SALMO 1 - A PRIMAZIA DA PALAVRA

1 Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 2  Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. 3  Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido. 4 Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa. 5  Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos. 6  Pois o SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá. Este poema é uma introdução de encaixe ao livro de 150 salmos. Revela o padrão básico da sabedoria e adoração de Israel. A vida é vista não nos momentos isolados do presente, mas na perspectiva da eternidade, na visão de Deus. O autor conecta vida humana intimamente com a vontade e o coração de Deus. O salmo lança um apelo desafiador a Israel – e a to

Quando uma criança está em condições de se decidir ao lado de Cristo?

Uma preocupação que os pais normalmente têm é sobre como conseguir que as crianças tomem decisões relacionadas à experiência religiosa, desde as mais simples, como obedecer, até as mais complexas, como aceitar a  Cristo e pedir o batismo. É justificada esta preocupação? O quanto é possível alcançar neste sentido? Até onde os pais devem orientar os filhos para que tomem  uma decisão?

A VONTADE COMO GERADORA DE DECISÕES

A decisão é um ato da vontade. Aprende-se a decidir quando aprende-se a exercer a vontade. A criança não é uma máquina caça-níquel na qual colocamos moedas e esperamos algum resultado. Não é sempre possível – nem conveniente- contar-lhe uma história e arrancar-lhe uma decisão.

“A vontade é o poder que governa a natureza do homem, colocando todas as outras faculdades sob seu domínio. A vontade não é gosto nem inclinação; é o poder de decidir que atua nos filhos dos homens levando-os a obedecerem a Deus ou a Lhe desobedecerem.”(EGW, 5T, 513) “Toda a criança deveria compreender a verdadeira força da vontade. Ela deveria ser levada a ver quão grande é a responsabilidade envolvida neste dom. A vontade é o poder de decisão ou de escolha.”. (EGW, Ed, 280)

Uma criança só poderá fortalecer sua vontade exercendo- a . Você como pai, mãe ou professor lhe dá a oportunidade de exercê-la? Dificilmente, o infantil poderá escolher bem, se não é educado para isto. É necessário dar-lhe oportunidades para escolher e decidir (que hino quer cantar, se deseja orar, em que classe deseja estar, sobre que tema deseja conversar, etc.).

Não deveríamos confundir decisão com promessa. A decisão é uma resolução a que se chega através de passos progressivos; pode levar um tempo curto ou longo, e está sujeita  a modificações. A promessa é o cumprimento de uma determinada resolução. A decisão tem valor duradouro. A promessa é um compromisso de honra pela da palavra empenhada. A decisão altera condutas. A promessa, tem que ver com a conquista de uma determinada conduta.

A decisão incentiva, embora deva ser modificada. A promessa que não pode ser cumprida, frustra, origina sentimento de culpa ou sensação de inutilidade e de baixa auto estima.

A criança deveria ser incentivada a decidir, não tanto prometer.

IDADE E DECISÕES RELIGIOSAS

1. Até os 3 anos: As decisões têm a ver basicamente com a obediência.
2. De 4 a 6 anos: As decisões giram ao redor dos hábitos, da relação social e do amor a Jesus.
3. De 7 a 9 anos: As decisões estão em relação com o plano da salvação e a incorporação de conceitos abstratos como pecado, perdão, vida eterna e entrega a Cristo.
4. De 10 a 12 anos: As decisões mais importantes têm a ver com a aceitação de Jesus como Salvador pessoal e com o Batismo.

A DECISÃO POR CRISTO: O BATISMO

A decisão por Jesus depende da experiência religiosa da criança, de sua maturidade e do trabalho do Espírito Santo. Algumas crianças fazem sua decisão aos 6 anos, outras, aos 12. Por que a diferença? Vários fatores que influem sobre isto:

1. Maturidade Espiritual- As crianças intelectualmente mais maduras, geralmente estão prontas para aceitar a Jesus como seu Salvador pessoal mais cedo em suas vidas. Quando este é o caso, deveríamos animá-las a responder ao chamado do Espírito Santo.
2. Formação religiosa- Se esta formação é sólida, é provável que a criança se decida “precocemente” por Jesus. É necessário descobrir quão consciente está a criança de que Deus realmente a ama. Ela compreende bem o que é o pecado? Sabe que o pecado deve ser castigado? Sabe que Jesus tomou  o lugar dela e pagou  pecados ? Entende a criança que há duas tendências opostas que agem no
mundo e em sua vida pessoal?
3. Habilidade para amar e confiar- O amor é uma força motivadora da salvação, à qual as crianças respondem também com amor. O amor de Jesus inspira-as e elas responderão de acordo com seu caráter.
4. Conhecimento da Bíblia- A criança que aprende a conhecer sua Bíblia, que crê na Palavra de Deus e a ama, desejará obedecê-la. Esta confiança nas Escrituras é a base da salvação, mas só será conseguida através de  passos graduais e sucessivos.
5. O lar e os modelos- A criança que procede de um lar onde há uma vida espiritual rica, sentirá a necessidade de um Salvador antes de outra, que não tenha recebido, no lar, a influência religiosa.( O lar onde não se vive o que é ensinado nele, sufoca, ou  , apaga, a religião)

QUANDO PODEM DECIDIR SUA VIDA RELIGIOSA?

As crianças judias, aos 12 anos, estavam plenamente capacitadas para decidir sua vida religiosa. Por isso, eram levadas à Festa da Páscoa. Recordemos a experiência de Jesus  nessa idade.

A Dra. Donna J. de Habenicht, da Universidade Andrews, em um encontro com uma centena de obreiros, lhes perguntou a que idade sentiram que haviam aceitado a Jesus como Salvador. 30% responderam que o haviam feito ao redor dos 8 anos; 60% o fez antes da adolescência; 9% entre os 13 e os 15 anos, e só 1% aos 18.

Não ensinemos nossos filhos ou alunos a pensarem que em algum tempo futuro terão suficiente idade para arrepender-se e crer na verdade. Se os instruímos devidamente, mesmo os menores, de pouca idade, podem ter opiniões corretas acerca de sua condição pecaminosa e do caminho da salvação por meio de Cristo. “ As crianças de 8, 10 e 12 anos têm já bastante idade para que se lhes fale da religião pessoal”.(EGW, 1 JT, 150[cit. em CN, 464].

COMO SE MANIFESTA A DECISÃO POR CRISTO?

Não deveríamos esperar uma emoção violenta como indicação da conversão de uma criança. Esta não é necessariamente uma evidência de convicção do pecado. Tampouco, é necessário saber o tempo exato  em que se converteu. O importante é fazer o convite, dar ao Espírito Santo a oportunidade de que trabalhe na vida da criança. Para a criança que cresce em uma atmosfera cristã, a conversão é um passo a mais no crescimento espiritual.

A criança que procede de um lar não-cristão ou de um cristianismo  apenas nominal, responderá de  modo mais dramático, menos preciso. Para ela, a salvação é uma notícia. O convite para aceitar a Cristo a induzirá a dar uma resposta definida.

Os pais e professores têm uma grande responsabilidade: levar a criança a Cristo antes que os anos endureçam seu coração. “É provável que com o passar dos anos, diminua sua sensibilidade às coisas divinas e sua susceptibilidade às influências da religião”.

COMO AJUDAR A CRIANÇA A ACEITAR A SALVAÇÃO

1. Mostrar à criança, com muito amor, que ela é pecadora e que necessita da salvação. Necessário é que se tenha certeza  de que ela se dá conta dessa realidade.
2. Explicar-lhe o caminho da salvação: Cristo morreu e ressuscitou por cada pecador. Dar-lhe a segurança de que depois de aceitar a Jesus,  receberá o perdão e a
salvação.
3. Fazer com que compreenda  que receberá a salvação, por ter decidido  fazer de Jesus seu Salvador pessoal.
4. Levar a criança a sentir a segurança da Salvação. Mostrar-lhe o que deve fazer, se pecar, para que Jesus a perdoe.
5. Mostrar-lhe como deve crescer em uma nova vida.
Estes passos ajudarão tanto a uma criança como a um não-cristão. A aceitação de Cristo deve manifestar-se nas obras de quem O aceita. Não se deve esperar perfeição dele, mas sim, uma mudança visível em seu estilo de vida.

COMO INDUZIR À DECISÃO POR CRISTO

1. Ore muito com e pela criança, pedindo a direção do Espírito Santo.
2. Fale acerca da salvação e da decisão que em algum momento, ela deverá tomar, a favor ou contra Jesus. Não tenha medo  de falar sobre este tema: O Espírito Santo é o responsável pelos resultados.
3. Não pressione a criança à decisão, pois ela pode responder pelo prêmio ou para agradar ao adulto. Também não é  conveniente oferecer recompensas por essa decisão.
4. Aproveite situações naturais: relatos, hora de dormir, culto vespertino, caminhadas sozinhos, classe bíblica. Esteja alerta aos sinais de persuasão do Espírito Santo.
5. Ajude-a a tomar decisões progressivas a favor de Jesus: testemunhar, distribuir folhetos, etc.
6. Oriente-a para fazer sua decisão, primeiramente em particular, depois em público.
7. Ajude-a a familiarizar-se com a Bíblia. Entusiasme-a com histórias de jovens e crianças que fizeram decisões importantes: Abel, Caim, Samuel, Sansão, Salomão,
e mostre-lhe os resultados- felizes ou infelizes- de suas decisões.
8. Dê-lhe oportunidade de compartilhar sua decisão.
9. Não julgue a genuína conversão da criança por suas emoções, mas pelos resultados.
10. Lembre-se de que a criança não é uma grande pecadora. Ela deve sentir que necessita reparar suas faltas e, às vezes, não sabe como. Você pode ajudá-la. Assegure-lhe que Deus odeia o pecado mas ama o pecador. A criança deve sentir a paz do perdão e do amor.

CONVERSÃO IGUAL OU DIFERENTE À DO ADULTO?

Igual no sentido da clara consciência dos pecados,  necessidade de Cristo e  evidência de uma mudança de vida.

Diferente porque a criança não tem sido arrastada às profundezas do pecado e não tem as marcas de uma vida pecaminosa. Talvez, em vez de grandes pecados, tenha só erros. Ela tem diante  de si toda uma vida para crescer na graça e no serviço.

QUANDO ESTÁ PRONTA PARA O BATISMO?

1.    Quando compreende os princípios da fé.
2.    Quando conhece o significado do batismo.
3.    Quando aceita o sacrifício de Cristo por ela.
4.    Quando compreende o que significa ser membro da Igreja.
5.    Quando da evidências em sua vida de haver feito um pacto com Deus.
6.    Geralmente, a conversão de uma criança é um processo gradual que culmina quando ela já é um membro ativo da Igreja. Muitas vezes, a criança pode elaborar esse processo sozinha, outras, necessita da dedicação quase exclusiva de um adulto. O importante é pedir que o Espírito Santo trabalhe em sua terna vida, e que os adultos mostrem o caminho até Cristo antes que os anos endureçam seu coração.

Este artigo foi escrito por MONICA CASARRAMONA (professora de Ciências da Educação e redatora da ACES, que é a Casa Publicadora da Argentina.

Comentários

  1. As criancas sao criaturinhas abencoadas,e amam historias da Biblia,eh por isso que devemos incentiva-las nas santas escriturasbja desde muito cedo.

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  2. Isso mesmo. Não apenas incentivá-las a conhecerem a Bíblia, mas praticar os seus ensinamentos!

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  3. Orientação da Criança, Pág. 490 a 492.

    Testemunho de uma Criança Convertida

    A religião ajuda as crianças a estudar melhor e a fazer trabalho mais fiel. Uma menina de doze anos dava, com simplicidade, a prova de que era cristã. "Eu não gostava de estudar, mas de brincar. Era preguiçosa na escola, e muitas vezes não sabia minhas lições. Agora, para agradar a Deus, aprendo bem cada lição. Quando os professores não me observavam, era peralta e fazia travessuras para entreter as outras crianças. Agora, desejo agradar a Deus comportando-me bem e observando os regulamentos escolares. Era egoísta em casa e não gostava de dar recados. Aborrecia-me quando mamãe me chamava de meus brinquedos para ajudá-la no trabalho. Agora, tenho verdadeira alegria em auxiliar mamãe de qualquer modo e mostrar-lhe que eu a amo." Conselhos Sobre a Escola Sabatina, pág. 79.

    Cuidado com a Demora na Conversão

    Pais, deveis começar a disciplinar o espírito de vossos filhos enquanto bem tenros, visando que venham a ser cristãos. ... Acautelai-vos, não os embaleis para adormecerem à beira do abismo da destruição, com a errônea idéia de que não têm idade suficiente para serem responsáveis, para se arrependerem de seus pecados e professarem a Cristo. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 146.

    As crianças de oito, dez, ou doze anos, já têm idade suficiente para serem dirigidas ao tema da religião individual. Não ensineis vossos filhos com referência a um tempo futuro em que eles terão idade bastante para se arrependerem e crerem na verdade. Caso sejam devidamente instruídas, crianças bem tenras podem ter idéias corretas quanto ao seu estado de pecadores, e ao caminho da salvação por meio de Cristo. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 150.

    Minha mente foi dirigida às muitas preciosas promessas registradas para aqueles que cedo buscam ao Salvador. "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento." Ecl. 12:1. "Eu amo aos que Me amam, e os que de madrugada Me buscam Me acharão." Prov. 8:17. O grande Pastor de Israel está a dizer ainda: "Deixai vir a Mim os pequeninos e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus." Luc. 18:16. Ensinai a vossos filhos que a mocidade é o melhor tempo de buscar ao Senhor. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 147.

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