas as maldades próprias à natureza humana.<br />
<br />
A outra carência é de “homens fiéis” que desapareceram, conforme lamenta o salmista. Um homem fiel de acordo com o termo original é um homem estável, que permanece firme, digno de confiança. Falta de fidelidade é algo que se observa facilmente entre os filhos dos homens. Faltam homens fiéis, estáveis, dignos de confiança. Proliferam como cogumelos, mesmo entre muitos “cristãos”, os homens em quem não se pode confiar.<br />
<br />
“Porque já não há homens piedosos; desaparecem os fiéis entre os filhos dos homens.” (v. 1). Esta é a grande questão: Onde estão os homens piedosos, justos? Onde estão os homens verdadeiros e honestos? Davi estava vivendo em um tempo de perigo. Não por causa do tempo em si mesmo, mas por causa dos homens. Ele não sofria por causa de calamidades temporais, tempestades. Não havia terremotos, furacões, ciclones ou enchentes. O problema eram os homens: havia uma grande carência de homens piedosos, justos e verdadeiros.<br />
<br />
Paulo, por sua vez, fala de um tempo difícil, não por causas naturais, mas por causa da falta de homens honestos e fiéis: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.” (2Tm 3:1-5).<br />
<br />
Mas, qual era o problema que provocou a angústia de Davi? Disse o salmista, inconformado com a sociedade dentre os filhos de Israel, considerados o povo de Deus: “Falam com falsidade uns aos outros, falam com lábios bajuladores e coração fingido... língua que fala soberbamente.” Aqui temos 4 pecados graves que se destacavam no caráter desses homens:<br />
<br />
<b>1) Falsidade.</b> Davi disse que os homens falavam com falsidade uns para com os outros. E podia confirmar o pensamento do Pe.<br />
<br />
Antônio Vieira: "O caminho da verdade é único e simples; o da falsidade, vário e infinito." Este grande pregador também lamentava em seu tempo a falta de homens verdadeiros e honestos. Como disse Renato Russo: “Quero ter alguém com quem conversar. Alguém que depois não use o que eu disse contra mim.” Muitos hoje falam com falsidade para com o semelhante, como se nada fosse lhe acontecer. Mas o grande engano dos enganadores é desconsiderar que eles fatalmente também serão enganados. E isso pode ser muito danoso, sem pensar na parte espiritual.<br />
<br />
<b>2) Bajulação. </b>É o que também acontecia naquele tempo e em nosso. Disse Davi: “falam com lábios bajuladores... Corte os Senhor os lábios bajuladores...” (v. 2,3). Bajular é lisonjear, é elogiar com excessos e afetação, é adular visando às vantagens e recompensas. Mas dá para perceber quando alguém elogia com más intenções. "A bajulação é a moeda falsa que só circula por causa da vaidade humana." (Duque de La Rochefoucauld). E é por isso, pela vaidade humana de ser glorificado, que cresce a corda dos bajuladores.<br />
<br />
<b>3) Hipocrisia.</b> Davi condena também a hipocrisia, afirmando que os infiéis falavam com o “coração fingido” (v. 2). O original diz: “com um coração e um coração” querendo dizer dois corações contrários; tais homens de mente dúbia não são confiáveis. A hipocrisia é o seu recurso habitual. Por exemplo, uma amizade fingida: “A amizade? Desaparece quando o que é amado cai na desgraça ou quando o que ama se torna poderoso.” (François René). Muitas vezes isso acontece; há muitas pessoas que confundem amizades verdadeiras com amizades interesseiras.<br />
<br />
<b>4) Orgulho.</b> Davi continua em sua prece e pede a Deus que corte “a língua que fala soberbamente”. E ele exemplifica o que estava acontecendo. Esses ímpios diziam: “Com a língua prevaleceremos, os lábios são nossos; quem é senhor sobre nós?” (v. 3,4). No passado, o faraó egípcio disse estas mesmas palavras, referindo-se a Deus: “Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz ...? Não conheço o Senhor...” (Êx 5:2). Orgulho é um defeito pecaminoso do coração que se extravasa na língua. Faraó podia proferir qualquer palavra presunçosa, mas logo estaria destruído, porque palavras orgulhosas apenas indicam o pecado de um coração rebelde. Mas a arrogância e altivez dos homens serão abatidas (Is 2:17).<br />
<br />
<b>5) Opressão.</b> Davi ainda fala dos pecados desses homens ímpios: “Por causa da opressão dos pobres e do gemido dos necessitados” (v. 5). Eles oprimem aos que não podem falar por si mesmos. Eles estão em silêncio a fim de que a sua defesa não se torne a sua ofensa e culpa. Mas estão clamando e gemendo ao Senhor para que sejam libertos. Deus mesmo toma nota desse estado de coisas injustas contra os que são oprimidos porque são pobres.<br />
<br />
Com efeito, quais são os problemas do nosso mundo? Se perguntarmos a algum homem pensante: "O que faz com que os tempos sejam maus, difíceis?" Eles nos dirão que a escassez de dinheiro, a desonestidade do comércio e as angústias da guerra fazem com que os tempos sejam ruins. As calamidades, terremotos e tsunamis – tudo isso torna os nossos dias em tempos difíceis. Porém, as Escrituras atribuem a raiz dos males dos tempos a causas diferentes: faltam os homens verdadeiros. Virão tempos perigosos porque o pecado abundará, e Davi já se queixava disto, em seus dias. Quando a piedade se deteriora, os tempos são realmente maus.<br />
<br />
Abraão foi visitado por três anjos, e um deles era o próprio Senhor, que lhe trouxe a grande notícia de que, depois de um ano, Sara haveria de ter um filho dele. Mas Sara, que ouvira da porta da tenda, riu-se dessa notícia, imaginando a impossibilidade de tal coisa se cumprir. E o Senhor perguntou: “Por que se riu Sara, dizendo: ‘Será verdade que darei ainda à luz, sendo velha?’ Acaso, para o Senhor há coisa demasiado difícil? Daqui a um ano, neste mesmo tempo, voltarei a ti, e Sara terá um filho.”<br />
<br />
Então, o que você acha que aquela mulher do grande patriarca Abraão falou? Ela veio se ajoelhar e louvar a Deus, reconhecendo o seu erro e pedindo-Lhe perdão, e agradecendo ao Senhor por tão maravilhosa notícia? Não foi isso que aconteceu; antes note o que ela teve a coragem de fazer: “Então, Sara, receosa, o negou, dizendo: Não me ri. Ele, porém, disse: Não é assim, é certo que riste.” (Gn 18:12-15). Lá se encontrava uma mulher “justa”, que temendo por sua honra, usou de falsidade diante do próprio Deus que vê e ouve a todas as coisas, até as que estão escondidas, quer sejam boas quer sejam más.<br />
<br />
E eles se levantaram para prosseguir viagem rumo à cidade de Sodoma, e Abraão os acompanhou até certo ponto, a fim de encaminhá-los. E o Senhor lhe falou a respeito da destruição daquela cidade ímpia, em virtude da gravidade dos seus pecados. E foram-se os três homens-anjos. Mas Abraão ficou em uma profunda angústia, e se aproximou de Deus e lhe falou: “Senhor, destruirás o justo com o ímpio? Se houver, porventura, 50 justos na cidade, destruirás ainda assim e não pouparás o lugar por amor dos 50 justos que nela se encontram? Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra?”<br />
<br />
E diante deste apelo tão convincente, Deus lhe deu uma resposta cheia de misericórdia, dizendo que pouparia a cidade nessas condições, por amor aos 50 justos que porventura houvesse na cidade. Mas Abraão continuou a interceder e fez várias outras tentativas, na suposição de haver em Sodoma 45, 40, 30, 20, até que finalmente chegou aos 10 justos. Deus lhe deu a mesma resposta: “Não destruirei Sodoma por amor dos 10.” E Abraão teve que se calar, porque não havia nem 10 justos naquela ímpia e condenada cidade, embora muito populosa. Onde estão os justos, homens fiéis, verdadeiros e tementes a Deus? Assim pensava Abraão (vs. 22-33).<br />
<br />
O profeta Jeremias escreveu estas palavras de Deus: “Dai voltas às ruas de Jerusalém; vede agora, procurai saber, buscai pelas suas praças a ver se achais alguém, se há um homem que pratique a justiça ou busque a verdade! E Eu lhe perdoarei a ela” (Jr 5:1). Deus estava procurando apenas um justo na cidade de Jerusalém; se Ele o encontrasse, pouparia a cidade da destruição vindoura pelos exércitos de Babilônia. Onde estão os justos, os fiéis e verdadeiros? Assim dizia Deus.<br />
<br />
E Jeremias pensava que os insensatos eram apenas os pobres, porque não tinham o conhecimento de Deus. Então, ele se dirigiu aos grandes da nação e se decepcionou porque aqueles líderes que conheciam o caminho do Senhor rejeitavam a Sua palavra e endureciam a sua consciência, “porque as suas transgressões se multiplicaram, se multiplicaram as suas traições” e falsidades. (v. 5,6). “Que é isso? Furtais e matais, cometeis adultério e jurais falsamente, queimais incenso a Baal e andais após outros deuses que não conheceis, e depois vindes, e vos pondes diante de mim nesta Casa que se chama pelo Meu nome, e dizeis: Estamos salvos; sim, só para continuardes a praticar estas abominações!” (Jr 7:9-10). E Deus procurava um homem justo ao lado do profeta Jeremias, nas ruas daquela condenada cidade.<br />
<br />
Diógenes de Sínope (412-323 a.C.) era um filósofo grego desterrado de sua pátria que fora morar em Atenas. Diz-se que ele perambulava pelas ruas da cidade com um lamparina em suas mãos em pleno dia. Perguntaram-lhe: “Diógenes, por que você carrega essa lamparina, em pleno sol do meio-dia?” Ele respondeu prontamente: “Eu procuro um homem!” Ele procurava um homem honesto, verdadeiro, sincero, alguém em quem ele pudesse confiar! Esta é a maior necessidade do mundo.<br />
<br />
Disse E. G. White: “A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” (E.G.White, Educação, 57). O profeta Jeremias procurava um homem; Davi lamentava a carência de homens retos e justos. Diógenes com a sua lamparina procurava um homem. E Ellen White diz que esta é a maior necessidade do mundo.<br />
<br />
<b>II – INTERVENÇÃO DIVINA (v. 5)</b><br />
<br />
Estas são as palavras de Deus, em resposta à necessidade de homens justos, e em contemplação da “opressão dos pobres e do gemido dos necessitados” esquecidos: “Eu me levantarei agora, diz o Senhor; e porei a salvo a quem por isso suspira.”<br />
<br />
Esta é a grande promessa divina de Sua intervenção. Deus não pode ver o mal sem tomar providências redentoras. Os atos de Deus são atos de salvação pelo Seu povo oprimido. Ele promete Se levantar. Esta é uma linguagem figurada que indica uma reação de Deus diante da opressão do Seu povo. Ele Se levantou quando o povo de Israel estava sendo oprimido no Egito. Ele Se levantou quando o Seu povo estava sendo oprimido na Palestina pelos cananeus e enviou a muitos juízes libertadores. Ele Se levantou quando o Seu povo estava sendo oprimido pelos babilônios, e enviou a Ciro para libertá-los.<br />
<br />
Mas Ele também Se levantou para salvar a humanidade inteira e enviou a Jesus Cristo para libertar-nos do pecado. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3:16).<br />
<br />
Certa noite João Wesley estava a caminho de casa, voltando do trabalho. Na estrada, apareceu dentre as trevas um homem, exigindo-lhe bruscamente o dinheiro ou a vida.<br />
<br />
– Meu amigo, – disse Wesley bondosamente, enquanto lhe entregava o que tinha – talvez um dia o senhor deseje abandonar essa vida. Quando chegar esse tempo, lembre-se disto: "Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores" e: "O sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado".<br />
<br />
Anos mais tarde estava Wesley cumprimentando o povo, à porta da igreja. Um membro se lhe aproximou e lembrou-lhe aquele incidente. Wesley bem se recordava do fato.<br />
<br />
– Fui eu aquele salteador – disse o homem, humildemente. – As palavras que o senhor me disse nunca mais me abandonaram. Minha vida foi transformada completamente! Descobri que de fato Jesus Cristo pode salvar o mais vil pecador.<br />
<br />
O amor e a salvadora graça do Salvador convencem e convertem o mais indigno dos homens! E através dos séculos Ele tem trazido vida e esperança a milhões de pessoas que para Ele ergueram os olhos.<br />
<br />
<b>III – CERTEZA LIBERTADORA (6-7)</b><br />
<br />
1 – Certeza de Davi para os homens. Com efeito, podemos confiar na promessa de Deus de que nos porá a salvo, a nós que suspiramos por isso (Sl 12:5), e “gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.” (Rm 8:23). E como podemos ter essa confiança? Como podemos ter essa fé? Como podemos ter esta certeza? O salmista nos responde a esta pergunta não formulada em seu salmo, dizendo: “As palavras do Senhor são palavras puras, prata refinada em cadinho de barro, depurada sete vezes.” (Sl 12:6).<br />
<br />
Ou seja, embora os homens falham em sua palavra, sendo falsos, bajuladores, hipócritas, pretensiosos e opressores, Deus é fiel e cumpre a Sua palavra que é santa, justa e boa. É a pureza de Sua Palavra que nos transforma e salva. É pela Sua Palavra de pureza que somos animados a ter fé nEle, como disse o apóstolo Paulo: “a fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Cristo” (Rm 10:17).<br />
<br />
2 – Certeza de Davi para Deus. Mas, se antes Davi falou para homens, e deu o seu testemunho acerca da Palavra de Deus, agora, ele fala para Deus sobre a certeza que ele tem de que crê na Sua intervenção salvadora: “Sim, Senhor, tu nos guardarás; desta geração nos livrarás para sempre.” (Sl 12:7-8).<br />
Davi fala para Deus sobre a sua fé em Sua libertação: “Sim, Senhor, Tu nos guardarás!” Faz muito bem à nossa alma falar de Deus para Deus! E Ele também Se compraz em nos ouvir falar de nossa fé nEle para Ele. Quando a alma está em angústia, deve clamar a Deus, como Davi fez no início do salmo, em sua queixa; mas não ficaremos só em queixas e lamentações, à procura de homens fiéis, mas vamos além disso, da dúvida para a fé, dizendo a Deus que nós cremos nEle, e que não estamos decepcionados com Ele, embora estejamos decepcionados com os homens.<br />
<br />
Quando Elias estava no monte Horebe lamentado a falta de homens fiéis, justos e retos, dizendo que só restava ele, que havia ficado só no caminho da justiça, e ainda procuravam caçar a sua vida, Deus lhe deu uma resposta consoladora: “Conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou.” (1Rs 19:18). Pode ser que as nossas lamentações devam ser substituídas por louvores e declarações de fé para Deus ao dizermos: “Sim, Senhor, Tu nos livrarás para sempre!”<br />
<br />
<b>CONCLUSÃO (v. 8)</b><br />
<br />
Vivemos em um mundo terrível, em que “por todos os lugares andam os perversos, quando entre os filhos dos homens a vileza é exaltada.” Há um aumento de crimes e criminosos; há uma proliferação de lugares contaminados por homens perversos e maus, prontos para eliminar a vida por qualquer motivo. Há uma inversão de valores, em que a vileza é exaltada, o crime levanta a sua hedionda cabeça, a depravação é elogiada, e parece que ninguém atenta para isso e a justiça anda tropeçando pelas praças.<br />
<br />
Entretanto, há uma grande multidão de homens e mulheres dos quais o mundo não é digno, que se levantam em suas preces para louvar a Deus e dizer: “Sim, Senhor, Tu nos livrarás para sempre!” Estes são os verdadeiros e justos, que não dobraram os seus joelhos a Baal, nem aos deuses modernos da televisão, nem à Babilônia “cristã”.<br />
<br />
Sim, existe uma multidão de cristãos, “homens que não se compram nem se vendem; homens que no íntimo da alma são verdadeiros e honestos; homens que não temem chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência é tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permanecem firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Estes são os escolhidos de Deus. Agora, só uma pergunta: Você é um destes? Você é um escolhido? Você tem certeza de que anda no caminho da justiça e da retidão?<br />
<br />
Você pode dizer a verdade ainda que seja ameaçado pelos ímpios? Há muitos anos, certo jovem prestava serviço no Exército Confederado do Sul, nos Estados Unidos. Estava sob as ordens do general Robert E. Lee e sentia-se muito orgulhoso dele. Certo dia, esse jovem recebeu a notícia que sua mãe estava muito doente. De modo que pediu licença ao general Lee para visitá-la. O general lhe deu uma ordem escrita e lhe sugeriu que se vestisse à paisano, porquanto sua casa se encontrava muito perto da linha de combate.<br />
<br />
Com toda pressa o soldado começou sua viagem. Finalmente, conseguiu divisar seu querido lar. Mas, para sua decepção, notou que vários soldados da União interceptaram o seu caminho. Pôde ver sua casa à distância. Os inimigos não demoraram em prendê-lo e levá-lo perante o comandante do acampamento dos soldados da União, onde tremulavam as bandeiras com a brisa, e havia soldados por todas as partes.<br />
<br />
Se ele dissesse que se simpatizava com os do norte, talvez o teriam deixado ir livremente; se dissesse que era do Sul, provavelmente o levariam a um acampamento de prisioneiros.<br />
<br />
- Quem é o você? - interrogou o oficial.<br />
O jovem hesitou. Então pensou no seu general, e serenamente, levantando a cabeça orgulhosamente, disse:- "Sou um soldado confederado sob o comando do general Lee."<br />
- Então, você é um espião. Será fuzilado ao amanhecer. Soldados, levai-o daqui!<br />
- Mas, senhor, não sou um espião. Estou usando roupas civis, porque fui dispensado, vou ver minha mãe, doente, mora no fim desta rua.<br />
- Revistam-no! - foi a ordem do oficial. Assim o fizeram, encontraram só a ordem do general Lee para visitar sua mãe. Era um momento de angústia; o oficial examinava o pedaço de papel. Finalmente disse: -"Parece que você está dizendo a verdade. Além disso, não se envergonha de sua causa. Por estas duas razões ponham-no em liberdade."<br />
<br />
Temos certeza de que a nossa libertação é “para sempre”. Nossa suprema esperança é a vida eterna. Em uma vida tão fugaz, hoje, podemos nos preparar a fim de sermos fiéis ao dever como a bússola é fiel ao polo. Podemos afinar a nossa consciência para ouvir a voz de Deus em meio ao vozerio carnavalesco de um mundo que se encaminha para a perdição! Como está a sua consciência, amigo? Você tem uma certeza eterna?<br />
<br />
Pr. Roberto Biagini<br />
Mestrado em Teologia<br />
prbiagini@gmail.com<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-mzfgwoGMsHk/WsbUr4GkaoI/AAAAAAAAHFA/cCTuc3fSnmAawWY-RhLmebUA_OZdweM5wCLcBGAs/s1600/SALMO11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://3.bp.blogspot.com/-mzfgwoGMsHk/WsbUr4GkaoI/AAAAAAAAHFA/cCTuc3fSnmAawWY-RhLmebUA_OZdweM5wCLcBGAs/s640/SALMO11.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
Nunca houve um tempo de tanta insegurança. Temos insegurança física, e nossos corpos podem sofrer danos a qualquer momento por uma bala perdida, por assaltos à mão armada, por enchentes, desastres, catástrofes, ou por explosões. Temos insegurança material, e podemos perder tudo o que juntamos com esforço, dedicação e trabalho honesto; e no entanto, o governo pode também deixar o povo sem condições de manusear até o próprio dinheiro.<br />
<br />
Temos insegurança na saúde pública; temos insegurança psicológica. Vivemos tiranizados pelo medo e possuídos pelo temor. Já não estamos mais seguros nas cidades de Sodoma e Gomorra modernas, cidades cheias de vândalos e assassinos, homens e mulheres cheios de todos os vícios, criaturas perigosas que matam por nada.<br />
<br />
Davi estava enfrentando uma situação de perigo diante de seus inimigos que procuravam tirar a sua vida. Possivelmente era o tempo em que Saul procurava matá-lo. Davi expressa a sua confiança, afirmando: “No Senhor me refugio!” No original, a palavra é Yahweh, que significa Eterno. “Eu tenho um eterno Refúgio. Eu sei para onde ir e a Quem, recorrer”, dizia Davi em um momento de grande perigo de vida. Para ele, não importavam as circunstâncias mais difíceis; ele sempre tinha a Deus como o seu eterno Refúgio, e ele tinha grande prazer e alegria em dizer isso.<br />
<br />
<b>I – O SENHOR É O NOSSO REFÚGIO (Vs. 1-3)</b><br />
<br />
1 – O Senhor é nosso Refúgio contra o Medo. Muitos dentre os seus amigos, querendo salvar a Davi, deram um conselho que revelava o temor, a dúvida e a desconfiança das providências de Deus. Qual foi o conselho? O conselho foi para que Davi escapasse por sua vida e fugisse para os montes, onde havia muitos refúgios. Mas ele pôde responder com uma pergunta: “No Senhor me refugio. Como dizeis, pois, à minha alma: Foge, como pássaro, para o teu monte?” (v. 1).<br />
<br />
Vivemos em um tempo de temor. Os homens estão sendo atacados pelo medo, que oprime a milhões de pessoas em um mundo afligido pela angústia. Os homens do século 21 estão sendo tiranizados pelo medo e pelo pavor. A ordem do momento é fugir; fugir para um lugar de segurança, de paz, de escape. Muitos cristãos estão sendo ameaçados e o conselho da incredulidade é fugir, ao invés de enfrentar e dar o seu testemunho em favor da verdade.<br />
<br />
Em um tempo como este, necessitamos confiar em Deus como nosso Refúgio contra o medo, o temor e o pavor. Certa vez um pai com o seu filho de 5 anos passou por um lugar escuro e tenebroso. O menino, loquaz e falador, pouco a pouco silenciava. Era uma noite escura e perigosa. E o menino sentiu medo. Tomou então, a mão robusta e calosa do pai, e exclamou: '' – Papai, nós não estamos com medo, não é verdade?" O menino não podia andar sozinho por aquele lugar escuro; mas na companhia do pai, sua confiança se robustecera, e o medo desapareceu. A confiança em nosso Pai celeste desfaz todo o temor.<br />
<br />
2 – O Senhor é nosso Refúgio contra os Ímpios. Os amigos continuavam a dar os seus conselhos a Davi (v. 2): “Porque eis aí os ímpios, armam o arco, dispõem a sua flecha na corda, para, às ocultas, dispararem contra os retos de coração.” Mas Deus é o nosso Refúgio mesmo contra os piores homens da terra; Ele é um Refúgio mesmo contra os ímpios, que traçam planos traiçoeiros para, às ocultas, dispararem as suas armas contra nós.<br />
<br />
Há um grande número de ímpios, homens que não têm o temor de Deus, e que se constituem em uma ameaça para os cristãos. Mas nós não precisamos nos preocupar, porque Deus é o nosso Refúgio contra os ímpios.<br />
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Davi não temia as armas dos ímpios de seu tempo. Ele menciona os arcos, e as flechas que eram disparadas contra o coração dos justos, ocultamente. Mas e em nosso tempo? Os homens ímpios estão armados de facas, revólveres, metralhadoras e fuzis. E o que dizer das armas de poder mais abrangente, como as bombas atômicas? Haveria algum refúgio contra as bombas modernas, as bombas de hidrogênio, ou as bombas termonucleares?<br />
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Nos dias 5 e 9 de agosto de 1945, respectivamente, duas desventuradas cidades japonesas – Hiroshima e Nagasaki – receberam dois presentes diabólicos, duas bombas poderosas, duas bombas atômicas; e, como resultado imediato, 180.000 pessoas se transformaram em cinzas, em poucos minutos.<br />
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E o mundo se estarreceu diante de uma bomba que liberava uma energia tão espantosa e medonha. E os homens começaram a temer por sua segurança. Mais tarde, em 1948, os russos também detonaram a sua primeira bomba atômica atrás dos montes Urai. E os historiadores registraram mais esse feito histórico.<br />
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E daí para cá, vivemos assustados, aterrorizados diante da possibilidade de uma terceira guerra mundial, apoiada num detonar de máquinas destruidoras, ou de armas químicas nas mãos de homens ímpios, perversos e maus. E depois da queda das torres gêmeas, o mundo se espantou diante da crueldade dos terroristas, e eis que perece toda a tentativa de segurança.<br />
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Mas mesmo assim, podemos confiar em Deus como o nosso eterno Refúgio. Ele é Todo-poderoso, Ele é capaz de desfazer os efeitos da mais terrível de todas as armas; Ele pode desmontar as poderosas armas termonucleares, Ele pode desfazer os efeitos das bombas químicas e de qualquer invenção satânica forjada contra os cristãos.<br />
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O salmista tinha essa confiança: “No Eterno, me refugio”.<br />
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3 – O Senhor é nosso Refúgio contra a Ilegalidade. Assim diziam os amigos de Davi, no v. 3: “Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” Eles diziam que os ímpios já tinham destruído os fundamentos e ele não poderia fazer mais nada. Davi estava vivendo em um tempo de ilegalidade. Os fundamentos da sociedade, a estabilidade da lei, da ordem e da moral tinham sido destruídos. O próprio rei Saul quando viu frustrada a sua ordem de matar, ele próprio tentou assassinar o seu benfeitor, que nesse caso era Davi (1Sm 19:1,10). <br />
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De fato, sob um reino sem lei, os próprios fundamentos da sociedade e da ordem moral foram removidos; os justos não podiam fazer nada para prevenir isso. Portanto, o que restava para Davi, senão retirar-se de uma comunidade onde não havia nem lei nem ordem? Por que Davi não se retira para os montes onde há muitos refúgios? Por que não procura o abrigo dos pássaros? Assim pensavam os conselheiros de Davi.<br />
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Já imaginou como seria viver num país onde os governantes são corruptos, ladrões e assassinos? Num país onde a ilegalidade domina, e as leis existentes são injustas? O que podemos fazer quando o nosso vizinho nos prejudicou e o juiz nos manda para a prisão? O que você pode fazer quando é defraudado numa igreja, e roubado, porque um irmão não lhe paga o que deve, mas é você que será disciplinado? O que poderá fazer o justo?<br />
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Agora pense comigo: se os seus inimigos destruíssem a sua casa, colocando fogo nos seus pertences, matando a sua família, se eles destruíssem a sua reputação, e se esses ímpios acabassem com todos os fundamentos de sua vida, o que você poderia fazer? Nada? Esta era a insinuação dos amigos de Davi. Esta é uma resposta muito fraca, porque está destituída de fé nas providências de Deus como o seu Refúgio eterno.<br />
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Durante as 7 Últimas Pragas, os justos estarão vivendo em sociedades sem lei, em comunidades sem ordem, em completa ilegalidade: os seus bens serão confiscados; sem moradia, estarão vagueando pelas montanhas como pássaros, à procura de um refúgio, sofrendo fome e frio, e enfrentando as intempéries.<br />
<br />
Os fundamentos da ordem e da decência estarão destruídos. Que poderão fazer? Nada? Esta é uma resposta muito pessimista, porque eles estarão dia e noite clamando diante de Deus e cantando: “Deus é o nosso Refúgio, socorro bem presente nas tribulações.” (Sl 46:1). Lá estarão se consagrando e buscando mais intensamente a presença de Deus para libertá-los das destruições prometidas pelos ímpios. Mas Deus é um Refúgio mesmo quando os fundamentos estão destruídos, um Refúgio, mesmo em meio à ilegalidade, quando a ordem é transgredir. <br />
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<b>II – ONDE ESTÁ O NOSSO REFÚGIO? (Vs. 4-7)</b><br />
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O salmista responde a esta pergunta, não levantada no texto, mas que possivelmente estava na mente dos amigos pessimistas de Davi que o aconselhavam, dizendo: “Onde está o seu refúgio, Davi? Foge para os montes, onde se encontram as cavernas para você se refugiar!” Davi responde e diz: “Não! O meu refúgio está no Senhor.” “Mas onde está o Senhor?” perguntavam eles. E a resposta foi pronta e sem detença: “O Senhor está no seu santo templo!” (v. 4).<br />
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Gosto dessas palavras. “O Senhor está no Seu santo templo!” Deus é o nosso Refúgio e está no Seu templo! É do templo que vem toda a nossa segurança e proteção, porque Ele se encontra lá. No santo templo de Deus está o nosso perdão e salvação. No Seu templo está o nosso grande Intercessor Jesus Cristo, o nosso Advogado que não perde nenhuma causa, que nos defende contra os nossos inimigos, nos absolve do pecado e nos justifica para uma vida de santidade. No Seu templo glorioso e santo está o nosso nome no livro da vida. No Seu templo está a certeza de nossa glorificação.<br />
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Deus está no templo, o templo está nos Céus e “nos Céus tem o Senhor o Seu trono. Os seus olhos estão atentos, as suas pálpebras sondam os filhos dos homens.” Deus está no Seu trono, que Se encontra no Santuário, no Lugar Santíssimo, e de lá Ele reina poderosamente. Parece longe? Mas Ele está em um lugar estratégico, de onde pode governar a todo o universo!<br />
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Ele está sentado em Seu trono, mas está em todos os lugares. Como Deus pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo? Como Ele consegue isso? É evidente que nós só podemos entender a Sua onipresença através de Sua onisciência. E esta onisciência foi aqui colocada na figura de Seus olhos: “Os Seus olhos estão atentos!” Ele pode ver a tudo e a todos. Ele sabe de tudo o que acontece neste exato momento, em todo o universo. Ele está presente através do poder de Seus olhos que sondam os filhos dos homens. Ele pode estar no Seu trono e está aqui ao mesmo tempo através do Seu conhecimento onisciente, porque os Seus olhos veem a todos. Nada passa despercebido de Seus olhos perscrutadores.<br />
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1- O que faz o Senhor com todos? (v. 5). “O Senhor põe à prova ao justo e ao ímpio.” Deus põe à prova a todos. Isso é pura justiça. Ninguém poderá dizer que foi provado, atormentado com tentações, tribulações, percalços e lutas que os outros não tiveram de enfrentar, se bem que cada qual será provado de maneira diferente das provas de seus semelhantes. Cada ser humano que passar por este mundo terá a sua sorte de provas e testes. Todos passarão pelo fogo das aflições, um de uma forma, outros de outra. Com efeito, “o Senhor põe à prova ao justo e ao ímpio”, a fim de que possam conhecer a Deus e endireitar os seus caminhos.<br />
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Há algum tempo, dois dos mais preeminentes ateus, Gilberto West e Lord Littleton –, homens intelectuais, e os mais conspícuos de sua época, zombavam do cristianismo onde quer que o encontrassem. Por fim, disseram: Há duas coisas que temos de destruir e então teremos terminado com a religião cristã. Depois disto nada restará dela.<br />
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As duas coisas a que se propunham destruir eram a ressurreição de Cristo como ensinam as Escrituras e a maravilhosa vida de Paulo, cuja influência é tão poderosa mesmo em nosso século.<br />
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Disse Gilberto West: "Eu destruirei a doutrina da ressurreição de Cristo." "E eu", disse Littleton, "explicarei a vida de Paulo."<br />
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Depois desta entrevista ambos se retiraram para o trabalho a que se propuseram. Meses depois, conforme um acordo prévio, se reuniram para ver os resultados de sua obra.<br />
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Lord Littleton, iniciou o assunto dizendo a West:<br />
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– Que tem você?<br />
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– Oh, – respondeu West – tenho algo maravilhoso para contar a você. Quando comecei a estudar a ressurreição de Cristo, tratando de deixar salva minha reputação, tive que buscar argumentos contra e em favor do assunto. O resultado foi que minha mente e meu coração foram convencidos de que Cristo ressuscitou dos mortos. Orei a Ele, estou salvo e agora sou Seu amigo.<br />
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Disse Lord Littleton:<br />
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– Graças a Deus, West, também tenho uma novidade para contar. Quando comecei a explicar a vida de Paulo, para destruí-la, também tive que fazer uma investigação minuciosa e sincera. Tive que buscar a verdade e você vai se alegrar comigo quando lhe disser que depois de um consciencioso estudo me encontrei ajoelhado, semelhante a Paulo no caminho de Damasco, e meu clamor foi o mesmo: "Senhor, que queres que eu faça?" Também sou um cristão, West.<br />
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Estes dois ateus convertidos tornaram-se dois dos mais notáveis cristãos. Escreveram duas lindas apologias da religião cristã, das melhores que se tem escrito. <br />
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2 - O que fará o Senhor com os ímpios? (vs. 6,7). “Fará chover sobre os perversos brasas de fogo e enxofre, e vento abrasador será a parte do seu cálice. Porque o Senhor é justo, ele ama a justiça.” Esta é a obra estranha de Deus. Assim como no passado Ele teve que purificar as cidades de Sodoma e Gomorra com fogo e enxofre, todos os ímpios que se identificam com o pecado receberão o mesmo quinhão. Serão destruídos com fogo, conforme nos adverte a Palavra de Deus aqui no Salmo 11, e em Apocalipse (21:8).<br />
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Alguns poderão perguntar: “Mas por que Deus faria uma coisa dessas? Não seria um ato arbitrário de Sua parte?” O salmista responde, sem detença: “Porque o Senhor é justo. Ele ama a justiça!” Se Deus é justo, Ele aplicará a recompensa merecida para os ímpios que rejeitaram o oferecimento de Sua misericórdia que custou o imenso sacrifício de Jesus Cristo na Cruz do Calvário, em que o Filho de Deus derramou o Seu sangue pelo preço do resgate de todos os ímpios habitantes da terra. A medida da justiça divina não é avaliada meramente por pecados praticados, mas pela rejeição da Sua graça e do oferecimento da salvação.<br />
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Todos quantos aceitarem esse maravilhoso Dom passarão pelo fogo purificador do Espírito Santo (Mt 3:11), e serão batizados por Ele nesse processo, em que esse fogo purifica a alma do pecado. Ele os santifica, após purificá-los, e os livra da ira inflamável que vem com fogo e enxofre sobre os desprezadores da Sua graça.<br />
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O fogo tem o objetivo de purificar a Terra, a fim de que possa ser novamente habitada por todos os que foram redimidos. Mas aqueles que rejeitarem a obra de fogo do Espírito Santo, serão eles mesmos queimados com o fogo destruidor, porque não podem mais se separar do pecado que será consumido pelo fogo derramado dos céus. O fogo que destroi o pecado, destruirá também os pecadores que se identificaram com o pecado. Isso confirma a justiça de Deus.<br />
<br />
Mas, disse Davi, o justo Deus ama a justiça. Ele não poderia dar um castigo que os ímpios não merecem, ou que ficaria além da justiça. Imagine se é justiça condenar os pobres pecadores de 70 anos a queimar pelos séculos intérminos da eternidade! Esse nunca foi o plano de um Deus que ama a justiça. Disse Jesus Cristo que cada pecador levará poucos ou muitos açoites de castigo, dependendo do grau de culpa que lhe é própria, conforme o conhecimento adquirido, e nada mais (Lc 12:47-48). Ninguém pagará um minuto a mais além do que merece! Isso é justiça! Portanto, a doutrina do tormento eterno não faz justiça ao caráter de Deus e prega a mentira de que Deus não ama a justiça!<br />
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O fogo do castigo há de destruir e não continuar queimando. Os pecadores impenitentes hão de passar pela segunda morte e perecerão, transformando-se em cinzas (Ml 4:3). Mas Deus não tem prazer na morte de ninguém (Ez 18:32). Portanto, Ele ainda apela para que todos se arrependam e se convertam dos seus maus caminhos.<br />
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3 - O que fará o Senhor com os justos? (v. 7, úp). Os justos serão recompensados, de tal modo que “Lhe contemplarão a face.” Esta é a suprema esperança de todos os cristãos. Jamais alguém pôde contemplar a face de Deus. Este foi o grande sonho de Moisés, que embora falasse pessoalmente com Deus, não podia Lhe contemplar a face. Então, um dia, não podendo sopitar esse o desejo imenso de ver a Deus, Moisés expressou o seu pedido nestas palavras: “Rogo-te que me mostres a Tua glória.” E Deus lhe respondeu: “Não poderás ver a Minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá.” (Êx 32:18,20). Era um sonho impossível!<br />
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Entretanto, há um dia marcado, em que todos os justos poderão contemplar a face de Deus e ser imortalizados nessa contemplação gloriosa. Esse dia está chegando, e você também pode se candidatar para ser um dos felizardos. Jesus Cristo está voltando, o nosso Senhor estará retornando em glória e majestade e os justos contemplarão a Sua face e viverão!<br />
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<b>CONCLUSÃO</b><br />
<br />
O Senhor é o nosso Refúgio! Enquanto que os ímpios serão destruídos pela ira de Deus, Ele é o Refúgio de Sua própria ira de fogo e enxofre, para o Seu povo que busca hoje a Sua vontade. O sangue de Cristo é o resgate do fogo que queimará os rebeldes pecadores, que rejeitarem esse Dom de Deus em Seu filho!<br />
<br />
Prepare-se, busque a comunhão com Deus, resolva pertencer inteiramente ao seu Salvador. Não permita que as distrações do mundo ímpio o desviem desse maravilhoso futuro! Jamais esqueça que o Senhor é o nosso Refúgio, em todo o tempo, lugar ou circunstância. Ele pode salvar totalmente a você agora, e está Se esforçando para que você atenda ao Seu chamado! Não deixe essa decisão para depois! Amanhã pode ser tarde demais! Abandone o seu pecado predileto. Busque o Refúgio em Deus e no Salvador Jesus Cristo, pela comunhão do Espírito Santo.<br />
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Pr. Roberto Biagini<br />
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Mestrado em Teologia<br />
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prbiagini@gmail.com<div class="blogger-post-footer">LEIA MAIS EM WWW.NISTOCREMOS.NET</div>Nisto Cremoshttp://www.blogger.com/profile/05966663470169096475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31475878.post-57573629457847483172018-05-01T22:45:00.000-03:002018-04-05T22:59:09.983-03:00SALMO 10 – POR QUE DEUS PARECE TÃO DISTANTE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-4VBTSya6HVI/WsbUVA6MTKI/AAAAAAAAHE8/YJol7c43ZzkUh2_Vq67A6NzFD8Dp3qV0QCLcBGAs/s1600/solida%25CC%2583o-1024x769.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="769" data-original-width="1024" height="480" src="https://4.bp.blogspot.com/-4VBTSya6HVI/WsbUVA6MTKI/AAAAAAAAHE8/YJol7c43ZzkUh2_Vq67A6NzFD8Dp3qV0QCLcBGAs/s640/solida%25CC%2583o-1024x769.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
O salmo 10 pode ser dividido em duas partes principais, como vemos na sua introdução. (v. 1-2). Embora este salmo não tenha uma subscrição, o autor mais provável é Davi pela semelhança com o salmo anterior, que foi escrito por ele. Nestes versos introdutórios surge a grande questão: Por que Deus parece estar tão distante enquanto os ímpios estão reinando e oprimindo os pobres?<br />
<br />
Mas quem são os pobres? Primeiro, “pobres” eram os desamparados daquele tempo de Davi, os órfãos, as viúvas, os necessitados, os que não possuíam bens deste mundo. Mas num sentido mais amplo, em uma segunda aplicação, pobres também são os “humildes de espírito” de quem Jesus Cristo falou que são bem-aventurados (Mt 5:3). O próprio Davi, que era um homem riquíssimo em bens materiais, disse de si mesmo: “Eu sou pobre e necessitado.” (Sl 70:5).<br />
<br />
As palavras iniciais são: “Por que, SENHOR, te conservas longe? E te escondes nas horas de tribulação?” (v. 1). O salmista se encontrava em grande angústia, e expressa isso perguntando: “Por que, Senhor?” Este é o reflexo da aflição de sua alma. “Por que Te escondes justamente quando mais precisamos de Ti, em plena tribulação? O salmista está se sentindo só, enquanto Deus parecia manifestar uma letárgica indiferença, escondendo-Se nas horas mais difíceis.<br />
<br />
Muitas vezes somos levados a perguntar: “Por que, Senhor?” “Por que, Senhor,” isso está acontecendo comigo? “Por que, Senhor,” essas tribulações pesam sobre a minha alma? Você já se sentiu em uma situação semelhante? Você já esteve decepcionado com Deus? Por que Deus não responde? Por que Deus não age? Por que Deus parece tão distante? Estas são questões que muitas vezes se levantam na vida de muitas pessoas que estão cansadas e decepcionadas com Deus.<br />
<br />
Certa vez um jovem foi a uma danceteria e se divertiu muito alegre com as moças que estavam lá, e bebeu muito. Então, quando já era muito tarde de madrugada, ele pegou a sua moto e resolveu voltar para casa que ficava num sítio distante da cidade, e ele teve que enfrentar uma estrada cheia de curvas perigosas. Então, como era fácil de se prever, aquele jovem, controlado pelas bebidas alcoólicas, perdeu-se numa curva, e foi parar num barranco bem abaixo da estrada. Ele bateu o pescoço e atingiu a coluna cervical e os seus membros inferiores foram afetados e não reagiam mais, e ele foi parar numa cadeira de rodas. Então, um pastor adventista foi chamado a fim de consolar o jovem acidentado que não podia mais crer em Deus. Quando o pastor se aproximou do moço, ele perguntou: “Onde está Deus que não me responde?” De fato, parece que Deus está muito distante nas horas amargas da tribulação. Mas às vezes somos nós os culpados dela.<br />
<br />
Se pensarmos física ou astronomicamente, Deus está muito longe, acima de mais de 200 milhões de galáxias no espaço sideral, a 500 milhões de anos-luz de distância de nossa humilde Terra, perdida no espaço sideral que nos parece infinito. Mas se pensarmos na onipresença de Deus e no seu grande amor, saberemos que Ele está muito perto de nós. Ele está bem aí perto de você enquanto você pensa que Ele está tão longe. Ele pode ver o seu sofrimento e a sua angústia, pode dizer onde você mora, o que você gosta mais de fazer, qual é a sua família, quais são os seus amigos e sabe quem é que está lhe perseguindo, e desejando o seu mal. <br />
<br />
<b>I – O DOMÍNIO DOS ÍMPIOS (vs. 2-11)</b><br />
<br />
Com efeito, não vivemos em um mar de rosas. Quando contemplamos o nosso mundo, não podemos deixar de ver como reinam os perversos. Davi procura uma razão para a distância de Deus diante das perversas obras dos ímpios habitantes de sua terra, homens que viviam uma religião apostatada. Davi procura um motivo para a indiferença de Deus diante da opressão dos pobres, justos, inocentes e desamparados.<br />
<br />
Como são os ímpios? Qual é o seu caráter? O que fazem eles?<br />
<br />
1 – Os ímpios são orgulhosos. Os versos 2-4 apresentam este aspecto do caráter dos ímpios. Eles são cheios de orgulho. “Com arrogância, os ímpios perseguem os pobres” (v. 2). O grande pecado desses ímpios é originado em seu coração, está no íntimo de sua alma. O seu pecado é o orgulho que fundamenta a sua cobiça insaciável por bens materiais, que se reflete na perseguição dos pobres. “Pois o perverso se gloria da cobiça de sua alma” (v. 3). Eles se glorificam a si próprios, cantam um hino de louvor a si mesmos em seu pecado.<br />
<br />
Jesus Cristo contou uma parábola sobre um homem rico que era avarento e ímpio, cujo campo frutificou com abundância. E como ele era muito egoísta, pensava apenas em si mesmo, e não era justo para com o seu próximo, gloriou-se na sua cobiça, e disse à sua alma: “Tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lc 12:19-20). A lição de Cristo serve para todos: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” (Lc 12:15).<br />
<br />
A arrogância desses ímpios do salmo 10 chegava ao ponto de maldizer o Senhor. Certamente, algumas coisas não davam muito certo como eles queriam, e então, eles blasfemavam de Deus e colocavam a culpa sobre Ele. No seu orgulho, julgavam que Deus era o seu servo e tinha a obrigação de fazer a sua vontade e atender aos seus caprichos pronta e imediatamente.<br />
<br />
2 - Os ímpios são ateus. Diz o v. 4: “O perverso, na sua soberba, não investiga; que não há Deus são todas as suas cogitações.” Embora o judaísmo cria firmemente na existência de um Deus Criador do universo, os homens ímpios de Israel estavam prontos a duvidar até da existência de Deus, intelectualmente, porque praticavam essa crença na sua vida perversa. Na sua superficialidade, eles não investigavam as evidências da operação de um Deus soberano, e nos seus pensamentos, nas suas cogitações, eles viviam como se Deus não existisse, embora a sua consciência religiosa pudesse apontar a Deus.<br />
<br />
Esta é uma descrição fiel de nossos dias. Vivemos em um tempo de muita superficialidade, apesar de tanto conhecimento, apesar de tanta informação por muitos meios. A humanidade ainda é formada por um superficialismo que leva à descrença em Deus ou na sua verdade. Mesmo entre os que professam crer em Deus, muitos O negam por suas atitudes e incredulidade. Muitos estão discordando da Lei de Deus, do Sábado, do Dízimo, do Espírito de Profecia, da Liderança da Igreja, da Divindade de Cristo, da Personalidade do Espírito Santo, e logo passarão a apostatar do próprio Deus, abandonando as fileiras dos cristãos, para se unirem aos ímpios habitantes da terra. <br />
<br />
E qual é a razão apontada pelo salmista para tudo isso? Falta de investigação. Mas muitos poderiam racionalizar que eles de fato estão negando muitas dessas coisas, justamente porque investigam, examinam os fatos e as “verdades”. Entretanto, o texto do salmo fala que o perverso não investiga “na sua soberba” (v. 4). Não basta só a investigação; é preciso de muita humildade para que reconheçamos a verdade exposta pelo Espírito Santo. Sem humildade e disposição para aprender de Deus, não é possível alguém chegar ao pleno conhecimento da verdade.<br />
<br />
Mas também é preciso achar a Fonte cristalina da verdade; há necessidade de se investigar na fonte verdadeira, porque podemos facilmente ser desviados da verdade se confiarmos num falso sistema de investigação. Uma jovem certa vez escreveu a um pastor adventista sobre a doutrinada Trindade. Ele lhe enviou um farto material sobre o assunto. Então, ela respondeu que havia lido tudo, mas não podia crer que aquilo fosse verdade, e que não se imaginava mais crendo na Trindade. O pastor lhe respondeu diretamente e sem rodeios: “Moça, se você está confiando em fontes poluídas, como poderá crer na verdade? Se você já foi vacinada pelos dissidentes, se você já recebeu uma lavagem cerebral nas fontes da apostasia da verdade, o que Deus pode fazer por você? Que argumento pode convencê-la, se você não pesa a força da verdade, e não percebe as contradições? A única solução é abandonar essas fontes da mentira, e voltar à única Fonte da verdade, confiando em Deus e em como Ele dirige a Sua igreja.” Então, ela se humilhou e pediu oração.<br />
<br />
3 – Os ímpios são escarnecedores. Lemos no v. 5: “São prósperos os seus caminhos em todo tempo; muito acima e longe dele estão os Teus juízos; quanto aos seus adversários, ele a todos ridiculariza.” Eles têm os seus inimigos que os censuram porque sua prosperidade é o fruto de perseguir e assolar aos pobres, e por não atenderem às leis de Deus, que eles rejeitaram. Entretanto, eles escarnecem desses adversários.<br />
<br />
Os justos podem perguntar como fez Jeremias: “Por que prospera o caminho dos perversos?” (12:1). Perguntava o salmista por que Deus estava tão longe. Agora, parece que a prosperidade está perto dos ímpios e as leis de Deus estão muito longe deles. É evidente que os ímpios estão prosperando na base de sua desonestidade e opressão contra os pobres e desamparados. Mas eles estão escarnecendo de tudo e de todos, inclusive de Deus, que permite a sua prosperidade e parece estar muito longe de seus ímpios caminhos. Assim, podem os perversos reinar, como se Deus não estivesse presente num mundo em que dominam.<br />
<br />
O salmista ainda descreve a razão do caráter do perverso cheio de orgulho pelo que é rápido em escarnecer: “Pois diz lá no seu íntimo: Jamais serei abalado; de geração em geração, nenhum mal me sobrevirá.” (v. 6). Ele parece estar muito confiante e seguro de que jamais será destronado. A ausência de uma punição imediata sobre aqueles que praticam o mal é sempre um forte argumento para continuarem no pecado. É uma falsa segurança. Logo veremos isto.<br />
<br />
4 – Os ímpios são maldizentes. “A boca, ele a tem cheia de maldição, enganos e opressão; debaixo da língua, insulto e iniqüidade.” (v. 7). O perverso usa a sua língua de modo ferino, enganoso e ofensivo. A verdade não está em sua boca, porque ela só fala mentiras. Fala mal de tudo e de todos; fala mal de homens e de Deus. Não se pode confiar nele.<br />
<br />
5 – Os ímpios são criminosos. O perverso “trucida os inocentes nos lugares ocultos” (v. 8), fica “de emboscada como leão na sua caverna... para enlaçar o pobre (ou aflito)” (v. 9), e “em seu poder lhe caem os necessitados” (v. 10). E depois de cometer os seus atos homicidas e assassinos, o perverso ainda pensa que pode se livrar da sua merecida recompensa, de cair nas mãos de um Deus irado: “Diz ele, no seu íntimo: Deus se esqueceu, virou o rosto e não verá isto nunca.” (v. 11).<br />
<br />
Esta é a prova de que não existe ateu realmente. É como disse um ateu, noutro dia, a alguém que lhe perguntou: “Você crê em Deus?” E ele respondeu: “Eu sou ateu, graças a Deus!” No verso 4, lemos acerca do ímpio: “Que não há Deus são todas as suas cogitações”. Agora, ele não pode sopitar a sua angústia, e tenta se convencer a si mesmo, em seu íntimo, tenta abafar a voz de sua consciência, da qual ele não pode fugir, de que Deus, que ele sabe que existe sim, não se lembrará, Se esqueceu, virou o rosto, e ele enfim escapará livre da punição. Só por um tempo.<br />
<br />
<b>II – O REINADO DE DEUS (vs. 12-18)</b><br />
<br />
Contemplando o nosso mundo hoje, vemos a necessidade urgente de orarmos com mais intensidade pelos pobres e aflitos que estão sendo oprimidos pelos ímpios, pois o quadro se repete. Temos que orar mais pelos pobres, humildes e fiéis servos de Deus, homens e mulheres justos que estão sendo perseguidos.<br />
<br />
1 – Davi ora para que Deus Se manifeste. V. 12: “Levanta-te, SENHOR! Ó Deus, ergue a mão! Não te esqueças dos pobres.” Davi está angustiado pela atuação dos perversos contra os pobres, e faz um apelo a Deus para que Se levante. O salmista desejava que o Eterno Se interpusesse entre os justos e os ímpios, a fim de salvar aos primeiros, que são chamados de pobres, ou aflitos, tanto fisicamente, como espiritualmente.<br />
<br />
Quando Deus Se levanta, Ele age em benefício de Seu povo. Ele diz: “Chega de esperar! O tempo da salvação está prestes a manifestar-se!” Ele não Se esquece dos aflitos, dos pobres de espírito, dos perseguidos e oprimidos pelo sistema da corrupção dos ímpios..<br />
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Muitos pensam que Deus Se esquece dos Seus filhos. Muitos hoje estão simplesmente acreditando na filosofia de Wilhelm Nietzsche (1844-1900), filósofo alemão do século XIX, que espalhou a ideia de que “Deus está morto”! Quem está morto é o filósofo, e morreu de modo triste, porque desceu louco à sepultura. Hoje a sua filosofia é pregada e cantada, como a banda que propaga a música “Heresy” (Heresia), cujo refrão diz: “O seu Deus morreu e ninguém se importa!” De fato, muitos estão confiantes na mentira de que Deus morreu e por isso não se importam com Ele e ainda dizem que Ele não Se importa, que está longe e, se é que existe, abandonou o mundo.<br />
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O salmista simplesmente faz esta pergunta aos que, como aquele filósofo, se dizem ateus ou incrédulos, no v. 13: “Por que razão despreza o ímpio a Deus, dizendo no seu íntimo que Deus não se importa?” Como poderia Deus permitir que triunfasse a iniquidade, sem se importar com isso? Por que razão deveria alguém imaginar que Deus não se levantará para defender o justo e punir ao ímpio? De fato, não há razão para pensar assim, porque Deus já deu abundantes provas de Sua atuação na História de todos os povos, em todos os tempos.<br />
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2 – Davi ora para que Deus reprima as obras do ímpio. V. 15: “Quebranta o braço do perverso e do malvado.” Esta é uma oração para que os próprios instrumentos da perversidade sejam impedidos, reprimidos. Deus pode quebrar os braços dos opressores e assassinos, e impedi-los de agir. Deus pode quebrar os dentes dos perversos (Sl 3:7) e fazê-los passar fome como fazem com os pobres. Deus pode cegar os olhos dos ímpios cobiçosos (v. 3), como Ele fez com os habitantes de Sodoma, para que fossem impedidas as suas ações concupiscentes e criminosas (Gn 19:11). O salmo torna-se assim um apelo a Deus para que Ele intervenha e elimine a impiedade.<br />
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3 – Davi ora a Deus para que julgue aos ímpios. Ele diz, v. 15: “Esquadrinha-lhes a maldade, até nada mais achares.” Esta é uma oração por justiça. Os justos estão angustiados pela opressão dos ímpios; estão sendo roubados de suas propriedades, sofrendo pela perseguição, padecendo fome e necessidade, e Deus parece muito distante.<br />
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Aqui está a resposta para a pergunta inicial do v. 1. Aparentemente, Deus se conserva distante, porque Ele está dando um tempo para que os ímpios possam se revelar em sua plenitude de caráter. Mas brevemente virá o julgamento de todos. Os seus atos, pensamentos e palavras serão julgados, esquadrinhados, examinados, testados segundo a reta justiça. O exame será tão minucioso, de acordo com tudo o que se encontra registrado nos livros, que “nada mais” será achado. Nada escapará diante dos olhos perscrutadores do Juiz de toda a Terra. Os ímpios que agora estão perseguindo, zombando e escarnecendo dos justos e de Deus responderão pelos seus atos de perversidade.<br />
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4 – Davi louva a Deus por Seu reinado. Disse ele: “O Senhor é Rei eterno!” No original, o escritor usou 4 palavras significativas: Yahweh Rei eterno perpétuo. Mas, se Yahweh também significa eterno, ele disse: “O Eterno é Rei eterno perpetuamente”. Isso indica que ele encontrou a resposta para as suas inquietações. Embora pareça que Deus esteja distante, longe de nós, na realidade, Deus sempre esteve reinando, está reinando, e reinará pelos séculos intérminos da eternidade.<br />
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Deus tem ouvido “o desejo dos humildes” (v. 17), e há de fortalecê-los em seu coração ansioso por uma resposta divina. Então, quando o Juízo se manifestar no tempo próprio de Deus, as nações ímpias serão desbaratadas, desarraigadas da Terra (v. 16), o terrorismo será extinto (v. 18), e os justos e oprimidos hão de louvar para sempre a salvação de nosso Deus eterno. Então, a justiça será estabelecida e restaurada a paz eternamente.<br />
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<b>CONCLUSÃO</b><br />
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Muitas pessoas estão decepcionadas com Deus. Em angústia, clamam de dia e de noite: Por quê, Senhor? Por que Deus não responde às minhas preces? Por que Ele se esconde e não Se comunica com os Seus filhos atribulados? Por que não temos respostas definidas para as nossas dúvidas?<br />
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Aconteceu um acidente automobilístico, numa cidade dos EUA e uma criança de 5 anos foi atropelada. Os pais estavam lá quando chegou imediatamente o seu pastor, e a mãe, segurando a criança ensangüentada nos braços, se dirige ao pastor e diz: “Pastor, onde estava Deus quando o meu filho foi acidentado?” Mas o pastor foi muito feliz em sua resposta. Ele disse: “Minha irmã, Deus estava no mesmo lugar de quando o Seu próprio Filho estava morrendo na cruz do Calvário!”<br />
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Agora, podemos ter uma resposta plenamente satisfatória de um Deus que parece distante. Mas Ele está tão perto e Se importa tanto que enviou o Seu Filho para morrer em nosso lugar e pagar o preço de nossa redenção. De fato, Ele está tão perto de você que pode neste exato momento saber quais são os seus sentimentos, qual é a sua aflição, a sua dor e a sua angústia. Mas Ele precisa de mais um tempo. Apenas um pouco mais, “porque, ainda dentro de pouco tempo, Aquele que vem virá e não tardará; todavia, o Meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a Minha alma.” (Hb 10:37-38). É só um pouquinho mais.<br />
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Esboço:<br />
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I – INVOCAÇÃO: v. 1-2<br />
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II – LAMENTO: v. 3-11<br />
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III – PETIÇÃO: v. 12-15<br />
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IV – LOUVOR: v. 16-18<br />
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Pr. Roberto Biagini<br />
Mestrado em Teologia<br />
prbiagini@gmail.com<br />
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